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PublicouFernanda Janota Alterado mais de 10 anos atrás
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(Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883)
KARL Heinrich MARX (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883)
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Karl Marx nasceu de uma família de pequena burguesia alemã – o pai era advogado –, uma espécie de “classe média alta” atual. Estudou em universidades e viveu como um jovem de “elite” até tomar contato com idéias radicais. Pouco depois, nos anos 1840, ele virou comunista. Por conta do seu radicalismo político, foi expulso da Alemanha (primeiro) e de outros países (depois), acabando por morar definitivamente na Inglaterra até o fim da vida – seu túmulo é, inclusive, um local turístico em Londres.
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MARX casou com uma mulher de alguma posse, mas deu cabo das heranças dela e dele nessas idas e vindas. Por um tempo recebeu ajuda do seu grande amigo Friedrich Engels ( ). Obras principais: * O Manifesto Comunista (com Engels em 1847/1848): "Trabalhadores do mundo, uni-vos, vós não tendes nada a perder a não ser vossos grilhões“. * O Capital (sua maior obra, em 1867) e depois várias obras de política, economia, etc, complementando seu pensamento sintetizado em O Capital.
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Marx produziu um método radicalmente novo de analisar o mundo e a sociedade, o chamado materialismo histórico e dialético. Diz Marx que a história humana é uma história da luta entre classes sociais exploradas (maioria) e exploradoras (minoria), ou seja, um conflito permanente – e não um “todo coeso” como dizia Durkheim. Tudo gira em torno da questão econômica e tem sua origem na propriedade privada.
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Esse conflito materialista é que move os homens e a história, desde tempos imemoriais (Pré-História, etc.). É um movimento dialético, ou seja, o conflito vai gerando novas classes exploradoras e exploradas ao longo da história, numa sucessão de modos de produção – sociedades primitivas, sociedades da antiguidade, escravismo, feudalismo, capitalismo e, no futuro, socialismo/comunismo como fim deste conflito.
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CRÍTICA AO CAPITALISMO:
KARL MARX ( ) CRÍTICA AO CAPITALISMO: O verdadeiro valor de uma mercadoria só pode ser o da quantidade de trabalho necessário para produzir aquela mercadoria – e nenhuma mercadoria existe sem trabalho. É o chamado “valor trabalho”, muito diferente do preço de mercado. Em linhas gerais, o capitalismo só pode existir exatamente porque não usa o valor trabalho, mas o preço. A diferença entre os dois é chamada de “mais- valia” (ou “trabalho não pago”, como também gostava de denominar Marx).
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Os capitalistas só pagariam aos trabalhadores salários que representam uma parte do “valor trabalho” que eles embutiram nas mercadorias produzidas. A outra parte, “não paga” (a mais-valia), vira investimento, lucro, gastos dos capitalistas ou mais capital acumulado. Assim, os capitalistas ficariam mais ricos e os trabalhadores, “roubados e explorados no seu trabalho”, sempre “pobres”, afirmava Marx.
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Em síntese, para Marx, política é luta de classes e isso ocorreu sempre em todas as épocas da humanidade, porém o modelo capitalista de exploração seria o último dessa série de dominadores e dominados, pois o capitalismo trás em si a ganância sem limites. A acumulação da riqueza pelos burgueses em detrimento do proletariado, através da mais-valia gera no capitalismo o veneno que há de matar este modo de produção.
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MARX: HÁ DUAS FORMAS DE EXPLORAÇÃO:
a) Mais-valia absoluta: fazer com que trabalhem mais horas recebendo os mesmos salários, o que, claro, aumenta a produção. Pode ser também uma redução dos salários sem reduzir as jornadas de trabalho, o que causa o mesmo efeito. Nos primórdios do capitalismo isso era comum, mas ainda existe até hoje. b) Mais-valia relativa: manter os salários e jornadas de trabalho, mas aumentar a produção através da introdução de novas e melhores tecnologias e técnicas de administração, o que expande a produção e o trabalho não pago. É a forma por excelência de exploração do capitalismo mais desenvolvido – o mundo atual, etc.
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A ALIENAÇÃO: Os trabalhadores não têm consciência dessa exploração – são alienados –, pois tudo funciona como se fosse “natural”. Isso ocorre porque, no processo de trabalho capitalista, com a divisão social do trabalho [tão elogiada por Durkheim], tarefas cada vez mais especializadas, os trabalhadores não percebem que são os verdadeiros produtores das mercadorias finais – cada um só se vê fazendo uma pequena parte do processo, pouco entendendo do processo completo.
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A POLÍTICA Para Marx, é a luta de classes, que pode ser “encoberta” – quando os trabalhadores lutam contra a exploração, mas ainda não têm muita consciência sobre a necessidade da revolução, etc. – ou “aberta” – quando a revolução está em seu estágio final e os comunistas dirigem as massas com um projeto claro de transformação social, econômica e política. Política, então, é transformar o mundo e não só interpretá-lo .
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Vitoriosa a revolução – Marx não viu nenhuma experiência do tipo – o problema seguinte é como organizar o mundo novo proposto (comunismo). Marx dividiu o processo em duas partes distintas: estágio inferior do comunismo (ou socialismo, como preferem denominar hoje os marxistas) e estágio superior do comunismo ou fim da história das sociedades divididas em classes.
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Na economia, os meios de produção (fábricas, terras, bancos, etc
Na economia, os meios de produção (fábricas, terras, bancos, etc.) tornam-se estatais, ou seja, propriedade coletiva – e, é claro, são eliminadas a propriedade privada desses meios de produção e a herança (responsável pela reprodução das desigualdades). A propriedade estatal torna mais “fácil” a planificação da economia visando o interesse de todos e não os privilégios de poucos.
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As desigualdades, assim, tendem a desaparecer, pois todos serão empregados de si mesmos – o coletivo – recebendo remuneração segundo sua contribuição (idéia que Marx tirou de Saint-Simon). A economia – como não visa lucro e nem se baseia na “anarquia do mercado” – tende a ser muito mais eficiente, gerando, com o tempo, um avanço espetacular da tecnologia e da produção, uma abundância geral de bens e serviços para todos os homens.
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Politicamente, para isso dar certo, é preciso, primeiro, acabar com o Estado burguês (falsa democracia, parlamento, voto, forças armadas, burocratas, cargos eletivos, etc.). No lugar, cria-se um Estado socialista: povo em armas (fim da polícia e do exército), participação direta de todos (por locais de moradia e de trabalho) e representação imperativa (eleitos para cargos municipais, regionais ou nacionais podem ter seus mandatos revogados pelas bases quando assim elas acharem necessário).
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Por fim, uma ditadura do proletariado contra os que tentarem voltar para o capitalismo (burguesia, trabalhadores ainda influenciados por idéias burguesas, etc.). Feito tudo isso, provavelmente acabarão as desigualdades sociais e a necessidade de um Estado – nem mesmo o Estado socialista será necessário. .
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Chegamos ao comunismo Sociedade sem classes sociais sem Estado/governo (autogoverno dos trabalhadores, “mera administração das coisas”, pois ninguém vai querer oprimir os outros e muito menos explorar o próximo, já que todos terão bens materiais “segundo suas necessidades” – citação literal de Marx), fim da história das sociedades de classes (ou “pré-história” da humanidade).
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Fim da alienação (pois a eficiência produtiva do sistema vai garantir tudo a todos, sumindo a necessidade de processos de trabalho baseados na divisão imposta de tarefas), fim do trabalho obrigatório (pois a eficiência científica e tecnológica, a serviço dos interesses coletivos, eliminará tal necessidade) e liberdade absoluta (vida livre de imposições).
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O Marxismo na prática A aplicação das idéias de Marx foi uma ditadura contra o proletariado: Stálin, perseguições,(mais de trinta milhões de mortos e condenados, só na Rússia), burocracia privilegiada e fanática, falta de liberdades básicas, mecanização do homem, etc. Nos anos 60 e 70, por razões variadas, declinou economicamente. Reformas econômicas foram tentadas nos anos 80, mas fracassaram.
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A Revolução e a URSS acabaram melancolicamente na virada dos anos 80 para os 90. O balanço sobre essa experiência socialista foi uma banho de sangue e jamais uma experiência “democrática e libertária” – como imaginava Marx – mas ainda há dinossauros...
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