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INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA

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Apresentação em tema: "INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA"— Transcrição da apresentação:

1 INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA
Projeto de fundar uma Ciência do Homem -antropo-logia- é recente (finais do s. XVIII). Elaboração de métodos científicos que tomam o homem como objeto de “conhecimento científico”. O projeto antropológico surge na Europa após o acesso às regiões até então inexploradas do planeta (viagens, colonizações, etc.). A legitimação desse novo saber como “disciplina científica”, assim como as suas primeiras realizações, só apareceram na segunda metade do s. XIX. Objeto empírico autônomo: civilizações “primitivas”: exteriores ao mundo “civilizado” europeu e norte-americano, populações que não pertencem à civilização ocidental Na Antropologia (A..) a distancia entre sujeito observante e objeto observado é geográfica. -Problema da “desaparição do selvagem” a partir dos processos de modernização no início do s. XX implica uma crise de identidade da antropologia.

2 INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA (CONT.)
- Características das sociedades “primitivas” ou “simples”: 1)dimensões restritas 2) poucos contatos com os grupos vizinhos 3) tecnologia pouco desenvolvidas, se comparada com as sociedades “civilizadas” ou “complexas” 4) pouca especialização de atividades e funções sociais. A. tem como objetivo, nas suas origens, o estudo dessas sociedades, as quais servirão de laboratório para compreender melhor a organização complexas das nossas sociedades (terra originaria do próprio antropólogo) A partir da “crise de identidade” pela “morte do primitivo”, a antropologia afirma-se como uma abordagem epistemológica caracterizada por uma prática específica e original: o estudo etnográfico A. implica um certo olhar , um certo enfoque: 1) o estudo do homem inteiro 2) o estudo do homem em todas as sociedades, sob todas as latitudes, em todos os seus estados e em todas as épocas

3 ÁREAS DA ANTROPOLOGIA 1) Antropologia Biológica: estudo das variações dos caracteres biológicos do homem no espaço e no tempo. Relações entre o patrimônio genético e o meio (geográfico, ecológico, social, etc.) e as inter-relações entre particularidades genéticas (morfológicas e fisiológicas) e as variáveis culturais. Discernir entre o inato e o adquirido e estudar as contínuas interações entre essas duas dimensões do humano. 2) Antropologia Pré-histórica: estudo do homem através dos vestígios materiais enterrados no solo. Objetiva-se reconstruir sociedades desaparecidas tanto em suas técnicas e organizações sociais quanto em suas produções culturais e artísticas. 3) Antropologia Lingüística: estuda as diversas formas de linguagem –parte do patrimônio cultural de uma sociedade- (não apenas a escrita mas também a tradição oral) com as quais as sociedades se comunicam e se desenvolvem historicamente. 4) Antropologia Psicológica: estudo dos processos e do funcionamento do psiquismo humano (comportamentos conscientes, inconscientes e patológicos) para entender como influenciam o comportamento grupal.

4 ÁREAS DA ANTROPOLOGIA (CONT.)
5) Antropologia Social e Cultural: estuda a sociedade de maneira bem abrangente: seus modos de produção econômica, suas técnicas, sua organização social, política e jurídica, sistemas de parentesco, sistemas de conhecimento, suas crenças religiosas, sua língua, sua psicologia, suas criações artísticas, etc. Objetivo: examinar as inter-relações dessas dimensões e analisar como se articulam num sistema único que caracteriza uma sociedade específica. Em suma, compreender a totalidade de sentido dessas manifestações cultuais.

5 INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA (CONT.)
A. está indissociavelmente ligada ao modo de conhecimento que foi elaborado a partir do estudo das primeiras sociedades estudadas: a observação direta, por impregnação lenta e contínua de grupos humanos minúsculos com os quais o antropólogo mantêm uma relação pessoal . A distância que nos separa do “diferente” ao mesmo tempo nos faz questionar a nossa própria sociedade: aquilo que tomávamos por natural em nós mesmos é, de fato, cultual; aquilo que era evidente é infinitamente problemático. Formação antropológica exige o “estranhamento”: a perplexidade provocada pelo encontro das culturas que são para nós as mais distantes, e cujo encontro vai levar a uma modificação do olhar que se tinha sobre si mesmo (sobre a sociedade que produz também o antropólogo). A experiência da alteridade (e a elaboração dessa experiência) leva-nos a ver aquilo que nem teríamos conseguido imaginar em nossa própria cultura por ser familiar, “evidente” e que achávamos “natural”. O conhecimento (antropológico) de nossa cultura passa inevitavelmente pelo conhecimento das outras culturas, aceitando que somos uma das tantas culturas possíveis, mas não a única.

6 INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA (CONT.)
Paradoxo que a A.. mostra: o que caracteriza a unidade da espécie humana é a sua aptidão praticamente infinita para inventar modos de vida e formas de organização social extremamente diversos e produtos de escolhas culturais:a diversidade e variação cultural da espécie humana. Aquilo que os seres humanos tem em comum é a sua capacidade para se diferenciar uns dos outros (ex. costumes, línguas, modos de conhecimento) A. epistemologicamente implica uma revolução no olhar: “des-centramento radical”, ruptura com a idéia de que existe um “centro do mundo” e, assim, permite uma ampliação do saber, até mesmo questionando os limites e possibilidades desse mesmo saber. Romper com a abordagem de senso comum que opera sempre a naturalização do social implica pensar a fundo a diferença e pensá-la cientificamente. O pensamento antropológico aceita a diversidade e a adultez das culturas. A dúvida e a crítica de si mesmo só são cientificamente fundamentadas se forem acompanhadas da interpelação crítica dos de outrem.

7 A Pré-história da Antropologia
A gênese da reflexão antropológica é contemporânea à descoberta do Novo Mundo a partir da Renascença Européia (s. XVI). Primeiro encontro visual com a alteridade é a seguinte: aqueles que acabaram de serem descobertos pertencem à humanidade? Termos usados historicamente para se referir ao estranho e à diversidade percebida como uma aberração que exige uma justificação: “bárbaros”, “naturais” e/ou “selvagens”, “primitivos” e “subdesenvolvidos”. Nessa época já começam-se a delinear as duas ideologias concorrentes (embora simetricamente invertidas e agindo como um pêndulo ininterrupto) no que diz respeito à imagem do “estranho”: 1) a recusa do estranho apreendido a partir de uma falta. A figura de uma natureza má na qual vegeta um selvagem embrutecido. 2) a fascinação pelo estranho apreendido a partir de uma plenitude. A figura de uma natureza boa dispensando suas benfeitorias a uma selvagem feliz.

8 A Pré-história da Antropologia (cont.)
Primeiro critério foi o religioso: O selvagem tem uma alma, o pecado original lhe diz respeito? Questão fundamental para a revelação e a conversão. Outros critérios utilizados: a aparência física (nu ou vestido); comportamentos alimentares (cru e cozido); a inteligência apreendida a partir da expressão da linguagem (expressões inteligíveis);


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