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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E TESTES PSICOMÉTRICOS

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Apresentação em tema: "AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E TESTES PSICOMÉTRICOS"— Transcrição da apresentação:

1 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E TESTES PSICOMÉTRICOS
Psicometristas defendem: avaliação psicológica  testes psicológicos - Porém, hoje avaliar = quantificar  é possível avaliar sem quantificar? - Nossa disciplina é de Medida em Psicologia (mensuração em Psicologia): Psicometria. Testes psicológicos  Avaliação psicológica  Atitude humana de avaliar. 1. AVALIAÇÃO: atitude inerente à vida humana - Métodos e Técnicas de descrever e classificar (interpretar) o comportamento dos outros para  incluir em categorias e daí  fazer inferências, organizar expectativas e agir/adequar-se aos outros. - Atividade necessária para o ajuste ao meio  p/ sobreviver: ação natural da vida.

2 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E TESTES PSICOMÉTRICOS
AVALIAÇÃO: atitude inerente à vida humana Observação casual, baseada no senso comum e na aprendizagem social, pela qual cada um decodifica e categoriza comportamentos (próprios e dos outros) nos diversos contextos. “...avaliamos continuamente o comportamento de todo mundo dentro de um sistema de expectativas.” (Pasquali, cap. 1, p.15). - mas, quantificar a vida/natureza é inerente ao humano? É uma forma histórica de se relacionar com os outros/natureza? 2. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: avaliação científica necessária à vida humana atual (mais complexa). - Observação Científica: não-casual, confiável, válida e rigorosa (“mais verdadeira”?)

3 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E TESTES PSICOMÉTRICOS
R. Primi (Temas de Avaliação Psicológica, 2005): busca sistemática de conhecimento a respeito do funcionamento psicológico em situações específicas, útil para orientar ações e tomadas de decisão. Mas: a) essa complexidade não se deve a uma experiência histórica do tempo?  Exigência de decisões rápidas e com menor custo, subjugando rapidamente os outros (necessidade econômica e de controle social)  a necessidade dessa avaliação é uma demanda histórica. b) Responder CIENTIFICAMENTE o que fazer com os outros também não é uma necessidade produzida historicamente? - Qual lugar na sociedade deve ocupar? Investir na educação regular/especial? Contratar/demitir? Internar?

4 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E TESTES PSICOMÉTRICOS
b) Responder CIENTIFICAMENTE o que fazer com os outros também não é uma necessidade produzida historicamente? - A ciência daria os PARÂMETROS para responder essas questões e o PERITO seria o PSICÓLOGO. - Não haveria aí SEMPRE uma dimensão política? Como viver em sociedade/como viver com o outro?  o ato do psicólogo como ato político: obriga-o a pensar sobre os efeitos de seus atos. 3. TESTES PSICOLÓGICOS: uma das técnicas de avaliação psicológica - Historicamente: reducionismo da Avaliação Psicológica aos Testes  prejuízo para avaliação (deixa de ser multifacetada) e crítica aos testes levou ao desprestígio de todos os processos avaliativos.

5 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E TESTES PSICOMÉTRICOS
Testes não por mero acaso histórico tomaram a cena da Avaliação Psicológica: encarnam o ideal de cientificidade (objetivo, controlável, quantificável). Argumento de que a Avaliação Psicológica nasce do desejo de formas objetivas, práticas de avaliar ante complexificação do cotidiano e inevitável atividade categorizadora: desprestígio das avaliações sensíveis à subjetividade do avaliador. - Teste: uma ferramenta neutra que pode ser mal utilizada (Anastasi e Urbina, 2000, p.17)? Pressuposto dos testes: é possível quantificar os processos psicológicos e “em uma situação de teste, a única variável independente é freqüentemente o indivíduo [as magnitudes do atributo] que está sendo testado” (Anastasi e Urbina, 2000, p.20).

6 TESTES PSICOLÓGICOS: DEFINIÇÃO
 DIFICULDADE EM CONCEITUAR TESTES PSICOLÓGICOS: 1. Descritivamente: “é um procedimento sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas” (Cronbach, citado por Pasquali, 2003, p18). Realização de tarefas previamente definidas, numa situação geralmente artificializada – em que o desempenho (comportamento) é “observado, descrito e julgado”, utilizando-se números. 2. Em termos de objetivo: medir diferenças entre indivíduos ou entre as reações do mesmo em situações diferentes. - Testes são construídos a partir de uma amostra representativa da população sobre a qual se observa uma amostra representativa do comportamento dos sujeitos amostrais.

7 TESTES PSICOLÓGICOS: DEFINIÇÃO
 DIFICULDADE EM CONCEITUAR TESTES PSICOLÓGICOS: Mas, afinal o que é um teste psicológico? a) Psicometria Clássica (TCT): medida objetiva e padronizada de um conjunto (amostra) de comportamentos/tarefas que serve para prever ou representar outros comportamentos (presentes ou futuros) - posição monista. b) Psicometria Moderna (TRI): medida objetiva e padronizada de um conjunto de comportamentos/tarefas que representa fisicamente os processos mentais (atributos psicológicos, traços latentes, construto), de modo que se possa prever desempenhos em outras situações - posição dualista. - Necessidade de estabelecer empiricamente relação entre atributo e comportamentos que o representam.

8 TESTES PSICOLÓGICOS: BREVE HISTÓRICO
1880 – Década de F. Galton ( ): - Quanto mais íntegros os sentidos, mais capacidade de conhecimento (melhor as operações mentais). a) impacto ainda hoje na medida das sensações (funções mentais inferiores: sensação, percepção...); b) escalas de atitudes para avaliar reações do sujeito durante o teste; c) contribuições à estatística (precursor da correlação de Pearson). 1890 – Década de J. Cattel ( ): - Também medida das diferenças individuais pelo exame sensorial (acreditava mais “precisos”). - 1º a usar expressão “teste mental”.

9 TESTES PSICOLÓGICOS: BREVE HISTÓRICO
1900 – Década de A. Binet ( ): - Crítica às medidas sensoriais e a especificidade dos testes mentais: interessava era medir as funções mentais superiores (em especial, a inteligência) e de modo mais geral. - Escala Binet e Simon, 1905 (julgamento, compreensão, raciocínio...). Nos EUA, base dos testes de QI. 1900 – Década de C. Spearman ( ): - Mesma época de Binet. - Fundamentos estatísticos da Psicometria clássica: Fator Geral de inteligência.

10 TESTES PSICOLÓGICOS: BREVE HISTÓRICO
– A era dos testes de inteligência: - Escala Binet-Simon; Fator G (Spearman), - Teste de QI: - W. Stern, 1912: QI = - Lewis Terman, 1916: 100 x e classificação quanto ao resultado no teste de QI: > 140: Genialidade : Inteligência muito superior : Inteligência superior 90-110: Inteligência normal (ou média) 80-90: Embotamento 70-80: Limítrofe 50-70: Cretino 20-50: Imbecil < 20: Idiota

11 TESTES PSICOLÓGICOS: BREVE HISTÓRICO
– A era dos testes de inteligência: Teste de QI - D. Weschler, 1939: QI de desvio baseado no escore z z= , onde x: valor; : média; : desvio padrão. (desvio-padrão é uma medida de dispersão: quantifica a dispersão de eventos sob distribuição normal)

12 TESTES PSICOLÓGICOS: BREVE HISTÓRICO
– A era dos testes de inteligência: - 1ª Guerra, 1916: seleção rápida, eficiente, coletiva para o Exército Americano. 1920: profusão de testes psicológicos. 1930 – Década da Análise Fatorial: Crítica culturalista aos testes; Reação da psicometria com a reformulação da tese do Fator G  Fatores Específicos Possibilitada pelo desenvolvimento da análise fatorial.

13 TESTES PSICOLÓGICOS: BREVE HISTÓRICO
– A era da Sistematização: - 2ª Guerra: aperfeiçoamento de novos testes coletivos. - 2 tendências: a) síntese; b) crítica: variadas, destaca-se início da teoria do traço latente (precursor da TRI – Psicometria moderna). 1980 – A era da Psicometria Moderna (TRI): - Não substitui toda a psicometria clássica nem está totalmente desenvolvida.

14 TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS
 VÁRIAS FORMAS DE CLASSIFICAR OS TESTES: - Quanto a: 1. A Objetividade (psicométrico; projetivos/impressionista) 2. O construto (aptidão geral; psicomotricidade, personalidade...) 3. A forma de resposta (verbal, papel-e-lápis, por computador...) ⁰ Testes segundo a forma: - Mais popular: lápis-e-papel (aplicação coletiva, fácil correção) - Caminha-se para uso do computador:

15 TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS
VÁRIAS FORMAS DE CLASSIFICAR OS TESTES: Testes segundo a forma: - Uso do computador: como APLICADOR de teste: Vantagens: apresenta o teste com mais qualidade e clareza, repete sem cansar; segue o ritmo do testando; evita interferências; rapidez na aplicação, correção e interpretação; registros legíveis e motiva o testando; Desvantagens: em aspectos não-mecânicos (observação e integrar dados observados na interpretação) é inferior ao aplicador humano.

16 TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS
Testes segundo a forma: Uso do computador: b) na testagem “adaptativa” (EXECUTOR/“CRIADOR” de teste): - “Cria” testes individualizados a partir de um banco de dados, evitando decorar. - Banco de itens: novos são comparados e classificados quanto aos parâmetros (dificuldade, discriminação, chute...) - Dá-se comando ao computador: teste com X itens de traço latente Y, dificuldade Z, amplitude A e discriminação B.

17 TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS: segundo a objetividade
PSICOMÉTRICO PROJETIVO/IMPRESSIONISTA Descrição Numérica (Teoria da medida) Descrição lingüística Análise Estatística Análise Qualitativa Medir atributos que possuem magnitudes/ dimensões Caracterizar subjetividade/personalidade Padronização rigorosa da aplicação e interpretação Tarefas não-estruturadas interpretadas pelo aplicador Interpretação objetiva, mecânica, segundo normatizações: mesmo escore independente do avaliador. Interpretação subjetiva Resposta com escolha forçada, logo restrita. Resposta livre/ambígua, maior possibilidade de aparecer outros comportamentos. Foco no Produto/resultado Foco no processo Psicólogo: fotógrafo Psicólogo: artista Crítica: artifício estatístico, não atinge a subjetividade Crítica: farsa, arbitrário, interpretacionismo

18 TESTES PSICOLÓGICOS: parâmetros
 Parâmetros de um Teste Psicológico: 1. PADRONIZAÇÃO: uniformidade dos procedimentos de aplicação e interpretação (normatização) do teste, a fim de que os desempenhos sejam comparáveis. 1.1. Procedimentos uniformes: instruções, materiais, tempo, interação, ambiente... - Não pode haver emergências na testagem. (Anastasi e Urbina, 2000, p.26). 1.2. Normas: os sujeitos serão comparados ao escore do indivíduo “médio”/“normal”, tanto nos testes de aptidão quanto nos de personalidade. (Anastasi e Urbina, 2000, p.20) - Devem vir especificadas no manual.

19 TESTES PSICOLÓGICOS: parâmetros
 Parâmetros de um Teste Psicológico:  2. Fidedignidade (precisão): - Consistência dos resultados obtidos (é uma medida de algo?) - Deve vir especificado no manual o método e o coeficiente de precisão obtidos nos estudos amostrais. 3. Validade: - O teste mede o que pretende? (esse algo medido é o que queremos medir?)

20 USO DOS TESTES PSICOLÓGICOS
 Cuidado no uso dos testes: Uso indiscriminado (escolhido para fim ou sujeito diferente do que foi planejado; mal aplicado, interpretado ou usado repetidamente) desrespeita os direitos dos testandos e a invalida o teste. - Efeito do Treinamento sobre os testes: depende da características de cada um, histórico educacional, natureza e tipo e intensidade do treinamento - Os de histórico ruim, beneficiam-se mais - Quanto mais restrito ao conteúdo específico do teste, menos provável afetar o domínio (desempenho de critério). - Pode afetar a validade do teste.

21 USO DOS TESTES PSICOLÓGICOS
 Cuidado no uso dos testes: Familiaridade com o teste (ou itens): melhora o desempenho no teste, afetando a validade. - Instrução em Habilidades Cognitivas Amplas (programa educativo): desenvolver habilidades, hábitos de trabalho e estratégias de resolução de problemas. - melhora o desempenho no teste, sem afetar a validade do teste, e no critério.

22 PSICOMETRIA: definição
 MAS, O QUE É PSICOMETRIA? a) Sentido Restrito: testes/escalas psicológicas. b) Sentido Amplo: ramo da psicologia que se vale do número (da quantificação) para representar os fenômenos psicológicos  Medida em Psicologia (ciências psicossociais) Psicometria  Teoria da Medida. - Porém, especialidade da psicologia e não da estatística “um bom psicometrista, sobretudo prático, não necessita ser um exímio estatístico. Ele deve ser, sim, um exímio conhecedor da teoria psicológica” (Pasquali, 2003, p.12).

23 PSICOMETRIA: teoria da medida
- Discussão epistemológica em torno da utilização do símbolo matemático/número no estudo científico dos fenômenos naturais. Estuda o uso do número na descrição dos fenômenos empíricos: os diferentes fenômenos empíricos são os objetos das diversas ciências que possuem dimensões. - Interface entre matemática e ciência: conhecimentos com estruturas epistemológicas distintas.

24 PSICOMETRIA: teoria da medida
Ciência Matemática Objeto (referente) Fenômenos Naturais (da realidade) Símbolo Numérico (conceito abstrato) Metodologia Observação Sistemática e Controle Dedução Verdade Fato Teorema (postulado) Critério de Verdade Teste Empírico Consistência Interna do Argumento Certeza Relativa (erro) Absoluta Adaptada da Tabela 2-1, p.24, Pasquali, 2003. Ciência Empírica: utiliza da linguagem matemática para expressar (observar, descrever) seu objeto de estudo (fenômenos naturais). - Vantagens da medida: precisão (pode-se estabelecer intervalo de confiabilidade para o resultado) e simulação (produzir experimentos).

25 PSICOMETRIA: teoria da medida
 QUESTÕES BÁSICAS PARA O USO DA MEDIDA: Problema da Representação: é legítimo expressar as propriedades dos fenômenos empíricos por meio de números? Reposta é afirmativa quando forem preservadas as propriedades estruturais do número e as características dos atributos (dimensões descontínuas/discretas) dos fenômenos empíricos (isomorfismo). - Pressupõem-se equivalência de forma entre natureza e sistema lógico matemático.

26 PSICOMETRIA: teoria da medida
 QUESTÕES BÁSICAS PARA O USO DA MEDIDA: Problema da Unicidade da Representação: o número é a melhor forma de representar as propriedades dos objetos empíricos para obter conhecimento sobre eles? Quantitativista respondem afirmativamente, mas a representação numérica tem níveis diferentes de qualidade/precisão de acordo com as propriedades do número que são conservadas (Escala de Medida utilizada). - São as características do objeto empírico que permitem estabelecer quais propriedades numéricas são conservadas.

27 PSICOMETRIA: teoria da medida
 QUESTÕES BÁSICAS PARA O USO DA MEDIDA: Problema do Erro: o erro encontrado nessa medida é aceitável? - Toda medida contém erro (deve vir acompanha o indicador de erro provável). - Teoria da Medida utiliza o número “estatístico” Número Matemático Número Estatístico Unívoco (pontual) Intervalar Invariância (não há interseção) Variância (Erro) Relaciona o número com ele mesmo Relaciona o número com fenômenos empíricos

28 PSICOMETRIA: teoria da medida
 TIPOS DE ERRO: - Medir é estabelecer correspondência entre os pontos do objeto empírico e os do instrumento de medida  correspondência se faz num intervalo. Quanto menor erro, menor o intervalo. Erro de Observação: precisão instrumental; diferenças pessoais; sistemáticos e aleatório (sem causas identificáveis/imprevisível, logo, por definição, impossibilidade de se chegar a erro zero) Erro de Amostragem: não-representatividade da amostra. - Teoria do Erro: tentativa de limitar o erro, considerando que a seqüência de um evento aleatório teria zero como média, distribuída numa curva normal e variância 1.

29 PSICOMETRIA: teoria da medida
TIPOS DE ERRO: Exemplos de Erro de Observação: Erro de benevolência: tomar o sujeito acima do que são o contrário: erro de severidade). Erro de tendência central: concentrar os sujeitos na avaliação média. Efeito de Halo: avaliam conforma a impressão. Erro de contraste: o avaliador se coloca como ponto de referência para avaliar (avaliando de modo oposto ao que faria consigo). Erro do tipo lógico: julgar que dois traços do indivíduo têm relação e avaliar do mesmo modo. Erro de Proximidade: julga que dois traços têm relação hierárquica e avalia conforme a proximidade.

30 PSICOMETRIA: teoria da medida
 PROPRIEDADES (AXIOMAS) BÁSICAS DO SISTEMA NUMÉRICO: a) Identidade: número é idêntico a si e somente a si - Reflexividade: nº são idênticos ou diferentes (a = a ou b  a) - Simetria: se a = b  b = a. - Transitividade: se a = b e b= c  a = c. b) Ordem: todo nº é diferente de outro, sendo um maior que outro (podem ser posto numa seqüência). - Assimetria: a > b, então a  b - Transitividade: a > b e b > c, então a > c - Conectividade: a > b ou b > a - Ordem-denso: intervalo entre dois números inteiros não é vazio.

31 PSICOMETRIA: teoria da medida
 PROPRIEDADES (AXIOMAS) BÁSICAS DO SISTEMA NUMÉRICO: c) Aditividade: a soma de dois números, excetuado o zero, produz outro com as mesmas propriedades, mas em grau maior. - Comutatividade: ordem dos nº não altera o resultado a adição  a + b = b + a. Associatividade: ordem de associação não altera resultado da adição  (a + b) + c = a + (b + c). ATENÇÃO ! Para haver medida propriamente dita, ao menos identidade e ordem devem ser preservadas (quanto mais propriedades conservadas, mais seguro da legitimidade se está).

32 PSICOMETRIA: teoria da medida
 ESCALAS DE MEDIDA: - Dependendo da quantidade de propriedades (axiomas) do sistema numérico que a medida salva, há diferentes escalas de medida. - Quanto mais salva, maior isomorfismo número– procedimento empírico (mais próximo da escala métrica); - 5 elementos do número para determinar a Escala de Medida: identidade, ordem, aditividade (origem e intervalo) e unidade de medida. - A cada escala correspondem estatísticas apropriadas: escala superior pode usar as da inferior (não vice-versa), mas sabendo que são menos eficientes (haverá perda de informação).

33 PSICOMETRIA: teoria da medida
 ESCALAS DE MEDIDA: 1. ESCALA NOMINAL: salva só o axioma de identidade. - Não é propriamente medida/medida precária: trata-se de classificação (diferenças qualitativas e não quantitativas) - Número como nome: rótulo/etiqueta, que pode ser substituído por qualquer outro traço, aplicado ao objeto. - Exigência única: relação unívoca entre o símbolo e o objeto identificado (axioma de identidade). - Ex.: categorizar quanto a sexo, cor da pele, profissão, dividir em grupos... - Estatísticas de freqüência: contagem, percentagem, proporção, moda (nº que ocorre com mais vezes)...

34 PSICOMETRIA: teoria da medida
 ESCALAS DE MEDIDA: 2. ESCALA ORDINAL: além da identidade, conserva axioma de ordem Número representa a posição do objeto relativamente a alguma característica  ordem dos números reflete ordenação das características (atributos) do objeto. Há ordem (nº maior que o outro), mas não há intervalos iguais entre os números. A origem (ponto zero do atributo) pode ser natural ou não (existir ou não um zero absoluto da propriedade mensurada). - Ex.: 1º, 2º e 3º lugar numa corrida não possuem necessariamente a mesma diferença de tempo; grau de escolaridade; num teste de inteligência, percentil 50 não significa 2 vezes mais inteligência que o 25.

35 PSICOMETRIA: teoria da medida
 ESCALAS DE MEDIDA: 2. ESCALA ORDINAL: Estatísticas Não-Paramétricas (números não são adicionáveis): mediana (valor que divide a distribuição em partes iguais), correlação de Spearman, ordem percentílica... ATENÇÃO ! - Em geral, medida em ciências psicossociais é ordinal com origem não-natural  atributos dos fenômenos psicossociais tem magnitudes, o que permite estabelecer uma ordem, mas não se pode determinar o ponto zero (ausência completa do atributo). Ex.: inteligência.

36 PSICOMETRIA: teoria da medida
3. ESCALA INTERVALAR: além dos axiomas de identidade, ordem, conserva intervalos iguais entre os números da medida - Os intervalos entre os números são iguais. - Mas, não há origem natural (não há zero absoluto): números refletem os intervalos entre as propriedades, mas não a quantidade de cada uma (não se pode multiplicar ou dividir os números). - Zero: ponto arbitrário. - Ex.: Entre 10 e 20 e entre 30 e 40 a diferença é de 10, mas 30 não é o dobro de 15; ademais 0 não quer dizer ausência de temperatura. Estatísticas Paramétricas: média, desvio-padrão, análise de variância... 4. ESCALA DE RAZÃO: conserva todos os axiomas (identidade, ordem, intervalos iguais e origem natural). - Escala Métrica: todas as estatísticas.

37 PSICOMETRIA: teoria da medida
 FORMAS DE MEDIDA: forma de atribuir dado número a certa propriedade. Tipos: MEDIDA FUNDAMENTAL (DIRETA): - Quando a propriedade dos objetos empíricos tem unidade-base natural específica ou representação extensiva (suas dimensões podem ser associadas), basta contar as unidades (ex.: tamanho é a soma de X unidades de comprimento) - Refere-se a objetos que podem ser somados. - Instrumento utilizado possui a mesma quantidade padronizada do que se quer medir: medida direta (ex. balança possui unidades de kg).

38 PSICOMETRIA: teoria da medida
 FORMAS DE MEDIDA: forma de atribuir dado número a certa propriedade. Tipos: 2. MEDIDA DERIVADA (INDIRETA): - Mede-se indiretamente ao se estabelecer relação com medidas extensivas. - Depende de prova empírica de que o atributo é afetado independentemente por duas ou mais componentes (que permitem medida fundamental). - Ex.: Velocidade =

39 PSICOMETRIA: teoria da medida
3. MEDIDA POR TEORIA (INDIRETA): - Praticamente, todas as medidas em Ciências Psicossociais. - Não se aplicam requisitos anteriores, sendo medidas com base em leis ou teorias. 3.1. Por Lei: lei estabelece empiricamente relações sistemáticas (covariância) entre variáveis estruturalmente diferentes. Ex.: Lei do Reforço (aumento da freqüência da Resposta pela incidência de Estímulo Reforçador). 3.2. Por Teoria: apenas hipóteses teóricas, postulados ou axiomas, relacionam os atributos a fenômenos da realidade, ainda sem demonstração empírica. - Ex.: Teoria dos testes psicológicos: resposta/comportamento do sujeito e critério (expressa comportamento futuro, na TCT; traço latente, na TRI).

40 PSICOMETRIA: exercícios
 Atribua V ou F para os itens verdadeiros ou falsos, respectivamente. Justifique os que julgou falso. ( ) Os escores brutos de um teste de inteligência foram 20 e 40. Podemos dizer que o segundo tem o dobro de inteligência do primeiro. ( ) A medida de atributos psicológicos permite estabelecer uma origem natural (ponto zero absoluto). ( ) Um fenômeno não precisa conservar todos os axiomas numéricos para se obter mensurações úteis. ( ) Ao utilizar a escala de razão temos certeza absoluta que a medida do fenômeno empírico está correta. ( ) O Teste de QI de Terman ( ) é uma medida da inteligência que se vale da escala nominal. ( ) O Teste de QI de desvio é uma medida da inteligência que se vale da escala intervalar.

41 PSICOMETRIA: exercícios
 Atribua V ou F para os itens verdadeiros ou falsos, respectivamente. Justifique os que julgou falso. ( ) Um teste de personalidade que se utiliza de descrições de situações concretas em relação às quais o sujeito deve se posicionar é uma medida direta (fundamental) do atributo personalidade. ( ) Ao construir um instrumento de medida devo primeiro determinar quais as propriedades do sistema numérico quero preservar e depois verificar quais as propriedades do atributo se adéquam. ( ) Um item de um teste classifica os sujeito quanto ao estado civil. Trata-se de um nível nominal de medida. ( ) Os testes psicométricos tem como metas a objetividade e neutralidade.


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