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Profª Clair Castilhos Coelho Departamento de Saúde Pública - UFSC

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Apresentação em tema: "Profª Clair Castilhos Coelho Departamento de Saúde Pública - UFSC"— Transcrição da apresentação:

1 Profª Clair Castilhos Coelho Departamento de Saúde Pública - UFSC
Saúde da Mulher, Morte Materna e Aborto Profª Clair Castilhos Coelho Departamento de Saúde Pública - UFSC

2 SOBRE O CORPO E O CONTROLE DA SOCIEDADE
“O controle da sociedade sobre os indivíduos não se opera simplesmente pela consciência ou pela ideologia, mas começa no corpo, com o corpo. Foi no biológico, no somático, no corporal que, antes de tudo, investiu a sociedade capitalista. O corpo é uma realidade bio-política. A medicina é uma estratégia bio-política”.(FOUCAULT, M. O nascimento da Medicina Social, p. 80 in Microfísica do Poder. Graal, Rio de Janeiro, 1979.)

3 CONCEITOS “(...)A DOENÇA, A SAÚDE E A MORTE NÃO SE REDUZEM A UMA EVIDÊNCIA ORGÂNICA, NATURAL, OBJETIVA, MAS ESTÃO INTIMAMENTE RELACIONADAS COM AS CARACTERÍSTICAS DE CADA SOCIEDADE (...) A DOENÇA É UMA REALIDADE CONSTRUÍDA E (...) O DOENTE É UM PERSONAGEM SOCIAL.” (CECÍLIA MINAYO – O DESAFIO DO CONHECIMENTO)

4 SAÚDE DA MULHER Lutas do movimento feminista: promoção, proteção e recuperação dos corpos femininos, independentes do período reprodutivo e/ou gestacional. 1983–Ministério da Saúde - Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM). 2004–2007: Ministério da Saúde - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Historicamente, as políticas de saúde da mulher são vinculadas à maternidade e à infância (Programa Materno-Infantil). Estas ações programáticas visam reduzir as principais causas de adoecimento e morte das mulheres.

5 PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE DA POPULAÇÃO FEMININA BRASIL – 2004.
Doenças cardiovasculares, destacando-se o infarto agudo do miocárdio. Acidente Vascular Cerebral – AVC (“derrame”) Neoplasias (câncer) - principalmente o câncer de mama, de pulmão e o de colo do útero; Doenças do Aparelho Respiratório, marcadamente as pneumonias (que podem estar encobrindo casos de AIDS não diagnosticados); Doenças Endócrinas, nutricionais e metabólicas, com destaque para o diabetes; Causas Externas.

6 MORTALIDADE LIGADA AO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL E AO ABORTO
Não aparece entre as dez primeiras causas de óbito nessa faixa etária. A gravidade do problema é evidenciada quando se observa que: A gravidez é um evento relacionado à vivência da sexualidade, portanto não é doença, e que, em 92% dos casos, estas mortes maternas são evitáveis. Outro dado assustador é que grande parte das mulheres que morrem de causas ligadas ao parto realizou o pré-natal, o que remete à qualidade dos serviços prestados. Alta mortalidade por Aborto (problema de Saúde Pública) Alta incidência de sífilis congênita, 12 casos/1000 nascidos vivos; no SUS, a hipertensão arterial é a maior causa de morte materna; apenas 41,01% das gestantes inscritas no Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento receberam a segunda dose de vacina antitetânica

7 Morte Materna Conceito
É a morte de uma mulher durante a gravidez, durante o parto e após o nascimento da criança (puerpério). O período vai desde a fecundação até o 42º dia após o parto ou término da gestação.

8 Indicadores de Morte Materna
Razão de Mortalidade Materna BRASIL: 54 para nascidos vivos em O dado corrigido vai a 75 para nascidos vivos. CANADÁ: 3 para n.v. SUÉCIA: 1 para n.v.

9 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Pesquisa mostra que as mulheres de 20 a 24 anos são as que mais sofrem internações por complicações decorrentes do aborto. "Esta é a faixa etária de maior fecundidade“(Monteiro,2007) o subregistro de morte materna no país, cuja taxa encontra-se em um patamar de 40%. "Esse índice é alto, mas é compatível a outros países em desenvolvimento ou desenvolvidos. A morte materna é uma das mortes mais subnotificadas no mundo, sendo evitável em 90% dos casos“ (Monteiro,2007)

10 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
O peso do aborto na mortalidade materna no período de 2000 a 2004, baseando-se na esperança de vida da mulher em relação à idade em que ocorreu o óbito por aborto. Os resultados mostram que o grupo mais atingido é o de 20 a 29 anos, que nestes quatro anos perdeu anos em conseqüência desses óbitos.

11 DETERMINANTES DE RAÇA/ETNIA
Mário Monteiro também salientou que o aborto tem um diferencial associado à raça e à situação econômica da mulher. "Se analisarmos as quatro maiores causas de mortalidade materna - hipertensão, hemorragia, infecção e aborto - vemos que o risco de morte a que estão submetidas as mulheres negras é bem maior do que o das mulheres brancas“. segundo as estatísticas envolvendo três grupos étnicos, o risco da gravidez de uma mulher negra terminar em aborto é de 9,4, das mulheres pardas é de 5,2 e o das mulheres brancas é de 3,2.

12 DATASUS O estudo tem como base os números de internações de mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS) como conseqüência do abortamento induzido, entre 1992 e 2005. No início da década de 90 foram registradas 350 mil internações na rede pública de saúde, índice que diminuiu para 250 mil em 2005.

13 HIPÓTESES PARA A REDUÇÃO
1)A redução deve-se à possibilidade de que o uso de misoprostol (comercializado com o nome de Cytotec) tenha reduzido a necessidade de internações . 2)Aumento no nível de educação das mulheres as fez adotar métodos anticoncepcionais seguros com mais eficácia, reduzindo assim a gravidez indesejada e o número de abortos induzidos“(Monteiro,2007).

14 Regiões do Brasil A região norte do país, apesar de uma menor população, aparece no estudo como a única em que o número de internações aumentou em relação a de para em São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília são, segundo a investigação, os cinco municípios com maior número de internações no SUS por abortamento em 2005.

15 Regiões do Brasil "O sul, por sua vez, é a região onde a cobertura de anticoncepcionais e a educação são maiores, portanto o risco de uma gravidez indesejada é menor“(Monteiro,2007)

16 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS
Atingem níveis preocupantes. A transmissão heterossexual é uma das principais vias, notadamente mulheres monogâmicas, casadas, pobres, residentes em cidades de porte médio e interior. Isso caracteriza a interiorização e pauperização da epidemia, segundo o já citado documento do MS.

17 OUTROS GRUPOS DE MULHERES
Graves problemas relacionados às mulheres negras, índias, lésbicas, trabalhadoras rurais e urbanas, adolescentes, as vítimas de violência doméstica, de assédio sexual, assédio moral, com especificidades e morbo-mortalidade que na maioria das vezes não são consideradas quando do planejamento e implementação das ações de promoção, proteção e recuperação da saúde.

18 ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MULHERES BRASILEIRAS
MAIORES CAUSAS DE ADOECIMENTO E MORTE SÃO AS CONDIÇÕES DE TRABALHO, POBREZA, PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO, MEDICALIZAÇÃO DO CORPO E PRECARIEDADE DA ASSISTÊNCIA. CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO, CLANDESTINIDADE, DADOS PRECÁRIOS PARA O PLANEJAMENTO DA PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ INDESEJADA. SITUAÇÃO AGRAVADA COM: A POLÍTICA ECONÔMICA DAS ÚLTIMAS DÉCADAS, SERVIL E SUBSERVIENTE, AO CAPITAL FINANCEIRO NACIONAL E INTERNACIONAL. A DESUMANA INVERSÃO DE PRIORIDADES COLOCANDO A SAÚDE DAS MULHERES, PRINCIPALMENTE AS DA CLASSE TRABALHADORA, COMO MERCADORIA QUE PODE SER NEGOCIADAS EM ACORDOS INTERNACIONAIS COM O FMI E O BANCO MUNDIAL.


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