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Mercado de capitais Conteúdos: Unidade 1 – Introdução

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Apresentação em tema: "Mercado de capitais Conteúdos: Unidade 1 – Introdução"— Transcrição da apresentação:

1 Mercado de capitais Conteúdos: Unidade 1 – Introdução
Unidade 2 – Poupança e Investimento Unidade 3 – Ativos Financeiros Unidade 4 – Mercado de Ações Unidade 5 – Mercado Primário Unidade 6 – Mercado Secundário de Ações Unidade 7 – Análise de Ações Unidade 8 – Ponto de Retorno,Topos, Fundos, Suportes e Resistências Unidade 9 – Análise Fundamentalista Unidade 10 – Introdução ao Mercado de Derivativos

2 Existem Três Caminhos para Associar a Poupança ao Investimento:
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO Existem Três Caminhos para Associar a Poupança ao Investimento: O autofinanciamento, em que as empresas geram internamente seus próprios recursos O governo, quando financia certas atividades usando a arrecadação de tributos ou a imposição de mecanismos compulsórios de poupança O financiamento por meio de mercados financeiros

3 Precondições para a Intermediação Financeira
Superação do escambo Existência de moeda Excedente financeiro Bases institucionais para o funcionamento do mercado de intermediação financeira Existência de agentes econômicos dispostos a trocar ativos monetários por ativos financeiros, dados os riscos e ganhos reais possíveis

4 Funções da Intermediação Financeira
O processo da intermediação financeira funciona por meio da transferência de recursos entre ofertantes e tomadores. Para realizar essa transferência, cumpre-se as seguintes funções: Gestão do sistema de pagamentos na economia; Responsabilidade fiduciária perante os ofertantes; Gestão entre ativos/passivos, reduzindo os riscos de liquidez, preços e créditos; Compatibilização dos prazos entre agentes superavitários e deficitários; Aumento da eficiência do sistema todo, alocando os melhores recursos nos melhores projetos.

5 Mercado financeiro Podemos definir mercado financeiro como o lugar pelo qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus preços. Com o desenvolvimento da informática e telecomunicações a característica física perdeu sua importância.

6 Os mercados financeiros devem cumprir as seguintes funções:
Estabelecer o contato entre os agentes superavitários e deficitários; Ser um mecanismo eficiente de fixação de preços para os ativos; proporcionar liquidez aos ativos; e reduzir os prazos e os custos da intermediação. Os mercados financeiros devem cumprir dois tipos de eficiência: Eficiência da distribuição, que se baseia no fato de que os recursos sejam direcionados aos setores que ofereçam maiores rendimentos ao investidor. Eficiência operacional, que se refere a alocação dos recursos ao custo mais baixo possível.

7 Formas de classificação dos mercados financeiros
Critério Classificação 1. Grau de transformação dos ativos Direto (sem transformação); Indireto (com transformação) 2. Forma de funcionamento Busca direta; Comissionados (brokers); Mediadores (dealers); e Leilão 3. Tipos de ativos Monetários; Capitais 4. Fase de negociação Primários; Secundários 5. Prazo ou condições A vista ou spot/ Futuros; Opções 6. Tipo de moeda Moeda local; Moeda estrangeira 7. Grau de intervenção Livres; Regulados 8. Grau de formalização Organizados; Não organizados 9. Grau de concentração Centralizados; Não centralizados 10. Necessidades dos clientes Crédito; Capitais; Cambial; Monetária

8 Características e tipos de operações
Classificação dos mercados financeiros com base nas necessidades dos clientes Critério Características e tipos de operações De Crédito Supre as necessidades de crédito de curto e médio prazos; por exemplo, capital de giro para empresas e consumo para as famílias. De Capitais Supre as necessidades de financiamento de longo prazo; por exemplo, investimentos para as empresas e aquisição de bens duráveis para as famílias. Monetário Supre as necessidades do governo de fazer política monetária e dos agentes e intermediários de caixa. Nesse segmento são realizadas operações de curto e curtíssimo prazos e sua liquidez é regulada pelas autoridades monetárias. Cambial Supre as necessidades quanto à realização das operações de compra e venda de moeda estrangeira.

9 Definição de Mercado de Capitais
Conjunto de instituições que negociam com títulos e valores mobiliários, objetivando a canalização dos recursos dos agentes vendedores. Ou seja, o mercado de capitais representa um sistema de distribuição de valores mobiliários que tem o propósito de viabilizar a capitalização das empresas e dar liquidez aos títulos emitidos por elas. Importância do Mercado de Capitais no Desenvolvimento Econômico O mercado de capitais e, especificamente, o mercado de ações, constitui possibilidade importante para a realização de investimentos de riscos diluídos e representa uma das maiores fontes de desenvolvimento econômico. O crescimento e o desenvolvimento de uma economia estão diretamente relacionados com os mecanismos de canalização de suas poupanças para o investimento produtivo.

10 UNIDADE 2 - POUPANÇA E INVESTIMENTO
Em qualquer sociedade humana organizada existe o processo de formação da renda, que se origina nas necessidades que o homem tem, de sobrevivência e bem-estar. FATOR RENDA TERRA ALUGUEL CAPITAL JUROS TRABALHO SALÁRIO CAPACIDADE EMPREENDEDORA LUCRO

11 POUPANÇA E INVESTIMENTO
Nas sociedades que têm economia em equilíbrio, a renda não é consumida integralmente. A parte não consumida chama-se poupança. Renda = Consumo + Poupança ou Poupança = Renda - Consumo Os recursos da poupança podem ser utilizados em atividades produtivas, utilizando os fatores de produção que podem aumentar ainda mais a renda. Estes fatores podem determinar o nível de consumo. O sentido macroeconômico do processo poupança investimento na distribuição da renda se consubstancia em alocar recursos comprometidos com a produção, as rendas e o consumo para a produção de bens de capital, visando aumentar o estoque de capital real (não capital financeiro), gerando novos instrumentos de produção, novos postos de trabalho, novas necessidades em transporte, armazenagem, finanças, etc.

12 POUPANÇA E INVESTIMENTO
A poupança que gera recursos de investimento depende basicamente de: Capacidade de poupar – função do nível de renda. Os mais ricos poupam mais, em níveis absolutos e relativos; Desejo de poupar – motivações: pecúlio; insegurança; vontade de acumular; ambição; educação, etc. Oportunidade de poupar – existência de instrumentos que atendam exigências em termos de prazo, risco, benefícios esperados, etc. Definições básicas: Liquidez – capacidade de comprar e vender investimentos com o mínimo de esforço; um investimento líquido deve ter sempre compradores e vendedores; Lucratividade – capacidade de auferir lucro com os investimentos; um investimento lucrativo deve aumentar o valor real dos capitais aplicados; Segurança – capacidade de receber de volta os capitais aplicados; um investimento seguro deve sempre valer pelo menos o que se pagou por ele.

13 POUPANÇA E INVESTIMENTO
A partir dessa avaliação, o poupador / investidor realiza seu processo de seleção de investimentos. Levando em conta a vida útil de um investidor, desde o começo, pode-se construir uma matriz de motivações para a qual existe um elenco de tipos de investimento a oferecer: Motivação 1 Motivação 2 Motivação 3 Comentários Poupar segurança liquidez lucratividade Poupança oferece conveniência mercadológica Ser credor Títulos de crédito buscam melhor rendimentos via juros de mercado Participar Aceita o risco em busca de um prêmio: lucro > juros de mercado no mercado de ações Possuir É dono da empresa; sua motivação é a de produzir; não pensa em vendê-la

14 POUPANÇA EM PAÍSES MENOS DESENVOLVIDOS
Em alguns países, poupar é um hábito comum na população. As oportunidades multiplicam-se na Economia de forma espontânea, a partir da intensificação do desejo de poupar. O processo é constantemente realimentado pelos intermediários financeiros, e nem as fronteiras representam obstáculo às atitudes de poupar e investir. KEYNES Poupança é função do nível de renda Quando cresce a renda, cresce a poupança, em termos absolutos e relativos. Ricos poupam mais do que pobres. DUESENBERRY Poupança e consumo dependem do que fazem outras pessoas da mesma classe social Efeito demonstração mostra que aumento de renda de um país, se não afetar sua distribuição, não altera relação poupança / renda. MODIGLIANI, BRUMBERG E ANDO Ciclo de vida Pessoas tendem a acumular poupanças segundo plano geral de vida. Taxa de poupança é afetada pela idade e taxa de crescimento populacional. MILTON FRIEDMAN Renda permanente Famílias tendem a consumir parte da renda atual ou renda previsível. Se rendas aumentam ou diminuem, a tendência é de manter o nível de consumo.

15 INVESTIMENTO EM PAÍSES MENOS DESENVOLVIDOS
O desenvolvimento econômico parte de premissas diferentes, conforme o regime político dominante e o estágio de riqueza da sociedade: Economia socialista Escritórios de planejamento decidem o volume de investimento Atendimento de necessidades sociais básicas, sem julgamento de mérito, política de pleno emprego, socialização dos fatores de produção, administração compulsória do valor interno e externo da moeda. Economia capitalista Empresários assumem decisões de investimento Consideram: capitais próprios; oportunidades particulares de investimento; oportunidades de mercado; recursos externos disponíveis. Países menos desenvolvidos Poucos empresários detêm capital próprio disponível Muitas alternativas de investimento não exploradas; Não-acesso ao mercado de capitais impõe limites quanto ao tamanho e natureza dos empreendimentos; Recursos tendem a buscar projetos pouco rentáveis; Oportunidades lucrativas não encontram fontes adequadas de financiamento, ou tem prazos e custos inadequados, por causa da inflação.

16 UNIDADE 3 - ATIVOS FINANCEIROS
Ativo: Bens, direitos e valores pertencentes a uma empresa ou pessoa. Ex: Imóveis, dinheiro aplicado, ações, jóias, etc. No mercado financeiro é comumente utilizado o sinônimo equivalente em inglês – asset. Os ativos têm três características: liquidez (conversibilidade em outros ativos ou bens), risco (possibilidade de perda) e rentabilidade (capacidade de ganho). Ativo financeiro: Todo e qualquer título representativo de parte patrimonial ou dívida. São créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária, bem como os valores numerários (dinheiro em espécie). Os ativos financeiros são títulos emitidos pelos agentes deficitários que representam uma forma de manter a riqueza de seus possuidores e um compromisso por parte dos que o geram. Qualquer papel ou certificado representativo de valor mobiliário (ação, letra de câmbio etc.)

17 PRINCIPAIS ATIVOS FINANCEIROS
TÍTULOS PÚBLICOS TÍTULOS PRIVADOS PROPRIEDADE CRÉDITO FEDERAIS ESTADUAIS MUNICIPAIS Os ativos podem ser divididos em três grupos distintos: Títulos de renda fixa: que prometem rendimento fixo (taxa pré-fixada) ou determinados por parâmetros conhecidos (taxa pós-fixada) Títulos patrimoniais: que representam participação na propriedade de uma empresa. Esses títulos, ao contrário dos anteriores, não prometem rendimento específico aos proprietários (acionistas), sua remuneração é baseada nos dividendos que a empresa possa pagar e na valorização de seus ativos. Se a empresa for bem-sucedida, seu valor patrimonial aumentará; caso contrário, diminuirá. Portanto, pode-se dizer que esses títulos tem renda variável. Títulos derivativos: que têm seus rendimentos determinados ou derivados dos preços de outros ativos, como os contratos de opções e de futuros. Esses títulos podem ser emitidos com base em moedas, mercadorias, ações etc.

18 PRINCIPAIS PODUTOS FINANCEIROS
Exemplos de ativos financeiros: 1 CDB/RDB 2 CDI 3 Hot money 4 Desconto de duplicatas e notas promissórias 5 Factoring 6 Commercial papers 7 Warrants 8 Export note 9 Debêntures 10 Securitização de recebíveis 11 Ações Mercado de capitais Segmento do mercado financeiro onde se realizam as operações de compra e venda de ações, títulos e valores mobiliários, efetuadas entre empresas, investidores e/ou poupadores, com intermediação obrigatória de instituições financeiras do Sistema de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários, componente do SFN - Sistema Financeiro Nacional.

19 BOLSAS DE VALORES DEFINIÇÃO:
São associações civis, sem fins lucrativos. Seu patrimônio é representado por títulos que pertencem às corretoras membros. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa, mas estão sujeitas à supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e obedecem as diretrizes e políticas emanadas do Conselho Monetário Nacional. Ver organograma abaixo: Conselho Monetário Nacional - CMN Banco Central do Brasil - BC Comissão de Valores Mobiliários - CVM Secretaria de Previdência Complementar Superintendência de Seguros Privados INTEGRAÇÃO DAS BOLSAS NO BRASIL Com a assinatura dos acordos de integração, que uniram as Bolsas de Valores de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas-Espírito Santo-Brasília, do Extremo Sul, de Santos, da Bahia-Sergipe-Alagoas, de Pernambuco e Paraíba, do Paraná e a Bolsa Regional, o mercado de valores mobiliários está integrado, em âmbito nacional, com a participação de Sociedades Corretoras de todas as regiões do país. A BOVESPA passou a concentrar toda a negociação com ações, enquanto que a Bolsa do Rio é a responsável pelas transações de títulos públicos. As outras Bolsas regionais mantêm as atividades de desenvolvimento do mercado e de prestação de serviços à praça local.

20 Volume médio diário negociado na Bovespa (em R$ milhões)
Valor de mercado das empresas listadas na Bovespa (em R$ bilhões)

21 OBJETIVOS E ATIVIDADES DAS BOLSAS DE VALORES
Manter local adequado à realização, entre corretores, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercados livres, organizados e fiscalizados pelos próprios membros; Criar e organizar os meios materiais, os recursos técnicos e as dependências para o funcionamento administrativo, bem como os pregões; Gerenciar o mecanismo de registro e liquidação das operações realizadas; Estabelecer sistema de negociação que assegure continuidade das cotações e liquidez de mercado; Fiscalizar o cumprimento da legalidade dentre corretoras e empresas emissoras de títulos e valores mobiliários; Dar ampla e rápida divulgação às operações efetuadas em seu pregão; Assegurar aos investidores a garantia pelos títulos e valores negociados; Exercer todas as prerrogativas legais à bolsa permitida por lei.

22 UNIDADE 4 - MERCADO DE AÇÕES
Definição: segmento do mercado de capitais onde se negociam as ações. Ativos Privados de Renda Variável Ações Títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emitente. O investidor em ações é um co-proprietário da sociedade anônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão. Tipos Ordinárias - Proporcionam participação nos resultados da empresa e conferem ao acionista o direito de voto em assembléias gerais. Preferenciais - Garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído às ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade. Formas Nominativas - Cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emitente, identificando novo acionista. Escriturais - Ações que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como uma conta corrente, na qual os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas, não havendo movimentação física dos documentos. Ação cuja propriedade é caracterizada por extrato de conta de depósito do titular, em instituição financeira depositária que for designada. Não emite certificado.

23 ARACRUZ PNA – ARACRUZ PNB COMGAS PNA - COMGAS PNB
Classes As empresas também podem emitir diferentes classes de ações. Algumas recebem a classificação A, B, C, ou alguma outra letra, conforme objetivos específicos. A empresa tem liberdade para criar quantas classes quiser. Ela pode estabelecer em seus estatutos valores diferenciados de dividendos ou proventos especiais para cada classe de ação. As classes também podem indicar restrições quanto à posse das ações, como por exemplo, restrição ao investimento de estrangeiros. As subdivisões são: PNA (ações PN de classe A), PNB (ações preferenciais de classe B) e, em geral, seguem desta forma até PNH (ações preferenciais de classe H). Se a empresa quiser, por exemplo, pode continuar emitindo outras classes de ações, chegando até a uma PNZ. Hoje em dia, as empresas dificilmente criam essas séries de ações. Exemplo: ARACRUZ PNA – ARACRUZ PNB COMGAS PNA - COMGAS PNB CELESC PNA - CELESC PNB ARACRUZ – COMPOSIÇÃO DAS AÇÕES Fonte:

24 ação preferencial Ação que confere ao titular: a) prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo b) prioridade no reembolso do capital, com ou sem prêmio c) acumulação dessas preferências e vantagens. Independentemente do direito de receber ou não o valor de reembolso do capital com prêmio ou sem ele, as ações preferenciais sem direito de voto ou com restrição ao exercício deste direito, somente serão admitidas à negociação no mercado de valores mobiliários se a elas for atribuída pelo menos uma das seguintes preferências ou vantagens: a) direito de participar do dividendo a ser distribuído, correspondente a, pelo menos, 25% do lucro líquido do exercício, de acordo com o seguinte critério: 1. prioridade no recebimento dos dividendos correspondente a, no mínimo, 3% do valor do patrimônio líquido da ação; 2. direito de participar dos lucros distribuídos em igualdade de condições com as ordinárias, depois de a estas assegurado dividendo igual ao mínimo prioritário estabelecido, ou b) direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, pelo menos 10% maior do que o atribuído a cada ação ordinária ou c) direito de serem incluídas na oferta pública de alienação de controle, assegurado o dividendo pelo menos igual ao das ações ordinárias. O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% do total das ações emitidas. Deverão constar do estatuto social, com precisão e minúcia, outras preferências ou vantagens que sejam atribuídas aos acionistas sem direito a voto, ou com voto restrito, além das previstas acima.

25 Rentabilidade É variável. Parte dela, composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa, advém da posse da ação; outra parte advém do eventual ganho de capital na venda da ação. Dividendos A participação nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de distribuição de dividendos em dinheiro, em percentual a ser definido pela empresa, de acordo com os seus resultados, referentes ao período correspondente ao direito. Quando uma empresa obtém lucro, em geral é feito um rateio, que destina parte deste lucro para reinvestimentos, parte para reservas e parte para pagamento de dividendos. Juros sobre o Capital Próprio As empresas, na distribuição de resultados aos seus acionistas, podem optar por remunerá-los por meio do pagamento de juros sobre o capital próprio, em vez de distribuir dividendos, desde que sejam atendidas determinadas condições estabelecidas em regulamentação específica. Bonificação em Ações Advém do aumento de capital de uma sociedade, mediante a incorporação de reservas e lucros, quando são distribuídas gratuitamente novas ações a seus acionistas, em número proporcional às já possuídas. Bonificações em Dinheiro Excepcionalmente, além dos dividendos, uma empresa poderá conceder a seus acionistas uma participação adicional nos lucros, por meio de uma bonificação em dinheiro. Direitos de Subscrição É o direito de aquisição de novo lote de ações pelos acionistas — com preferência na subscrição — em quantidade proporcional às possuídas, em contrapartida à estratégia de aumento de capital da empresa. Venda de Direitos de Subscrição Como não é obrigatório o exercício de preferência na subscrição de novas ações, o acionista poderá vender a terceiros, em bolsa, os direitos que detém.

26 Como funciona o mercado de ações Comprar e vender ações não é difícil, mas o processo tem suas próprias regras, uma linguagem peculiar e um conjunto de pessoas envolvidas para fazê-lo funcionar. Cerca de 1 milhão de brasileiros investem em ações. Boa parte deles compra e vende ações através de uma corretora, que é uma instituição financeira credenciada na bolsa de valores. Em corretoras tradicionais as ordens de compra e venda são executadas por operadores habilitados pela bolsa. A execução das ordens de compra e venda seguem a ordem abaixo. a) O cliente liga para a corretora e, após conversa com o operador, determina a operação que deseja fazer. Neste momento, são estabelecidas as condições de compra ou venda das ações; b) O operador executa a ordem através de um terminal ou repassa o pedido ao operador de pregão. No entanto, nem sempre a ordem é executada, uma vez que os valores de mercado das ações podem oscilar bastante; c) O operador confirma a execução para o cliente e registra a operação em seu sistema; d) Em seguida, o pessoal de retaguarda recebe a confirmação e providencia a liquidação física (transferência das ações) e financeira (pagamento ou recebimento dos fundos) da operação. O Cliente pode também operar pela internet através de um home broker (disponibilizado por uma corretora) que se utiliza do sistema Megabolsa da Bovespa.

27 O que é o Índice Bovespa? É o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 2/1/1968, a partir de uma aplicação hipotética. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como re-inversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes. Extremamente confiável e com uma metodologia de fácil acompanhamento pelo mercado, o Índice Bovespa representa fielmente o comportamento médio das principais ações transacionadas, e o perfil das negociações a vista observadas nos pregões da BOVESPA. O Índice Bovespa é o somatório dos pesos (quantidade teórica da ação multiplicada pelo último preço da mesma) das ações integrantes de sua carteira teórica. Assim sendo, pode ser apurado, a qualquer momento, por meio da seguinte fórmula: onde: Ibovespa t = Índice Bovespa no instante t; n = número total de ações componentes da carteira teórica; P = último preço da ação “i” no instante t; Q = quantidade teórica da ação “i” na carteira no instante t.

28 CARTEIRA TEÓRICA: é integrada pelas ações que, em conjunto, representaram 80% do volume transacionado a vista nos 12 meses anteriores à formação da carteira. A carteira teórica é composta pelas ações que atenderam cumulativamente aos seguintes critérios, com relação aos doze meses anteriores à formação da carteira: a) estar incluída em uma relação de ações cujos índices de negociabilidade somados representem 80% do valor acumulado de todos os índices individuais; b) apresentar participação, em termos de volume, superior a 0,1% do total; c) ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período. Para que sua representatividade se mantenha ao longo do tempo, é feita uma reavaliação quadrimestral, alterando-se composição e peso da carteira. Considerando-se seu rigor metodológico e o fato de que a Bovespa concentra mais de 90% dos negócios do País, trata-se do mais importante índice disponível, permitindo tanto avaliações de curtíssimo prazo como observações de expressivas séries de tempo.

29 UNIDADE 5 - MERCADO PRIMÁRIO DE AÇÕES
A EMPRESA EM FASE DE CRESCIMENTO NECESSITA DE RECURSOS FINANCEIROS PARA FINANCIAR SEUS PROJETOS DE EXPANSÃO. MESMO QUE O RETORNO OFERECIDO PELO PROJETO SEJA SUPERIOR AO CUSTO DE UM EMPRÉSTIMO, O RISCO DO NEGÓCIO RECOMENDA QUE EXISTA UM BALANCEANDO ENTRE O FINANCIAMENTO DO PROJETO COM RECURSOS EXTERNOS E PRÓPRIOS. PARA TANTO PODERÁ RECORRER AS FONTES INDICADAS NA FIGURA ABAIXO: PASSIVO CIRCULANTE EXTERNAS EXIGÍVEL A LONGO PRAZO FONTES DE FINANCIAMENTO PARA A EMPRESA APORTE DE CAPITAL DOS ATUAIS SÓCIOS CAPITAL AÇÕES PREFERENCIAIS AÇÕES ORDINÁRIAS ABERTURA DE CAPITAL PRÓPRIAS LUCROS RETIDOS

30 ESTA SUBSCRIÇÃO PODE SE APRESENTAR DE DUAS FORMAS:
COMO FOI VISTO ANTERIORMENTE, DE ACORDO COM SUA ESTRUTURA, O MERCADO ACIONÁRIO PODE SER DIVIDIDO EM DUAS ETAPAS: MERCADO PRIMÁRIO E MERCADO SECUNDÁRIO. MERCADO PRIMÁRIO: ONDE SE NEGOCIA A SUBSCRIÇÃO (VENDA) DE NOVAS AÇÕES AO PÚBLICO, OU SEJA, NO QUAL A EMPRESA OBTÉM RECURSOS PARA SEUS EMPREENDIMENTOS. ESTA SUBSCRIÇÃO PODE SE APRESENTAR DE DUAS FORMAS: PARTICULAR – OFERECIDA AOS ANTIGOS ACIONISTAS DA EMPRESA E É FEITA DIRETAMENTE NA SEDE DA EMPRESA OU POR INTERMÉDIO DA BOLSA DE VALORES. PÚBLICA – TAMBÉM CONHECIDA COMO UNDERWRITING É UM ESQUEMA DE LANÇAMENTO DE UMA EMISSÃO DE AÇÕES PARA SUBSCRIÇÃO PÚBLICA, NA QUAL A EMPRESA ENCARREGA A UM INTERMEDIÁRIO FINANCEIRO A COLOCAÇÃO DESSES TÍTULOS NO MERCADO. NESTA ETAPA OCORRE A PRIMEIRA NEGOCIAÇÃO DA AÇÃO. Primeira etapa: mercado primário Criação de títulos Capitalização das empresas Segunda etapa: mercado secundário Negociação de títulos Criação de liquidez

31 INTERMEDIÁRIO FINANCEIRO
PROCESSO DE ABERTURA DE CAPITAL De acordo com a lei das sociedades anônimas, uma empresa terá obrigatoriamente que emitir, no máximo, 1/3 do seu capital social em ações ordinárias e no mínimo 2/3 de ações preferenciais. A abertura de capital exige o cumprimento de uma série de etapas. As etapas são as seguintes: Análise preliminar sobre a conveniência da abertura. Escolha de auditoria independente. Escolha de intermediário financeiro. Estudos técnicos para a definição de preço e volume da operação. Adaptação dos Estatutos e outros procedimentos legais. Contratos de coordenação e distribuição. AGE deliberativa da operação e período de preferência. Processos de obtenção de registros na CVM. Processo de registro da empresa em Bolsa de Valores. Formação do “pool” de distribuição. Marketing para atingir os investidores potenciais. Anúncio de início de distribuição pública. Subscrição dos novos títulos ou leilão em Bolsa. Liquidação financeira. Anúncio de encerramento de distribuição pública. Manutenção da Condição de Companhia Aberta. Política de Distribuição de Resultados. A legislação básica referente a essas etapas. EMPRESA OU ACIONISTA INTERMEDIÁRIO FINANCEIRO INVESTIDOR TÍTULOS $

32 TIPOS DE CONTRATOS DE UNDERWRITING
UNDERWRITING FIRME (STRAIGHT) Subscrição em que a instituição financeira subscreve integralmente a emissão para revendê-la posteriormente ao público. Selecionando esta opção a empresa assegura a entrada de recursos. O risco de mercado é do intermediário financeiro. UNDERWRITING RESIDUAL (STAND-BY) Subscrição em que a instituição financeira se compromete a colocar as sobras junto ao público em determinado espaço de tempo, após o qual ela mesmo subscreve o total das ações não colocadas. Decorrido o prazo, o risco de mercado é do intermediário financeiro. UNDERWRITING DE MELHORES ESFORÇOS (BEST EFFORTS) Subscrição em que a instituição financeira se compromete a realizar os melhores esforços para a colocação junto ao mercado das sobras do lançamento. Não há comprometimento por parte do intermediário para a colocação efetiva de todas as ações. A empresa assume os riscos da aceitação ou não das ações lançadas por parte do mercado. EM SÍNTESE: TIPOS DE CONTRATO RISCO DE SUBSCRIÇÃO FIRME DO INTERMEDIÁRIO RESIDUAL COMPARTILHADO MELHORES ESFORÇOS DA EMPRESA

33 UNIDADE 6 - MERCADO SECUNDÁRIO DE AÇÕES
Contextualização: Depois da compra de ações no mercado primário, o investidor pode, em determinado momento, desejar converter as aplicações em ações em dinheiro, vendendo suas ações para um outro comprador. Para realizar a operação, o vendedor deverá recorrer a um escritório credenciado a operar com valores, para realize uma operação denominada secundária. Definição: O mercado secundário de ações é onde se transferem títulos entre investidores e/ou instituições. Portanto, torna-se uma condição para a existência do mercado primário, em que as empresas podem efetivamente obter recursos financeiros. O fator fundamental na decisão do investidor quando compra ações de novos lançamentos é a possibilidade de que, mais tarde, ao necessitar do total ou parte do capital investido, possa desfazer-se delas e reaver o seu dinheiro os ganhos correspondentes. Função: Pode-se concluir que a função do mercado secundário, onde atuam as bolsas de valores, é dar liquidez ao investidor possibilitando que, no momento que realizar uma operação de venda, exista o comprador e vice-versa, o que viabilizará o crescimento do mercado primário. Diferença: A diferença básica entre os mercados primário e secundário é que enquanto o primeiro caracteriza-se pelo encaixe de recursos na empresa, o segundo, pela mera transação entre compradores e vendedores de ações, não traz recursos à empresa que emitiu as ações.

34 Mercado de bolsa de valores
FASES DA NEGOCIAÇÃO COM AÇÕES Público B Companhia aberta X Público A Ação X $ Mercado secundário Mercado primário MERCADOS SECUNDÁRIOS DE BALCÃO E DE BOLSA Normalmente, as negociações do mercado secundário podem ser realizadas por meio de dois locais distintos, que representam os mercados secundários de balcão organizado e de bolsa de valores. Mercado de balcão Investidores Investidores Mercado de bolsa de valores

35 MERCADO SECUNDÁRIO DE AÇÕES
Mercado de Balcão: É um mercado organizado de títulos, cuja negociação não se faz em local determinado (como o mercado de bolsa) e sim, principalmente, por telefone. Por não serem empresas registradas em bolsas, suas ações estão fora do controle e sem as garantias de uma bolsa de valores. As principais características do antigo mercado de balcão eram: Ausência de um local de negociação centralizado fisicamente com a conseqüente dependência de um sistema de comunicação para a realização da divulgação das informações. As operações realizadas nesse mercado têm pouca influência nas negociações seguintes, em termos de preço, isto porque não há uma divulgação massificada como ocorre na bolsa de valores. Baixo custo de operação, se comparado com uma bolsa de valores. Nas transações com ações, os mercados de balcão, em muitos países, servem para que empresas novas e pequenas coloquem seus papéis ao público. Obs 1: Em março de 1996, a Comissão de Valores Mobiliários regulamentou o funcionamento desse mercado, objetivando torná-lo mais acessível às empresas de porte menor. Para isso foi criada a Sociedade Operadora do Mercado de Acesso (Soma) que é conduzida por meio da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

36 Obs 2: Com o intuito de otimizar a utilização dos sistemas de negociação, promovendo o aperfeiçoamento contínuo do segmento de mercado de balcão organizado, em agosto de 2005 as negociações com ativos de renda variável listados no mercado de balcão organizado (antigo SOMA) passaram a ser realizadas na plataforma de negociação do MEGA BOLSA. Market Maker - Lançado em setembro de 2003, o Formador de Mercado é uma instituição autorizada a atuar para promover a liquidez dos ativos nos quais é credenciada. Em 2005, doze novas empresas passaram a contar com a atividade de Formador de Mercado, ressaltando-se que a maior parte delas foi de empresas que recentemente fizeram abertura de capital, o que demonstra a preocupação das companhias em adicionar valor às suas ações. Mercado de bolsa O mercado de bolsa é aquele em que se compram e vendem ações, nele os clientes (compradores e vendedores) e as instituições do sistema de distribuição de títulos e valores mobiliários viabilizam a negociação com títulos e valores mobiliários. Pode-se dizer que a função de uma bolsa de valores não é a de criar riqueza, mas a de transferir os recursos da economia, pois a cada entrada de fundos no mercado bursátil (mercado secundário) corresponde a uma fuga de capitais previamente aplicados, que representa uma simples transferência de propriedade.

37 As principais características do mercado de bolsa são:
Livre concorrência e pluralidade de participações – nesse mercado existe um número suficiente de clientes e instituições, de modo que nenhum tenha privilégio sobre o outro. Homogeneidade de produto – todos os títulos têm as mesmas características, o que facilita as negociações. Transparência na fixação de preços – proporciona credibilidade e segurança ao mercado. Para que o processo de formação de preços seja mais transparente e atraente, existem práticas eqüitativas de mercado, segundo as quais todos aqueles que compram e vendem ações em bolsa terão o mesmo tratamento, obedecerão aos mesmos procedimentos e terão idêntico acesso às informações. Para melhor compreender o funcionamento das bolsas de valores, descreve-se três modelos de atuação ou três tipos de postura que as pessoas podem ter diante das operações: especuladores: são pessoas que utilizam esses mercados para obterem ganhos financeiros a curto prazo, sem se preocupar com as ações que estão comprando. Ou seja, são apostadores que em função da volatilidade do mercado buscam oportunidades de ganho na compra e venda das ações. investidores: utilizam esses mercados para obter rendimentos no longo prazo. gestores financeiros: necessitam desses mercados para realizar a gestão das empresas, ou seja, para captar recursos a baixo custo e investir recursos com baixo risco, com prazos adequados.

38 A Dinâmica das Operações em Bolsa
Tipos de Ordem Quando o investidor transmite sua ordem a uma Corretora na qual é cadastrado, esta tem o dever de executá-la prontamente, ao melhor preço disponível, desde que se trate de uma ação com liquidez - é a ordem a mercado. Essa é a ordem mais comum, mas há várias outras modalidades. O investidor pode, por exemplo, fixar um preço determinado ou melhor para sua execução - é a ordem limitada. Ou poderá fixar apenas a quantidade de títulos, dando uma ordem administrada à Corretora, que irá executá-la a seu critério. A fim de limitar prejuízos, o investidor pode dar a ordem fixando um preço-limite que, se alcançado pela evolução das cotações, torna a ordem a mercado - é a ordem "on stop". Há também a possibilidade de vincular a execução de uma operação à execução de outra previamente definida e oposta (compra versus venda), no mesmo ou em diferentes mercados - é a ordem casada, que só se efetiva se executadas as duas ordens. De forma similar, há a ordem de financiamento, na qual o investidor determina a tomada de posições opostas, também no mesmo ou em outro mercado, porém, com prazo de vencimento distinto (Ex: comprar uma ação à vista e, em seguida, vendê-la no mercado futuro).

39 UNIDADE 7 - ANÁLISE DE AÇÕES
Suponha que hoje se dará o lançamento da ação da Empresa ANTN/S.A. na bolsa. Para efeito de acompanhamento registraremos a evolução dos negócios através de um gráfico em que o eixo vertical representa uma escala dos preços de negociação e o eixo horizontal a seqüência temporal dos negócios, conforme representado a seguir: Ao final do primeiro dia de negociação, a ação da ANTN/S.A. registrou 11 negócios na seguinte seqüência de preços: 1º negócio: R$ 1.000,00 2º negócio: R$ 1.001,00 3º negócio: R$ 1.000,00 4º negócio: R$ ,00 5º negócio: R$ 1.000,00 6º negócio: R$ 1.000,00 7º negócio: R$ 1.001,00 8º negócio: R$ 1.002,00 9º negócio: R$ 1.003,00 10º negócio: R$ 1.002,00 Último negócio: R$ 1.001,00

40 INFLUÊNCIAS EXTERNAS AO MERCADO DE AÇÕES
Observando o comportamento do gráfico anterior, surge a dúvida, como “entender”o comportamento das ações? Contextualização: Duas escolas dominam o campo de análise do comportamento do mercado de ações: escola da análise técnica e a escola da análise fundamentalista. Invariavelmente os analistas profissionais do mercado de capitais, utilizam-se das duas escolas para ter uma análise mais completa e, com isto minimizar a ocorrência dos erros de previsão. INFLUÊNCIAS EXTERNAS AO MERCADO DE AÇÕES Influências internas Especuladores Técnicos Fundamentalistas Preço da ação Como escolher determinada ação? Investidores de Longo prazo Investidores de médio prazo Outras Bolsas Insiders Iniciantes Profissionais A expectativa da evolução do preço da ação, distribuição de dividendos e a saúde econômico-financeira da empresa emissora da ação, juntamente com fatores externos ao mercado acionário vão influir sobre a sua procura, conseqüentemente, sobre seu preço futuro.

41 Comparação entre as escolas: técnica e fundamentalista
itens técnica fundamentalista Idade 100 anos 30 anos Origem Profissional Acadêmica Usuário Especulador Administradores de fundos e investidores no longo prazo Pergunta Quando? (efeitos) Por quê? (causas) Análises Gráfica Econômico-financeira Hipóteses básicas Os preços das ações se movimentam em tendências e existe uma dependência significativa entre as oscilações dos preços que se sucedem Existe um valor real ou intrínseco para cada ação que está diretamente correlacionado com o desempenho da empresa Objetivos O objetivo da análise técnica é de determinar a tendência de evolução das cotações no curto prazo, a fim de se aproveitar às rápidas oscilações para auferir ganhos de capital (vender ações a um preço superior ao da compra) O objetivo da análise fundamentalista é determinar o real valor de uma ação Fonte: adaptada de Pinheiro, 2002.

42 ELEMENTOS BÁSICOS DA ANÁLISE TÉCNICA
De acordo com o quadro anterior, verifica-se que a análise técnica é baseada em gráficos. Assim, torna-se necessário conhecer alguns elementos indispensáveis para o entendimento desta análise. O primeiro deles é a barra de preços. O que é uma barra de preços? Uma barra de preços, simbolizada por uma barra vertical, é o registro pictográfico da atividade do preço de um ativo financeiro durante um período, onde cada preço é um consenso momentâneo de valor de todos os participantes do mercado, expresso em movimento. Pode-se observar primeiro dia de negócios com as ações da ANTN/SA, e elaborar sua barra de preços. As marcas que representam abertura e o fechamento são fáceis de se entender como surgem, mas como se formam os extremos? O extremo superior (a máxima) se formou quando a disposição dos compradores em pagar preços cada vez mais altos foi sobrepujada pela força de venda contrária dos vendedores naquele nível. Ou seja, o preço sobe até um determinado nível, em princípio desconhecido, que uma vez atingido mobiliza uma massa de vendedores cujo desejo de venda impede que o preço siga adiante. O extremo inferior se forma de modo inverso.

43 Exemplo: Agora que já sabe o que é uma barra, aprenda sobre as periodicidades mais comuns em que são construídas, porque serão elas que determinarão a abrangência do que estiver observando num gráfico, de modo a poder determinar os níveis de suporte e resistência mais significativos. Para que possa entender melhor ainda o significado de uma barra, de como se processa a luta entre compradores e vendedores ao longo de um dia de pregão, vamos inventar uma barra com as seguintes informações: abertura = 4,20, máxima = 13,00, mínima = 1,50 e fechamento = 11,50. Suponha que o pregão é dividido em 18 períodos de 15 minutos com intervalos de 1 minuto entre eles e que cada barra de 15 minutos seja construída de maneira idêntica à barra diária, com o valor da abertura, o valor da máxima, o valor da mínima e o valor do fechamento. No final do dia, utilizando dois eixos perpendiculares (o horizontal representando uma escala de tempo e o vertical de valor), é possível visualizar, através da movimentação das barras de 15 minutos, como foi o movimento interno do pregão daquele dia. Exercício: Faça uma análise comparando os primeiros 15 minutos com os últimos 15 minutos.

44 UNIDADE 8 - Ponto de Retorno,Topos, Fundos, Suportes e Resistências
Do que foi visto até agora pode-se concluir que a máxima de uma barra é um ponto em que a presença dos vendedores impõe uma pressão denominada resistência que impede que o preço prossiga subindo e que a mínima de uma barra é um ponto em que a presença dos compradores impõe uma pressão denominada suporte que impede que o preço continue caindo. Importante: um preço sobe pela ausência de vendedores e cai pela ausência de compradores. Quando a força contrária ao movimento em andamento passa a predominar cria uma barreira que impede, ao menos temporariamente, que o preço prossiga evoluindo na direção prévia. São estas pressões que vão criar os pontos de retorno de um gráfico. Se o ponto de retorno ocorrer após uma sucessão de duas ou mais barras ascendentes, este nível é classificado como um topo; se ocorrer após a sucessão de duas ou mais barras descendentes é classificado como um fundo. Portanto, topos são níveis de resistência e fundos são níveis de suporte. Os diagramas que se seguem esclarecerão melhor o que são pontos de retorno e níveis de suporte e resistência. Partindo da teoria estabelecida por Charles H. Dow (o Dow do Dow Jones), no final do século 19, hoje é universalmente aceito que os mercados têm normalmente quatro fases distintas: A acumulação, quando existe um equilíbrio entre demanda e oferta, um movimento lateral dos preços; a alta (mark-up), quando a maioria do mercado passa a demandar o ativo; a distribuição, que é o final da alta e o início da baixa, quando de novo existe um equilíbrio e finalmente a baixa, onde evidentemente a maioria do mercado está vendendo o ativo. Justamente o objetivo da análise técnica é localizar essas fases e até antecipar a sua eventual ocorrência, através dos padrões gráficos que cada uma dessas fases mostrou, ao longo dos tempos, como impressões digitais de sua presença.

45 Topo é o nível de preço mais alto atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço antes da ocorrência de um ponto de retorno, conforme exemplo da figura 1, acima. Fundo é o nível de preço mais baixo atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço antes da ocorrência de um ponto de retorno, conforme exemplo da figura 2, acima.

46 Representação gráfica da tendência de Alta
preço volume Acumulação Alta sensível Euforia Representação gráfica da tendência de Alta Características da tendência de alta: o mercado passará por três fases distintas, cujo período de duração de cada uma é de difícil mensuração. A primeira fase é dita “fase de acumulação”. Neste momento os investidores que não são bem informados começam a adquirir lotes significativos de ações sem provocar grandes alterações nos preços. Essa fase representa as compras feitas num período de antecipação. A fase seguinte (2a) se caracteriza pela entrada dos analistas de mercado, quando ao preços começam a subir rapidamente e surgem informações sobre o bom desempenho nas bolsas. Nesta fase intermediária, ou de “alta sensível”, começa a aumentar o nível de ordem de compra. Levando a uma elevação dos preços das ações e do volume de negócios. Na terceira fase, o público leigo começa a entrar no mercado, motivado pelas expectativas de “Grandes lucros” que estão acontecendo nas bolsas, noticiados pelos jornais. Nesta fase final ocorre uma “alta acelerada”. O mercado começa a se tornar extremamente nervoso, os volumes negociados aumentam de maneira extraordinária e as valorizações diárias das cotações são bastante expressivas.

47 Representação gráfica da tendência de Baixa
Características da tendência de baixa: Na fase inicial, ou fase de distribuição, o mercado começa a dar sinais de fraqueza, geralmente com recuos pequenos de preços e com um aumento do volume de negociações. Na fase intermediária, há uma “baixa violenta”. Essa é a fase mais crítica porque todos os investidores começam a se desfazer de suas posições, provocando uma queda praticamente vertical das cotações. preço distribuição pânico Baixa lenta volume Na fase final, ou de “baixa desacelerada”, os preços voltam a se estabilizar e o mercado fica menos volátil. É importante observar que nos finais de cada um dos movimentos descritos (de alta e de baixa), são fortes os indicadores de oportunidades de compra (baixa lenta), ou de venda ou não-compra (euforia), das ações analisadas, senão vejamos: o final de um movimento de alta representa o nível da resistência do preço da ação, nível esse em que se observa o início da realização de lucros por parte dos investidores que já se acham posicionados no “papel”; e o final de um movimento de baixa representa o nível de suporte do preço da ação, nível esse em que se observa um interesse maior de compra por parte dos investidores.

48 Ciclo de Vida das Tendências : as 4 Fases
ANÁLISE DE AÇÕES - A MECÂNICA DO MERCADO Ciclo de Vida das Tendências : as 4 Fases Partindo da teoria estabelecida por Charles H. Dow ( o Dow do Dow Jones), no final do século 19, hoje é universalmente aceito que os mercados têm normalmente quatro fases distintas: Ciclo Set/99 - Abr00 Ciclo Mai /00 - Out00 Ciclo Nov/00 - Abr01 Ciclo Mai /01 - ? A acumulação, quando existe um equilíbrio entre demanda e oferta, um movimento lateral dos preços; a alta (mark-up), quando a maioria do mercado passa a demandar o ativo; a distribuição, que é o final da alta e o início da baixa, quando de novo existe um equilíbrio e finalmente a baixa, onde evidentemente a maioria do mercado está vendendo o ativo. 2 Valorização 3 Distriuição Baixa 4 1 Acumulação Fonte: adaptada de prof. Crisanto Soares Ribeiro

49 O horizonte de tempo é extremamente importante:

50 tente analisar o gráfico abaixo para ver se os conceitos de ponto de retorno, topos e fundos e suportes e resistências ficaram entendidos: marque nos gráficos abaixo todos os topos e fundos que conseguir identificar, bem como quais deles parecem representar os níveis mais importantes de suportes e resistências.

51 Gráfico do tipo Candlestick : utilizado para o gráfico do Índice Bovespa e para o gráfico dos últimos 100 pregões. É azul quando o fechamento no dia é maior que na abertura do mesmo dia, e vermelho quando o contrário.                                                   Vermelho Azul ou Verde

52 UNIDADE 9 - ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
Estuda as causas que fazem com que os preços apresentem movimentos ascendentes e descendentes. Tem por objetivo determinar o real valor da ação. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS Análise de Mercado Análise da Estrutura Operacional da Empresa Análise do Mercado Acionário Análise das Demonstrações Financeiras. ANÁLISE DE MERCADO Produção Perspectivas de Preços Disponibilidade de Matéria-prima Política Governamental Concorrência

53 ANÁLISE ESTRUTURAL E OPERACIONAL DA EMPRESA
Pontos Fortes e Fracos Ameaças e Oportunidades Planos de Investimentos de Curto e Longo Prazo Planos de Vendas, Marketing e Produção Nível de Eficiência Administrativa e Financeira ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Balanços Patrimoniais Demonstrações de Resultado DOAR DMPL Fluxo de Caixa INDICADORES Liquidez Estrutura Rentabilidade Atividade Necessidade Financeira ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Análise Vertical e Horizontal Apuração de Indicadores Econômico-Financeiros

54

55 BALANÇO PATRIMONIAL – EMPRESA QUALIDADE S/A (em $ mil)
ATIVO PASSIVO E PL 2001 2002 2003 Circulante Disponível 350 470 570 Fornecedores 200 400 500 Duplicatas a receber 550 780 1.330 Empréstimos bancários 900 1000 1100 Estoque 600 750 1.100 Outros 100 Total Circulante 1.500 2.000 3.000 1.200 1.700 Realizável longo prazo 370 320 Exigível longo prazo Financiamentos 120 Investimentos 1.000 Patrimônio Líquido Imobilizado 1.130 1.480 1.950 Capital e reservas 3.580 3.900 Diferido 300 Total Permanente 2.430 2.880 3.250 Total Ativo 4.300 5.200 6.600 Total Passivo + PL D R E 2001 2002 2003 Receita Operacional Bruta 2.832 3.398 3.738 ( - ) Deduções 332 398 438 Vendas Líquidas 2.500 3.000 3.300 ( - ) Custo Mercadoria Vendida 1.000 1.180 1.288 Lucro Bruto 1.500 1.820 2.012 ( - ) Despesas Operacionais 650 880 1.050 Lucro Operacional 850 940 962 ( - ) Correção monetária e provisão IR 410 420 440 Lucro Líquido 520 522 AÇÃO (R$) 2001 2002 2003 PREÇO AÇÃO 100 110 120 LUCRO ANUAL 2 4 3 DIVIDENDOS 10 20 EMISSÃO DE 2000 AÇÕES

56 RESULTADOS DOS PRINCIPAIS ÍNDICES
2001 2002 2003 ILC 1,250 1,333 1,765 TRPL 12,60% 14,89% 14,94% CG 300 500 ENDIVIDAMENTO 0,023 0,152 Giro do Ativo 0,466 0,559 0,615 P/L 50 27,5 40 DY 0,1 0,18 0,17 P/PL 0,067 0,061 0,062 Margem Bruta 60,00% 60,67% 60,97% Margem Operacional 34,00% 31,33% 29,15% Margem Líquida 17,60% 17,33% 15,82%

57 UNIDADE 10 - INTRODUÇÃO AO MERCADO DE DERIVATIVOS
DERIVATIVOS: ATIVOS FINANCEIROS CUJOS VALORES (COM VENCIMENTOS EM DATAS FUTURAS) E CARACTERÍSTICAS DE NEGOCIAÇÃO ESTÃO AMARRADOS AOS ATIVOS QUE LHES SERVEM DE REFERÊNCIA (ATIVO-OBJETO). A PALAVRA DERIVATIVO VEM DO FATO QUE O PREÇO DO ATIVO É DERIVADO DE UM OUTRO. EX.: OPÇÃO DE TELEBRÁS, O PREÇO DESTA OPÇÃO É DERIVADO DO ATIVO "AÇÃO DA TELEBRÁS". SÃO NEGOCIADOS NA BOVESPA/BM&F MERCADO À VISTA – MERCADO ONDE A LIQUIDAÇÃO FÍSICA - ENTREGA DOS TÍTULOS PELO VENDEDOR - SE PROCESSA NO SEGUNDO DIA APÓS A REALIZAÇÃO DO NEGÓCIO EM PREGÃO E A LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA - PAGAMENTO DOS TÍTULOS PELO COMPRADOR - SE DÁ NO TERCEIRO DIA ÚTIL, POSTERIOR À NEGOCIAÇÃO, SOMENTE MEDIANTE À EFETIVA LIQUIDAÇÃO FÍSICA. MERCADO À TERMO – MERCADO ONDE SE PROCESSAM AS OPERAÇÕES PARA LIQUIDAÇÃO DIFERIDA, EM GERAL APÓS 30, 60 OU 90 DIAS DA DATA DE REALIZAÇÃO DO NEGÓCIO. MERCADO FUTURO – MERCADO ONDE SÃO REALIZADAS OPERAÇÕES ENVOLVENDO LOTES PADRONIZADOS DE COMMODITIES OU ATIVOS FINANCEIROS, PARA LIQUIDAÇÃO EM DATAS PREFIXADAS. REPRESENTA UM APERFEIÇOAMENTO DO MERCADO A TERMO. MERCADO DE OPÇÕES – É UMA MODALIDADE OPERACIONAL EM QUE NÃO NEGOCIAM ATIVOS-OBJETO, MAS DIREITOS SOBRE ELES. SWAPS – TROCAR UM TÍTULO POR OUTRO (EXEMPLO: TROCAR O PAGAMENTO DE UMA DÍVIDA HOJE POR NOVOS PAPÉIS INDEXADOS AO DÓLAR COM PAGAMENTO FUTURO.)

58 ATIVOS BASE DERIVATIVOS
OBJETIVO: BUSCA-SE, PRIMORDIALMENTE, POSIÇÕES DE "HEDGE", OU SEJA, PROPORCIONAR PROTEÇÃO A UMA DETERMINADA CARTEIRA DE INVESTIMENTO. OS DERIVATIVOS TAMBÉM SÃO UTILIZADOS POR INVESTIDORES QUE BUSCAM GANHOS ACIMA DOS PRATICADOS PELO MERCADO A VISTA. EXEMPLOS DE DERIVATIVOS E SEU ATIVO BASE CORRESPONDENTE: ATIVOS BASE DERIVATIVOS RECIBO DE TELEBRÁS OPÇÃO DE TELEBRÁS TAXA DE JUROS À VISTA TAXA DE JUROS FUTURA TAXA DE CÂMBIO À VISTA TAXA DE CÂMBIO FUTURA ÍNDICE BOVESPA ÍNDICE FUTURO DE BOVESPA Mercado Futuro – Juros (%) (07/06/04) Vencimento Último Efetiva Anual D.U. 01/Jul/04 02/Ago/04 01/Out/04 03/Jan/05 15,81 15,85 16,37 17,08 1,231 1,234 1,271 1,323 12,071 12,419 17,776 28,686 Mercado Futuro - Câmbio (07/06/04) Variação Vencimento Último Fut. x Ptax Jul/04 Ago/04 Set/04 Out/04 3,143 3,202 3,223 3,262 0,30% 2,19% 2,86% 4,10%

59 FUNDOS DERIVATIVOS: FUNDOS DO TIPO FIF, APLICAM SEUS RECURSOS EM PAPÉIS DE RENDA FIXA E EFETUAM OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS (CONTRATOS FUTUROS, OPÇÕES, “SWAPS”) COM A FINALIDADE DE AUMENTAR SEUS RESULTADOS Imagem do telão com a cotação do juro futuro cotado em 09/06/04 para 09/07/04

60 Imagem do telão da BM&F com a cotação do dólar futuro cotado em 09/06/04 para 09/07/04


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