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Piaget x Vygotski ou Sóciointeracionismo e Educação

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Apresentação em tema: "Piaget x Vygotski ou Sóciointeracionismo e Educação"— Transcrição da apresentação:

1 Piaget x Vygotski ou Sóciointeracionismo e Educação
Fernando Becker

2 Piaget x Vygotski ou Sóciointeracionismo e Educação
Vygotski é interacionista, Piaget é construtivista. Vygotski leva em conta o social, Piaget não leva em conta o social. Vygotski, tal como os associacionistas, assenta o desenvolvimento da criança na imitação (verbal), Piaget propõe estágios rígidos de desenvolvimento. Vygotski apresenta um pensamento sociologisante, Piaget um pensamento biologisante. Vygotski afirma que a aprendizagem determina o desenvolvimento, Piaget que o desenvolvimento determina a aprendizagem. Para Vygotski a lógica deriva da aprendizagem da linguagem, para Piaget a lógica precede a aprendizagem da linguagem. Vygotski é aberto ao social, Piaget é solipsista. Vygotski movimenta-se num ambiente dialético, mas sua epistemologia tem base (neo)positivista; Piaget, movimenta-se num ambiente (neo)positivista, mas sua epistemologia é dialética.

3 Piaget x Vygotski ou Sóciointeracionismo e Educação
Os vygotskianos não leram Vygotski, os piagetianos não leram Piaget. Vygotski não investigou os primeiros anos de vida da criança, Piaget quer uma teoria que teve como base apenas a observação de seus três filhos. A pedagogia inspirada em Vygotski é verbalista, a pedagogia inspirada em Piaget é individualista. O pensamento de Vygotski é incompatível com o de Piaget, o pensamento de Piaget é incompatível com o de Vygotski. Vygotski é socialista, Piaget é (neo)liberal. Enquanto Vygotski discutia com Pavlov e a Gestalt, Piaget discutia com os neopositivistas.

4 Piaget x Vygotski ou Sóciointeracionismo e Educação
Esses componentes do imaginário docente não são apenas detectados em falas de professores, aqui e ali, pelo país afora, mas muitos deles aparecem em artigos e, até mesmo, em livros. O que há de verdadeiro e o que há de falso ou, pelo menos, insconsistente? Em que nível científico podem-se resolver tais problemas? Esses autores merecem, pela sua produção e suas contribuições à educação, que se tirem a limpo tais questões? As constribuições de Vygotski e Piaget precisam ser discutidas para que se supere esse primitivismo reflexivo e, a exemplo de não poucos pesquisadores brasileiros, elas possam ser transformadas emr ealizações significativas na pedagogia e na educação brasileiras.

5 Preocupações comuns a Piaget e Vygotski
Construir uma psicologia científica. Explicar a formação das capacidades humanas. Atribuir grande importância ao estudo do desenvolvimento e à gênese das capacidades. Aceitação da existência de um sujeito e de um meio ambiente no qual o sujeito nasce e se desenvolve.

6 Diferenças Vygotski Piaget
Dicotomiza meio natural e cultural: Dualismo Ancora-se na dicotomia entre sujeito e ambiente ou cultura Explica o desenvolvimento pela influência externa do meio. (Como explicar que sujeitos de um mesmo meio, com diferentes idades, constroem representações diferentes da realidade?) Trabalha com a indiferenciação entre sujeito e objeto no ponto de partida: Monismo Ancora-sena unidade fundamental de toda a realidade física, biológica, psicológica, cognitiva. Explica o desenvolvimento pela ação do sujeito que ao assimilar produz transformação no meio e ao acomodar produz transformação no sujeito – processo de diferenciação.

7 Diferenças Vygotski Piaget
Afirma acertadamente que não há mudanças biológicas que expliquem as mudanças psicológicas; busca a explicação pois na cultura. Vygotski não consegue entender que o meio cultural é, para o homem, seu meio natural; que a cultura converteu-se no ambiente natural para o homem; que sem cultura o homem não chega a ser homem. A inteligência e os instrumentos do conhecimento tem origem biológica; esta, entretanto, não explica aqueles; não é excluida, porém, da explicação do desenvolvimento. Para Piaget o meio cultural é o meio natural do homem. Sem aquele não é possível o processo de interação que constitui o sujeito por um lado e o objeto por outro.

8 Diferenças Vygotski Piaget
2. Dicotomiza funções psicológicas elementares e superiores (A linguagem e o desenho infantil, a leitura e a escrita, o desenvolvimento das operações matemáticas e o pensamento lógico, a formação de conceitos e a concepção do mundo, a memória voluntária, a atenção voluntária, todas as funções voluntárias). A psicogênese das funções psicológicas são devidas à ação e à coordenação das ações do sujeito por um processo de equilibração ou abstração reflexionante cuja unidade é assegurada por uma rigorosa continuidade funcional que garante a travessia por rupturas estruturais.

9 Diferenças Vygotski Piaget
3. Dicotomiza conceitos cotidianos (que se formam durante o processo da experiência pessoal da criança) e conceitos científicos (que se formam no processo de instrução) Propõe uma rigorosa continuidade entre saber comum e saber científico. Os modelos mais avançados da física, da matemática, da filosofia seriam impossíveis sem as construções expontâneas dos esquemas sensório-motores, dos primeiros esquemas verbais e das formas elementares de raciocínio no periodo intuitivo.

10 Diferenças Vygotski Piaget
Os conceitos são os significados das palavras. Os significados dos conceitos remontam aos esquemas de ação sensório-motores e aos primeiros esquemas verbais; frequentemente as palavras não conseguem expressar os conceitos (Ex.: mecânico de automóvel). Embora a sofisticação dos procedimentos da metodologia científica, os conceitos científicos desenvolvem-se de acordo com o mesmo processo de equilibração ou abstração reflexionante que constrói os conceitos cotidianos.

11 Diferenças Vygotski Piaget
Os conceitos científicos não se desenvolvem da mesma forma que os conceitos cotidianos. Há uma rigorosa continuidade entre saber cotidiano e saber científico por mais que o saber científico rompa com o senso comum; Constroem-se os objetos, o pensamento, as outras pessoas e, inclusive, a linguagem; Os conceitos científicos constroem-se pela combinação da abstração empírica e reflexionante, tais como os conceitos cotidianos; sua diferença reside no nível de complexidade.

12 Outras comparações Vygotski Piaget
Objetivo psicológico Objetivo epistemológico. Como se passa de um estado de menos conhecimento a um de maior conhecimento. Particularmente, a gênese do conhecimento científico. Preocupação epistemológica como ao formar os conhecimentos do mundo forma-se a própria inteligência?

13 Outras comparações Vygotski Piaget
O desenvolvimento deve ser estudado e explicado a partir da perspectiva do sujeito enquanto age sobre o meio – físico ou social. Embora o parentesco com a concepção kantiana, ele procura mostrar que as categorias com as quais se organizam o mundo são construídas e não a priori. nessa interação, o sujeito constrói sua própria mente e suas representações da realidade. O meio não é um determinante separado do sujeito (segundo piagetianos: Essa concepção é revolucionária e constitui a base do construtivismo). Embora nem sempre explicite, não ceita um desenvolvimento natural independente da cultura; a cultura está presente desde o nascimento. Porém, não aceita que essa influência aconteça independente das capacidades do sujeito. Explica o desenvolvimento a partir do meio, da cultura.

14 Outras comparações Vygotski Piaget
Os conceitos se formam por instrução, isso é, pela pressão do meio social sobre os sujeito. Os conceitos se formam por abstração reflexionante, mediante uma dialética forma e conteúdo em que a forma, ou estrutura, é transformada em conteúdo a partir do qual constrói-se nova forma; sua significação profunda provém das coordenações das ações – o conteúdo dessas ações é fornecido pelo meio físico ou social.

15 Outras comparações Vygotski Piaget
Privilegia-se a imitação em detrimento do brinquedo ou jogo simbólico. Para provar que a cultura determina o sujeito, a imitação, revestida de uma função de cópia, é supervalorizada. Jogo (assimilação) e imitação (acomodação) são faces complementares do mesmo processo; o brinquedo te, pois, o mesmo valor que a imitação na formação dos conceitos primitivos ou pré-conceitos.

16 Outras comparações Vygotski Piaget
Vygotski não trabalha com uma teoria do conflito. Cada passo, cada microgênese, inicia com um conflito. No cerne de todo o processo de desenvolvimento está o desequilíbrio que ocorre sempre que os esquemas atuais não conseguem dar conta das novas assimilações.

17 Outras comparações Vygotski Piaget
A aprendizagem da linguagem precede a lógica. A linguagem é aprendida por imitação – equivale dizer, por repetição; ao aprender a linguagem, a criança aprenderia também a lógica subjacente à linguagem. Dizendo de outro modo: ao aprender as palavras, aprende os conceitos. A criança, durante o sensório-motor, constrói uma lógica das ações, de extraordinária complexidade, com a qual torna-se capaz de decifrar o mundo da linguagem. A linguagem incipiente da criança dubla suas ações. A criança nessa fase não expressa os significados sociais, embora utilize alguns significantes por imitação.

18 Outras comparações Vygotski Piaget
Vygotski parece reduzir sua noção de relação ao sentido psicológico desse termo; não contempla seu sentido epistemológico Como fica a afirmação de Marx de que “...são precisamente os homens que transformam as circunstâncias...!” (Tese 3 c. Feuerbach) Relação para Piaget significa ação transformadora do sujeito sobre o objeto (assimilação) e sobre si mesmo (acomodação). A posição de Piaget é a de que existe uma interação radical entre S e O, o que faz de Piaget, segundo Glasersfeld, o mentor de um construtivismo radical que subsume a mais exigente dialética.

19 Outras comparações Vygotski Piaget
Por tudo isso parece que Vygotski está muito mais próximo de um sócio empirismo do que de um sócio interacionismo. Assim, não consegue superar a tradição behaviorista – que teve em Pavlov um importante aliado – segundo a qual as determinações do sujeito vêm do meio social; o próprio sujeito é incapaz de reverter esse processo. Piaget cria um modelo explicativo do desenvolvimento do ser humano; explica como o ser humano, ao agir sobre o meio físico, social, cultural vai sintetizando suas ações em conjuntos (estruturas) cada vez mais organizadas tornando-se apto a assimilar conteúdos sociais, culturais, físicos cada vez mais complexos. Nesse contexto teórico, podemos dizer que a aprendizagem humana é um processo radicalmente individual, realizada na interação social (co-operação) – isso nada tem a ver com ssoliptismo. Cria assim a novidade, em vez de repetir à exaustão o modelo social, o passado, o já dito...


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