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III ENCONTRO NACIONAL DE TUBERCULOSE
Salvador, Bahia, Junho/2008 Conduta na hepatopatia medicamentosa e no paciente hepatopata Pedro Dornelles Picon Hospital Sanatório Partenon SES/Porto Alegre/RS
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Frequência de hepatotoxicidade dos esquemas STH, RHE e RHZ, em adultos VT, no RS/Brasil.
* Hepatoxicidade ao esquema RHE. J.Pneumol, 1980; 6:S68. ** In: Epidemiologia, Diagnóstico e Tratamento em Clínica e Saúde Pública. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993: ***J Pneumol 2000; 26(Supl3):S20. **** Congresso SBPT, Salvador, Bahia, *****J Bras Pneumol 2006;32(S217-S352):S266.
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Morbidades associadas à TB em adultos da US Sanatório, Porto Alegre/RS, 2003 - 2006
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Morbidades associadas à TB em adultos internados no Hospital Sanatório Partenon (HSP), RS, Prevalência de alcoolismo, drogadição e de infecção pelos HIV, HCV e HBV, na US Sanatório e no HSP. Porto Alegre, US Sanatório (%) HSP HIV 29,3 39,5 HCV 10,6 22,1 HBV - 0,5 Dogadição 20,3 34,7 Alcoolismo 24,3 55,1
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PREVENÇÃO da hepatotoxicidade
identificação de fatores de risco para hepatotoxicidade prescrição de esquemas menos hepatotóxicos doses adequadas dos fármacos
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FATORES DE RISCO para a hepatotoxicidade da associação RH (RHE e depois RHZ) no RS
Anos 1977 a 1990: - Sexo feminino - Idade superior a 60 anos - Tuberculose miliar (TB miliar) - Mau estado geral (MEG) - Doença hepática crônica (DHC) - Doses elevadas de tuberculostáticos * Tuberculose: Epidemiologia, Diagnóstico e Tratamento em Clínica e Saúde Pública. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993: Após 1990: - Uso de anticonvulsivantes - Infecção pelo HIV - Uso de ARV ? - Hepatite C ? J Pneumol 2000; 26(Supl3):S20 J Bras Pneumol 2006; 32(S217-S392):S266
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No HSP, os FATORES DE RISCO TB miliar, MEG, sexo feminino, uso de ACV e DHC ...
... “são controlados” utilizando-se SHE, em vez do RHZ, nas seguintes situações: - Mulher com TB miliar e/ou MEG; - Homem com TB miliar e em MEG; - Mulher em uso de ACV; - Pacientes com DHC. * Tuberculose: Epidemiologia, Diagnóstico e Tratamento em Clínica e Saúde Pública. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993: SHE: estreptomicina, isoniazida e etambutol por 3 meses isoniazida e etambutol por 3 meses isoniazida por 6 meses
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O FATOR DE RISCO dose dos fármacos ...
... utilizando-se doses de R, H e Z de: R: 10 mg/kg. H: 5 mg/kg. Z: mg/kg. Doses diárias de R, H e Z, de acordo com o peso corporal, recomendadas na Norma Técnica do PCT/RS, 2001 Peso até 20kg >20 a 40 kg >40 a 60 kg Peso acima de 60 kg RH mg (1/2 cápsula) mg (1 cápsula) mg (1½cápsula) (2 cápsulas) Z 15-30 mg/kg (1/2 a 1comp.) (1-2comp.) (2-3 comp.) (3-4 comp.)
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HEPATOTOXICIDADE PELO RHZ EM PACIENTES
VT DE US DE PORTO ALEGRE, 1989 A 2000. Doses médias dos fármacos (mg/kg), número de casos e taxas de hepatotoxicidade do RHZ em pacientes VT, tratados com RHZ, segundo a dose de H/kg de peso. * p= 0,037 Na RLM, o HIV+ [RC=2,2 (1,4-3,6);p=0,001], doses maiores de H [RC=1,5 (1,2-1,9);p=0,01] independentemente associados à hepatotoxicidade.
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CONDUTA DIANTE DA HEPATOTOXICIDADE
As hepatotoxicidades do Esquema RHZ ocorrem precocemente após o início do tratamento.
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Freqüência relativa, cumulativa, de casos de hepatotoxicidade segundo o número de dias transcorridos do início do RHZ até o diagnóstico da hepatopatia, em 192 casos do HSP, 03/82-12/86. * Tuberculose: Epidemiologia, Diagnóstico e Tratamento em Clínica e Saúde Pública. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993:
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Freqüência relativa, cumulativa, de casos de hepatotoxicidade segundo o número de dias transcorridos do início do RHZ até o diagnóstico da hepatopatia, em 27 casos da UT, 01/89-12/94. J Pneumologia 2000; 26(Supl3):S20 4,7% de casos na fase RH
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EVOLUÇÃO Na série da UT, 1989-94:
Com a interrupção do tratamento as lesões hepáticas regridem rapidamente sem deixar seqüelas clínico-laboratoriais na maioria dos casos. Na série da UT, : Regressão ocorreu em 92,6% dos casos, entre 8 e 39 dias (média de 18 dias) após a interrupção do tratamento. Dois óbitos: um por encefalopatia portossistêmica (letalidade: 3,7%). J Pneumologia 2000; 26(Supl3):S20
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CONDUTA DIANTE DA HEPATOTOXICIDADE
O diagnóstico deve ser precoce, com a interrupção imediata do uso dos fármacos anti-TB e de qualquer outro medicamento. Nos casos de maior gravidade (encefalopatia porto-sistêmica), são indicadas medidas específicas. - Reduzir ingesta protêica, evitando proteínas de origem animal. - Enema de limpeza de 6/6 horas. - Lactulose (VO ou SNE), 30 ml 3 a 4 vezes/dia. - Sulfato de neomicina 2 a 4 g/dia. - Vitamina K - N-acetil-cisteina, nos casos graves, VO. - Suporte hidro-eletrolítico e ácido-básico.
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CONDUTA DIANTE DA HEPATOTOXICIDADE
Conduta recomendada ao médico assistente: Paciente bem, sem comprometimento do sensório e/ou sangramento, pode ser observado em casa, com a indicação de repetir os exames (transaminases, bilirrubinas, protrombina, hemograma), dentre de 5 a 7 dias. - Orientar a retornar se surgir alteração do sensório, sangramento, ou ocorrer aumento da icterícia. - Nessa situação: internar para observação e tratamento.
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ESQUEMAS nas hepatotoxicidades do RHZ
Não há consenso sobre qual é o esquema que oferece menor risco para o paciente que apresentou hepatotoxici-dade pelo RHZ. Nas Diretrizes Brasileiras para Tuberculose 2004 recomenda-se J Bras Pneumologia 2004; 30(Supl1):S24-S38 1. RHZ (Z H R ou H R Z) 1. SOE 3m OE 9m. 2. SHE 2m HE 4m H 6m. 3. SRE 2m RE 4m. No RS usa-se o SHE após a normalização das PFH (todos os fármacos ao mesmo tempo): SHE 3m HE 3m H 6m. Norma Técnica do PCT/RS
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MANEJO DO PACIENTE HEPATOPATA
Freqüência de casos de DHC em pacientes VT. PoA/RS Pacientes de ambulatório 10 casos em pacientes (0,8%) (UT3, ). 12 casos em pacientes (1,1%) (US Sanatório, ). Pacientes de hospital (HSP) 39 casos em 816 pacientes (4,8%) ).
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Esquemas na DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA (DHC), no RS
(HSP) * RHE (n=10) seis hepatotoxicidades (60,0%) Letalidade 50,0% Esquema SHE * Tuberculose: Epidemiologia, Diagnóstico e Tratamento em Clínica e Saúde Pública. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993: (HSP) * SHE (n=58) oito hepatotoxicidades (13,8%) Letalidade 62,5% ) (cinco óbitos) ** Mesa Redonda no Congresso da SBPT de 2004, Salvador/Bahia (HSP) ** SHE (n=57) sete hepatotoxicidades (12,3%) Letalidade 14,3% (um óbito) (HSP) SHE (n=26) três hepatotoxicidades (11,5%) Letalidade 33,3% (um óbito)
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Esquemas na DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA (DHC)
Período HSP, A freqüência de hepatotoxicidade foi maior nos pacientes com cirrose (23,1%) do que nos casos suspeitos de DHC (3,2%; p=0,039). Todos os pacientes com hepatotoxicidade receberam doses de isoniazida maiores do que 4,5 mg/kg/dia.
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Hepatotoxicidade 20 10 Não Sim Número de pacientes >5.0 4.6-5.0
Hepatotoxicidade Não Sim Número de pacientes >5.0 <4.0 Dose de isoniazida (mg/kg) 15 5 Freqüência de pacientes com e sem hepatotoxicidade pelo SHE, de acordo com a dose de isoniazida – HSP
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dose H/kg Freqüência de pacientes com e sem hepatotoxicidade pelo SHE, de acordo com a dose de isoniazida – HSP
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Esquemas na DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA (DHC)
HSP, Nos pacientes com cirrose hepática, sugere-se que se busquem alternativas ao SHE. Sendo necessário usar o esquema SHE nesses pacientes, a dose diária de isoniazida não deve exceder 4,5 mg/kg.
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Esquemas na DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA (DHC)
Nas Diretrizes Brasileiras para Tuberculose 2004 dentre os esquemas recomendados para pacientes hepatopatas: J Bras Pneumologia 2004; 30(Supl1):S24-S38 Esquema SOE 3m OE 9m No HSP este esquema tem sido utilizado nas hepatoxicidades pelo SHE e em alguns pacientes com DHC. A partir de 2005, 13 pacientes receberam SOE. Até o momento, nenhuma hepatotoxicidade
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Alternativa de tratamento da TB em pacientes com DHC
A mais promissora é o esquema SOE. Mas são necessários estudos para avaliar a freqüência de hepatotoxicidade do esquema: nos casos de hepatotoxicidade do RHZ; nos pacientes hepatopatas. E para determinar a sua eficácia. Existe estudo em andamento, coordenado pelo Centro de Referência Hélio Fraga
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III ENCONTRO NACIONAL DE TUBERCULOSE
Salvador, Bahia, Junho/2008 Conduta na hepatopatia medicamentosa e no paciente hepatopata OBRIGADO
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