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PublicouLuana Montalto Alterado mais de 11 anos atrás
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I-Juca-Pirama 1. No meio das tabas de amenos verdores, Cercadas de troncos – cobertos de flores, Alteiam-se os tetos da altiva nação; São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, Temíveis na guerra, que em densas coortes Assombram das matas a imensa extensão.
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I-Juca Pirama Gonçalves Dias
Poema sobre o amor filial de um índio tupi. Características marcantes: Louvação aos primeiros habitantes destas terras, as raízes do país. Diferentemente do que era comum, não retrata o índio como figura inabalável, heróica e nunca hesitante.
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A história de um índio da tribo tupi que amparava o pai, velho e cego
A história de um índio da tribo tupi que amparava o pai, velho e cego. Certa vez, quando caçava, foi capturado pelos timbiras. No momento em que seria morto, chora e pede ao chefe inimigo que o liberte para que possa cuidar do pai. Quando este morresse, ele voltaria para completar o ritual de sacrifício.
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O líder então o solta, mas antes por julgá-lo covarde e não querer manchar a história da própria tribo. O jovem reencontra o pai, e este percebe que o filho foi aprisionado. Mais tarde, descobre que ele chorou. Eis um trecho da parte mais conhecida e comovente do poema:
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‘Tu choraste em presença da morte. Na presença de estranhos choraste
‘Tu choraste em presença da morte? Na presença de estranhos choraste? Não descende o cobarde do forte; Pois choraste, meu filho não és!’
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Ao filho, coube provar ao pai sua bravura indo lutar contra os guerreiros timbiras, que também finalmente lhe reconhecem a coragem e o sacrificam. O caso é contado por um velho timbira a crianças da tribo, a quem afirma dizer a verdade: ‘Meninos, eu vi.’
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Outro ponto alto de I-Juca Pirama (que significa 'o que há de ser morto, e que é digno de ser morto) está na própria forma. Os ritmos variados, a metrificação, o uso do diálogo dão ainda mais força dramática a este pequeno poema de dez partes.
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Enredo: Poema em dez cantos Composição Épico/dramática Canto I
Enredo: Poema em dez cantos Composição Épico/dramática Canto I. Apresentação e descrição da tribo dos Timbiras
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Canto II. Narra a festa canibalística dos timbiras e a aflição do guerreiro tupi que será sacrificado. Canto III. Apresentação do guerreiro tupi: I - Juca Pirama
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Canto IV. I- Juca Pirama aprisionado pelos Timbiras declama o seu canto de morte e pede ao Timbiras que deixem-no ir para cuidar do pai alquebrado e cego
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Canto V. Ao escutarem o canto de morte do guerreiro tupi, os timbiras entendem ser aquilo um ato de covardia e desse modo desqualificam-no para o sacrifício
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Canto VI. O filho volta ao pai que ao pressentir o cheiro de tinta dos timbiras que é específica para o sacrifício desconfia do filho e ambos partem novamente para a tribo dos timbiras para sanarem ato tão vergonhoso para o povo tupi.
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Canto VII. Sob alegação de que os tupis são fracos, o chefe dos timbiras não permite a consumação do ritual.
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Canto VIII. O pai envergonhado maldiz o suposto filho covarde. Canto IX. Enraivecido o guerreiro tupi lança o seu grito de guerra e derrota a todos valentemente em nome de sua honra.
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Canto X. O velho Timbira ( narrador ) rende-se frente ao poder do tupi e diz a célebre frase: "meninos, eu vi".
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