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DO APOGEU AO DECLÍNIO DA PRIMEIRA REPÚBLICA

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Apresentação em tema: "DO APOGEU AO DECLÍNIO DA PRIMEIRA REPÚBLICA"— Transcrição da apresentação:

1 DO APOGEU AO DECLÍNIO DA PRIMEIRA REPÚBLICA
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2 No que se refere à caracterização deste período, o traço principal foi o cultivo da amizade com os Estados Unidos. Contudo, o sucessor de Rio Branco, Lauro Muller, considerava prudente evitar o recurso à influência norte-americana. Deve-se atentar para o fato de que as relações bilaterais no período não significavam alinhamento automático, justificam-se, sobretudo, pelas relações econômicas, uma vez que os Estados Unidos seguiam como principal centro propulsor da economia agroexportadora do Brasil.

3 A política de cooperação com os Estados Unidos não se restringiu ao período em tela, alcançou a década de 50, caracterizando uma nova direção para a diplomacia brasileira advindas da Proclamação da República. Ainda na década de 20, o Brasil contou com modesta participação no Primeiro Grande Conflito Mundial, seguida pela atuação no Conselho da Sociedade das Nações (SDN). Outra sinalização do período remete ao declínio da influência inglesa e à consolidação da presença norte-americana.

4 A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial ( ) é relevante para a compreensão das expectativas em torno da política externa. Num primeiro momento, e, iniciada a guerra na Europa, o governo brasileiro adotou completa neutralidade. O caráter econômico, condicionou o debate interno entre pró-aliados e os que não se inclinavam de nenhum dos lados. A razão imediata da guerra foi a ação dos submarinos alemães contra navios mercantes brasileiros, quando se processou a ruptura com o Império Alemão.

5 Em dezembro de 1917, o governo brasileiro comunicou ao da Grã-Bretanha, a decisão de dar expressão prática a sua colaboração com os aliados (Grã-Bretanha, França, Rússia, Itália e Estados Unidos). Em decorrência do envolvimento brasileiro no conflito, foram percebidos reflexos no comércio exterior. Houve um aumento do intercâmbio comercial Brasil-EUA, e, ao mesmo tempo, a diminuição do relativo à Alemanha. Durante a Primeira Guerra e, ao final dela, o saldo da balança comercial brasileira foi favorável.

6 Ao se qualificar para tomar parte da Conferência de Paz como país aliado e, ao tomar um assento, ainda que rotativo, no Conselho da Liga das Nações, o Brasil imprimia à sua política externa uma projeção transatlântica, rompendo os limites da região americana. Criou-se expectativas acerca de um suposto direito de reconhecimento pela comunidade internacional do diferencial do país na hierarquia mundial, o que condicionou a luta do Brasil por um assento no Conselho da Liga.

7 Essa atitude era contrária aos acertos feitos por ocasião dos Acordos de Locarno (1925), que conduziram a Alemanha a um assento dessa natureza, mas não previam a criação de mais um lugar para beneficiar qualquer outro candidato. Mais que o princípio de igualdade jurídica, defendido por Rui Barbosa em Haia, em 1907, o Brasil reivindicava o que considerava um direito adquirido pela sua contribuição ao esforço de guerra. Por não alcançá-lo, anunciou sua retirada da Liga.

8 Nessa direção e, no que se refere à política externa, destaca-se a formulação de um projeto que, por meio da aproximação com os Estados Unidos, buscava dar ao país um lugar de destaque no cenário internacional. A quebra das normalidade política doméstica devido à deposição do presidente Washington Luís pelos revolucionários de 1930 não suscitaria mudanças da mesma intensidade na política externa. Esse período se estendeu até o primeiro Governo de Getúlio Vargas ( ).

9 Contudo, a desarticulação do sistema capitalista mundial, em função da crise de 1929, resultou em profunda retração do comércio internacional, atingindo duramente o café, e, conseqüentemente, a entrada de capital estrangeiro no Brasil. Esse quadro, no entanto, não demoraria a ser amenizado em função da percepção das novas potências em ascensão – Estados Unidos e Alemanha – de que a recuperação de suas economias dependia da reativação do comércio mundial.

10 No que se refere à América Latina, os Estados Unidos buscavam garantir sua liderança na região pelo livre-comércio e o culto à liberal democracia. A Alemanha buscava, no comércio compensado (troca de mercadorias sem intermediação de moedas fortes) e, no culto ao autoritarismo nacionalista, conquistar espaços na região latino-americana. Até que fosse inevitável, a política externa brasileira procurava contemplar os interesses dos diferentes grupos nacionais, promovendo aproximações alternadas e simultâneas aos Estados Unidos e à Alemanha.

11 A esta relação, a historiografia é consensual ao considerar que o Brasil fez “jogo duplo” em relação aos Estados Unidos e à Alemanha, no período que antecede à Segunda Guerra, com a finalidade de barganhar. O historiador Gerson Moura cunhou a expressão equidistância pragmática para referir-se ao fato de que o Brasil seguiu na sua busca pela autonomia procurando maximizar o aproveitamento da disputa entre os dois países.

12 Quando iniciada a Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro declarou neutralidade, contudo, havia dificuldade militar brasileira para exercer vigilância em toda a extensão do litoral. A retração da Alemanha na região, em decorrência do conflito, favoreceu os interesses norte-americanos. Assim, podemos considerar que, o americanismo de Vargas foi estritamente pragmático, no sentido de que, não fosse esta sua linha de atuação, o Brasil não teria obtido de Washington a promessa de financiamento para a construção, em 1940, de Volta Redonda


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