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Círculo de Estudos Libertários de Florianópolis

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Apresentação em tema: "Círculo de Estudos Libertários de Florianópolis"— Transcrição da apresentação:

1 Círculo de Estudos Libertários de Florianópolis
Crédito da Apresentação: Secretaria de Formação da FAG Curso de Formação Política do FAO Secretaria de Formação do CABN

2 A corrente libertária e sua formação histórica
“Nós, os socialistas-anarquistas, existimos como partido separado, como programa substancialmente constante, desde 1867, quando Bakunin fundou a Aliança; e fomos nós os fundadores e a alma do rumo antiautoritário da Associação Internacional dos Trabalhadores.” Errico Malatesta

3 Uma leitura do Anarquismo
Um modo controverso é inscrever o anarquismo no rol das práticas e discursos de uma ética humanista e libertária independente de condições sociais e históricas e imputar a definição anarquista a personagens ou acontecimentos de uma luta eterna e ideal. A rigor, não existe anarquismo antes do capitalismo e fora do campo socialista. Foi na segunda metade do século XIX, quando o capitalismo industrial se desenvolvia na Europa e as primeiras grandes lutas da classe operária tinham lugar que a ideologia anarquista nasceu e ganhou expressão em práticas políticas de oposição ao socialismo legalista, estatista ou reformista. O anarquismo é a corrente libertária do socialismo, forjada historicamente na luta de classes como crítica, proposta e ação revolucionária.

4 Nossa definição do Anarquismo
Consideramos o anarquismo como uma ideologia, um tipo de socialismo revolucionário, que surge no século XIX colocando-se no campo social. Por isso, o anarquismo tem uma herança histórica, ideológica e teórica determinada. O anarquismo defende uma transformação social revolucionária, em nível internacional, que deve ser levada a cabo de baixo para cima, ser protagonizada pelos diferentes sujeitos oprimidos e fazer com que os meios de luta estejam de acordo com os fins que se pretende atingir. Como objetivo, o anarquismo propõe a criação de um socialismo autogestionário e federalista, sem capitalismo e sem Estado, que concilie a liberdade individual, a liberdade coletiva e a igualdade.

5 Anarquismo: princípios político-ideológicos
A partir dessa definição podemos extrair os princípios político-ideológicos que dão corpo à espinha dorsal do anarquismo, sendo este entendido como uma ideologia – e, portanto, não como ciência –, e como uma corrente do socialismo revolucionário. - A compreensão das relações de exploração e dominação presentes na sociedade e o julgamento, a partir de valores éticos, de que elas devem ser transformadas. Essas relações de exploração e dominação se dão em diversos campos (economia, política e relações sociais) e, assim, a busca pela transformação dessas relações exige uma oposição ao capitalismo, ao Estado e às diversas formas de dominação (imperialismo, gênero, raça etc.).

6 Anarquismo: princípios político-ideológicos
- A transformação dessas relações implica que exista uma prática política, que está necessariamente inserida na sociedade e faz parte da sua correlação de forças. Essa prática significa uma luta contra a exploração e a dominação por meio de uma leitura da realidade e do estabelecimento de caminhos para essa luta. - A leitura da realidade e o estabelecimento de caminhos para a luta implicam em um método de análise e um conjunto de estratégia e tática, ambos estabelecidos racionalmente e implicando uma teoria.

7 Anarquismo: princípios político-ideológicos
- O método de análise e o conjunto de estratégia e tática baseiam-se na compreensão de que a sociedade, cujas bases estão nas relações de exploração e dominação, é fundamentalmente uma sociedade de desigualdade. Essa desigualdade encontra suas bases nas classes sociais e é natural que essas classes – como conjuntos de exploradores/explorados, opressores/oprimidos, etc. – tenham posições distintas na sociedade e que, portanto, estejam em contradição e em luta permanente. Assim, anarquismo baseia-se no classismo, que reconhece a luta de classes e a necessidade de caminhos que apontem para o fim das classes sociais. - O classismo implica necessariamente uma noção de associação e de interesses comuns entre aqueles que são vítimas do sistema de exploração e de dominação. Portanto, entende-se que a iniciativa para uma luta pela transformação desse sistema deve ser internacional, guiada pelos interesses de classe, e não por interesses nacionais, o que significa sustentar o internacionalismo.

8 Anarquismo: princípios político-ideológicos
- A leitura da realidade e o estabelecimento de objetivos e caminhos significam a concepção de estratégia e tática, ou seja, caminhos para a transformação social que se deseja realizar. - A teoria e a prática geradas pelas análises e estratégia são necessariamente guiadas por uma concepção ética, determinada por valores morais específicos. - As práticas voltadas ao combate da ordem de exploração e dominação devem ser realizadas por quem sofre as conseqüências dessa ordem, por meio da ação direta, sem intermediários, pessoas ou instituições que estabeleçam relações autoritárias ou que alienem essas práticas que devem, portanto, ter autonomia.

9 Anarquismo: princípios político-ideológicos
- A luta pela ação direta é realizada de baixo para cima, a partir da base, sem direções autoritárias que tirem daqueles que lutam a capacidade e o protagonismo. Essa luta envolve necessariamente elementos espontâneos e emocionais. - A solidariedade e o apoio mútuo entre as classes exploradas e dominadas colocam a necessidade de uma associação permanente entre essas classes e não a priorização de uma ou outra delas. - Os meios estabelecidos para a prática política devem estar em coerência com os fins que se deseja atingir.

10 Anarquismo: princípios político-ideológicos
- A transformação social é necessariamente revolucionária e não se encontra dentro do capitalismo ou do Estado. - A autogestão e o federalismo norteiam toda a prática política e são elementos fundamentais da sociedade futura, organizando e articulando horizontalmente, por meio da democracia direta, as estruturas econômicas, políticas e sociais. - A liberdade e a igualdade são necessariamente base do socialismo que se coloca como objetivo pós-revolucionário para a criação de uma sociedade futura.

11 Variantes históricas O anarquismo ganhou variantes na sua dinâmica, agregou elementos de discurso para pensar novas circunstâncias históricas concretas e desenvolveu modos específicos de organizar e expressar o socialismo e a liberdade nos conflitos sociais segundo seu tempo e lugar. É a referência histórica do tronco de princípios e fundamentos já apresentados que marca a continuidade dessa tradição revolucionária na luta contra o capitalismo e os modelos de dominação.

12 Mutualismo operário e o socialismo de Proudhon
Toma parte na revolução política de e do movimento operário francês que se organizava pelo mutualismo. Defendeu a autonomia das associações operárias e a apropriação progressiva das forças econômicas da sociedade por elas. Crítico radical da propriedade capitalista e do Estado político, opondo a elas o mutualismo e a federação industrial-agrícola. Proudhon é o marco inicial do pensamento anarquista.

13 Bakunin, Aliança e a 1ª Internacional
Consolida o anarquismo como elaboração teórica, organização e estratégia militante na luta de classes. Considerava a propriedade privada e o Estado como estruturas interdependentes do poder burguês, que precisavam ser vencidas com uma ruptura violenta. Referência da ala federalista ou antiautoritária da AIT, a partir do congresso da Basiléia, em 1869. Aplicou no interior das lutas o critério do dualismo organizativo: minoria ativa e luta de massas.

14 O comunismo anarquista de Kropotkin a Malatesta.
Continuidade do anarquismo após a Internacional e a Aliança bakuninista. Com Kropotkin se reforçam elementos de propaganda, cultura, educação e ciência numa estratégia que buscava atingir a formação da consciência. Malatesta renova a vontade organizada e a inserção anarquista em meio às massas. O anarquismo dá impulso ao sindicalismo revolucionário como vetor social. O partido (organização) revolucionário é recuperado como lugar planificador da ação pública e do trabalho em segredo.

15 Propaganda pelo fato e individualismo tático
O refluxo do movimento operário revolucionário depois da derrota da Comuna de Paris vai provocar novas estratégias. O congresso anarquista de 1881, em Londres, é o marco da propaganda pela ação em nível mundial. Militantes ou pequenos grupos táticos empregaram atos violentos como centro de uma estratégia insurrecionalista. Severino Di Giovanni Duas variantes vão caracterizar essa posição de corte individual: uma operária; e outra filosófica de influências liberais burguesas.

16 O finalismo operário anarco-sindicalista
Partiu do sindicalismo revolucionário postulado pela corrente libertária da 1ª Internacional e dos métodos de luta da CGT francesa. Introduziu no início do século XX modificações na concepção estratégica original definindo finalidades anarquistas aos sindicatos. O movimento da F.O.R.A. argentina e da CNT espanhola figuraram como suas grandes expressões de massa. Fazia planos de greve geral e insurreição violenta das massas.

17 As diferentes estratégias do Anarquismo
As variantes históricas do anarquismo possuem categorias estratégicas próprias. Entendemos que a diferença entre elas se dá em relação a algumas questões fundamentais: organização, movimentos populares, reformas, melhor maneira de difusão do anarquismo e forma de aplicação da violência revolucionária. As distintas posições em relação a essas questões não colocam em xeque os princípios político- ideológicos anarquistas, mas marcam as diferentes posições que definem essas estratégias anarquistas. Neste sentido, poderíamos dizer que as principais diferenças estratégicas no campo do anarquismo se dão entre o “anarquismo de massas” e o “anarquismo insurrecionalista”.

18 As diferentes estratégias do Anarquismo
Estas diferenças estratégicas se manifestam principalmente: - Em relação à questão da organização, tendo aqueles que a defendem e crêem que ela é imprescindível para a transformação social e aqueles que acreditam que ela é desnecessária ou mesmo autoritária. - Sobre os movimentos populares, tendo aqueles que acreditam que eles são a única forma de organizar o povo para a luta pela revolução social e aqueles que acreditam que eles são inúteis e em nada podem ajudar o anarquismo em sua luta revolucionária.

19 As diferentes estratégias do Anarquismo
- Em relação às reformas, há aqueles que defendem que, no seio de um movimento popular, é a luta pelas reformas que motiva a organização em torno da necessidade e que essas reformas melhoram as condições do povo, além de serem consideradas um caminho para a revolução. Há também aqueles que acreditam que as reformas não contribuem com os objetivos revolucionários e são insignificantes, portanto, os anarquistas devem lutar somente pela revolução e não pelas reformas.

20 As diferentes estratégias do Anarquismo
- Para difundir o anarquismo, alguns defendem que a melhor forma é em meio às organizações das lutas populares (construindo e participando dessas lutas), outros que é com os atos de violência contra a classe dominante, que se deve inspirar outras ações semelhantes, dando corpo a um amplo movimento revolucionário. - Sobre a violência revolucionária, há aqueles que defendem que ela deve ser aplicada com um amplo respaldo popular, derivando de um movimento já existente; e há aqueles que consideram que os atos de violência revolucionária são os próprios geradores desse movimento insurrecional e que, por isso, não há problemas se não houver respaldo popular, já que são esses atos que levarão a esse respaldo.

21 O debate estratégico do socialismo na Internacional
Marx e Bakunin se uniram na Internacional pela crítica da exploração do Capital, a luta de classes e a necessidade de uma revolução social. O conflito com Marx se desenvolve quando este pretende transformar o movimento operário num partido para disputar o aparelho estatal com a burguesia. Bakunin defende a Internacional como organização de massas do proletariado para a luta pela emancipação econômica. O problema do Estado e do poder dividiu o socialismo entre libertários e autoritários, segundo o critério estratégico de cada um.


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