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Mobilidade de capitais, ataques especulativos e crises financeiras

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Apresentação em tema: "Mobilidade de capitais, ataques especulativos e crises financeiras"— Transcrição da apresentação:

1 Mobilidade de capitais, ataques especulativos e crises financeiras
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA LICENCIATURA EM ORGANIZAÇÂO E GESTÃO DE EMPRESAS 2º SEMESTRE – ANO LECTIVO 2004/2005 Economia Global Aula teórica 3: Mobilidade de capitais, ataques especulativos e crises financeiras

2 Mobilidade de capitais, ataques especulativos e crises financeiras
A definição de mobilidade de circulação de capitais A definição de ataques especulativos A mobilidade de circulação de capitais e os ataques especulativos. Teorias explicativas para a existência de ataques especulativos Custos e benefícios do funcionamento da economia em contexto de mercado de capitais liberalizado Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

3 Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre
Bibliografia Bibliografia fundamental: Corsetti, G. (1998), Interpreting the Asian Financial Crisis: Open Issues in Theory and Policy, pp. 1-5, e 23-37 Eichengreen, B. (1998), Capital Controls: Capital Idea or Capital Folly? Bibliografia Complementar: Dornbusch, R. (1998), Capital controls: an idea whose time is gone, MIT Obstfeld, M. (1998), The global capital market: Benefactor or Menace?, NBER working paper 6559. The Economist (2003), Global Finance, Survey. Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

4 Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre
Na aula de hoje analisaremos o tema da abertura dos mercados de capitais focando: Os tipos de controlos As explicações para a existência de ataques especulativos Os diferentes objectivos para impor controlos de capitais A discussão teórica sobre os efeitos dos controlos de capitais Balanço das experiências recentes de liberalização Os custos e benefícios associados ao processo de liberalização dos mercados de capitais Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

5 As crises financeiras mais recentes
1992 Sistema monetário europeu (SME) 1993 1994 México 1997 Tailândia 1998 Rússia 1999 Brasil 2001 Argentina 2002 Brasil, Uruguai Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

6 As motivações para o estudo deste tema advêm do facto:
desta discussão estar em aberto no meio político e académico de várias economias se terem confrontado nos últimos anos com graves crises financeiras dos problemas que derivam de uma crise financeira serem consideráveis da integração actual dos mercados financeiros agravar os riscos de contágio de um choque financeiro Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

7 Mobilidade de capitais, ataques especulativos e crises financeiras
A definição de mobilidade de circulação de capitais A definição de ataques especulativos A mobilidade de circulação de capitais e os ataques especulativos. Teorias explicativas para a existência de ataques especulativos Custos e benefícios do funcionamento da economia em contexto de mercado de capitais liberalizado Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

8 A definição de mobilidade de circulação de capitais
Há mobilidade de circulação de capitais quando os investidores podem realizar aplicações: Em qualquer país que escolham De forma rápida Com reduzidos custos Nas quantidades que pretendam O capital desloca-se em função: Da rentabilidade esperada Do risco esperado Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

9 Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre
A mobilidade de capitais pode ser condicionada pela imposição de controlos de capitais Os controlos de capitais podem ser de diversos tipos: Taxas e impostos sobre certas operações; Restrições quantitativas aos fluxos de capitais de acordo com a maturidade, destino, origem, etc. Medidas de regulamentação financeira como sejam as impostas sobre as posições cambiais assumidas pelos bancos comerciais, sobre os limites de endividamento externo das empresas, etc. Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

10 Os controlos de capitais podem ser usados com duas finalidades:
Enquanto INSTRUMENTOS TEMPORÁRIOS – Enquanto medidas temporárias para: Os países responderem a situações de desequilíbrio da Balança de Pagamentos Ou Que as economias possam desenvolver as condições que lhes permitam posteriormente liberalizar os mercados de capitais Enquanto INSTRUMENTOS PERMANENTES – Enquanto medidas permanentes se os políticos considerarem que os ganhos que resultam da abertura dos mercados de capitais são inferiores aos custos e riscos derivados da liberalização Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

11 Liberdade de circulação de capitais uma perspectiva histórica (1)
Os processos de abertura dos mercados financeiros dos países desenvolvidos datam do final da década de 80 Na década de 90 os países desenvolvidos pressionaram os países em desenvolvimento para seguirem essa trajectória (nomeadamente através da influência de organizações internacionais como o FMI e OCDE e de acordos e compromissos internacionais como a União Europeia). Vários economistas dos países desenvolvidos defenderam junto dos países em desenvolvimento que estes deveriam encarar as políticas dos mais desenvolvidos como sendo o caminho para o qual tenderão no futuro caso tenham capacidade para implementar políticas bem sucedidas. Se os mais desenvolvidos liberalizaram os seus mercados de capitais essa deveria ser a regra que também eles deveriam seguir. Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

12 Liberdade de circulação de capitais uma perspectiva histórica (2)
Os países em desenvolvimento não reagiram todos do mesmo modo a esta pressão Alguns países como: ► China ► Índia Mantiveram controlos elevados revelando fortes reticências às vantagens da liberalização Face aos argumentos dos economistas dos países mais desenvolvidos afirmavam que a liberalização dos mercados de capitais resulta do processo de desenvolvimento mas não deve ser usada enquanto meio para alcançar esse mesmo desenvolvimento. Outros países como: ► Brasil Aceleraram o processo de liberalização mas posteriormente confrontaram-se com grandes problemas na Balança de Pagamentos Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

13 Liberdade de circulação de capitais uma perspectiva histórica (3)
Em 1997, os membros do FMI aprovaram a alteração dos estatutos da organização para retirar legitimidade à utilização de controlos de capitais. A severidade das crises : Tailândia e outros países asiáticos – 1997/1998 Rússia – 1998 Brasil e outros países da América Latina – 1998/1999 Provocou algum retrocesso na corrente mais liberalizante de abertura dos mercados de capitais mas apesar da dimensão dos efeitos destas crises mesmo nos países em desenvolvimento a corrente mais favorável à abertura dos mercados de capitais permanece ainda predominante. Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

14 Mobilidade de capitais, ataques especulativos e crises financeiras
A definição de mobilidade de circulação de capitais A definição de ataques especulativos A mobilidade de circulação de capitais e os ataques especulativos. Teorias explicativas para a existência de ataques especulativos Custos e benefícios do funcionamento da economia em contexto de mercado de capitais liberalizado Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

15 A definição de ataques especulativos
Os ataques especulativos ocorrem em regimes de câmbio fixos Ataques especulativos são: Situações em que aumenta fortemente a procura de moeda estrangeira Derivam de uma perda da confiança dos investidores na manutenção do valor da moeda de certo país (Por receio de um agravamento da depreciação da moeda, os investidores procuram desfazer-se da moeda em causa → Fuga de capitais → agravamento da depreciação) ►► Resultam na depreciação do valor da moeda nacional ►► Induzem uma recessão no sector real da economia → efeitos muito negativos nas taxas de crescimento Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

16 Mobilidade de capitais, ataques especulativos e crises financeiras
A definição de mobilidade de circulação de capitais A definição de ataques especulativos A mobilidade de circulação de capitais e os ataques especulativos. Teorias explicativas para a existência de ataques especulativos Custos e benefícios do funcionamento da economia em contexto de mercado de capitais liberalizado Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

17 Teorias explicativas da ocorrência de ataques especulativos (AE)
Existem duas categorias de explicações para os AE: Os modelos de primeira geração Explicam os AE pelos valores de algumas variáveis macroeconómicas Os modelos de segunda geração Explicam os AE pela existência de: Pânico financeiro Expectativas auto-realizáveis Contágio Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

18 Os modelos de primeira geração
Estas teorias explicam os AE a partir de: Financiamento de deficits orçamentais por emissão monetária Baixos níveis de reservas internacionais para manter a taxa de câmbio fixa nos níveis anunciados pelas autoridades Deficits elevados da balança comercial A evolução da taxa de câmbio real (confronto dos ritmos de crescimento dos níveis de preços internos e externos) Deficits orçamentais e/ou rácios de dívida pública elevados Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

19 Os modelos de primeira geração
Conclusão: As crises financeiras resultam de um comportamento inconsistente das autoridades que adoptam políticas incompatíveis com os objectivos de estabilidade cambial que anunciam Crises na América Latina no final da década de 70 e início da década de 80 Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

20 Os modelos de segunda geração
Modelos desenvolvidos devido às limitações dos de primeira geração para explicar algumas crises financeiras Os modelos de segunda geração recorrem a explicações como: A explicação do equilíbrio múltiplo Os agentes económicos antecipam que se ocorrer um ataque especulativo as autoridades vão alterar a sua política económica numa direcção que os favorece e actuam para precipitar essa evolução Crises que parecem explicadas por estas razões: As desvalorizações da libra esterlina e da coroa sueca (Sek) aquando do fim da serpente cambial europeia (1972). Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

21 Os modelos de segunda geração
A explicação do contágio - deriva da grande integração actual dos mercados financeiros Causas de contágio: Alterações das políticas de economias centrais (exemplo: aumentos da taxa de juros) que afectem simultaneamente muitos economias e as economias em desenvolvimento por apresentarem maiores fragilidades ressentem-se mais Perda de credibilidade dos investidores internacionais na convicção de um governo manter a paridade cambial quando outro país em circunstâncias semelhantes teve de desvalorizar a sua moeda Deslocação de capitais entre países para suprir necessidades de capital Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

22 Factores que ampliam os efeitos de uma perturbação financeira
Actualmente os mercados financeiros estão fortemente integrados → uma perturbação que se desenvolva numa economia facilmente se estende às restantes As consequências dos choques comuns sobre cada economia vão depender: Maturidade das estruturas económicas Tipo de equilíbrios macroeconómicos estabelecidos Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

23 Mobilidade de capitais, ataques especulativos e crises financeiras
A definição de mobilidade de circulação de capitais A definição de ataques especulativos A mobilidade de circulação de capitais e os ataques especulativos. Teorias explicativas para a existência de ataques especulativos Custos e benefícios do funcionamento da economia em contexto de mercado de capitais liberalizado Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

24 Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre
As questões em aberto Liberalização permanente dos mercados de capitais: sim ou não? Será que a liberdade de circulação de capitais favorece o crescimento económico? Na presença de crises financeiras, os países devem restringir ou não a liberdade de circulação de capitais? O problema que se coloca é: se as Autoridades para tentar ultrapassar uma crise não seleccionarem bem os instrumentos de política a adoptar podem induzir complicações que agravem a recessão inicial. Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

25 Crises cambiais e liberalização dos mercados de capitais
A ocorrência de várias crises cambiais lançou a discussão sobre a abertura desejável dos mercados de capitais Travar ou não a abertura dos mercados de capitais? As conclusões dos trabalhos empíricos realizados indicam que: Os resultados da abertura dos mercados financeiros de países em desenvolvimento Os resultados da abertura dos mercados financeiros de países desenvolvidos Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

26 Num contexto em que não existam desequilíbrios financeiros
Não é claro que exista uma correlação positiva entre liberalização dos mercados de capitais e crescimento económico Os economistas normalmente explicam este resultado através de uma de duas ordens de ideias: A relação entre crescimento e abertura dos mercados de capitais não existe realmente ou Os estudos conduzidos sofrem de erros de especificação que enviesam as conclusões retiradas Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

27 As dificuldades dos estudos realizados nesta área
Os controlos de capitais: são difíceis de quantificar podem ser usados com vários objectivos e que não são necessariamente aqueles que as autoridades anunciam publicamente. No entanto, só podemos avaliar a eficiência de um instrumento de política se soubermos com que finalidade foi utilizado Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

28 Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre
A posição dominante na literatura dada a ausência de uma evidência contundente A ocorrência de ataques especulativos pode ser diminuída se: As autoridades políticas implementarem certas medidas e reformas Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

29 Das mais importantes destacam-se (1):
Reforço das estruturas económicas – via: Desenvolvimento de mecanismos de supervisão do sistema financeiro Desenvolvimento das competências de gestão das instituições bancárias Constituição de um banco central independente Desenvolvimento de estruturas de produção de informação estatística cujo rigor e imparcialidade sejam reconhecidos pelos investidores Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

30 Das mais importantes destacam-se (2):
3. Definição de políticas publicas “consistentes” Política fiscal: cuidado com os défices elevados Política cambial: cuidado com o tipo de taxa de câmbio que se escolhe 4. Desenvolvimento de processos de cooperações próximos com países parceiros Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

31 Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre
resumindo A resposta sobre o grau de abertura defender depende da maturidade das: Capacidades de gestão das autoridades públicas Estruturas económicas Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

32 Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre
Sobre o uso de controlos de capitais em contexto de desequilíbrio financeiro Na presença de crises financeiras, os países devem restringir ou não a liberdade de circulação de capitais? Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

33 Na presença de crises financeiras O Exemplo da economia da Malásia
A Malásia perante uma grave crise financeira em 1998 decidiu adoptar controlos de capitais para procurar a estabilidade económica Implementou um conjunto de medidas contrárias às defendidas pelos países desenvolvidos e organizações internacionais como o FMI Os resultados das políticas seguidas pelas autoridades malaias: aparentemente conseguiram solucionar os efeitos negativos da crise com custos mais reduzidos que os registados em países que obedeceram às recomendações do FMI (como por exemplo: Tailândia e Coreia do Sul) Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

34 Os argumentos a favor da liberdade de circulação de capitais
A liberdade de circulação de capitais promove uma afectação internacional dos recursos financeiros mais eficiente (fluindo dos países desenvolvidos em que a sua produtividade é mais reduzida para os países em desenvolvimento em que as perspectivas de investimento envolvem taxas de rentabilidade mais elevadas) Para os países em desenvolvimento apontam-se também como vantagens: Aumento da poupança disponível para investimento Redução da corrupção O facto da presença de investidores estrangeiros pressionar o sistema financeiro a apresentar um funcionamento mais eficiente Alargamento das possibilidades de diversificação dos riscos financeiros Pressão no sentido da melhoria na qualidade das políticas desenvolvidas pela Administração Pública (os riscos da saída de capitais forçariam as Autoridades Políticas a uma gestão mais disciplinada – os custos de políticas inconsistentes sendo superiores desencorajam a sua adopção) Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre

35 Os argumentos a favor dos controlos de capitais
A incerteza que envolve as decisões dos agentes económicos privados - os investimentos nos mercados financeiros são realizados em contextos de informação imperfeita  há uma margem considerável para as expectativas dos investidores tornarem determinado país sujeito a variáveis subjectivas apenas influenciadas em parte por dados objectivos O desenvolvimento requer a implementação de políticas que podem exigir um grau de compromisso de mais longo prazo dos investidores e por isso deve ser condicionada a mobilidade de capitais para travar as possibilidades de fuga dos capitais quando forem implementadas reformas que ainda que necessárias para o desenvolvimento do país possam provocar o desagrado dos investidores (com liberdade os detentores de capitais podem opor-se a qualquer medida transferindo de imediato os seus capitais) Economia Global Ano lectivo 2004/2005 – 2º semestre


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