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Ciência, Tecnologia e Educação no Brasil

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Apresentação em tema: "Ciência, Tecnologia e Educação no Brasil"— Transcrição da apresentação:

1 Ciência, Tecnologia e Educação no Brasil
Prof. Hélio Henkin (Coordenador da Disciplina) Profa. Mônica Timm de Carvalho (Professora Colaboradora)

2 Ciência, Tecnologia e Educação no Brasil
Introdução

3 Introdução Tratar de ciência, tecnologia e educação em uma disciplina de um curso de especialização é certamente um grande desafio. Tratar destes temas com referência ao Brasil, é um desafio maior ainda. As razões são várias: a amplitude de cada tema, sua multidimensionalidade, os problemas complexos que se apresentam em sociedades de desenvolvimento industrial e urbano tardio, entre outras.

4 Introdução Além disso, são temas que apresentam uma complexa estrutura de relações de causalidade ou de correlações, de tal modo que é necessário escolher um fio na meada. Para esta disciplina, escolhemos a tecnologia e a inovação tecnológica como ponto de partida. Esta escolha pode ser atribuída ao enfoque econômico que orienta a nossa abordagem.

5 Introdução Ao longo dos últimos 30 anos, o progresso técnico e o “fator” tecnologia (junto com temas a ele associados, como o “saber-fazer”, o conhecimento e o conceito de “capital humano”) ganhou cada vez mais centralidade nos esforços e nas conclusões das investigações sobre o desenvolvimento econômico, sobre as desigualdades entre países e regiões, sobre o padrão de vida das populações, sobre o ritmo de crescimento econômico de cada país e sobre a competitividade de segmentos produtivos e empresas nos mercados doméstico e internacional.

6 Introdução Pode-se dizer também que o tema da sustentabilidade dos sistemas sócio-produtivo-ambiental (cada vez mais presente nas esferas das discussões acadêmicas e políticas) também coloca a tecnologia no “centro das atenções”.

7 1. Ciência e Tecnologia: introdução e conceitos básicos

8 Progresso técnico e sua relação com a ciência
Como definir progresso técnico, algo que envolve múltiplos aspectos e formas? Progresso técnico refere-se a um conjunto de conhecimentos que se refletem em: capacidade de produzir uma maior quantidade de um determinado produto com as mesmas quantidades de recursos (por exemplo, horas de trabalho, quantidade de insumo energético, matérias-primas e insumos) Capacidade de produzir novos produtos com qualidade superior

9 Progresso técnico Exemplos
Compressores para refrigeradores, agricultura mecanizada, Cirurgia videolaparoscópica utilização de fertilizantes e adubos, sistemas mais velozes de injeção de plástico para a produção de solados, sistemas eletrônicos/digitais de arquivamento de dados, miniaturização de telefones celulares; Telefonia móvel, aparelhos e instrumentos para cirurgia videolaparoscópica, miniaturização de telefones celulares, impressoras digitais a laser, energia nuclear, automóvel.

10 Progresso técnico Embora historicamente muitos economistas tenham tratado o progresso técnico como um vetor de redução de custos (introdução de novos processos reduzem os custos de produção de um produto inalterado), é provável que o impacto maior do progresso técnico provenha da sua dimensão de inovação em produto e nos aspectos qualitativos da produção.

11 Progresso técnico Muitos processos inovadores correspondem à produção de novos produtos nos setores de bens de capital A ocorrência de crescimento acelerados nas economias industrializadas decorre de modificações contínuas na composição do produto industrial e dos novos produtos introduzidos. Simon Kuznets foi um dos pioneiros no tratamento das questões do crescimento a longo prazo e sua relação com a tecnologia (combinando teoria e história econômica)

12 Progresso técnico As baixas elasticidades-renda (e elasticidade-preço) da demanda em longo prazo criam uma exigência: o crescimento rápido e contínuo das economias requer a introdução contínua de novos setores e produtos.

13 Progresso técnico Joseph Schumpeter: o progresso técnico e a inovação em produtos como elemento central na dinâmica capitalista: flutuações econômicas, desenvolvimento e concorrência são relacionados à tecnologia. A concorrência por inovação tem sua importância na seguinte expressão de Schumpeter: “enquanto os economistas equivocadamente tratavam do problema de como o capitalismo administra as estruturas existentes, o problema relevante é como ele as cria e as destrói); Para Schumpeter, a “concorrência via inovação” é mais importante que “via preços”; é ela que promove os “perenes vendavais da destruição criadora”,

14 Progresso técnico A controvérsia “ruptura vs. continuidade”:
A ênfase de Schumpeter: “A mudança histórica e irreversível na maneira de fazer as coisas é o que chamamos ‘inovação’ e que definimos como mudanças de funções de produção que não podem ser decompostas em etapas infinitesimais. Juntem-se quantas diligências se quiser, mas nunca se conseguirá obter uma ferrovia fazendo isso” (A análise da mudança econômica, RES, 1935)

15 Progresso técnico A controvérsia “ruptura vs. continuidade”:
Marx: “Uma história crítica da tecnologia mostraria quão pouco de qualquer das invenções do século XVIII resultou do trabalho de um único indivíduo” (O Capital) Estudos de história da tecnologia que suportam um enfoque de continuidade: Strassman, Usher, Gilfillan, Hunter, Fishlow, Holland.

16 Progresso técnico A controvérsia hoje:
A proposição de conceitos e distinções tais como inovação, invenção, mudança tecnológica, paradigma tecnológico e trajetórias tecnológicas reduziu a relevância da controvérsia, pois a questão da intensidade ou do caráter da mudança passou a ser associada a um conjunto de requisitos vinculados a cada um deste conceitos.

17 Progresso técnico Fatores da velocidade do progresso técnico e as diferenças entre continentes/países: Marx: o dinamismo tecnológico associado à emergência histórica das instituições capitalistas “A burguesia foi a primeira classe a mostrar o que a atividade do homem é capaz de produzir. Ela realizou maravilhas que ultrapassam de longe as pirâmides do Egito, os aquedutos romanos e as catedrais góticas” (Marx e Engels, Manifesto Comunista Mas por que o capitalismo como veículo para o progresso técnico surge na Europa (e não em outro lugar)?

18 Progresso técnico Fatores da velocidade do progresso técnico e as diferenças entre continentes/países: O fator religioso: Weber, White (o cristianismo como religião antropocêntrica e como promotor do dualismo entre homem e natureza e da exploração desta pelo primeiro)

19 Progresso técnico Fatores da velocidade do progresso técnico e as diferenças entre continentes/países: David Landes: a estrutura legal, política e institucional favorável ao empreendimento privado e à proteção diante da arbitrariedade, do confisco e dos privilégios da nobreza; O valor atribuído à manipulação racional do meio ambiente; a revolução científica européia;

20 Progresso técnico Fatores da velocidade do progresso técnico e as diferenças entre continentes/países: A controvérsia Europa vs. China: A superioridade tecnológica chinesa até o século XV; A maior abertura européia para aprender com os avanços de outras culturas (no campo da manufatura e da ciência natural)

21 Progresso técnico A complexa relação entre ciência e progresso técnico: Há um consenso de que o progresso técnico tem se tornado cada vez mais dependente da evolução científica;

22 Progresso técnico A complexa relação entre ciência e progresso técnico: Todavia, tanto em relação ao presente quanto ao passado, há controvérsias acerca da intensidade desta relação;

23 Progresso técnico A complexa relação entre ciência e progresso técnico: Há evidências numa e noutra direção: alguns pesquisadores identificaram relações entre cientistas e homens de negócio (ex, Rostow); outros que sustentam que a erudição e a educação formal não estavam associadas ao progresso técnico até 1800 (ex, Hall)

24 Progresso técnico A complexa relação entre ciência e progresso técnico: É importante também considerar a definição de ciência que se adota: se é definida como conhecimento sistematizado, inserido em uma estrutura teórica integrada, é provável que a ciência não tenha sido importante para o progresso técnico até o século XX;

25 Progresso técnico A complexa relação entre ciência e progresso técnico: Mas se adotarmos uma definição mais ampla e assentada em empirismo e observação, então ciência e progresso técnico estariam juntos há mais tempo ou em todo o tempo.

26 Progresso técnico Em geral, as evidências não permitem descartar que:
Tenha havido influência de inovações tecnológicas sobre a atividade científica; Que haja – na acepção marxista – forças externas (sociais e econômicas) influenciando o caminho da ciência; A maioria dos historiadores da ciência, no entanto, tenderam a tratar a ciência como autônoma, com forças internas predominando sobre a trajetória científica;

27 Progresso técnico Embora pareça cada vez mais evidente que a pesquisa científica pode ser condicionada por fatores sociais e econômicos, forças endógenas e “trajetórias dependentes do caminho” (path-dependency) são importantes e podem se traduzir também numa relação “simbiótica” entre ciência e progresso técnico.

28 Progresso técnico A direção do progresso técnico:
É o progresso técnico direcionado para “poupar mão-de-obra”? Argumentos teóricos: as decisões empresariais não são voltadas a reduzir custos de mão-de-obra e sim custos totais; Argumentos e análises de historiadores econômicos: a tecnologia nos EUA e na Inglaterra do século XIX foi poupadora de mão-de-obra (associada com a escassez relativa de mão-de-obra)

29 Progresso técnico A direção do progresso técnico:
A aprendizagem tecnológica e a path-dependency podem coexistir com comportamentos racionais e maximizadores (de lucro) no processo de determinação da direção do progresso técnico;

30 Progresso técnico A direção do progresso técnico:
Outra controvérsia: o progresso técnico (invenções, patentes, inovações) é condicionado pela demanda (e, portanto, pela expectativa de lucro com as inovações)? Ou é determinado exogenamente ao sistema econômico pela oferta de novas possibilidades tecnológicas?

31 Progresso técnico A questão da difusão tecnológica
No passado: a importância da migração de trabalhadores especializados na difusão de novas tecnologias; Fatores institucionais: associação de classe, fornecedor de bens de capital , cooperação técnica entre empresas (na disseminação de informações tecnológicas)

32 Progresso técnico A questão da difusão tecnológica
A difusão tecnológica envolve, de um lado, a necessidade de modificações, adaptações e melhorias, seja em relação ao seu desenvolvimento inicial, seja no que se refere a aplicações em outros setores e outros países Parece ser difícil generalizar a concepção do processo de difusão tecnológica, pois fatores técnicos podem coexistir com fatores econômicos, além de características culturais ou legais (o sistema de auto-abastecimento em postos de gasolina, por exemplo).

33 Progresso técnico Uma importante questão em aberto:
Há uma proposição bastante aceita por historiadores econômicos, segundo a qual não há inovação isolada indispensável em uma sociedade capaz de gerar progresso técnico rápido. Nem mesmo a ferrovia nos Estados Unidos pode ser considerada como indispensável (e estudos procuraram mostrar que havia alternativas de sistema não tão mais onerosas em relação as ferrovias); Portanto, haveria uma cesta de inovações substitutas entre si (embora imperfeitamente substitutas).

34 Progresso técnico Uma importante questão em aberto:
Mas se isto é verdadeiro, então como entender os determinantes sociais que fazem um país ter a inovação em primeiro lugar (ou ter uma superioridade em um conjunto de inovações por um largo período)? Segundo Rosemberg, o conhecimento sobre esta questão ainda é rudimentar (embora nos últimos trinta anos tenha avançado de forma significativa).

35 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios

36 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Ciência e Tecnologia evoluíram separadamente na Europa: experimentos científicos tinham um caráter predominantemente especulativo e filosófico, sem uma correlação elevada com o processo de mudança técnica e produtiva (do Renascimento à Revolução Industrial)

37 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As inovações tecnológicas das primeiras etapas da Revolução Industrial não eram decorrentes de atividades desenvolvidas por cientistas e eruditos, com alto nível de educação formal, mas sim por homens práticos, com experiência em ramos da produção artesanal e manufatureira (mecânica, metalurgia básica, processamento da madeira)

38 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Marcos do estreitamento das relações entre Ciências e Tecnologia: As Escolas Politécnicas e o desenvolvimento da tecnologia militar (a partir de Napoleão Bonaparte); O desenvolvimento de laboratórios de pesquisa nas empresas, os quais usavam conhecimentos e procedimentos científicos para o desenvolvimento de produtos e processos de produção.

39 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Princípios condutores da Revolução Industrial: A substituição da habilidade e do esforço humano pelas máquina; A introdução das fontes inanimadas de energia; A utilização de matérias-primas novas e mais abundantes; O resultado da aplicação destes princípios foi o aumento da produtividade, da renda da atividade produtiva, dos investimentos em melhorias e mais inovações tecnológicas (com destaque para a cadeia produtiva têxtil e para a máquina a vapor)

40 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
A Revolução Industrial representa um marco das transformações no processo produtivo e das inovações nas condições organizacionais, em um contexto de mudanças relacionadas: à redução de privilégios e monopólios e a criação de um sistema de facilidades e incentivos à iniciativa empreendedora; à “governança” capitalista do processo de produção (sistemas de putting-out e manufaturas) à expansão dos mercados (domésticos e externos)

41 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Coevolução do sistema produtivo capitalista, da tecnologia e das instituições políticas e sociais Até o século XIX

42 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Coevolução do sistema produtivo capitalista, da ciência, da tecnologia, do sistema educacional e das instituições políticas e sociais A partir do século XIX

43 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
“Os aprimoramentos na maquinaria, entretanto, não foram inventos daqueles que usavam as máquinas. Muitos aprimoramentos foram obra da engenhosidade de fabricantes de máquinas, quando esta fabricação tornou-se um negócio específico; em outros casos, foram obra de filósofos ou homens de especulação, cujo negócio não é fazer nada mas sim observar tudo, combinando os poderes dos mais distantes e distintos objetos. No progresso da sociedade, filosofia ou especulação tornou-se um emprego como outro qualquer, a principal ou única ocupação de um particular grupo de cidadãos. Como em qualquer outra ocupação, ela também é subdividida em ramos diferentes, ocupados por grupos diferentes de filósofos; e esta subdivisão na filosofia, assim como em qualquer outro negócio, aprimora a destreza e economiza tempo. Cada indivíduo torna-se mais experiente no seu ramo específico, mais trabalho é feito no conjunto e a quantidade de ciência é consideravelmente ampliada” (Adam Smith, 1776, A Riqueza das Nações)

44 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
“É uma análise cientificamente embasada, juntamente com a aplicação de leis da mecânica e da química, que permitem à máquina fazer o trabalho feito inicialmente pelo operário individualmente. O desenvolvimento da maquinaria, entretanto, somente segue este caminho após a indústria pesada ter atingido um estágio avançado, e os ramos científicos terem sido postos ao serviço do capital...A invenção então se torna um ramo de negócios, sendo que a ciência passa a se aplicar à produção para determinar novos inventos assim como ela requer também novos inventos” (Karl Marx, 1858, Grundisse)

45 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Adam Smith Pioneiro no reconhecimento da relação entre mudança tecnológica e desenvolvimento (riqueza das nações): a divisão e especialização do trabalho e os aprimoramentos da maquinaria

46 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
David Ricardo Admite com Adam Smith a relação entre o aumento do capital e o progresso técnico com o crescimento econômico. Trata do problema da substituição do trabalho pela máquina e do desemprego, abordando as condições para que não houvesse desemprego crescente com o aumento da produtividade e a introdução de maquinaria.

47 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Karl Marx O capitalismo como processo evolucionário, alimentado pela concorrência, em que o capital é reaplicado no processo produtivo para elevar a capacidade de expropriação da mais-valia; A tecnologia é “endogeneizada”: a mudança tecnológica (“a revolução constante dos meios de produção”) é necessária para permitir a valorização do capital;

48 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Karl Marx Os investimentos em máquinas e equipamentos (concretização da mudanças tecnológica) resultam, através do processo competitivo, na eliminação de empresas e na concentração do capital (correspondente à elevação das escalas mínimas de produção); Marx antecipa o processo de crescimento dos oligopólios no final do século XX; A tecnologia no capitalismo implica inovação, como mudança permanente de processos e produtos, o que implica um caráter dinâmico e cíclico.

49 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Karl Marx A tecnologia não é dada exogenamente, através da criação de inventos autonomamente; a mudança tecnológica é a variável de escolha e o objeto da preocupação do empresário; sendo que as empresas passam a tentar aplicar o conhecimento científico ao processo de produção. A tecnologia é endógena na medida em que resulta das decisões dos empresários. A tecnologia e a economia interagem dialeticamente (o que não abriga a idéia atribuída a Marx de “determinismo tecnológico”)

50 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Walras e os economistas neoclássicos Os economistas neoclássicos preocuparam-se centralmente em mostrar as características e propriedades do mercado no processo de alocação de recursos. A tecnologia sequer era considerada como uma preocupação de economistas. A tecnologia tinha de ser compatibilizada com a idéia de capitalismo concorrencial, com limites ao tamanho da empresa em relação ao mercado; a empresa é um agente individual, que maximiza o lucro a partir de cálculos racionais, considerando a tecnologia como um dado externo.

51 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Walras e os economistas neoclássicos A economia tende a se ajustar e atingir situações de equilíbrio; mudanças no ambiente alteram as condições de equilíbrio. Os preços se ajustam para atingir novamente o ponto de equilíbrio. Os mercados são eficientes e o processo de concorrência permite que se atinjam os preços que representam os pontos ótimos de eficiência na alocação dos recursos.

52 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Walras e os economistas neoclássicos Somente nos anos 90 é que a economia neoclássica passa a tratar a tecnologia e a inovação como variável importante na compreensão da dinâmica do sistema capitalista. De modo especial, a tecnologia é incorporada nas teorias do crescimento, com hipóteses sobre as suas condições de apropriabilidade pelas empresas, pela possibilidade de gerar economias de escala e concorrência imperfeita.

53 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
O advento do capitalismo oligopolista e o “fordismo” O processo de concentração econômica, analisado e de certa forma antevisto por Marx, torna-se uma realidade concreta com as inovações tecnológicas e organizacionais da segunda metade do século XX e especialmente do início do século XX.

54 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
O advento do capitalismo oligopolista e o “fordismo” O avanço dos meios de transporte e comunicação facilitam a integração dos mercados regionais em mercados de maior dimensão, permitindo que as empresas aproveitassem as economias de escala e de escopo propiciadas gradualmente pelo progresso tecnológico.

55 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
O advento do capitalismo oligopolista e o “fordismo” Exemplo 1: a refrigeração permite que as empresas frigoríficas se desenvolvam produzindo carne industrializada e couros (economias de escopo) distribuindo em mercados nacionais (economias de escala)

56 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
O advento do capitalismo oligopolista e o “fordismo” Exemplo 2: as inovações tecnológicas e organizacionais na indústria automobilística (a linha de montagem fordista) tornam o automóvel viável como bem de consumo individual para classes altas e médias, sendo sua distribuição viabilizada em escala nacional e internacional pelos avanços nos transportes e nas comunicações

57 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
O advento do capitalismo oligopolista e o “fordismo” O capitalismo oligopolista é a resultante de um conjunto de transformações correlacionadas: o desenvolvimento dos meios de transporte (ferrovia, em especial nos EUA) o desenvolvimento dos meios de comunicação (o telégrafo elétrico em 1840

58 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
O advento do capitalismo oligopolista e o “fordismo” O capitalismo oligopolista é a resultante de um conjunto de transformações correlacionadas: os avanços científicos e tecnológicos na área da eletricidade (ao longo de um século a energia elétrica transforma a vida urbana, o suprimento de energia industrial e o ciclo de inovações de produtos na área de eletrodomésticos)

59 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
O advento do capitalismo oligopolista e o “fordismo” O capitalismo oligopolista é a resultante de um conjunto de transformações correlacionadas: o desenvolvimento do motor a combustão, o estímulo às inovações da indústria do petróleo e a forte concentração das empresas petrolíferas (a Standard Oil, seu desenvolvimento e o surgimento das “sete irmãs”)

60 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
O advento do capitalismo oligopolista e o “fordismo” O capitalismo oligopolista é a resultante de um conjunto de transformações correlacionadas: as inovações gerenciais e organizacionais, com as técnicas tayloristas-fordistas, que ampliaram a produtividade industrial de forma substancial (no caso da indústria automobilística, a estrutura de mercado passou de concorrencial e artesanal a oligopolista durante as primeiras décadas do século XX)

61 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
O advento do capitalismo oligopolista e o “fordismo” O capitalismo oligopolista traz implicações importantes do ponto de vista econômico e tecnológico: a empresa transnacional e os transformações e avanço do imperialismo a intensificação das atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, em laboratórios financiados pelas empresas e em gastos militares avanço das empresas de pequeno e médio porte a partir das atividades de gastos em pesquisa universitária e ligadas à defesa

62 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Os avanços na teoria econômica A teoria econômica avança com concepções sobre as estruturas de mercado com “concorrência imperfeita”, sobre o crescimento da empresa, sobre o problema gerencial e comportamental no processo de crescimento da empresa.

63 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Os avanços na teoria econômica De modo especial, avança a concepção dinâmica do capitalismo e da empresa, com a contribuição de Schumpeter (anos 30 e 40) sobre a importância da mudança tecnológica, sobre as relações entre inovação e crescimento econômico e sobre a natureza do processo de concorrência interempresarial, além de outras perspectivas complementares, como a questão da incerteza, da informação e da coordenação da produção.

64 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
Os avanços na teoria econômica A contribuição de Schumpeter não foi imediatamente apropriada na construção da teoria econômica da empresa e da mudança tecnológica. Somente a partir dos anos 70 e especialmente nos anos 80 ocorre um desenvolvimento intenso das teorias da empresa e da mudança tecnológica.

65 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As tecnologias de informação e o pós-fordismo A partir do desenvolvimento do transistor (anos 40), do circuito integrado (anos 70) e da Internet (anos 90), as tecnologias intensivas em informação e conhecimento vão ganhando importância e promovendo mudanças importantes no sistema capitalista

66 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As tecnologias de informação e o pós-fordismo As tecnologias da informação e da comunicação ensejaram uma onda de inovações em bens e serviços (computadores, impressores, scanners, fotografia digital, telefones celulares, serviços de transmissão de dados, software etc) e em processos (informações gerenciais, comercialização e suprimento, automação industrial, controle de produção)

67 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As tecnologias de informação e o pós-fordismo As tecnologias da informação e da comunicação representam uma verdadeira revolução tecnológica, pois difundem-se para a maior parte do sistema produtivo, alterando produtos, processos e formas organizacionais, e provocando inclusive a redução dos efeitos de fronteiras nacionais. De modo geral, trata-se de uma mudança em que o sistema produtivo se torna intensivo em informação e conhecimento.

68 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As tecnologias de informação e o pós-fordismo As tecnologias da informação e da comunicação promovem alterações no sistema produtivo, promovendo maior conteúdo informacional ao processo produtivo (informação e conhecimento representam uma parte crescente do custo de produção); economias de velocidade; economias externas de rede.

69 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As teorias neo-schumpeteriana e institucionalista A abordagem neo-schumpeteriana é também identificada como teoria evolucionária ou evolucionista. Há um rompimento com a teoria econômica dominante ou convencional (a economia neoclássica) em hipóteses básicas sobre o comportamento dos agentes econômicos e sobre o processo de concorrência.

70 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As teorias neo-schumpeteriana e institucionalista 1. A dinâmica do sistema econômico é a resultante de mudanças tecnológicas em produtos, processos e formas de organização da produção. As mudanças tecnológicas envolvem inovações incrementais mas também envolvem descontinuidades, às quais se associam ciclos de crise e crescimento. Estas descontinuidades são interpretadas como movimentos de mudança nos paradigmas tecnológicos (análogos ao conceito de paradigma científico de Thomas Kuhn)

71 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As teorias neo-schumpeteriana e institucionalista 2. Ao invés da hipótese de racionalidade perfeita ou substantiva adotada como atributo do agente econômico pela teoria neoclássica, a teoria evolucionária utiliza a hipótese de racionalidade procedural: as decisões dos agentes não podem ser definidas por cálculos de maximização (qual o melhor investimento, qual a melhor combinação de insumos, qual a melhor estratégia de mercado ou de produção, qual o melhor produto a ser lançado no mercado), mas por um processo de aprendizado em que as ações dos agentes vão sendo adotadas ao longo do processo, em interações com outros agentes e em relações de mercado e extra-mercado.

72 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As teorias neo-schumpeteriana e institucionalista 3. Enquanto a teoria neoclássica tem como pressuposto a idéia de que os mercados funcionam sob um mecanismo de equilíbrio (e ajustes ao equilíbrio), nos quais a empresa responde a mudanças externas buscando maximizar o lucro e onde as empresas que não buscam a maximização são eliminadas num processo concorrencial, a teoria evolucionária rejeita a noção de equilíbrio. Os mercados distinguem-se em diferentes setores como diferentes ambientes de seleção, havendo uma diversidade de estruturas de mercado e de condições institucionais associadas a cada setor. A inovação e a mudança constituem a essência do processo e não o ajuste ao equilíbrio.

73 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As teorias neo-schumpeteriana e institucionalista Na teoria evolucionária, a capacidade competitiva de uma empresa depende de suas competência tecnológicas diferenciadas, dos ativos (máquinas, equipamentos, marca etc) complementares a estas competências, bem como das rotinas organizacionais estabelecidas pela empresa, incluindo as rotinas que conduzem a movimentos contínuos de inovação. Ao invés de escolhas a priori, cada empresa tem sua trajetória dependente de um processo de aprendizagem e de decisões ligadas a oportunidades e também a decisões tomadas no passado (trajetórias dependentes do caminho)

74 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As teorias neo-schumpeteriana e institucionalista A teoria institucionalista (ou neoinstitucionalista) é complementar, em certo sentido, ao enfoque neoschumpeteriano. Enquanto este centra a análise na empresa, a teoria institucionalista enfatiza o ambiente institucional (setorial e nacional) que afeta as decisões e as trajetórias das empresas e das tecnologias. As instituições também são caracterizadas pela trajetória dependente do caminho. Não há um ambiente institucional ótimo, mas sim uma diversidade de ambientes, alguns mais favoráveis ao processo de inovações e crescimento econômico.

75 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As teorias neo-schumpeteriana e institucionalista Instituições essenciais na visão de Chandler: corporações, universidades de pesquisa, bancos e instituições financeiras, organismos reguladores em nível nacional e multilateral.

76 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As teorias neo-schumpeteriana e institucionalista O conceito de Sistema Nacional de Inovação: refere-se ao conjunto de agentes econômicos, sociais e políticos que influenciam o desenvolvimento de novas tecnologias, a formação de competências tecnológicas e organizacionais, bem como a difusão das inovações ao longo do sistema produtivo. As trajetórias tecnológicas são determinadas no âmbito de um paradigma tecnoeconômico, o qual é determinado por condições científico-tecnológicas e por fatores econômicos, políticos e sociais. Não são somente fatores externos ao sistema sócio-econômico que configuram determinado paradigma e ciclo evolutivo.

77 2. Ciência, Tecnologia e Teoria Econômica: aspectos históricos introdutórios
As teorias neo-schumpeteriana e institucionalista O enfoque de Sistema Nacional de Inovação a capacidade competitiva de uma empresa, o desenvolvimento de um setor produtivo e o crescimento econômico nacional dependem da qualidade das instituições científicas e tecnológicas, das estratégias do setor privado e da eficiência dos sistemas de incentivo e financiamento ao processo de inovação.

78 3. Educação no Brasil: evolução histórica, políticas e articulação com os sistemas de ciência e tecnologia

79 Brasil Colônia História da Educação no Brasil Contexto
Nos 30 primeiros anos, preocupação exclusiva com a exploração de riquezas. Na sequência, modelo agrário-exportador de monocultura. Presença dos jesuítas: com sua política de instrução – uma escola, uma igreja –, edificaram templos e colégios nas mais diversas regiões da colônia, constituindo um sistema de educação e expandindo sua pedagogia através do uso do teatro, da música e das danças. 1759: expulsão dos jesuítas através das reformas pombalinas, que instituíram um ensino laico e público, com conteúdos baseados nas Cartas Régias. História da Educação no Brasil Período Jesuítico: Período Pombalino:

80 privada e evangelizadora
Brasil Colônia Políticas e práticas educacionais Ausência de política educacional, por ser desnecessária a educação aos índios, negros, colonos, fazendeiros e mulheres. Investimentos particulares em educação destinados somente aos filhos dos colonos através de estudos na Europa ou nas escolas jesuítas. Para a elite, uma formação de base humanista pautada pelo Rattio Studiorum – ou Plano de Estudos da rede jesuíta - Língua, instrução e livros deveriam desenvolver-se sob a égide de um Rei, uma Fé e uma Lei. Como método, o trinômio estudar, repetir e disputar. Educação privada e evangelizadora X pública e laica História da Educação no Brasil Período Jesuítico: Período Pombalino:

81 Brasil Imperial História da Educação no Brasil Contexto
Pressão dos cafeicultores para o atendimento de seus interesses. Consolidação da Revolução Industrial, abrindo uma nova perspectiva de desenvolvimento para os países ligados por relações de comércio às nações da Europa Ocidental. A ideologia liberal burguesa se impôs como vencedora, e o padrão europeu de progresso e civilização tornou-se o espelho para muitos países, sendo um deles o Brasil. Desenvolvimento da ciência, onde várias teorias foram elaboradas tentando explicar a dinâmica social, política e econômica da sociedade de então. Confronto entre trabalho escravo e trabalho livre ocupando lugar central nas discussões nacionais e provinciais e culminando na abolição da escravatura. História da Educação no Brasil Império:

82 Brasil Imperial História da Educação no Brasil
Políticas e práticas educacionais Início dos debates (1823) sobre a necessidade de se estabelecerem políticas educacionais no Brasil. Carta Constitucional outorgada por Pedro I: por força do inciso XXV do artigo 179, “Ficam abolidas as Corporações de Ofícios, seus juízes, escrivães e mestres”, que tinham por principal objetivo o controle do mercado de trabalho dos ofícios, mediante a certificação daqueles que estavam aptos a exercê-los. Assembléia Constituinte, no ano de 1823, elabora a nova Constituição. Nela, intensos debates foram travados entre os parlamentares sobre os mais variados temas da época, dentre eles a instrução pública, a criação da universidade brasileira e muitos outros. História da Educação no Brasil Império:

83 Período Republicano História da Educação no Brasil Contexto
Política café-com-leite (alianças da aristocracia no poder) Processo de abolição da escravatura Semana de arte moderna: exigência pelo fim da hegemonia da cultura européia Movimentos de trabalhadores em busca do reconhecimento dos seus direitos; revoltas armadas. Tenentismo: militares de Copacabana querendo desfrutar do poder governamental Queda no preço do café; aumento nos empréstimos de capital externo 1929: primeiros passos em direção à transformação histórica e social. O Brasil busca se inserir na divisão internacional do trabalho. - História da Educação no Brasil Primeira República:

84 Período Republicano História da Educação no Brasil
Políticas e práticas educacionais Na organização escolar, percebe-se a influência positivista. Reforma de Benjamin Constant: tinha como princípios orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária. Introdução da cadeira de Moral e Cívica com a intenção de tentar combater os protestos estudantis. Realização de diversas reformas de abrangência estadual, como as de Lourenço Filho, no Ceará, em 1923; a de Anísio Teixeira, na Bahia, em 1925; a de Francisco Campos e Mario Casassanta, em Minas, em 1927; a de Fernando de Azevedo, no Distrito Federal (atual Rio de Janeiro), em 1928; e a de Carneiro Leão, em Pernambuco,1928. História da Educação no Brasil Primeira República:

85 Era Vargas História da Educação no Brasil Contexto Golpe de 30
Enfraquecimento das velhas oligarquias: a sociedade brasileira deixa de ser agrária para constituir-se como urbana-industrial. Golpe de 30 1937: Constituição do Estado Novo (valores urbano-industrial, populista, nacionalista e desenvolvimentista) Massificação provocada pela proletarização (de fato, mas não consciente) de amplas camadas de uma sociedade em desenvolvimento que desvincula os indivíduos de seus quadros sociais de origem e os reúne em massa numa sociedade periférica e mecânica. Perda da representatividade da classe dirigente, que se transforma em dominante parasitária. Líder dotado de carisma de massas, com o populismo alcançando ampla significação social. História da Educação no Brasil Era Vargas:

86 Era Vargas História da Educação no Brasil
Políticas e práticas educacionais 1934: primeira Carta Magna, que vincula como competência da União a elaboração das Diretrizes da Educação Nacional. Pioneiros da educação organizam Manifesto, postulando a necessidade do Estado organizar um sistema educacional com ênfase ao método e às ciências para ensinar, e não mais ao conteúdo enciclopédico. Nova Escola: dessa concepção deriva a centralidade da criança e da infância no período da Modernidade. Disseminação da escola primária e dos Jardins de Infância. O escolanovismo brasileiro está ligado a certas concepções de John Dewey, que acredita ser a educação o único meio realmente efetivo para a construção de uma sociedade democrática, que respeite as características individuais de cada pessoa, inserindo-o em seu grupo social com respeito à sua unicidade, mas como parte integrante e participativa de um todo. Organização de associações escolares (debate e traçado das diretrizes e bases da educação e fiscalização do sistema em âmbito nacional). História da Educação no Brasil Era Vargas:

87 Nacional Desenvolvimentismo
Contexto 1946: reabertura do Congresso Nacional Política ideológica nacionalista Período de crescimento econômico graças ao processo de industrialização em substituição às importações. Opções políticas: “compatibilizar o modelo econômico com a ideologia, nacionalizando a economia, ou renunciar ao nacionalismo desenvolvimentista e ajustar ideologia política à tendência que se manifestava no plano econômico.” (SAVIANI, 1997, p. 82) O aquecimento da economia implicava elevar o nível de produção contendo o nível de inflação e primando pelo desenvolvimento da indústria petrolífera. História da Educação no Brasil Nacional Desenvolvimentismo:

88 Nacional Desenvolvimentismo
Políticas e práticas educacionais 1946: primeira constituição que apresenta a expressão “diretrizes e bases” associada à questão nacional. 1955: Carlos Lacerda levanta discussão sobre projeto substitutivo à Lei de Diretrizes e Bases. 1957: “substitutivo Lacerda” – propunha que a sociedade civil assumisse a escola, que passaria a ser privatizada, deixando de ser financiada pelo Estado. Discussões sobre democratização X privatização: de um lado, apoio à formação geral aos cidadãos brasileiros; de outro, apoio à escola particular e ao ensino religioso. Lei 4021/61, primeira Lei da educação, “garantindo à família o direito de escolha sobre o tipo de educação que deve dar a seus filhos e estabelecendo que o ensino é obrigação do poder público e livre à iniciativa privada.” Movimento da Escola Nova (inspirado no modelo americano): existência de escolas para o trabalhador produtivo (mão-de-obra para o mercado) e outra para formar os filhos da aristocracia decadente e da burguesia industrial. Escola profissionalizante para os provenientes das classes menos favorecidas e cursos superiores, principalmente os considerados mais “nobres” ( medicina, engenharia e direito), para os filhos das classes dirigentes. História da Educação no Brasil Nacional Desenvolvimentismo:

89 Período Militar História da Educação no Brasil Contexto
1964 – Golpe Militar (derrubada do governo Goulart): renúncia ao nacionalismo e aceitação da doutrina da interdependência. Estrutura de classes sociais configurada com base na representação clássica das sociedades industriais, ou seja: burgueses, proletários (urbanos e agrários), classes médias e um vasto contigente de excluídos, habitando preferencialmente as periferias das cidades. Bipolaridade entre a ARENA e o MDB. Milagre econômico: fim da estabilidade no emprego; política de arrocho salarial; indexação dos preços à espiral inflacionária por meio da correção monetária; concentração e centralização da produção industrial e agrária; importação em larga escala dos capitais industrial e financeiro; substituição de importações mediante o desenvolvimento científico e tecnológico. História da Educação no Brasil Período Militar:

90 Período Militar História da Educação no Brasil
Políticas e práticas educacionais Distância crescente entre a classe trabalhadora e as elites empresariais. Elitização do ensino público e a consequente denúncia em passeatas e nas assembleias dos movimentos operários e estudantis. Ditadura: processo que abafou a expressão de transformação que nascia, surgindo uma ideologia que, pelo uso da força, mantinha a sociedade sob controle. Lei 4.464/65 – regulamenta a organização de órgãos de representação estudantil, estabelece acordos de assistência técnica e cooperação financeira, gerando o acordo MEC-USAID, que geram reformas no Ensino Superior (incorporação de tendências modernizantes da economia) Expansão quantitativa do ensino superior, tanto privado quanto público. Teologia da Libertação: esquerda católica não somente se coloca em oposição frontal ao regime militar como também assume uma opção preferencial pelos pobres e contra a pobreza gerada pelo modelo econômico que modernizava o capitalismo História da Educação no Brasil Período Militar:

91 Transição democrática
Contexto Primeiros debates .... História da Educação no Brasil Transição democrática: hoje

92 Transição democrática
Políticas e práticas educacionais Lei de Diretrizes e Bases (Senador Darcy Ribeiro) e criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Em toda a História da Educação no Brasil, contada a partir do descobrimento, jamais houve execução de tantos projetos na área da educação numa só administração como na do então Ministro de Educação Paulo Renato Souza, que incluiu debates e práticas sobre avaliações externas. Uma avaliação realizada em 2002 mostrou que 59% dos estudantes que concluíam a 4ª série do Ensino Fundamental não sabiam ler e escrever. Brasil no PISA: 40º lugar em.... Criação das cotas nas universidades públicas Fragmentação e enciclopedismo do currículo: lobby das corporações 2009: mudanças no Vestibular História da Educação no Brasil Transição democrática: hoje

93 Panorama da educação brasileira
Principais marcos Humanismo Tradicional: concretizado pela educação jesuítica, representava o movimento de expansão colonialista português alicerçado na ideologia católica da Contra Reforma. Catequese, colonização e escolarização fizeram parte do mesmo projeto inspirado pelo ideário da Contra-Reforma, no qual as ciências e a educação pública não tinham prioridade. O ensino nas escolas jesuíticas pautava-se por princípios que não guardavam relação com o que se passava fora dos muros escolares, traduzindo o caráter formal da educação aristotélico-tomista, matriz do modelo pedagógico adotado pelo movimento da Contra - Reforma. Nessa concepção, o mundo é obra divina, acabada, perfeita. As imperfeições são decorrências da imperfeição humana deformada pelo pecado. Ao homem resta tornar-se perfeito, mortificando-se, flagelando-se ou admirando a obra divina. Priorizava-se na educação os princípios da autoridade e da disciplina. Ênfase nas atividades literárias e acadêmicas, no sistema de ensino retórico, mnemônico e que carecia de sentido para os aprendizes. Garantiu a unidade nacional por meio de três fatores: língua, que tinha o significado de expansão da colonização portuguesa; base ideológica e religiosa comuns e organização de um único sistema de ensino, de norte a sul do Brasil. História da Educação no Brasil Panorama do século XX

94 Panorama da educação brasileira
Principais marcos Humanismo Moderno - Na segunda metade do século XIX, o incremento da lavoura cafeeira trouxe consigo mudanças na economia, na política, na formação da sociedade e na própria cultura. No seio dessas transformações surgiram duas novas classes sociais: a chamada burguesia industrial e o operariado. No sistema educacional brasileiro, a escola primária tornou-se importante “quanto aos objetivos, aos conteúdos e função social”. Nela se integrariam o humano e o nacional iniciando-se a difusão do seu caráter obrigatório, dotado de significado democrático e republicano. Seria esta instituição a responsável pela diminuição da diferença entre a elite e o povo. Surgiu aí a idéia da escola enquanto formadora do homem produtivo. O desenvolvimento da industrialização no Brasil provocou a implantação e a consolidação de uma pedagogia considerada necessária para desenvolver o homem produtivo: a Pedagogia da Escola Nova. As reformas educacionais consistiam em propostas de alfabetização, transmissão dos conhecimentos básicos de História, Geografia e Ciências Naturais, aquisição de hábitos de higiene e de formação moral, com ênfase nos Trabalhos Manuais (trabalhos de agulha para as meninas e pequenos trabalhos com madeira, para os meninos), cujas práticas visavam formar hábitos de disciplina para o futuro cidadão e trabalhador. História da Educação no Brasil Panorama do século XX

95 Panorama da educação brasileira
Principais marcos Tecnicismo - Ao se instalar na educação brasileira, deslocou o sujeito da educação. Na tendência Humanista Tradicional, o professor ocupava este lugar; no Humanismo Moderno, o aluno passou a ser o centro do processo educativo; no Tecnicismo, o sujeito passou a ser a técnica. Este deslocamento procedeu das modificações educacionais sofridas em função de mudanças no contexto sócio-econômico e político. Foi pensado em um novo tipo de homem que valesse para o mercado como fator de produção. Assim, por meio da influência norte-americana, viabilizada na educação pelos acordos MEC-USAID, o homem passou a ser concebido como recurso humano. Aliada à concepção taylorista de “trabalho,” a proposta tecnicista determinou mudanças radicais no sistema educacional que estava em processo de reconstrução. A reforma expressa nas leis 5540/68 e 5692/71, a primeira relativa ao ensino superior e a segunda relativa aos ensinos de 1º e 2º graus, deram aos respectivos níveis de ensino nova direção, resultado das mudanças estruturais sofridas. Apregoava-se a neutralidade da ciência e forçava-se a universidade apolítica, por medidas tomadas nos Atos Institucionais que tolhiam a liberdade de expressão, bem como a reunião de grupos de pessoas, as discussões acadêmicas, o discurso crítico. A globalização entendida como a expansão do modo de produção capitalista em escala mundial criou a conseqüente expansão da competição e trouxe para a educação, principalmente nos países dependentes de tecnologia e que ainda não deram conta da escolarização de sua população, o recrudescimento do problema de tipos de educação diferenciada conforme as classes sociais. História da Educação no Brasil Panorama do século XX

96 Panorama da educação brasileira
Em busca de uma síntese História da Educação no Brasil Panorama do século XX

97 Brasil Colônia Políticas e práticas educacionais A pedagogia da Ratio Studiorum baseava-se na unidade de matéria, unidade de método e unidade de professor. Além disso, determinava disciplina rígida, cultivo da atenção, perseverança nos estudos e uma hierarquização do corpo discente baseada na obediência e meritocracia. História da Educação no Brasil Período Jesuítico: Período Pombalino: 97

98 O patrimônio cultural é transmitido
Brasil Colônia Políticas e práticas educacionais Aluno Pedagogias da Instrução Educar é formatar O patrimônio cultural é transmitido Professor Saber História da Educação no Brasil Período Jesuítico: Período Pombalino: 98

99 Era Vargas Políticas e práticas educacionais O movimento da Nova Escola enfatizou os “métodos ativos” de ensino-aprendizagem, deu importância substancial à liberdade da criança e ao interesse do educando, adotou métodos de trabalho em grupo e incentivou a prática de trabalhos manuais nas escolas; além disso, valorizou os estudos de psicologia experimental e, finalmente, procurou colocar crianças (e não mais o professor) no centro do processo educacional. História da Educação no Brasil Era Vargas: 99

100 Pedagogia dos interesses
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Aluno Pedagogias da Aprendizagem Pedagogia dos interesses Alunos protagonistas Professor Saber História da Educação no Brasil Era Vargas: 100

101 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Relavância da educação para a reconstrução nacional. “ É impossível desenvolver as forças econômicas ou de produção sem o preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento das aptidões à invenção e à iniciativa, que são os fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 101

102 Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Necessidade de entrelaçar e encadear as reformas econômicas e educacionais, dirigindo-as no mesmo sentido. “Onde se tem de procurar a causa principal desse estado antes de inorganização do que de desorganização do aparelho escolar, é na falta, em quase todos os planos e iniciativas, da determinação dos fins de educação (aspecto filosófico e social) e da aplicação (aspecto técnico) dos métodos científicos aos problemas de educação.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 102

103 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Crítica à “cultura literária” na educação brasileira. “ [ ] as instituições escolares, esparsas, não traziam, para atraí-las e orientá-las para uma direção, o pólo magnético de uma concepção da vida, nem se submetiam, na sua organização e no seu funcionamento, a medidas objetivas com que o tratamento científico dos problemas da administração escolar nos ajuda a descobrir, à luz dos fins estabelecidos, os processos mais eficazes para a realização da obra educacional.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 103

104 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Papel do professor “ (o professor) deve ter o conhecimento dos homens e da sociedade em cada uma de suas fases, para perceber, além do aparente e do efêmero, ‘o jogo poderoso das grandes leis que dominam a evolução social’, e a posição que tem a escola, e a função que representa na diversidade e pluralidade das forças sociais que cooperam na obra da civilização.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 104

105 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Repúdio ao empirismo dominante “[ ] para dominar a obra educacional, em toda a sua extensão, é preciso possuir, em alto grau, o hábito de se prender, sobre bases sólidas e largas, a um conjunto de idéias abstratas e de princípios gerais, com que possamos armar um ângulo de observação, para vermos mais claro e mais longe e desvendarmos, através da complexidade tremenda dos problemas sociais, horizontes mais vastos.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 105

106 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Crítica à escola tradicional “As surpresas e os golpes de teatro são impotentes para modificarem o estado psicológico e moral de um povo. É preciso, porém, atacar essa obra, por um plano integral (...).” “A educação nova não pode deixar de ser uma reação categórica, intencional e sistemática contra a velha estrutura do serviço educacional, artificial e verbalista, montada para uma concepção vencida.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 106

107 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Das finalidades da educação. “(não se trata de) desenvolver de maneira anárquica as tendências dominantes do educando; se o mestre intervém para transformar, isto implica nele a representação de um certo ideal à imagem do qual se esforça por modelar os jovens espíritos". História da Educação no Brasil Era Vargas: 107

108 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Do direito de todos à educação a uma nova concepção de meritocracia. “ [ ] reconhecendo a todo o indivíduo o direito a ser educado até onde o permitam as suas aptidões naturais, independente de razões de ordem econômica e social. A educação nova, alargando a sua finalidade para além dos limites das classes, assume, com uma feição mais humana, a sua verdadeira função social, preparando-se para formar "a hierarquia democrática" pela "hierarquia das capacidades", recrutadas em todos os grupos sociais, a que se abrem as mesmas oportunidades de educação.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 108

109 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Uma intenção a ser levada a cabo. “A doutrina de educação, que se apóia no respeito da personalidade humana, considerada não mais como meio, mas como fim em si mesmo, não poderia ser acusada de tentar, com a escola do trabalho, fazer do homem uma máquina, um instrumento exclusivamente apropriado a ganhar o salário e a produzir um resultado material num tempo dado.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 109

110 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Educação, uma função essencialmente pública “A educação que é uma das funções de que a família se vem despojando em proveito da sociedade política, rompeu os quadros do comunismo familiar e dos grupos específicos (instituições privadas), para se incorporar definitivamente entre as funções essenciais e primordiais do Estado.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 110

111 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) A questão da escola única “ Em nosso regime político, o Estado não poderá, de certo, impedir que, graças à organização de escolas privadas de tipos diferentes, as classes mais privilegiadas assegurem a seus filhos uma educação de classe determinada; mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro do sistema escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só tenha acesso uma minoria, por um privilegio exclusivamente econômico.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 111

112 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Unidade não significa uniformidade. “A organização da educação brasileira unitária [ ] não implica um centralismo estéril e odioso, ao qual se opõem as condições geográficas do país e a necessidade de adaptação crescente da escola aos interesses e às exigências regionais.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 112

113 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) O aluno como o centro do processo. “A nova doutrina, que não considera a função educacional como uma função de superposição ou de acréscimo, segundo a qual o educando é "modelado exteriormente" (escola tradicional), mas uma função complexa de ações e reações em que o espírito cresce de "dentro para fora", substitui o mecanismo pela vida (atividade funcional) e transfere para a criança e para o respeito de sua personalidade o eixo da escola e o centro de gravidade do problema da educação.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 113

114 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Método (inter)ativo        “Nessa nova concepção da escola, que é uma reação contra as tendências exclusivamente passivas, intelectualistas e verbalistas da escola tradicional, a atividade que está na base de todos os seus trabalhos é a atividade espontânea, alegre e fecunda, dirigida à satisfação das necessidades do próprio indivíduo.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 114

115 Manifesto dos Pioneiros (1932)
Era Vargas Políticas e práticas educacionais Manifesto dos Pioneiros (1932) Enciclopedismo X Preparação para o trabalho “A escola do passado, com seu esforço inútil de abarcar a soma geral de conhecimentos, descurou a própria formação do espírito e a função que lhe cabia de conduzir o adolescente ao limiar das profissões e da vida.” História da Educação no Brasil Era Vargas: 115

116 Evolução das ideias pedagógicas no Brasil
Humanismo Tradicional Pedagogia positivista Humanismo Moderno Tecnicismo Ênfase Professor/ Saber Aluno/ Saber Técnica Foco do currículo Formação humanista Ciências exatas Centro de interesses Conteúdos procedimentais Método Disciplina, repetição e meritocracia Disciplina e repetição Liberdade, interesse, experimentação Instrução para o domínio da técnica Papel do aluno Contemplação Descrição Experimentação Imitação História da Educação no Brasil

117 Impacto de políticas educacionais no desenvolvimento das nações: Brasil e Coreia
A comparação do desempenho da trajetória do Brasil e da Coreia é altamente relevante, pois nos últimos 50 anos ambos países atravessaram transições estruturas semelhantes nas suas economias e instituições (com relativa pouca defasagem de tempo e clara vantagem para a Coreia em todas as transições). - De sociedades rurais para sociedades industriais. - Da substituição de importações para uma grande ênfase nas exportações. - De ênfase nas exportações para uma integração na economia mundial. - Do recebimento de investimentos produtivos internacionais para o investimento de empresas nacionais em países estrangeiros. - Da total dependência tecnológica para níveis crescentes de produção tecnológica própria e original. - De ditaduras para democracias. História da Educação no Brasil

118 Percentual de Alunos nos Diversos Níveis de Habilidade em Leitura
Impacto de políticas educacionais no desenvolvimento das nações: Brasil, Coreia, EUA e México Percentual de Alunos nos Diversos Níveis de Habilidade em Leitura ABAIXO DO NÍVEL 1 NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4 NÍVEL 5 Brasil Coreia do Sul EUA México Fonte: Base de dados do PISA 2000 (disponível em História da Educação no Brasil

119 O impacto de políticas educacionais no desenvolvimento das nações
Percentual de Alunos de Nível Socioeconômico e Cultural Elevado nos Diversos Níveis de Habilidade em Leitura ABAIXO DO NÍVEL 1 NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4 NÍVEL 5 Brasil Coréia do Sul Espanha EUA Fed. Russa França México Portugal Fonte: Base de dados do PISA 2000 (disponível em História da Educação no Brasil

120 Educação em Tempos Líquidos
História da Educação no Brasil

121 Educação em Tempos Líquidos
"As idéias de Bauman são fortes. O mundo contemporâneo está, de fato, infestado de emoções fluidas, que transformam a vida numa experiência rápida e sem profundidade – como se viver fosse deslizar sobre as águas de uma piscina." José Castello, Prosa & Verso | O Globo História da Educação no Brasil

122 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Nos atuais tempos líquidos, os vínculos só precisam ser frouxamente atados, para que possam ser outras vezes desfeitos, sem grandes delongas, quando os cenários mudarem – o que, na modernidade líquida, decerto ocorrerá repetidas vezes. História da Educação no Brasil

123 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI “Seus personagens centrais são homens e mulheres, nossos contemporâneos, desesperados por terem sido abandonados aos seus próprios sentidos e sentimentos facilmente descartáveis, ansiando pela segurança do convívio e pela mão amiga com que possam contar num momento de aflição, desesperados por “relacionar-se”. E no entanto desconfiados da condição de “estar ligado”, em particular de estar ligado “permanentemente”, para não dizer eternamente, pois temem que tal condição possa trazer encargos e tensões que eles não se consideram aptos nem dispostos a suportar, e que possam limitar severamente a liberdade de que necessitam para – sim, você está certo – relacionar-se...” Zigmunt Bauman História da Educação no Brasil

124 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Em nossa furiosa “individualização”, os relacionamentos são bênçãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro. Os seres humanos querem comer bolo e ao mesmo tempo conservá-lo; desfrutar das doces delícias de um relacionamento evitando, simultaneamente, seus momentos mais amargos e penosos; forçar uma relação a permitir sem desautorizar, possibilitar sem invalidar, satisfazer sem oprimir... História da Educação no Brasil

125 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI No todo, o que aprendem é que o compromisso, em particular o compromisso a longo prazo, é a maior armadilha a ser evitada no esforço por “relacionar-se”. E assim, se você deseja “relacionar-se”, mantenha distância; se quer usufruir do convívio, não assuma nem exija compromissos. História da Educação no Brasil

126 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Diferentemente de “relações”, “parentescos”, “parcerias” e noções similares, - que ressaltam o engajamento mútuo ao mesmo tempo que silenciosamente omitem o seu oposto, a falta de compromisso -, uma “rede” serve de matriz tanto para conectar como para desconectar; não é possível imaginá-la sem as duas possibilidades. História da Educação no Brasil

127 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Ao contrário dos relacionamentos antiquados, as redes virtuais parecem feitas sob medida para o líquido cenário da vida moderna. Diferentemente dos “relacionamentos reais”, é fácil entrar e sair dos relacionamentos virtuais”. Em comparação com a “coisa autêntica”, pesada, lenta e confusa, eles parecem inteligentes e limpos, fáceis de usar, compreender e manusear. Quando se é traído pela qualidade, tende-se a buscar a desforra na quantidade. História da Educação no Brasil

128 A escola e suas perplexidades
Global X Local Universal X Singular Tradição X Modernidade Soluções a curto prazo X Soluções a longo prazo Competição X Igualdade de oportunidades Conhecimento X Capacidade de assimilação Espiritual X Material Fonte: Relatório para a Unesco, da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, ano 2000 História da Educação no Brasil Era Vargas: 128

129 A Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Alunos Pedagogias da Comunicação Valorização da informação Professor como promotor de reflexão e atribuição de sentido. Importância das relações interpessoais Professor SABER Informação Alunos História da Educação no Brasil Perspectivas para o século XXI 129

130 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Códigos da Modernidade José Bernardo Toro Domínio da leitura e da escrita Capacidade de fazer cálculos e resolver problemas Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações. Capacidade de compreender e atuar seu entorno social Receber criticamente os meios de comunicação Capacidade para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada. Capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo. História da Educação no Brasil

131 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Os Quatro Pilares da Educação Jacques Delors Aprender a conhecer Aprender a fazer Aprender a viver juntos Aprender a ser História da Educação no Brasil

132 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Aprender a conhecer O aumento dos saberes, que permite compreender melhor o ambiente sob os seus diversos aspectos, favorece o despertar da curiosidade intelectual, estimula o sentido crítico e permite compreender o real, mediante a aquisição de autonomia na capacidade de discernir. Como o conhecimento é múltiplo e evolui infinitamente, torna-se cada vez mais inútil tentar conhecer tudo. Aprender para conhecer supõe, antes de tudo, aprender a aprender, exercitando a atenção, a memória e o pensamento. História da Educação no Brasil 132

133 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Aprender a fazer Aprendizagem ligada à questão da formação profissional: como ensinar o aluno a pôr em prática os seus conhecimentos e, também, como adaptar a educação ao trabalho futuro quando não se pode prever qual será a sua evolução? O futuro das nações depende da sua capacidade de transformar o progresso dos conhecimentos em inovações geradoras de novas empresas e de novos empregos. Aprender a fazer não pode, pois, continuar a ter o significado simples de preparar alguém para uma tarefa material bem determinada. As aprendizagens devem evoluir e não podem mais ser consideradas como simples transmissão de práticas mais ou menos rotineiras. História da Educação no Brasil 133

134 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Aprender a viver juntos A educação deve utilizar duas vias complementares. Num primeiro nível, a descoberta progressiva do outro. Num segundo nível, e ao longo de toda vida, a participação em projetos comuns, que parece ser um método eficaz para evitar ou resolver conflitos latentes. A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta. História da Educação no Brasil 134

135 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Aprender a ser A educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa - espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Todo ser humano deve ser preparado, especialmente graças à educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida. História da Educação no Brasil 135

136 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Panorama do mundo atual e as tendências para os próximos anos? Que seres humanos estão sendo formados na contemporaneidade? Que seres humanos precisamos formar? Como precisa ser a escola do século XXI? História da Educação no Brasil 136

137 Educação e Sociedade do Conhecimento
Notas Vive-se um momento de importante transição do ambiente econômico, onde são crescentes os esforços de proteção da propriedade intelectual, e a gestão pró-ativa do conhecimento adquire um papel central para o desenvolvimento das nações. Em um estudo econométrico envolvendo 29 países, mostrou-se que investimentos em educação são responsáveis por cerca de 25% do crescimento econômico (Psacharaopoulos, 1984). Vários estudos apontam para taxas privadas de retorno sobre investimentos em P&D entre 20% e 30% e para taxas sociais destes mesmos investimentos superiores a 50% (OECD, 1996). A OECD vem se esforçando em desenvolver indicadores das “knowledge-based economies”, ou seja, indicadores que meçam a produção, distribuição e uso do recursos conhecimento. Verificou-se que cada ano adicional de estudo implica em um aumento de produtividade de 8,5% no setor industrial e 13% no setor de serviços (The Economist, setembro, 1996, pag. 12). História da Educação no Brasil

138 4. Inovação tecnológica e Competitividade

139 Abordagem Dinâmica Da Competitividade
Visão básica da concorrência VANTAGEM COMPETITIVA TEMPORÁRIA LUCROS EXTRAORDINÁRIOS INOVAÇÃO A visão é ligada ao enfoque shumpeteriano. Dinamismo capitalista associado à inovação.

140 Inovação Diferenciação de produto Modificações no Design
Promoção e Imagem Associada Novos produtos Novos processos internos Novos serviços complementares - Modificações no design relativas a aspectos de forma e aparência externa - Já a diferenciação de produto envolve um processo mais amplo de possibilidades, de acordo com a vocação da indústria para a diferenciação

141 Dupla dimensão da concorrência
Concorrência ativa: produz assimetria através da inovação Concorrência passiva: reduz assimetria através da imitação Questão a ser proposta: - Do que depende o ganho de rentabilidade produzido pela inovação? Depende da sustentabilidade: impacto da inovação, barreira à imitação. Objetivo: vantagem competitiva sustentável. A vantagem competitiva maior seria a própria capacidade de "produzir" continuamente inovação com enfoque estratégico ou planejado. E depende da relação custo e receita adicional. - Perguntar sobre exemplos de inovações que foram facilmente diluídas pela imitação e outras que foram mais sustentáveis (em termos de impacto sobre particiapação no mercado)

142 LUCROS EXTRAORDINÁRIOS
CONCORRÊNCIA ATIVA INOVAÇÃO VANTAGEM TEMPORÁRIA LUCROS EXTRAORDINÁRIOS CONCORRÊNCIA PASSIVA ENTRADA OU IMITAÇÃO REDUÇÃO DA TAXA DE LUCRO

143 Fatores determinantes da intensidade do ciclo amplo de inovação em cada indústria
Vocação para a diferenciação da indústria Barreiras à entrada já existentes Existência de acordos tácitos ou de rotinas já estabelecidas (exemplo: lançamento de inovações na indústria automobilística) Ritmo das inovações tecnológicas introduzidas por fornecedores Rentabilidade esperada das inovações Maturidade da indústria A regularidade e a estabilidade em cada mercado dependem das características e do ritmo das inovações, bem como das rotinas e convenções estabelecidas pelas empresas (e entre as empresas, quando há acordos explícitos ou tácitos que reduzem a intensidade concorrencial) - Maturidade da indústria: afeta tanto as possiblidades de inovação quanto a rentabiliade esperada (pois numa indústrai muito madura, como a demanda está mais estabilizada, os ganhos resultantes de inovação não são tão elevados).

144 Fontes de Inovação da Empresa
Desenvolvimento Tecnológico Próprio

145 Fontes de Inovação da Empresa
Contratos de Transferência de Tecnologia

146 Fontes de Inovação da Empresa
Tecnologia incorporada em máquinas e equipamentos

147 Fontes de Inovação da Empresa
Conhecimento codificado

148 Fontes de Inovação da Empresa
Conhecimento tácito

149 Fontes de Inovação da Empresa
Aprendizado cumulativo

150 Tipo de Fonte Tecnológica Exemplos e formas de aplicação
Fontes de tecnologia utilizadas pelas empresas (conforme apresentado por Tigre (2006)) Tipo de Fonte Tecnológica Exemplos e formas de aplicação Desenvolvimento tecnológico próprio Gastos em P & D, experimentação, engenharia reversa Contratos de transferência de tecnologia Licenças e Patentes, contratos com universidades e centros de pesquisa Tecnologia incorporada Máquinas e Equipamentos e software embutido Conhecimento codificado Livros, manuais, revistas técnicas, Internet, feiras e exposições, software aplicativo, cursos e programas educacionais Conhecimento tácito Consultoria, contratação de recursos humanos com experiência, informações de clientes, estágios e treinamento prático Aprendizado cumulativo Processo de Aprender fazendo, usando, interagindo, etc devidamente documentado e difundido na empresa

151 5. Ciência e Tecnologia no Brasil: Evolução e Políticas de Fomento

152 Antecedentes históricos:
Até a década de 1960: pesquisa científica associada aos meios universitários, não relacionada diretamente ao sistema produtivo Políticas esparsas de ciência e tecnologia

153 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Planejamento e Política de C & T O Plano de Metas ( ): enfoque do desenvolvimento dependente de melhorias da produtividade através do aprimoramento tecnológico; investimento em educação. O PAEG ( ): ênfase na melhoria tecnológica – mais do que na formação do capital – no processo educacional e no capital estrangeiro.

154 4. Ciência e Tecnologia no Brasil
Planejamento e Política de C & T Programa Estratégico de Desenvolvimento (1968): propõe ampliação da ação de governo na área de C & T; Diferencia-se das abordagens anteriores por destacar a questão da pesquisa e do processo interno de desenvolvimento tecnológico como condição para o crescimento rápido e auto-sustentado

155 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Planejamento e Política de C & T Ênfase na capacitação para adaptar e criar tecnologia própria, para reduzir a dependência em relação a fontes externas de know-how: característica das políticas de ciência e tecnologia no Brasil nos anos 70 e 80; Os Planos de Desenvolvimento (I, II e III) e os Planos Básicos de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (I, II e III) incorporaram estas concepções e objetivos estratégicos;

156 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Planejamento e Política de C & T Distinção importante: enquanto no Plano de Metas e no PAEG o know-how externo era considerado como importante para a capacitação tecnológica no sistema produtivo nacional, no PED a autonomia tecnológica ganha relevo.

157 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Há no PED e nos planos seguintes uma associação entre: Autonomia Tecnológica Progresso Técnico Desenvolvimento Nacional

158 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Contexto histórico dos anos 60: A importância do progresso técnico como fator de desenvolvimento; A influência das idéias de Jean Jacques Servan-Schreiber, referente à superioridade organizacional, científica e tecnológica do sistema produtivo (e das multinacionais) norte-americano, em relação ao sistema produtivo francês e europeu. Concepções sobre o progresso técnico (natureza, difusão)

159 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No PED: a substituição de importações de produtos industriais não é suficiente para assegurar um desenvolvimento auto-sustentável, porque não resolve o problema de como criar mercados e adequar a tecnologia produtiva a estes mercados.

160 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No PED: é necessária a substituição de tecnologia, adaptando a tecnologia importada e criando um processo autônomo de avanço tecnológico;

161 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No PED: a autonomia tecnológica permitiria a adequação da tecnologia instalada à configuração da disponibilidade de fatores produtivos no país (por exemplo, tecnologia que preservasse empregos, para formar mercados de massa e assegurar crescimento auto-sustentado e acelerado.

162 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No I PND (Governo Médici, 1971): política tecnológica deveria ser suporte para fortalecer o poder de competição da indústria nacional diante dos produtos estrangeiros e da empresa nacional diante das empresas estrangeiras;

163 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No I PND (Governo Médici, 1971): o aumento do poder competitivo da indústria nacional depende de esforço de elaboração tecnológica interna;

164 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No I PND (Governo Médici, 1971): a incorporação da engenharia de produto e de processo é necessária para permitir adaptação dos produtos às condições da demanda e para aproveitar melhor as vantagens comparativas do país;

165 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No I PND (Governo Médici, 1971): é necessário selecionar prioridades tecnológicas claras, pois seria impossível cobrir todo o espectro de novas áreas tecnológicas; e é necessário priorizar setores e tecnologias de ponta, dando caráter estratégico à política tecnológica;

166 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No II PND (Governo Geisel, 1974): a política tecnológica subordina-se ao objetivo de completar o processo de substituição de importações (não sendo mais destacado o objetivo de fortalecer a empresa nacional em termos de seu poder competitivo)

167 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No II PND (Governo Geisel, 1974): a política tecnológica deve procurar propiciar o suporte para que o processo de substituição de importações e redução da dependência externa de produtos não seja realizado a custos elevados

168 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No II PND (Governo Geisel, 1974): deve haver o uso consciente da ciência e da tecnologia na solução dos problemas específicos da realidade brasileira, evitando-se também dispêndios excessivos com transferência de tecnologia;

169 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Como os planos de desenvolvimento formularam a associação entre política científica e tecnológica e crescimento rápido e auto sustentado? No Governo Geisel, 1979: criação da Secretaria Especial de Informática

170 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
O final dos anos 70: III PND (Governo Figueiredo, 1980): redução da importância da política científica e tecnológica no conteúdo do plano de desenvolvimento; formulações curtas e genéricas sobre política de C & T. No Governo Figueiredo, a política de C & T delimita-se setorialmente, articulando-se e implementando-se a política de informática;

171 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Caracterização do discurso da política de ciência e tecnologia no Brasil dos anos 70: O valor da autonomia tecnológica;

172 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Caracterização do discurso da política de ciência e tecnologia no Brasil dos anos 70: Substituição de importações de produtos industriais e substituição de importação da tecnologia: diferenças de eficácia e comprometimento do setor produtivo;

173 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Caracterização do discurso da política de ciência e tecnologia no Brasil dos anos 70: A institucionalização da Política Científica e Tecnológica no Brasil: o suporte restrito da burocracia estatal e da comunidade acadêmica; a continuidade das equipes de gestão ao longo da década

174 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Caracterização do discurso da política de ciência e tecnologia no Brasil dos anos 70: A institucionalização da Política Científica e Tecnológica no Brasil: os órgãos responsáveis

175 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Caracterização do discurso da política de ciência e tecnologia no Brasil dos anos 70 e início dos anos 80: Ministério do Planejamento e de Coordenação Geral; CNPq FINEP FNDCT INPI INMETRO INT Ministérios Militares CAPES – (Ministério da Educação)

176 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Aspectos principais da política de ciência e tecnologia no Brasil dos anos 70 e início dos anos 80: Período de : baixo grau de atuação do Ministério/Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral; Período de : função relevante do Ministério/Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral, no âmbito do programa de longo prazo de substituição de importações de insumos estratégicos e bens de capital; auge da Política de C & T (em termos de recursos aportados)

177 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Aspectos principais da política de ciência e tecnologia no Brasil dos anos 70 e início dos anos 80: Período de : função proeminente do Ministério/Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral desloca-se para o enfrentamento da crise do endividamento externo e dos seus desdobramentos (inflação alta, crise cambial, déficit público); Baixa prioridade à política de C & T; redução dos recursos destinados às atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento;

178 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Aspectos principais da política de ciência e tecnologia no Brasil dos anos 80: O Governo Sarney (1985): A criação do Ministério da Ciência e Tecnologia; capacidade limitada de desenvolver proposta mais abrangente; Novas modalidades de incentivo à pesquisa e desenvolvimento e também à transferência de tecnologia do exterior (PDTI); Ênfase na política setorial da informática; radicalização no objetivo de autonomia tecnológica; o capital estrangeiro é tido como responsável pelo insucesso das políticas anteriores de C & T;

179 5. Ciência e Tecnologia no Brasil
Os novos desafios da política de ciência e tecnologia no Brasil nos anos 90 e início do Século XXI : O esgotamento do modelo de substituição de importações; Exigências das transformações econômicas e tecnológicas mundiais

180 A mudança do modelo de desenvolvimento no Brasil
Até os anos 90: Substituição de Importações com Protecionismo A partir dos anos 90: Integração Competitiva com Abertura Comercial

181 Anos 90 e início do Século XXI : As transformações no plano das condições do ambiente externo às empresas Os mercados de consumo tornam-se mais segmentados Amplia-se a demanda por variedade Maior mobilidade de capitais

182 Anos 90 e início do Século XXI : As transformações no plano das condições do ambiente externo às empresas Maior mobilidade das pessoas (e dos seus gastos) Ampliam-se os fluxos de capitais internacionais e o “multiplicador” do aumento de liquidez Aumenta a oferta de recursos financeiros para investimento e para consumo

183 Anos 90 e início do Século XXI : As transformações no plano das condições do ambiente externo às empresas Fatores demográficos (movimentos migratórios, maior proporção de pessoas na terceira idade) Fatores sociais e fatores culturais: segmentação intensa do mercado de consumo, valorização das raízes étnicas e nacionalismos

184 Anos 90 e início do Século XXI : As transformações no plano das condições do ambiente externo às empresas Fatores tecnológicos: maior variedade de tecnologias (produto e processos) Fatores econômicos:, redução adicional dos custos de transporte e comunicações, globalização financeira, comercial

185 Anos 90 e início do Século XXI : A promoção da competitividade empresarial
As políticas de competitividade e a política industrial no contexto do novo paradigma competitivo: qual o papel da política de ciência e tecnologia?

186 Anos 90 e início do Século XXI : A promoção da competitividade empresarial
Como a inovação se torna mais central ainda para o dinamismo dos países e das empresas, transformando-se em rotina organizacional fundamental para a capacidade competitiva.....

187 Anos 90 e início do Século XXI : A promoção da competitividade
.... a promoção da competitividade requer a constituição de um ambiente sistêmico e setorial estimulante e indutor da capacidade de inovação contínua em produtos, processos e formas organizacionais

188 Anos 90 e início do Século XXI: A promoção da competitividade
Na dimensão sistêmica: direitos e incentivos à inovação; investimentos públicos em Ciência e Tecnologia; crescimento econômico;

189 Anos 90 e início do Século XXI: A promoção da competitividade
Na dimensão sistêmica: educacional; estabilidade monetária; constituição de ambiente de confiança e de credibilidade legal e institucional;

190 Anos 90 e início do Século XXI: A promoção da competitividade
Na dimensão sistêmica: Equilíbrio entre incentivos à pressão competitiva via abertura comercial e protecionismo Superação do “paradoxo da competição” via política de defesa da concorrência e política comercial

191 A Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Alunos Pedagogias da Comunicação Valorização da informação Professor como promotor de reflexão e atribuição de sentido. Importância das relações interpessoais Professor SABER Informação Alunos História da Educação no Brasil Perspectivas para o século XXI 191

192 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Códigos da Modernidade José Bernardo Toro Domínio da leitura e da escrita Capacidade de fazer cálculos e resolver problemas Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações. Capacidade de compreender e atuar seu entorno social Receber criticamente os meios de comunicação Capacidade para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada. Capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo. História da Educação no Brasil

193 Educação em Tempos Líquidos
Desafios para a educação no século XXI Os Quatro Pilares da Educação Jacques Delors Aprender a conhecer Aprender a fazer Aprender a viver juntos Aprender a ser História da Educação no Brasil

194 Desafios para o Século XXI: educação, ciência e tecnologia no Brasil
Inclusão Desempenho Capacidade inovativa e integração competitiva no plano internacional Educação C & T Infra-estrutura científica e tecnológica Infra-estrutura educacional Aprender a conhecer Aprender a fazer Aprender a viver juntos Aprender a ser Recursos Humanos Recursos Humanos Interação entre universidades e empresas Novas tecnologias de ensino e aprendizagem Valorização Estratégica da Inovação Interação social


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