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Diagnóstico Diferencial entre Transtorno Mental e Mediunidade

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Apresentação em tema: "Diagnóstico Diferencial entre Transtorno Mental e Mediunidade"— Transcrição da apresentação:

1 Diagnóstico Diferencial entre Transtorno Mental e Mediunidade
Alexander Moreira-Almeida Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF HOJE - Hospital João Evangelista

2 Introdução “Patologização” da Espiritualidade e Dissociação
Aumento recente dos estudos - Envolvimento religioso associado a saúde física e mental - Alta prevalência de alucinações e vivências extra-sensoriais na população geral Clinical Psychology Review 21: , 2001 J Nerv Ment Dis 180:357-61, 1992

3 Diagnóstico Diferencial
90% das sociedades têm formas institucionalizadas de EAC (Bourguignon, 1973) Risco de confusão entre vivência espiritual e psicopatologia: “Loucura Espírita” (Almeida, 2007) Abandonar ou postergar tratamento

4 Diagnóstico Diferencial
Problemas Religiosos e Espirituais: DSM-IV (V62.89) - EQM, questionamento da fé, meditação, emergência espiritual, crise de iniciação xamânica, experiência mística... Dificuldades do diag. diferencial e conduta Estimular pesquisa e melhorar tratamento J Nerv Ment Dis 180: , 1992

5 Mediunidade Médium: indivíduo considerado ser um canal de comunicação entre o mundo material e o espiritual Mediunidade: comunicação de uma fonte que é considerada existir em uma dimensão espiritual ou não física

6 Mediunidade Presente em 52% de 488 sociedades pelo mundo
Impacto mundo ocidental: Moisés, São Paulo, dons do Espírito Santo, Maomé Sócrates, oráculo Delfos Espiritismo, Afro-brasileiras, pentecostais, carismáticos...

7 Mediunidade Fonte de conflitos e perseguições
Europa: Henry Maudsley, Lévy-Valensi EUA: Frederic Marvin, William Hammond Brasil, Porto Rico Úteis para compreender funcionamento da mente - William James, Pierre Janet, Frederick Myers, Charles Richet, Carl G. Jung… Ausência de estudos controlados recentes Diagnóstico diferencial (transes, alucinações...)

8 Critérios Propostos para Diagnóstico Diferencial
ausência de sofrimento psicológico ausência de prejuízos sociais e ocupacionais duração curta da experiência atitude crítica sobre a realidade objetiva da vivência compatibilidade com o grupo cultural do paciente ausência de comorbidades controle sobre a experiência crescimento pessoal ao longo do tempo atitude de ajuda aos outros (Rev Psiq Clín. 36:75-82, 2009.)

9 Fenomenologia das Experiências Mediúnicas, Perfil e Psicopatologia de Médiuns Espíritas
Doutorando: Alexander Moreira de Almeida Orientador Prof. Dr. Francisco Lotufo Neto Dept. de Psiquiatria FMUSP

10 2) OBJETIVOS Explorar experiências dissociativas e psicóticas numa população não clínica Definir o perfil sociodemográfico de médiuns Investigar a saúde mental em médiuns Características clínicas e sociodemográficas que ajudem no diagnóstico diferencial

11 3) MÉTODOS 3.1) População Seleção aleatória de 9 centros espíritas em São Paulo Tipos de mediunidade: incorporação, psicofonia, audiência, vidência e psicografia 115 Médiums

12 3) MÉTODOS 1ª etapa: Questionário sociodemográfico e de atividade mediúnica Self-Report Psychiatric Screening Questionnaire - SRQ Escala de Adequação Social - EAS

13 3) MÉTODOS 2ª etapa: todos os SRQ+ (12) e 12 SRQ-
Dissociative Disorders Interview Schedule – DDIS Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry – SCAN

14 4) Perfil Sociodemográfico
Sexo (%) Idade Masculino (23,5) 47,9 ± 12,4 Feminino (76,5) 48,2 ± 10,2 n=115 Ocupação % Empregado 64,6 Aposentado 15,1 Do lar 12,4 Trabalho temporário 5,3 Desempregado 2,7 n=113

15 4) Escolaridade Escolaridade % < 4 anos 2,7
Primeiro grau incompleto 14 Secundário incompleto 8,8 Secundário 28,1 Superior 35,1 Superior com Pós-graduação 11,4 n=114

16 4) Atividade Mediúnica Tipo de mediunidade % médiuns Freqüência/Mês
Incorporação 71,7 7,3 ± 7,2 Psicofonia 65,5 6,9 ± 6,5 Visão 62,8 8,3 ± 7,4 Audição 31,9 13 ± 14,6 Psicografia 23 3 ± 1,9 Cura 20,4 Efeitos Físicos 2,7 1,6 ± 1,5 Pintura 1,8 n=114 Média 3,46 ± 1,7 tipos de mediunidade Homem = Mulher

17 4) Sintomas Psiquiátricos
7,8% SRQ+ (10,4%) - 18 a 35% da popul. geral  SRQ+ - viés de seleção, escolaridade, envolvimento religioso e dissociação ? relação inversa com incorporação: r=-0,19 (p=0,04)

18 4) Adequação Social Escore médio EAS: 1,85 ± 0,33 Deprimidos: 2,55
Deprimidos tratados: 2 Correlação com atividade mediúnica Incorporação: r=-0,28 (p= 0.026) audiência: r=-0,21 (p=0,028) psicografia: r=-0,18 (p=0,058).

19 4) Sintomas Schneiderianos
SPO N° médiuns (%) Inserção de pensamentos 20 (87%) Inserção de sentimentos 18 (78,3%) Influência externa afetando o corpo Ações controladas por força externa 16 (69,6%) Vozes dialogando 6 (26,1%) Vozes comentando ações Pensamentos que parecem ser de outra pessoa 5 (21,7%) Ouvir pensamentos como se em voz alta 3 (13%) Outras pessoas capazes de ouvir os pensamentos 1 (4,3%) Pensamentos removidos da mente Média 4 ± 2,35 SPO TID (6), esquizofrenia (4,4), exorcizados (5), 4,5% popul. geral  4 SPO Sem correlação com SRQ, EAS ou abuso na infância

20 4) Abuso Infantil Abuso físico: 2 dos 24 (8,3%)
Abuso sexual: 5 dos 23 (21,7%) Abuso na infância: - TID: 60 a 90% - Popul. Geral: 5 a 40%

21 4) Sintomas Secundários de TID
Média de 2,2 ± 1,8 (TID = 10,2) Presentes em >25%: Amnésia infância após 5 anos (7 em 24) Mudança caligrafia (7 em 24) Ouvir vozes (13 em 24) Ausentes: - Pertences aparecendo ou desaparecendo - Não reconhece pessoas - Amnésias lacunares - Não se lembrar como chegou em dado lugar

22 4) Sintomas Borderline média de 1,2 ± 2 sintomas borderline - TID: 5,1  TID e mediunidade parecem ser entidades distintas

23 4) Comparação quanto ao diag. de esquizofrenia
Grupos N Média SRQ Média EAS Com diagnóstico 12 6,33 ± 3,58 1,93 ± 0,32 Sem diagnóstico 11 5,36 ± 3,47 1,95 ± 0,3 Valor de p 0,52 0,88

24 CONCLUSÕES 1.) 76,5% mulheres 2.) Idade média 48.7 ± 10.7
3.) 46,5% escolaridade superior 4) 2,7% desemprego 5.) Baixa freqüência de sintomas psiquiátricos 6.) Bons escores de adequação social 7.) SPO foram muito freqüentes, principalmente as vivências de controle externo. Não se associaram a indicadores de patologia.

25 CONCLUSÕES 8.) As experiências mediúnicas foram associadas a bom controle de sua ocorrência e ausência de outros sinais de psicopatologia. 9.) Diferiram dos portadores de TPM em quase todas as características. 10.) O surgimento das vivências mediúnicas num ambiente social onde estas não são bem aceitas e a ocorrência apenas num contexto religioso não se mostraram bons critérios de separação entre o normal e patológico

26 www.hoje.org.br/bves ☻Obrigado! ☻ Referências:
Moreira-Almeida, A.; Lotufo Neto, F; Greyson, B - Dissociative and Psychotic Experiences in Brazilian Spiritist Medium. Psychotherapy and Psychosomatics, 2007; 76: 57-8. Moreira-Almeida A, Neto FL, Cardeña E. Comparison of brazilian spiritist mediumship and dissociative identity disorder. J Nerv Ment Dis. 2008;196(5):420-4. Menezes Júnior A, Moreira-Almeida A. O diagnóstico diferencial entre experiências espirituais e transtornos mentais de conteúdo religioso. Rev Psiq Clín. 36(2):75-82, 2009. Moreira-Almeida A. Differentiating spiritual from psychotic experiences. (18 June 2009). E-letter to Br J Psych 2009; 194: 551


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