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A PISCOGÊNESE DA LINGUA ESCRITA

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Apresentação em tema: "A PISCOGÊNESE DA LINGUA ESCRITA"— Transcrição da apresentação:

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2 A PISCOGÊNESE DA LINGUA ESCRITA
Emilia Beatriz Maria Ferreiro Schiavi nasceu na Argentina em Formou-se em Psicologia na Universidade de Buenos Aires. Em 1970, por pressões políticas, ela e seu marido, físico e epistemólogo, Rolando Garcia, vão para Genebra/Suíça. Lá, Emília trabalha como pesquisadora assistente de Jean Piaget e sob sua orientação realiza seu doutorado. Em 1971 Emilia volta para Universidade de Buenos Aires e forma um grupo de pesquisa sobre alfabetização do qual fazem parte Ana Teberosky, Alícia Lenzi, Suzana Fernandez, Liliana Tolchinsky e Ana Maria Kaufman.

3 Com a ditadura na Argentina com um golpe militar em 1976, e muitos desaparecendo a todo momento, vários elementos do grupo deixam o país.Emilia Ferreiro se exila na Suíça e leciona na Universidade de Genebra. Em 1979 muda-se para o México e publica com Ana Teberosky “Sistemas de Escrituras en el desarollo de niño” que é publicado no Brasil sete anos depois com o nome “A Piscogênese da Lingua Escrita”. Emilia Ferreiro nunca achou que as pesquisas da piscogênese se aplicassem diretamente na sala de aula.Ela nunca teve ilusões a respeito disso. Quando lhe perguntam se ainda esta estudando “essas coisas de escrita” responde que nunca terá tempo suficiente para estudar tudo o que gostaria sobre a escrita.

4 " Ler não é decifrar, escrever não é copiar".
Aspectos fundamentais: A competência linguística da criança; Suas capacidades cognoscitivas; Características gerais das investigações realizadas: Princípios básicos: Não identificar a leitura com o decifrado; Não identificar escrita com cópia de um modelo; Não identificar progressos na conceitualização com decifração e cópia;

5 Método de pesquisa: Situação experimental estruturada porém flexível. Interrogatório individual gravado Método de indagação, inspirado no método clínico; Análise dos resultados Grupo de “amostra” 30 crianças de classe “baixa”, filhos de operários não qualificados, trabalhadores temporários. 17 meninos e 13 meninas; 15 frequentaram o Jardim da Infância; 7 iam pela primeira vez a escola; 6 frequentaram de forma irregular o pré. Todas foram entrevistas ao início, no meio e ao final do curso.

6 Algumas hipóteses construídas pelas crianças observadas na pesquisa:
Não se pode escrever com poucas – ou apenas uma letra; O tamanho da palavra corresponde ao tamanho do objeto representado As letras de uma palavra não devem se repetir; é preciso que exista uma variação nas letras; A orientação espacial da escrita é uma construção social não obvia para as crianças; Para os alfabetizados existe apenas a “lógica” produzida pela escrita. Para as crianças em processo de alfabetização existem hipóteses que vão se confirmando ou não, que vão sendo desafiadas a permanecerem as mesmas.

7 ESTÁGIOS DA EVOLUÇÃO DA ESCRITA NÍVEL 1 .PRÉ - SILÁBICO
Características: Indiferenciação entre gravura e escrita. 2. Uso de sinais únicos para escrever palavras diferentes. 3. A ordem das letras na palavra não é importante. 4. Categorias linguísticas não definidas (letras, sílabas, palavras, etc.) Proposta didática:Possibilitar à criança vivenciar atividades que envolvam as letras(palavras e textos de interesse da criança). Conflitos que levam ao próximo nível:Percepção de que há estabilidade nas palavras.Ex.: Só há uma forma de escrever

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9 NÍVEL 2. SILÁBICO Características
1.Vinculação entre escrita e pronúncia. 2. Correspondência quantitativa de sílabas orais com cada letrada palavra. Ex.: i F – PATO (Nível silábico – quantitativo ou restrito). 3. Correspondência qualitativa dos sons com as letras.Ex.: AO – PATO (Nível silábico – qualitativo ou evoluído). Conflitos que levam à próxima hipótese: *Impossibilidade de ler silabicamente (sobram letras) *Impossibilidade de ler o que os outros escrevem. *Confronto com grafias de certas palavras que sabem serem corretas

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11 NÍVEL 3. SILÁBICO – ALFABÉTICO (nível intermediário)
Características Estágio de transição entre o silábico e o alfabético; Escrita alterna entre o uso de letras e de sílabas para registro; EX: A criança pode escrever CAVALO = CA VA LO de memória mas na escrita autoral PETECA = PTCA As letras que sozinhas possuem o som da sílaba como B (be) P(pe) T(te) V(ve) As sílabas que exigem mais de duas letras como as formadas com LH, NH, CH, RR, SS, QU, GU, etc.

12 NÍVEL 4. ALFABÉTICO Características: 1.A criança descobre que precisa de uma letra para cadasílaba. 2.Desprende-se do realismo nominal. 3. Já possui formas fixas e grafa muitas sílabas completas (noinício). Na fase avançada, já desperta para questõesortográficas. Ex.: PALHAÇO (PA L SO – 1ª fase)(PALIASO – 2ª fase)Faz correspondência fonema/grafema

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14 NÍVEIS PRÉ SILABICO SILÁBICO ALFABÉTICO HIPÓTESES DESAFIOS
Indiferenciação entre gravura e escrita: não correlaciona fonema/grafema Cada sinal gráfico representa uma sílaba. Escreve-se como se fala DESAFIOS Estabelecer uma relação entre a fala e a escrita; Diferenciar o desenho da escrita; Vencer o realismo nominal; Conservação gráfica na forma das palavras Vencer a hipótese do número de letras; Silabas representadas por uma ou mais letras; A escrita representa a fala, contudo, não se escreve como se fala. INTERVENÇÕES Regularidade na formação das palavras: letras iniciais, finais; Distinção entre imagem e escrita; Vinculo entre o discurso e o registro; Leitura do que se escreve; Confronto com outras escritas; Cruzadinhas; Forca; auto-ditado e auto-correção Leitura, muita leitura; Produção de texto com auto-correção; Caça-palavras;

15 A ALFABETIZAÇÃO EM UMA ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA
- Alfabetização considerada em função da relação entre quem ensina (professor), quem aprende (aluno) e o objetivo da aprendizagem (sistema de representação alfabética da linguagem). - Escrita concebida como uma representação da linguagem,processo que envolve uma construção conceitual. Não é mero código de transcrição gráfica de unidades sonoras. Se a aprendizagem da língua escrita implica na compreensão do modo de construção de um sistema de representação, esta se converte na apropriação de um novo objeto de conhecimento (aprendizagem conceitual). Ênfase aos aspectos linguísticos, sociolinguísticos, psicogenéticos e psicolinguísticos

16 CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO
Mudança na abordagem escolar em geral. Necessidade de maior conhecimento científico por parte do professor (psicogênese da língua). Respeito à criança, considerando-a ser ativo e capaz, que segue um caminho próprio na sua evolução. Valorização das escritas espontâneas da criança, permitindo-lhe que escreva de acordo com suas hipóteses. Mudança na visão do “ERRO” – do pejorativo para o ERRO CONSTRUTIVO e necessário – instrumento de pistas para o professor a respeito das hipóteses do aluno e de seu estágio de evolução.

17 Mudança do enfoque do “COMO SE ENSINA” para “COMO SEAPRENDE”.
Delineação dos caminhos que a criança percorre para apropriar-se dos objetos do conhecimento: a leitura e a escrita. Mudança do enfoque do “COMO SE ENSINA” para “COMO SEAPRENDE”. O trabalho pedagógico deverá estar orientado para ajudar acriança a responder duas questões: 1.O que a escrita representa? 2.Qual é a estrutura da escrita? Substituição da questão da prontidão, numa visãotradicional ligada aos aspectos da coordenação viso-auditivo-motora, por aspectos linguísticos, que envolvem aconcepção da criança sobre a leitura e a escrita: função,formas de representação, estruturação, etc

18 LIVROS DA AUTORA Ferreiro & Teberosky. Psicogênese da Língua Escrita. Artes Médicas.1991. Ferreiro & Palácio. Novas Perspectivas sobre os processos de Leitura e escrita Ferreiro. Reflexões sobre alfabetização.Cortez, 1981. Ferreiro. Alfabetização em Processo. Cortez, 2011. Ferreiro. Passado e Presente dos verbos ler e escrever.Cortez, 2011. Ferreiro. Com todas as letras. Cortez, 2011 "... A minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual, por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa" (Emília Ferreiro)


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