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Renata Fróes Pediatra HUPE/UERJ 2013
DIARRÉIA AGUDA Renata Fróes Pediatra HUPE/UERJ 2013
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DESNUTRIÇÃO DESIDRATAÇÃO IMPORTÂNCIA
Importante causa de morbidade e mortalidade em países em desenvolvimento Menores de 3 anos: 3 episódios/ano Diarréia aguda: agravo à nutrição DESIDRATAÇÃO DESNUTRIÇÃO
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DEFINIÇÃO MS: “aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência” OMS: “fezes amolecidas ou líquidas, geralmente pelo menos 3x/24h” Consistência x Número de evacuações Mudança no padrão habitual
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CONCEITOS DIARRÉIA AGUDA: < 14 dias. Desidratação!
DIARRÉIA PERSISTENTE: 14 dias ou mais. Desnutrição! DIARRÉIA CRÔNICA: > 30 dias (ou 14?) DISENTERIA: fezes sanguinolentas e com muco
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ETIOLOGIA INFECCIOSA Vírus Bactérias e suas toxinas Parasitos
NÃO-INFECCIOSA › intolerância a lactose e glúten; › ingestão de grandes quantidades de hexitóis (adoçantes); › ingestão demasiada de alguns alimentos; › sais mal absorvidos (ex.: laxantes e antiácidos); › ácidos biliares (após ressecção ileal); › gorduras não absorvidas; › algumas drogas (ex.: catárticos antraquinônicos, óleo de rícino, prostaglandinas); › hormônios peptídicos produzidos por tumores pancreáticos.
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CAUSAS INFECCIOSAS: O ROTAVÍRUS
Causa mais comum em menores de 2 anos Transmissão fecal-oral Período de incubação menor que 48h Febre e vômitos seguidos de fezes aquosas Desidratação
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ROTAVÍRUS Patogenia ROTAVÍRUS
Destruição das células epiteliais do topo das vilosidades intestinais
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CAUSAS INFECCIOSAS Outros Vírus
Calicivírus: início abrupto de náuseas e vômitos; diarréia leve a moderada Astrovírus: infecções nosocomiais, surtos em creche, diarréia em imunodeprimidos Adenovírus: menores de 2 anos
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CAUSAS INFECCIOSAS Bactérias
E. coli enterotoxigênica (ETEC) Principal causa diarréia bacteriana no Brasil Água e alimentos contaminados Toxinas interferem no processo de absorção e secreção de água e eletrólitos Diarréia abundante e aquosa, moderada a grave, 3-5 dias, sem febre. E. coli enterotoxigênica
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CAUSAS INFECCIOSAS Bactérias
E. coli enteropatogênica E. coli enteroagregativa E. coli enteroinvasiva E. coli enterohemorrágica: SHU Salmonela
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CAUSAS INFECCIOSAS Bactérias
Shigela: disenteria em nosso meio Campylobacter jejuni: disenteria desenvolvidos Yersinia: adenite mesentérica mimetizando apendicite Clostridium difficile: colite pseudomembranosa Vibrio cholerae: diarréia aquosa profusa, fezes líquidas amarelo-esverdeadas em água de arroz, com “odor de peixe”, sem dor abdominal ou febre Aeromonas
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CAUSAS INFECCIOSAS Protozoários
Giárdia lamblia Entamoeba histolytica Criptosporidium
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DIAGNÓSTICO Anamnese e Exame Físico
Exames Complementares: casos graves, imunossuprimidos, surtos em creches ou berçários
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RECONHECER A DESIDRATAÇÃO!!!!
TRATAMENTO Objetivos Correção da desidratação e do desequilíbrio hidroeletrolítico 2) Combate à desnutrição 3) Uso adequado de medicamentos 4) Prevenção das complicações RECONHECER A DESIDRATAÇÃO!!!!
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AVALIAÇÃO HIDRATAÇÃO OMS/MS
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PLANO A Diarréia sem desidratação
Tratamento domiciliar Soro caseiro, chás, sopas, sucos Crianças até 2 anos: ml/vez Crianças >2 anos: ml/vez Adolescentes e adultos: o quanto aceitar Manter alimentação habitual Orientar a família quanto aos sinais de desidratação
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SORO CASEIRO Sódio 40-50 mEq/L O soro caseiro mantém a criança hidratada, mas não reidrata a criança desidratada
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PLANO B Diarréia com desidratação
Reidratação oral com SRO na unidade de saúde Volume de acordo com a sede da criança 50 a 100 ml/kg , de 4 a 6 horas Pequenos volumes, grande frequência SNG se: Perda ponderal após 2 horas de TRO Vômitos persistentes Distensão abdominal acentuada Dificuldade ingestão SRO 20-30 ml/kg/h
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SORO DE REIDRATAÇÃO ORAL
CONSTITUINTES SRO NOVO (245mMol/L) SRO ANTIGO (311 mMol/L) Cloreto de Sódio 2,6 g/L 3,5 g/L Citrato Trissódico Diidratado 2,9 g/L Cloreto de Potássio 1,5 g/L Glicose 13,5 g/L 20 g/L Sódio 75 mMol/L 90 mMol/L Cloro 65 mMol/L 80 mMol/L Citrato 10 mMol/L Potássio 20 mMol/L
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Pouca ingestão de gorduras
E a alimentação? Dieta constipante Pouca ingestão de gorduras Refrigerantes Durante a reidratação no Plano B: somente leite materno e SRO Terminada a reidratação: alta com Plano A e manutenção de alimentação habitual Acrescentar 1 refeição Retorno em 24-48h ou se piora clínica
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ANTIMICROBIANOS Não devem ser usados rotineiramente
Indicados nas seguintes situações: Disenteria Cólera Infecção por G. duodenalis comprovada
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MEDICAMENTOS Desnecessários e contraindicados
Antieméticos: Sd extrapiramidal e depressão do SNC Antiespasmódicos: falsa melhora Probióticos: eficazes? Diarréia por antibiótico Zinco: reduz duração e gravidade da doença! 10mg/dia ou 20mg/dia por dias
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PREVENÇÃO Aleitamento Materno Alimentação e desmame adequados
Imunização Lavagem de mãos e alimentos Saneamento básico
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Lactente chega à emergência com diarréia aguda e desidratação leve
Lactente chega à emergência com diarréia aguda e desidratação leve. Após início da TRO, observa-se aumento da frequência e volume das fezes. Qual a sua conduta? C Iniciar HV Iniciar gastróclise Manter TRO Antidiarréico Antiespasmódico
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B Plano A Plano B Plano C Suspender leite da dieta
Criança com 10 meses apresentando há 24h 12 episódios de fezes líquidas e 6 episódios de vômitos. Ao exame, irritabilidade, olhos encovados, muita sede, bebe água rápida e avidamente e sem lágrimas. Qual o tratamento? Plano A Plano B Plano C Suspender leite da dieta
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