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PublicouBruno Aranha Damásio Alterado mais de 9 anos atrás
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CRÔNICA A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens. Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê.
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CRÔNICA O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas. • Narração curta; • Descreve fatos da vida cotidiana; • Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico; • Possui personagens comuns; • Segue um tempo cronológico determinado; • Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens; • Linguagem simples. 1ª Pessoa gramatical
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Crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. A palavra crônica deriva do grego "chronos" que significa "tempo". Nos jornais e revistas, a crônica é uma narração curta escrita pelo mesmo autor e publicada em uma seção habitual do periódico, na qual são relatados fatos do cotidiano e outros assuntos relacionados à arte, esporte, ciência etc. Os cronistas procuram descrever os eventos relatados na crônica de acordo com a sua própria visão crítica dos fatos, muitas vezes através de frases dirigidas ao leitor, como se estivesse estabelecendo um diálogo. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.
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A crônica pode receber diferentes classificações:
- a lírica, em que o autor relata com nostalgia e sentimentalismo; - a humorística, em que o autor faz graça com o cotidiano; - a crônica-ensaio ou argumentativa, em que o cronista, ironicamente, tece uma crítica ao que acontece nas relações sociais e de poder; - a filosófica, reflexão a partir de um fato ou evento; - jornalística, que apresenta aspectos particulares de notícias ou fatos; pode ser policial, esportiva, política etc.
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Na literatura brasileira, escritores brasileiros que se destacam neste tipo de narrativa são:
Fernando Sabino, Luis Fernando Verissimo, Millôr Fernandes, Arnaldo Jabor, Martha Medeiros, Rubem Braga, entre outros.
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ESTRUTURA DA CRÔNICA INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO CONCLUSÃO
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Há três focos de luz em minha frente. À direta, a janela
Há três focos de luz em minha frente. À direta, a janela. À frente, a TV. Abaixo, o laptop. Universos inteiros em minha frente. Universos fabricados ou não, o grande desafio é o que fazer com o que vejo por meio deles. Se pela janela vejo o pássaro pousando na antena parabólica, na TV assisto a histórias do interior produzidas por cineastas. A tela do computador é como aquela nova galáxia descoberta. Quanto mais descobrimos, mais infinita é. O que me amedronta não é novo. É o que podemos nos tornar. As luzes são cada vez mais frequentes. Meus olhos doem. Me lembro daquela luz do sol ao meio-dia da infância queimando o asfalto e me dando a sensação de letargia. Nos sonhos, vemos luzes acompanhadas sempre por músicas no compasso do movimento. Na vida real, nem sempre é assim. O silêncio não foge. Sempre que surge, ele tem a grande capacidade de permanecer. A despeito dos desesperos que nos aprisionam. Vejo as fotos de amigos na tela do computador. Me lembro de tanta coisa! Me lembro dos sorrisos expostos, descompromissados. Leio depoimentos, confissões. Nem sempre tão sinceras. Mas cada letra esconde dentro de si uma intenção. Cabe a nós decifrá-las. O tempo vai passando, e já não me empolgo com discursos. Eles quase sempre são atestados de descompromisso com a realidade que não cabe neles. Por vezes, melhor é ficar calado mesmo. Entre as três luzes, fico parado. Talvez eu espere que se apaguem sozinhas. Talvez eu não queira que se apaguem. No fundo, quero crer que há alguém acima de tudo isso, para quem luz e escuridão não fazem diferença alguma. E não fazem mesmo.
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CRÔNICA ARGUMENTATIVA
Trata-se de um texto essencialmente veiculado por jornais e revistas, razão pela qual ele oscila entre jornalismo e literatura pelo fato de que o emissor parte da observação dos fatos reais, embora os relate de forma predominantemente subjetiva. Entretanto, em determinadas ocasiões, este lado poético cede lugar a um instinto opinativo, no qual a realidade observada passa a ser retratada como forma de protesto em função de um fato polêmico. Atribui-se a este caso o que denominamos de crônica argumentativa. Tal posicionamento defendido materializa-se por meio da argumentação e da exemplificação. Neste caso, ironia e sarcasmo parecem fundir-se ao mesmo tempo, caracterizados pela forma em que o cronista se propõe a defender seu ponto de vista, divergindo-se da maneira pela qual a maioria o concebe.
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[. ] A pichação é a consequência dessa contadição
[...] A pichação é a consequência dessa contadição. Quando o garoto começa a perceber que seu futuro está muito mais para a fábrica de parasfusos do que para jogador da seleção brasileira, que o único lugar em que as pesoas lerão seu nome será na etiqueta de seu macacão, resolve fazer fama por suas próprias mãos: pega um spray de tinta e escreve seu nome no alto dos prédios. Os pichadores competem para ver quem chega mais alto, quem escreve o nome no lugar mais difícil. [...] De uma certa forma, é mais ou menos isso que o pichador está fazendo: conquistando seus 15 palmos de fama na imensidão das grandes cidades. Ele nunca chegará ao topo da sociedade; seu nome, sim.
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O melhor amigo – Fernando Sabino
CRÔNICA LITERÁRIA O melhor amigo – Fernando Sabino A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse Para vê-lo, deu uma corridinha em direção de seu quarto. – Meu filho? – gritou ela. – O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível. – Que é que você está carregando aí? Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo. – Eu? Nada… – Está sim. Você entrou carregando uma coisa. Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:
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Luís Fernando Veríssimo - Sexa - Animado
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