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O Debate Macroeconômico: Neoclássicos e Keynesianos

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Apresentação em tema: "O Debate Macroeconômico: Neoclássicos e Keynesianos"— Transcrição da apresentação:

1 O Debate Macroeconômico: Neoclássicos e Keynesianos
Gilberto Tadeu Lima Departamento de Economia FEA-USP

2 Abordagem Keynesiana: Introdução
Sentido da designação: Keynesiana (sentido estrito) ou Pós-Keynesiana (sentido amplo, incluindo outros aportes não convencionais) Sentido diferente daquele referente à síntese neoclássico-keynesiana (velho keynesianismo) e ao novo keynesianismo Ênfase da apresentação: operação da macroeconomia, no que diz respeito à determinação das variáveis reais (produto/renda e emprego), no curto e longo prazos

3 Abordagem Keynesiana: Introdução
Sub-utilização de fatores produtivos como norma em uma economia de mercado -> primazia da demanda agregada na determinação da utilização da capacidade produtiva Interação coevolutiva entre oferta e demanda ao longo do tempo e influência da demanda agregada sobre a dinâmica da capacidade produtiva Para além do curto prazo: influência da demanda agregada sobre a trajetória de crescimento econômico

4 Abordagem Keynesiana: Princípio da Demanda Efetiva (PDE)
Natureza especulativa -- e, portanto, expectacional -- da atividade produtiva em um economia de mercado: os produtores decidem sobre o quanto produzir, mas não sobre o quanto vender e ganhar A atividade produtiva é ela própria sujeita à incerteza, posto que a capacidade de vender toda e qualquer quantidade produzida não está previamente assegurada -- e nem é assegurável Primazia das decisões de gasto na determinação das variáveis reais (produto/renda e emprego)

5 Abordagem Keynesiana: Princípio da Demanda Efetiva (PDE)
Dada a produção potencial, a produção efetiva é determinada pela demanda esperada => produção efetiva depende da demanda que se espera ser a efetiva Inexistência de mecanismos de coordenação dos processos de gasto e produção capazes de tornar o nível de demanda efetiva necessariamente suficiente para garantir a plena ocupação dos fatores produtivos Investimento como elemento fundamental da demanda efetiva, inclusive porquanto o mais instável

6 Abordagem Keynesiana: Derivação do PDE na Teoria Geral (1936)
Preço de oferta agregada (associado a um determinado nível de emprego) (POA): expectativa de receita (custo de fatores + lucros) que justifica a contratação daquele nível de emprego => função de oferta agregada Preço de demanda agregada (PDA): expectativa de receita que se espera obter com a contratação do nível de emprego correspondente => função de demanda agregada Ponto de demanda efetiva: POA = PDA Lei de Say: PDA sempre se acomoda ao POA

7 Abordagem Keynesiana: PDE como antítese da Lei de Say
Lei de Say: demanda e oferta agregadas são iguais para todo e qualquer nível de emprego, com a causalidade indo da oferta para a demanda Vale dizer, um ato individual de oferta engendra um ato individual de demanda equivalente, de maneira a gerar uma demanda agregada suficiente para absorver a oferta agregada que a engendrou Logo, competição faz com que o único limite à expansão lucrativa do produto seja o pleno emprego dos fatores de produção

8 Abordagem Keynesiana: PDE e efeito da flexibilidade salarial
Na derivação do PDE, o salário nominal é tomado como dado por conta de um recurso analítico Inoperância dos mecanismos convencionais de deflação salarial Flexibilidade salarial não garante a promoção do pleno emprego, podendo mesmo agravar o problema de insuficiência de demanda efetiva

9 Abordagem Keynesiana: Implicações do PDE
Não se segue da determinação das variáveis reais pelo PDE que a demanda efetiva será necessariamente insuficiente para gerar a plena ocupação dos fatores produtivos Mas, segue-se, sim, que a demanda efetiva não será necessariamente suficiente para gerar a plena ocupação dos fatores produtivos O investimento, porquanto dependente de expectativas relativas a um futuro incerto, não será necessariamente elevado o suficiente para gerar a demanda efetiva de pleno emprego

10 Abordagem Keynesiana: Implicações do PDE
Inexistência de valores "naturais" dos níveis de produto e emprego para os quais os valores efetivos dessas variáveis são irresistivelmente atraídos Níveis de produto e emprego correspondentes à plena utilização da capacidade produtiva não operam como "atratores naturais" dos valores correntes dessas variáveis Capacidade produtiva por vir a ser a restrição relevante, mas sua dinâmica não é governada exclusivamente por fatores em nível de oferta

11 Abordagem Keynesiana: Implicações do PDE
A existência de outros determinantes da inflação além do desemprego significa que a NAIRU é possivelmente endógena e instável, não sendo, portanto, um bom guia para a restrição de trabalho à expansão do produto Inflação como resultado de um conflito distributivo que pode assumir diferentes formas e envolver diferentes participantes A intensidade -- e o potencial inflacionário -- do conflito distributivo pode vir a depender do nível de atividade

12 Abordagem Keynesiana: demanda efetiva e expansão da capacidade produtiva
A influência da demanda agregada sobre a utilização da capacidade produtiva não é meramente temporária, mas, sim, crônica => inexistência de um equilíbrio determinado pela oferta agregada que atua como centro de gravidade em direção ao qual o nível de atividade econômica é inevitável e inexoravelmente atraído Uma vez que a qualquer ponto do tempo o coeficiente de utilização da capacidade produtiva é determinado pela demanda, a trajetória efetiva do produto e da renda, que descreve a trajetória de crescimento da economia, é ela própria determinada pela demanda

13 Abordagem Keynesiana: demanda efetiva e expansão da capacidade produtiva
A seqüência de resultados de curto prazo associados à determinação da utilização da capacidade produtiva pela demanda agregada finda estabelecendo a trajetória de crescimento de médio e longo prazos, fazendo-o com relativa autonomia em relação às condições de oferta que definem a trajetória do produto potencial Longo prazo entendido como um "processo em andamento" cujo resultado é a seqüência de curtos prazos, não como uma "posição pré-determinada" em direção à qual a economia tende inevitavelmente

14 Abordagem Keynesiana: demanda efetiva e expansão da capacidade produtiva
O próprio desenvolvimento dos recursos produtivos ao longo do tempo é ele próprio influenciado pela demanda agregada conforme mecanismos como: A disponibilidade de mão-de-obra é influenciada pelo nível de atividade econômica, que influencia as taxas de participação na força de trabalho, os padrões migratórios e a estrutura setorial do emprego A acumulação de capital é influenciada pelo produto efetivo -- e, portanto, pela demanda agregada -- por meio de efeitos aceleradores => dupla natureza do investimento

15 Abordagem Keynesiana: demanda efetiva e expansão da capacidade produtiva
A mudança tecnológica é determinada pela demanda (e, logo, é endógena ao crescimento), como foi pioneiramente notado por Nicholas Kaldor (1957) em sua Função de Progresso Técnico (FPT) e em sua difusão da Lei de Verdoorn (efeitos de aprendizado) FPT: taxa de crescimento da produtividade do trabalho depende positivamente da taxa de crescimento da relação capital-trabalho => conecta diretamente os processos de aprofundamento de capital e de aumento da produtividade do trabalho, sem o recurso a uma função de produção => segundo Kaldor, a acumulação de capital e a mudança tecnológica são processos interdependentes, não separáveis analítica ou empiricamente

16 Abordagem Keynesiana: demanda efetiva e expansão da capacidade produtiva
Além disso, a mudança tecnológica é parcialmente determinada pela demanda por conta do fato de que diferentes safras de capital embutem diferentes estados de tecnologia Logo, o investimento contribui para a demanda agregada e para a capacidade produtiva sob a forma de capital (volume e produtividade média) Diferentemente da abordagem convencional, o crescimento econômico sempre foi considerado como sendo endógeno

17 Abordagem Keynesiana: demanda efetiva e expansão da capacidade produtiva
Leon-Ledesma & Thirlwall (CJE, 2002): evidência empírica da endogeneidade da taxa de crescimento natural (na definição de Harrod) => Dados de 15 países da OCDE no período revelam que a taxa de crescimento natural (taxa de crescimento da oferta de trabalho + taxa de crescimento da produtividade do trabalho) é influenciada pela taxa de crescimento efetiva => Taxas de crescimento dos fatores (capital e trabalho) e da produtividade do trabalho respondem a variações na taxa de crescimento do produto mulação de capital é influenciada pelo produto efetivo -- e, portanto, pela demanda agregada -- por meio de efeitos aceleradores => dupla natureza do investimento Logo, o investimento contribui para a demanda agregada e para a capacidade produtiva sob a forma de capital (volume e produtividade média) Diferentemente da abordagem convencional, o crescimento econômico sempre foi considerado como sendo endógeno

18 Abordagem Keynesiana: algumas considerações finais
Arcabouço teórico coerente e consistente, com implicações empiricamente evidenciadas Formalização da macroeconomia Keynesiana Microfundamentos da macroeconomia Keynesiana: macroeconomia como propriedade emergente de um sistema adaptativo complexo


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