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PublicouGeraldo de Mendonça Sanches Alterado mais de 8 anos atrás
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Mecânica Quântica: uma abordagem (quase) conceitual
Carlos Eduardo Aguiar Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física Instituto de Física - UFRJ I Jornada de Científica do MNPEF UFPA, setembro de 2015
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Sumário Ensino e aprendizagem de mecânica quântica Fenômenos quânticos
Princípios da mecânica quântica Sistemas quânticos simples: aplicações Emaranhamento Realismo, contextualidade e não-localidade Como seguir em frente: operadores, etc. Comentários finais C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Ensino e aprendizagem de mecânica quântica
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Ensino e aprendizagem de mecânica quântica
Dificuldades conceituais Superposição quântica Probabilidade subjetiva x objetiva Complementaridade O problema da medida Realismo vs. localidade ... Dificuldades matemáticas Vetores Números complexos Espaços vetoriais complexos Operadores, autovalores, autovetores Dimensão infinita, operadores diferenciais, funções especiais C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Ensino e aprendizagem de mecânica quântica
Entre os alunos as dificuldades matemáticas ganham proeminência pela necessidade de adquirir um domínio operacional da teoria, essencial a aplicações. Como veremos, é possível expor a teoria quântica – sem descaracterizá-la – reduzindo as ferramentas matemáticas a vetores e um pouco de números complexos. Com isso, torna-se viável dar mais atenção aos aspectos conceituais. Tal abordagem pode ser de interesse a alunos para os quais o aspecto operacional não é o mais importante (licenciandos em física, por exemplo). C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Fenômenos Quânticos Charles Addams, New Yorker, 1940
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Um experimento com a luz
feixe luminoso pouco intenso semiespelho (50-50%) espelho detectores de luz D1 D2 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Resultado do experimento
Os detectores nunca disparam ao mesmo tempo: apenas um, ou D1 ou D2, é ativado a cada vez. D1 D2 ou 50% 50% probabilidade C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Se a luz fosse uma onda D1 D2 ... os detectores deveriam disparar ao mesmo tempo. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Se a luz é composta por partículas
ou D1 D2 ... ou D1 dispara, ou D2 dispara. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Conclusão A luz é composta por partículas: os fótons.
O detector que dispara aponta “qual caminho” o fóton tomou. caminho 2 caminho 1 D2 D1 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O experimento de Grangier, Roger & Aspect
Experimento realizado pela primeira vez em 1986 por Philippe Grangier, Gérard Roger e Alain Aspect. A fonte luminosa de “pouco intensa” usada no experimento não é fácil de construir. ν1 ν2 átomo de cálcio τ = 4,7 ns C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O experimento de Grangier, Roger & Aspect
w = 9 ns P. Grangier, G. Roger, A. Aspect, Experimental evidence for a photon anticorrelation effect on a beam splitter: A new light on single-photon interferences, Europhysics Letters 1, 173 (1986) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Resultado do experimento de Grangier et al.
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Sobre o ensino do conceito de fóton
Os experimentos de anticoincidência fornecem evidência simples e direta da natureza corpuscular da luz. Mais fácil de discutir (principalmente no ensino médio) que o efeito fotoelétrico. Ao contrário do que se lê em muitos livros-texto, o fóton não é necessário para explicar os efeitos fotoelétrico e Compton. G. Beck, Zeitschrift für Physik 41, 443 (1927) E. Schroedinger, Annalen der Physik 82, 257 (1927) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Outro experimento com a luz
D2 D1 segundo semiespelho feixe luminoso “fóton a fóton” interferômetro de Mach-Zehnder C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Preliminares: um feixe bloqueado
1 2 50% 25% C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O outro feixe bloqueado
1 2 50% 25% C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Resultado fácil de entender com partículas
1 2 50% 25% = caminho do fóton C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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De volta ao interferômetro
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Resultado do experimento:
0% 100% D1 D2 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Difícil de entender se os fótons seguem caminhos definidos
1 25% 2 25% Se o fóton segue o caminho 1 (2) não deve fazer diferença se o caminho 2 (1) está aberto ou fechado, e portanto vale o resultado do experimento preliminar. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Proposição* Cada fóton segue ou o caminho 1 ou o caminho 2
consequência: probabilidade do detector Dn disparar apenas o caminho 2 aberto apenas o caminho 1 aberto * The Feynman Lectures on Physics, v.3, p.1-5 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Teste da Proposição Experimentalmente: a proposição é falsa!
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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“o fóton segue ou pelo caminho 1 ou pelo caminho 2”
Repetindo: A afirmativa “o fóton segue ou pelo caminho 1 ou pelo caminho 2” é falsa. “… um fenômeno que é impossível, absolutamente impossível, de explicar em qualquer forma clássica, e que traz em si o coração da mecânica quântica.” R. P. Feynman, The Feynman Lectures on Physics, v.3, p.1-1 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Por onde vai o fóton? Experimentalmente, a opção “ou 1 ou 2” é falsa.
Se os dois caminhos forem fechados, nenhum fóton chega aos detectores. Logo, “nem 1 nem 2” também não é aceitável. Parece restar apenas a opção “1 e 2”: o fóton segue os dois caminhos ao mesmo tempo. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Uma resposta melhor Não faz sentido falar sobre o caminho do fóton no interferômetro, pois a montagem experimental não permite distinguir os caminhos 1 e 2. A pergunta “qual o caminho do fóton?” só faz sentido frente a um aparato capaz de produzir uma resposta. Quando alguém deseja ser claro sobre o que quer dizer com as palavras “posição de um objeto”, por exemplo do elétron (em um sistema de referência), ele deve especificar experimentos determinados com os quais pretende medir tal posição; do contrário essas palavras não terão significado. - W. Heisenberg, The physical content of quantum kinematics and mechanics (o artigo de1927 sobre o princípio da incerteza) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Fácil de entender num modelo ondulatório
interferência construtiva destrutiva C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Comprimentos variáveis
L1 L2 PD2 PD1 L1, L2 = comprimentos ajustáveis dos “braços” do interferômetro C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Resultado experimental:
L1 – L2 1 PD1 PD2 (linha tracejada: “ou 1 ou 2” ↔ PD(1) + PD(2)) Padrão de interferência: é possível definir um comprimento de onda. Só há um fóton de cada vez no interferômetro: o fóton “interfere com ele mesmo”. Se cada fóton seguisse um único caminho (ou 1 ou 2), o comprimento do outro caminho não deveria influenciar o resultado. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O experimento de Grangier, Roger & Aspect
P. Grangier, G. Roger, A. Aspect, Experimental evidence for a photon anticorrelation effect on a beam splitter: A new light on single-photon interferences, Europhysics Letters 1, 173 (1986) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O experimento de Grangier, Roger & Aspect
L1 – L2 (λ/50) L1 – L2 (λ/50) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Interferência de nêutrons
interferômetro de nêutrons S. A. Werner, Neutron interferometry, Physics Today 33, 24 (dezembro1980) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Interferência de átomos
interferômetro de átomos A. D. Cronin, J. Schmiedmayer, D. E. Pritchard, Optics and interferometry with atoms and molecules, Reviews of Modern Physics 81, 1051 (2009) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Interferência de elétrons
A. Tonomura et al., Demonstration of single-electron build-up of an interference pattern, Am. J. Phys. 57, 117 (1989) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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E se os caminhos forem distinguíveis?
interferência desaparece ! diferença de “caminhos” (ajustável) P. Bertet et al., A complementarity experiment with an interferometer at the quantum-classical boundary, Nature 411, 166 (2001) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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E se os caminhos forem distinguíveis?
Massa = 0 caminho identificado não há padrão de interferência Massa ∞ caminho não identificado padrão de interferência N Massa P. Bertet et al., A complementarity experiment with an interferometer at the quantum-classical boundary, Nature 411, 166 (2001) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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impossível determinar
E se a informação sobre o caminho for apagada? impossível determinar o caminho interferência P. Bertet et al., A complementarity experiment with an interferometer at the quantum-classical boundary, Nature 411, 166 (2001) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Quando há interferência?
Resultado pode ser obtido de duas maneiras alternativas, indistinguíveis experimentalmente interferência (“1 e 2”) Resultado pode ser obtido de duas maneiras alternativas, distinguíveis experimentalmente (“ou 1 ou 2”) não há interferência C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Princípios da Mecânica Quântica
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Princípios da Mecânica Quântica
Vetores de estado e o princípio da superposição A regra de Born Complementaridade e o princípio da incerteza Colapso do vetor de estado Evolução unitária Sistemas de N estados C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Vetores de Estado e o Princípio da Superposição
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Sistemas de dois estados
esquerda / direita horizontal / vertical para cima / para baixo sim / não 0 / 1 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Sistemas de dois estados
fóton refletido fóton transmitido cara coroa C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Sistemas de dois estados
grandeza física observável: a2 a1 a2 a1 A = ? ou a2 a1 medidor de “A” C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Sistemas clássicos Sistema clássico de dois estados, A = a1 e A = a2.
Representação dos estados: pontos no “eixo A” sistema tem A = a2 sistema tem A = a1 A a1 a2 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Sistemas quânticos: vetores de estado
Sistema quântico de dois estados, A = a1 e A = a2. Representação dos estados: vetores ortogonais (e de comprimento unitário) em um espaço de duas dimensões sistema tem A = a2 sistema tem A = a1 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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A notação de Dirac vetor ↔ exemplos: identificação
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O que muda? ? O que muda é o seguinte:
Passar de dois pontos em uma reta para dois vetores perpendiculares não parece ser mais do mudar o sistema de “etiquetagem” dos estados. ? A a1 a2 O que muda é o seguinte: C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O Princípio da Superposição
Qualquer combinação linear dos vetores |a1ñ e |a2ñ representa um estado físico do sistema. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Significado de |ñ A = a1 e A = a2 ? esquerda e direita?
horizontal e vertical? sim e não? 0 e 1? C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O espaço de estados é grande
Um sistema quântico de dois estados tem muito mais que dois estados, tem infinitos estados. Os estados |a1 e |a2 formam uma “base” do espaço de estados. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Princípio da Superposição: formulação geral
Se |ñ e |ñ são vetores de estado, qualquer combinação linear deles representa um estado físico do sistema. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Um ‘detalhe técnico’ As constantes c1 e c2 podem ser números complexos (o espaço de estados é um espaço vetorial complexo). Deve-se ter cuidado com figuras como esta: c2 c1 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Outro ‘detalhe técnico’
Qual o significado de “ortogonalidade” num espaço vetorial complexo? Como se define “comprimento” de um vetor nesse espaço? ? C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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A Regra de Born C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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A Regra de Born c2 c1 A probabilidade de uma medida da grandeza física A resultar em A = an é (n = 1, 2) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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A Regra de Born ? a1 a2 medidor de “A”
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Probabilidade total Só há dois resultados possíveis, ou a1 ou a2.
A probabilidade da medida resultar ou em a1 ou em a2 é 1 (100%) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Normalização do vetor de estado
c2 c1 Norma de |ñ: (tamanho do vetor |ñ) Com essa definição: C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Normalização do vetor de estado
|ñ e |ñ têm normas diferentes mas representam o mesmo estado físico! C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Normalização do vetor de estado
Todos os vetores ao longo de uma dada direção representam o mesmo estado físico. Podemos trabalhar apenas com vetores “normalizados”: ou seja, C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Vetores normalizados: a Regra de Born
? a2 a1 medidor de “A” C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Amplitude de probabilidade
cn amplitude de probabilidade probabilidade = |amplitude de probabilidade|2 “função de onda” C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Frequência dos resultados de medidas
N1 a1 N2 a2 N medidas de A (N ) podemos prever a frequência dos resultados: C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Valor médio dos resultados
valor médio de A: C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Incerteza c2 c1 c1, c2 0 impossível prever o resultado de uma medida ou Se possível prever o resultado (probabilidade = 100%): valor de A “bem definido” C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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A = incerteza de A no estado |
ou A = 0 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Complementaridade e o Princípio da Incerteza
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Complementaridade A B a1 a2 duas grandezas físicas: A e B b1 b2
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Grandezas compatíveis e incompatíveis
A e B compatíveis A e B incompatíveis A e B complementares: incompatibilidade “máxima” C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O Princípio da Incerteza
A bem definido, B incerto ( A = 0, B 0) A e B incertos ( A 0, B 0) B bem definido, A incerto ( B = 0, A 0) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O Princípio da Incerteza
A e B incompatíveis nenhum estado | com A = 0 e B = 0 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Exemplo: posição e momentum
duas posições: |x1, |x2 (“aqui”, “ali”) dois estados de movimento: |p1, |p2 (“repouso”, “movimento”) impossível ter um estado com posição e momentum bem definidos C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Resumo da “cinemática” quântica
vetor no espaço de estados estado físico sistema de eixos (uma “base”) no espaço de estados grandeza física C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Resumo da “cinemática” quântica
projeção do vetor de estado no eixo |an probabilidade da medida resultar em A = an probabilidade de uma medida da grandeza A resultar em A = a1 ou A = a2 grandezas físicas incompatíveis (complementares) diferentes sistemas de eixos no espaço de estados C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Como o vetor de estado muda com o tempo?
“Redução” durante uma medida Evolução unitária (equação de Schroedinger) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Redução do Vetor de Estado
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Redução do vetor de estado
antes da medida a2 a1 depois da medida C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Redução do vetor de estado
resultado A = a2 A = a1 medida de A resulta em an logo após a medida o vetor de estado do sistema é |an C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Redução do vetor de estado
A redução garante que a medida é repetível: se obtemos A = an e imediatamente refazemos a medida, encontramos A = an novamente com 100% de probabilidade. O estado | an é o único em que a nova medida resultará em A = an com 100% de probabilidade. | |an: a medida causa uma alteração imprevisível e incontrolável do estado quântico; versão moderna do “salto quântico”. A redução aplica-se a medidas “ideais” (medidas projetivas ou de von Neuman, ). Na prática, muitas vezes não faz sentido falar em redução a | an . Por exemplo, um fóton geralmente é absorvido durante sua detecção; não há mais fóton após a primeira medida. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Evolução Unitária
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A equação de Schroedinger
Evolução temporal do vetor de estado: |(0) |(t) Dinâmica quântica: determinada pela energia do sistema (o conceito de força é pouco relevante). C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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A (solução da) equação de Schroedinger
Sistema de dois estados Dois níveis de energia: E1, E2 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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A (solução da) equação de Schroedinger
ћ = constante de Planck ( 2) 110-34 Js Números complexos são inevitáveis. Mesmo que as componentes do vetor de estado sejam reais em t = 0, para t 0 elas serão complexas: A evolução |(0) |(t) ditada pela equação de Schroedinger é contínua (sem ‘saltos quânticos’) e determinista (sem elementos probabilísticos). C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Propriedades da equação de Schroedinger
Linearidade: t 0 t = 0 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Propriedades da equação de Schroedinger
Conserva a norma do vetor de estado: tamanho não muda Conserva o ortogonalidade entre vetores: dois vetores perpendiculares continuam perpendiculares C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Demonstração da linearidade
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Demonstração da conservação da norma
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Demonstração da conservação da ortogonalidade
|(0) e |(0) ortogonais |(t) e |(t) ortogonais C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Propriedades da equação de Schroedinger
Determinismo Continuidade Linearidade Conservação da norma Conservação da ortogonalidade “evolução unitária” C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Estados estacionários
Estado de energia bem definida En: mesma “direção” que |En |(t) e |(0) representam o mesmo estado físico. Estados de energia bem definida são “estacionários”. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Conservação da energia
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Eq. de Schroedinger x processos de medida
Equação de Schroedinger: contínua determinista válida enquanto não se faz uma medida Redução do vetor de estado: descontínua probabilística ocorre durante a medida C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Eq. de Schroedinger x processos de medida
Dois tipos de evolução temporal? Equação de Schroedinger: interação do sistema quântico com outros sistemas quânticos. A = a1 e A = a2 Colapso do vetor de estado: interação do sistema quântico com um aparato clássico, o aparelho de medida (o “observador”). A = a1 ou A = a2 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O “problema da medida” | |
Por que o aparelho de medida não é regido pela eq. de Schroedinger? a2 a1 Descrição quântica do aparelho de medida: | | aparelho de medida: equação de Schroedinger: o ponteiro aponta em duas direções ao mesmo tempo ! C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O “problema da medida” Porque as superposições quânticas não são encontradas no mundo macroscópico? Jamais se observou um ponteiro macroscópico apontando em duas direções ao mesmo tempo. Um gato não pode estar simultaneamente vivo e morto. Como conciliar o espaço quântico de infinitos estados com a observação de apenas alguns poucos estados macroscópicos? Uma descrição do processo de medida baseada na equação de Schroedinger deve dar respostas a essas questões. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Física quântica x física clássica
Por medida, na mecânica quântica, nós entendemos qualquer processo de interação entre objetos clássicos e quânticos… L. Landau & E. Lifshitz, Quantum Mechanics … os instrumentos de medida, para funcionarem como tal, não podem ser propriamente incluídos no domínio de aplicação da mecânica quântica. N. Bohr, carta a Schroedinger, 26 de outubro de 1935 …o ‘aparato’ não deveria ser separado do resto do mundo em uma caixa preta, como se não fosse feito de átomos e não fosse governado pela mecânica quântica. J. Bell, Against measurement C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Física quântica x física clássica
…a mecânica quântica ocupa um lugar muito incomum entre as teorias físicas: ela contém a mecânica clássica como um caso limite, mas ao mesmo tempo requer esse caso limite para sua própria formulação... - L. Landau & E. Lifshitz, Quantum Mechanics C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Os gatos de Schroedinger
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Sistemas de N Estados Você está em todo lugar
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
102
Três valores possíveis para a grandeza A:
Sistemas de 3 estados Três valores possíveis para a grandeza A: a3 a1 a2 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
103
... ... Sistemas de N estados N valores possíveis para a grandeza A:
(impossível desenhar N eixos perpendiculares) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Sistemas de infinitos estados
N pode ser infinito: N pode ser infinito, e a ter valores contínuos: densidade de probabilidade: probabilidade: C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Sistemas de infinitos estados
Exemplo: a = x = posição de uma partícula função de onda: (x) densidade de probabilidade: probabilidade: C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Sistemas de infinitos estados
A grandeza a pode ter valores discretos e contínuos: Exemplo: a = E = energia de uma partícula C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Aplicações a sistemas simples
Instituto de Física Quântica Você está aqui e aqui C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Interferômetro de Mach-Zehnder
Interferência de uma partícula Descrição quântica do interferômetro Interferência e indistinguibilidade C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O interferômetro de Mach-Zehnder
interferência construtiva 0% 100% D1 D2 “ondas” interferência destrutiva C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O interferômetro de Mach-Zehnder
1 2 50% 25% D1 e D2 nunca disparam em coincidência “partículas” C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Descrição quântica do interferômetro
(caminho 1) (caminho 2) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Espaço de estados probabilidades:
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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probabilidade de reflexão = probabilidade de transmissão = 1/2
Semiespelho 1 2 evolução unitária probabilidade de reflexão = probabilidade de transmissão = 1/2 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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sinal negativo: evolução unitária conserva a ortogonalidade
Semiespelho sinal negativo: evolução unitária conserva a ortogonalidade C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Interferômetro D1 D2 1 2 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Primeiro semiespelho:
Interferômetro Estado inicial: Primeiro semiespelho: C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Interferômetro Segundo semiespelho: ou seja, o estado final é
interferência destrutiva interferência construtiva P1 = 100% P2 = 0% C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O que interfere? (1-1-1) (1-2-1) (1-1-2) (1-2-2) 2 2 1 1
(1-1-1) (1-2-1) (1-1-2) (1-2-2) 1 2 1 2 soma das amplitudes de probabilidade associadas a caminhos alternativos indistinguíveis C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Caminho bloqueado 1 2 D2 D1 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Primeiro semiespelho:
Caminho bloqueado Estado inicial: Primeiro semiespelho: Bloqueio: fóton bloqueado C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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não há caminhos alternativos, logo não há interferência
Caminho bloqueado Segundo semiespelho: ou seja, o estado final é P1 = 25% P2 = 25% P = 50% não há caminhos alternativos, logo não há interferência C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Por que não há interferência?
(1-1-1) (1-2-) (1-1-2) 1 1 2 1 2 não há caminhos alternativos para cada um dos estados finais não há interferência C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Caminhos alternativos distinguíveis
mola C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Caminhos alternativos distinguíveis
1, 2: caminho do fóton R: espelho em repouso M: espelho em movimento Estado inicial: Primeiro semiespelho: C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Caminhos alternativos distinguíveis
Segundo semiespelho: ou seja, o estado final é P1 = P(1, R) + P(1, M) = 50% P2 = P(2, R) + P(2, M) = 50% soma de probabilidades, não de amplitudes C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Apagando a informação sobre o caminho
mola C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
127
Apagando a informação sobre o caminho
Segundo semiespelho: ou seja, o estado final é a informação sobre o caminho foi apagada e a interferência restabelecida C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O palito de fósforo quântico
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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O palito de fósforo quântico
fósforo “bom” fóton fósforo “ruim” fóton C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
130
O palito de fósforo quântico
palitos bons e ruins misturados Problema: como encher uma caixa de fósforos apenas com palitos bons? C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Teste clássico palito bom queimado palito ruim
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Teste quântico D1 D2 C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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palito ruim D2 nunca dispara
transparente palito ruim D2 nunca dispara C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
134
Palito bom palito bom D2 dispara em 25% das vezes,
50% palito bom D2 dispara em 25% das vezes, e o fósforo permanece intacto C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Teste quântico D2 fósforo bom intacto
D1 fósforo bom intacto ou fósforo ruim Fósforo acende fósforo bom queimado Dos fósforos bons: 25% estão identificados e intactos 50% foram queimados 25% em dúvida Retestando os casos duvidosos é possível identificar 1/3 dos fósforos bons. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Mais aplicações a sistemas simples
O problema de Deutsch Molécula de H2+ Benzeno Oscilação de neutrinos Polarização do fóton Spin ½ Informação quântica C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
137
Emaranhamento C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Emaranhamento | | | | sistema I sistema II sistema composto
subsistema I | subsistema II sistema composto C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Emaranhamento Estados do sistema composto:
sistema I no estado |, sistema II no estado | sistema I no estado |, sistema II no estado | Superposição estado emaranhado: C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Emaranhamento Não é possível associar vetores de estado aos subsistemas individuais. O emaranhamento pode ocorrer mesmo quando os subsistemas estão separados por distâncias macroscópicas. Um dos mais estranhos e surpreendentes aspectos da mecânica quântica. “O melhor conhecimento possível de um todo não inclui o melhor conhecimento possível de suas partes, nem mesmo quando essas estão completamente separadas umas das outras e no momento não influenciam umas às outras.” - E. Schrödinger, The Present Situation in Quantum Mechanics (o artigo de 1935 onde apareceu o gato de Schroedinger) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
141
Realismo, Contextualidade e Localidade
“Eu só gostaria de saber que diabos está acontecendo, é só! Eu gostaria de saber que diabos está acontecendo! Você sabe que diabos está acontecendo?” C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
142
grandeza medida no experimento
Variáveis ocultas Medidas: revelam um valor preexistente? criam o resultado encontrado? variável “oculta” que determina o valor de A grandeza medida no experimento C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
143
Experimentos com um sistema composto
II AI = 1 AII = 1 BII = 1 BI = 1 incompatíveis compatíveis C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
144
Quatro experimentos com um sistema composto
Quatro experimentos possíveis: Medida de AI e AII AI = +1 e AII = +1 encontrado algumas vezes Medida de AI e BII AI = +1 e BII = +1 nunca encontrado Medida de BI e AII BI = +1 e AII = +1 nunca encontrado Medida de BI e BII BI = -1 e BII = -1 nunca encontrado C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
145
Quatro experimentos com um sistema composto
grau de emaranhamento P(AI, AII) (em %) P(AI, BII) = 0 P(BI, AII) = 0 P(BI, BII) = 0 A. G. White, D. F. V. James, P. H. Eberhard, P. G. Kwiat, Nonmaximally Entangled States: Production, Characterization, and Utilization, Physical Review Letters 83, 3013 (1999) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Experimentos com um sistema composto
Se os valores de AI, AII, BI e BII já existiam antes das medidas: AI = +1 AII = +1 sempre BI = -1 BII = -1 !! Mas BI = BII = -1 nunca é encontrado (exp. 4)! C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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P(BI, BII) = 0 experimento 4
Estados de Hardy estado emaranhado P(BI, BII) = 0 experimento 4 L. Hardy, Quantum Mechanics, Local Realistic Theories, and Lorentz-Invariant Realistic Theories, Physical Review Letters 68, 2981 (1992). L. Hardy, Nonlocality for two particles without inequalities for almost all entangled states, Physical Review Letters 71, 1665 (1993) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
148
Estados de Hardy Experimentos 1, 2 e 3:
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
149
Estados de Hardy Experimentos 1, 2 e 3: 3) 2) 1)
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
150
medido em II (AII ou BII)
Contextualidade o que está sendo medido em II (AII ou BII) o que está sendo medido em I (AI ou BI) C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
151
Não-localidade I II AI AII BII BI
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
152
O teorema de Bell Qualquer teoria de variáveis ocultas compatível com a mecânica quântica é necessariamente não-local. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Como chegar aos operadores, autovalores e autovetores
C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Conexão com os operadores
Produto escalar: | Projetores: || Operador associado à grandeza A: Autovalores e autovetores de A: É mais fácil encontrar (postular) o operador A do que os “eixos” |an e valores an. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Em seguida: Simetrias e grandezas conservadas Posição e momentum
Partícula em 1 dimensão: aplicações Partícula livre Potenciais constantes por partes: estados ligados, tunelamento, etc. Oscilador harmônico C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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E se houver tempo: Partículas idênticas Partícula em 3 dimensões
Descoerência Muitos-mundos, de Broglie-Bohm C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Comentários finais É possível apresentar alguns dos princípios básicos da mecânica quântica utilizando apenas matemática acessível a professores (e alunos?) do ensino médio. Essa abordagem permite descrever apropriadamente a mecânica quântica de sistemas simples. Aspectos conceituais da mecânica quântica podem ser discutidos sem as dificuldades criadas por um formalismo matemático pouco familiar. “Experimento didático” em desenvolvimento. Críticas e sugestões são bem-vindas. C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Funciona? C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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Curtiu? C.E. Aguiar / Mecânica Quântica / MNPEF-UFPA/2015
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