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Não desistam de mim (Súplica do Filho Pródigo) Texto: Assuero Gomes Imagens: Web Música: Verão de 42.

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2 Não desistam de mim (Súplica do Filho Pródigo) Texto: Assuero Gomes Imagens: Web Música: Verão de 42

3 Mesmo quando as decepções se sobrepuserem sobre os sonhos e sobre as esperanças sonhadas para mim, mesmo quando o brilho que almejavam para meu futuro já não cintilar, nem como estrela, nem mesmo como reflexo de uma lágrima doída, não desistam de mim.

4 Lembrem-se que embalei seus sonhos ainda no ventre seu, minha mãe, e quantas horas passava meu pai a sussurrar palavras de carinho na pressa amorosa para que viesse à luz o filho querido.

5 Hoje se não passo de um estorno ou um problema ou uma frustração a mais, ou um espinho a espetá-lhes a carne ou uma pedra colocada no coração de vocês, mesmo assim não desistam de mim, pois quando desistimos do que sonhamos, mesmo da mais vã das utopias, morremos um pouco e quando morremos o mundo ao nosso redor morre também, fenece como uma aurora abortada pela escuridão.

6 Não fui o filho ideal e fui menos que o possível. Gastei meu tempo, sua paciência e seus conselhos em momentos fúteis e companhias vãs. A idade de vocês avança e o medo da solidão toma conta de mim como um monstro sinistro, que devora meu amanhã. Terei amanhã? Ou ele já se foi embalado no adeus da prematura partida de um filho vivo, quase morto?

7 Não desistam de mim. Tratem-me como tratam ao mais serviçal dos seus empregados, mas tratem, não se esqueçam das minhas quedas quando tropeçava ao tentar correr nos primeiros passos, dos joelhos ralados, dos soluços medonhos, das crises de asma, da febre, do choro incontido, do primeiro passeio sozinho com a escola, do primeiro dente a nascer, da primeira vela de aniversário, da lembrancinha mal feita na escola para o dia dos pais, da felicidade que senti de ter vocês junto aos meus colegas, do coração pulsando, pulsando, batendo de alegria com o primeiro gol, a primeira medalha da natação, o primeiro orgulho, a primeira namorada.

8 Não desistam de mim, mesmo com as grosserias, os deslizes, as revoltas. Temo que ao cair da madrugada, estando sozinho nesta vida, reste-me apenas o primeiro relógio que me deram, com as horas quebradas, numa dança cruel de números partidos, e eu perdido no infinito deste não encontrar, não possa nem balbuciar o nome de vocês.

9 Uma palavra, uma mão, um olhar, um pequeno gesto de acolhimento me basta. Quanto ao meu irmão, como está ele? Mando um abraço para ele. Sei que não quer nem me ver. Criei tantos problemas, foram tantas brigas quais feridas de Abel e Caim que jamais saram, apenas cicatrizam como tatuagens feitas no coração.

10 Não precisam dar-me sandálias, caminharei descalço até vocês; não precisa de anel nem festa nem sorriso sequer, basta que não desistam de mim, e quando de queda em queda eu chegar até vocês, se vocês permitirem, apenas um afago de perdão nos meus cabelos, eu lhes peço, como uma bênção; saberei então que valerá a pena ter nascido, por este simples gesto de perdão.

11 Não desistam de mim, pois estarão desistindo de vocês mesmos, de um pedaço de vida que é de vocês também. Uma certeza, mesmo que já não possa fazer chegar ao coração de vocês estas palavras, eu amo, e como amo vocês!


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