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MEU DITOSO CARNAVAL
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Na varanda ao pé da serra, na rede a embalar, eu brinquei meu carnaval com nobreza, com os pássaros multicores a me ofertar o samba enredo mais perfeito da natureza.
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Querendo mostrar que também sabem sambar,
vagalumes transbordantes de vida, com suas fantasias extasiando o olhar, deixaram um brilho ofuscante na avenida.
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Cansadas do samba enredo atravessar,
um casal de maritacas desafinadas no telhado, cujo casório foi na escola de samba ali ao lado, fugiram de mansinho para namorar.
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Minha amiga coruja disfarçada de existir,
em frente, pousada no galho de um pinhal não podia de forma alguma deixar de assistir, expectadora solitária, aquele belo carnaval.
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Meu sambódromo foi o mais deslumbrante, imensa avenida com pingos de prata piscar, eram as estrelas no firmamento brilhante a me dizer, brinque à vontade aqui é seu lugar.
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Dancei a noite inteira, só parei ao sol raiar,
linda manhã, belíssima manhã de carnaval, orvalho caindo, eram confetes a salpicar a fantasia esquecida na grama do quintal.
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O galo cantou naquela manhã para me saudar,
não entendi porque cantou se não era natal, talvez quisesse anunciar com seu alegre cantar que eu havia brincado meu mais ditoso carnaval.
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Autora: Moly Tami Formatação: Gil nascimento
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