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PublicouRaul Amado Carlos Alterado mais de 8 anos atrás
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METAPOESIA É a poesia em sua essência, o conhecimento do fazer poético e de suas intrincadas engrenagens, a poesia que fala da poesia, a poesia que descreve como se faz poesia. Isto é metapoesia. Um exemplo é "Autopsicografia" de Fernando Pessoa.
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Este poema tem o poder de nos fazer entender o poeta, como a poesia é construída, e como acontece a identificação do leitor com o que foi lido.
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O poeta é um fingidor. Finge tão completamente
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.
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Significado do título auto + psico + grafia
auto = do próprio psico – espírito; alma grafia = escrita; descrição. Assim sendo, o título sugere uma “descrição do estado de espírito do próprio” sujeito poético
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1ª estrofe: primeiro é sentida uma espécie de verdade universal, depois é representada através da linguagem. nos versos 2 a 4: há uma oposição entre a dor sentida (v. 4) e a dor fingida (v. 3). Esta última, embora tenha a 1.ª dor como referente, é já fruto da racionalização da dor sentida.
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Quando Fernando Pessoa diz que o poeta é um fingidor, quer dizer que a poesia não é a exteriorização imediata dos sentimentos dele,
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porque a vivência é modificada pela linguagem, e acaba sendo fingidor porque fala tanto do vivido quanto do não vivido.
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Pode partilhar e poetizar até um
sentimento que ele também sente, mas quando escreve já não o é mais verdade e sim poesia.
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E o leitor então é aquele que acredita na magia da linguagem como espelho de sua alma.
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Lê a dor vivida/escrita/ lida/
fingida, (que é a lida quando escrita) e a toma como sua mesmo não a sendo.
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