O PERFIL DO EJA Alunas: Maria A. J. dos Santos, Marcia dos Santos e Neli Costa - PEAD/UFRGS Prof. Orientadora: Dóris Maria Luzzardi Fiss INTRODUÇAO No.

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1 O PERFIL DO EJA Alunas: Maria A. J. dos Santos, Marcia dos Santos e Neli Costa - PEAD/UFRGS Prof. Orientadora: Dóris Maria Luzzardi Fiss INTRODUÇAO No que se refere Constituição Federal no artigo 208, inciso I, reconhece o EJA como direito público subjetivo ofertado no ensino fundamental como obrigatório e gratuito deve ser assegurado como direito de todos...” e de a LDB, em sua Seção V, Art. 37 afirmar que “a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria” A presente pesquisa tem a finalidade de registrar através de uma mostragem o perfil do aluno (a) do EJA do Município de São S. do Caí, na parte central da cidade, no período correspondente ao segundo semestre de 2009. Os educandos na sua maioria jovens que deixaram de estudar no ensino regular passando para o EJA não com a finalidade de garantir um trabalho, mas devido à exclusão oriunda das dificuldades de aprendizagem e nas relações dentro do espaço escolar que, dificultam as relações professor-aluno. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho evidenciou o uso de um questionário dividido em três blocos (demográfico, cultural e cognitivo) e em cada bloco com uma média de doze perguntas, sendo essas direcionadas aos alunos do EJA. RESULTADOS Sendo que a maioria é composta por solteiros que não trabalham, não possuem moradia própria, são natural e moram em S.S. do Caí A maioria é composta por pessoas que assistem e obtêm informações através da TV, não executam atividades físicas, frequentam uma vez por semana igrejas/bares/shows, são católicos, possuem assistência médica e querem ser eles mesmos com uma vida melhor. A maioria aprendeu a ler e a escrever com sete anos. Os momentos de leitura e escrita se reduzem à escola onde utilizam livros didáticos e produzem textos escolares. Eles apontam as dificuldades como motivo nainterrupção dos estudos,mas afirmam que são incentivados estudar pelos amigos e pela família optaram pela escola por ser a única que oferece o EJA e por ter melhor acesso. Não souberam informar em que nível se encontram nos estudos e, um dos motivos de frequentarem a escola é a equipe diretiva e os professores. Relataram que a disciplina que mais gostam é de Inglês e que ser um bom professor é explicar bem e ter paciência com os alunos e que ser um bom aluno é ter disiciplina. Esta proposta busca mostrar e discutir quem é o aluno do EJA quais as dificuldades e realidades encontradas por eles e qual o seu contexto social, cultural e cognitivo. Enquanto sujeitos de múltiplas aprendizagens que motivos são gerados para que se tornem um aluno do EJA. Através desta mostragem é possível visualizar os educandos que frequentam a EJA, quais seus objetivos valores, linguagem e pensamento. Sendo o EJA uma forma de reparar as oportunidades para que seus freqüentadores se tornem cidadãos com oportunidades mais dignas e igualitárias, contribuindo desta forma para que se registrem ações educacionais. Concluímos com este trabalho que a evasão nos bancos escolares ainda acontecem pela falta de sintonia entre escola e alunos. Refletir sobre como esses jovens e adultos pensam e aprendem envolve, portanto, transitar pelo menos por três campos que contribuem para a definição de seu lugar social: a condição de “não-crianças”, a condição de excluídos da escola e a condição de membros de determinados grupos culturais. (OLIVEIRA, 1999, p. 60) Na prática pedagógica do EJA é preciso ser levada em consideração os processos de aprendizagem e aquisição de conhecimento dos adolescentes e dos adultos, embora os adultos sejam visto com um diferencial dos adolescentes e crianças, pois estão inseridos no mundo de trabalhado e em contextos culturais diferentes. Logo, possuem uma visão mais crítica da leitura de mundo que, segundo Oliveira, os educando do EJA apresentam certas habilidades e dificuldades em relação à aprendizagem e conseguem estabelecer maior reflexão sobre os processos de aquisição de conhecimento Referências: OLIVEIRA, Marta Kohl. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set. / Out. / Nove. / Dez. 1999, n.12,p.59-73.