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RISCO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO
ESTADO FÍSICO E RISCO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO Lucinete Duarte dos Santos
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Avaliação pré-operatória
anamnes cuidadosa exame físico completo avaliação laboratorial avaliar o estado físico estimar o risco anestésico-cirúrgico
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Avaliação pré-operatória
estimar risco de mortalidade ou morbidade perioperatório medidas para reduzir complicações medidas profiláticas adequadas métodos diagnósticos precoces otimização do tratamento
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RISCO Probabilidade de que um evento vai ocorrer, perigo ou possibilidade de perigo, possibilidade de perda, injúrias, doença ou morte Probabilidade de ocorrência de um evento adverso
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MORBIMORTALIDADE PERIOPERATÓRIA
condição clínica do paciente relacionadas ao ato anestésico cirúrgico ( tipo de cirurgia, tipo de anestesia, caráter da cirurgia, tempo cirúrgico ) relacionados à equipe cirúrgica relacionados à estrutura hospitalar
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As escalas de risco cirúrgico aglutinam fatores que predispõem a ocorrência de complicações no pós-operatório e permitem calcular a chance ou a probabilidade que um paciente tem de desenvolvê-las. Elas vêm sendo formuladas há várias décadas, de modo que, identificando pacientes de alto risco, pode-se prepará-los da melhor maneira possível, tentando evitar, assim, que desenvolvam tais complicações.
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TIPO DE CIRURGIA E SEU IMPACTO NA AVALIAÇÃO DO RISCO CARDÍACO
ALTO (risco acima de 5%):Grandes cirurgias de emergência, principalmente em idosos Grandes cirurgias vasculares ou sobre a aorta Doença vascular periférica Cirurgias prolongadas associadas a grandes desequilíbrios hídricos ou perda sangüínea. INTERMEDIÁRIO (risco menor que 5%):Endarterectomia de carótida,Cabeça e pescoço,Intraperitoneal ou intratorácica Ortopédica,Próstata BAIXO (menor que 1%):Procedimentos endoscópicos,Procedimentos superficiais,Catarata,Mama
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Classificações ASA GOLDMAN NYHA CONSENSO ACC / AHA
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SOCIEDADE AMERICANA DE ANESTESIOLOGIA - ASA
Condição Clínica do Paciente SOCIEDADE AMERICANA DE ANESTESIOLOGIA - ASA
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Classificação Pela Asa
ASA I ASA II ASA III ASA IV ASA V ASA VI E : emergência
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Classificação Pela Asa
ASA I indivíduo saudável nenhum distúrbio orgânico, psicológico, bioquímico ou psiquiátrico processo de doença atual é localizado e não origina nenhum distúrbio sistêmico
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Classificação Pela Asa
ASA II paciente com doença sistêmica leve e controlada distúrbio sistêmico de moderado a médio, causado tanto pela doença a ser tratada pela cirurgia quanto por um processo fisiopatológico extremos de idade, obesidade mórbida
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Classificação Pela Asa
ASA III paciente com doença sistêmica grave, porém não incapacitante doença de qualquer etiologia que limita porém não incapacita
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Classificação Pela Asa
ASA IV paciente com doença sistêmica grave, incapacitante que representa perigo de vida distúrbio grave, com risco de vida, nem sempre corrigível pela cirurgia
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Classificação Pela Asa
ASA V paciente moribundo com pouca ou nenhuma chance de sobrevivência será submetido à cirurgia com último recurso
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Classificação Pela Asa
ASA VI paciente com morte cerebral e doador de órgãos
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ASA X MORTALIDADE ASA I e ASA II : 0,08 a 0,27 % ASA III : 1,8%
ASA IV : 7,8 a 9,4 % ASA V : sem dados disponíveis ASA VI : 100 %
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Índice de Goldman - 1977 variável pontos distensão venosa jugular 11
infarto do miocárdio recente <6m ritmo = sinusal ou ES precoces mais de 5 ESV / minuto idade > 70 anos
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Índice de Goldman - 1977 variável pontos operação de emergência 5
estado físico asa III ou IV cirurgia intratorácica, intraabdominal ou aórtica estenose grave de válvula aórtica
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Índice de Goldman - 1977 Classe I : 0 a 5 pontos
Classe II : 6 a 12 pontos Classe III : 13 a 25 pontos Classe IV : > 26 pontos
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Índice de Goldman - 1977 Classe I : 99 % Classe II : 93 %
Sem complicações ou complicações menores Classe I : 99 % Classe II : 93 % Classe III : 86 % Classe IV : 22 %
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Índice de Goldman - 1977 Classe I : 0,7 % Classe II : 5 %
Complicações com perigo de vida Classe I : 0,7 % Classe II : 5 % Classe III : % Classe IV : %
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Índice de Goldman - 1977 Classe I : 0,2 % Classe II : 2 %
Morte cardíaca Classe I : 0,2 % Classe II : 2 % Classe III : 2 % Classe IV : %
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Capacidade funcional melhor para traduzir a qualidade de vida biológica do paciente pode dar idéia de risco pode ser medida em equivalentes metabólicos ( METS ) 1 MET = 3,5 ml / kg / min ( consumo de oxigênio de um homem de 70 kg, com 40 anos em repouso )
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Energia estimada para realizar várias atividades usuais
1 a 3 METS cuidar de si próprio ? alimentar-se, vestir-se ou ir ao banheiro ? caminhar dentro de casa ? caminhar em terreno plano 1 ou 2 quadras ? serviços domésticos leves ?
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Energia estimada para realizar várias atividades usuais
4 a 10 METS subir caminhando uma ladeira ? subir alguns degraus rapidamente ? caminhar em terreno plano a 6,4 km/h ? correr uma distância curta ? tarefas domésticas pesadas ?
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Energia estimada para realizar várias atividades usuais
> 10 METS participar de atividades recreativas de esforço moderado, tais como, golfe, boliche, dança, tênis, etc... ? participar de esportes desgastantes, natação, futebol, esqui, basquete, etc... /
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New York Heart Association
CLASSE I Paciente com doença cardíaca sem limitação da atividade física Atividade física habitual não causa fadiga importante, palpitações, dor anginosa ou dispnéia Capacidade funcional = 7 METS Risco cirúrgico intermediário
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New York Heart Association
CLASSE II Paciente com doença cardíaca resultando em limitação leve da atividade física Apresenta-se confortável quando em repouso, atividade física habitual resulta em fadiga, palpitações , dispnéia ou dor anginosa Capacidade funcional = 4 a7 METS Risco cirúrgico intermediário
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New York Heart Association
CLASSE III Paciente com doença cardíaca resultando em marcada limitação da atividade física Atividade física menor que a habitual resulta em fadiga, palpitações, dispnéia ou dor anginosa Capacidade funcional = < 4 METS Risco cirúrgico alto
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New York Heart Association
CLASSE IV Paciente com doença cardíaca resultando em inabilidade para suportar qualquer atividade física sem desconforto Sintomas de insuficiência cardíaca ou angina presentes ao repouso Capacidade funcional = 2 METS Risco cirúrgico alto
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Indicadores de Risco Cardiovascular Perioperatório
Consenso do Colégio Americano de Cardiologia e Associação Norte-Americana de Cardiologia – ACC/AHA TASK FORCE REPORT Circulation, v. 93, p , 1996
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Indicadores de Risco Cardiovascular Perioperatório
FORTE RISCO : parâmetros maiores angina instável insuficiência cardíaca congestiva descompensada quantidade significativa de arritmias doença valvar grave
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Indicadores de Risco Cardiovascular Perioperatório
RISCO INTERMEDIÁRIO angina pectoris moderada infarto do miocárdio prévio ( < 30 dias ) ICC prévia ou compensada diabetes mellitus
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Indicadores de Risco Cardiovascular Perioperatório
RISCO FRACO : parâmetros menores idade avançada ECG anormal ritmo diferente do sinusal capacidade funcional diminuída história de acidente vascular cerebral HAS não controlada
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ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO
Estratificação do risco cardíaco para procedimentos cirúrgicos não cardíacos segundo consenso ACC/AHA
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ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO
Risco Alto ( > 5% chance de morte ou IAM não fatal ) cirurgias de emergência principalmente no idoso cirurgia vascular de grande porte ou em aorta cirurgia vascular periférica cirurgias longas e com grandes perdas sanguíneas
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ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO
Risco Intermediário ( < 5% chance de morte ou IAM não fatal ) endarterectomia de carótida cirurgia de cabeça e pescoço cirurgia intraperitoneal e intratorácica cirurgia ortopédica e em próstata
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ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO
Risco Baixo ( < 1% chance de morte ou IAM não fatal ) procedimentos endoscópicos procedimentos superficiais cirurgia de catarata e em mama
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