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Controle glicêmico intensivo: benefícios e dúvidas atuais

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Apresentação em tema: "Controle glicêmico intensivo: benefícios e dúvidas atuais"— Transcrição da apresentação:

1 Controle glicêmico intensivo: benefícios e dúvidas atuais
Endocardite Infecciosa Controle glicêmico intensivo: benefícios e dúvidas atuais Residência de Clínica Médica Residente: Alvaro H. I. Garces

2 Endocardite Infecciosa
INTRODUÇÃO Grau de hiperglicemia X complicações ligadas ao DM Redução da HbA1C – redução das complicações relacionadas ao DM, especialmente as microvasculares Nível ideal de HbA1C 2008: evidências contraditórias Diversos estudos: UKPDS, DCCT-EDIC, ACCORD, ADVANCE e VADT

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DCCT (The Diabetes Control and Complications Trial) - 1º grande estudo – DM1 2 grupos: - Tratamento intensivo: alvo da GJ – mg/dl - Tratamento convencional – evitar hipo e hiperglicemias - Após 6.5 anos, HbA1c: 7.4% x 9.1% Conclusões do tratamento intensivo: Redução do risco de desenvolver: Retinopatia em 76% Nefropatia diabética em 39% - Neuropatia em 60%

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DCCT (The Diabetes Control and Complications Trial) Conclusão: - Tratamento intensivo no DM1 retardava/lentificava a progressão de complicações microvasculares - Não houve redução estatisticamente significativa no que diz respeito às complicações macrovasculares

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EDIC - Ao final do estudo – HbA1c semelhante entre os 2 grupos - Complicações macrovasculares reduzidas em 42% - grupo intensivo/intensivo - Redução de 57% - IAM, AVE e mortalidade cardiovascular. - Introdução do Conceito “Memória glicêmica”

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UKPDS (The United Kingdom Prospective Diabetes Study) OBJETIVOS: Comparar os efeitos do tratamento intensivo x convencional nos DM2 em relação às complicações micro e macrovasculares em recém-diagnosticados. - HbA1c: 7% x 7.9% (P<0,0001) grupo tratamento intensivo - redução em: 12% nos eventos ligados ao DM - 25% nas complicações microvasculares Complicações macrovasculares não foram reduzidas de maneira significativa Redução de 1% da HbA1c leva a redução em: - 37% - complicações microvasculares - 14% - IAM - 12% - AVE

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UKPDS – extensão Após UKPDS – avaliação anual dos pacientes Em 5 anos, independente do tratamento seguido: - Redução na mortalidade de 11% - Diminuição de 14% nos IAM - “Memória” do bom controle glicêmico inicial

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Em resumo: - Eficácia do tratamento intensivo no que diz respeito às complicações microvasculares nos DM1 e DM2; - Efeito benéfico a longo prazo do tratamento intensivo em relação à ocorrência de complicações micro e macrovasculares; - Presença de memória glicêmica.

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ACCORD (The Action to Control Cardiovascular risk in Diabetes study) - Proposta inicial: Determinar se HbA1c <6% levaria a uma diminuição dos eventos cardiovasculares, comparando-se com a manutenção da HbA1c entre 7-7.9%. - Pacientes com alto risco cardiovascular - Idade média de 62.2 anos - Tempo de doença DM2: 10 anos – HbA1c: 8,1% - Diferença entre os dois grupos era apenas a HbA1c alvo

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ACCORD (The Action to Control Cardiovascular risk in Diabetes study) - Interrompido 17 meses antes do previsto por: - Aumento da mortalidade no grupo de tratamento intensivo (RR1,22 – 1,01-1,46;P=0,04) - 22% - Mortalidade cardiovascular contabilizou mais de 50% da mortalidade geral - Mortalidade cardiovascular foi de 2,6% no grupo intensivo comparado a 1,8% no grupo convencional (p=0,02) - Metade dos casos de mortalidade cardiovascular eram devidos a eventos cardiovasculares não explicados ou possivelmente relacionados.

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ACCORD (The Action to Control Cardiovascular risk in Diabetes study) - HbA1c: 6,4% x 7.5% Taxa de mortalidade inferior aos outros estudos: pacientes foram adequadamente tratados no que diz respeito aos outros fatores de risco. - Diminuição de 24% de IAM não fatal no grupo tratamento intensivo (p=0,004) - IAM, AVE e mortalidade cardiovascular - sem mostrou diferença entre os dois grupos - Aumento de hipoglicemias

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Dúvidas.... - UKPDS e DCCT Benefícios em relação às complicações microvasculares ACCORD Evidência de aumento de mortalidade em pacientes sob tratamento intensivo

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DCCT/EDIC e seguimento UKPDS EDIC: - Persistência benéfica a longo-prazo dos efeitos do tratamento intensivo - Incidência de eventos cardiovasculares menor no grupo inicialmente tratado de maneira intensiva, mesmo após controle glicêmico idêntico

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DCCT/EDIC e seguimento UKPDS Extensão do UKPDS: - Eventos ligados ao DM foram reduzidos em 9%, complicações microvasculares em 24% e mortalidade em 13% no grupo inicialmente tratado de maneira intensiva. - Complicações macrovasculares e IAM também foram significativamente reduzidas em 15% (insulina-sulfoniluréia) e 33% (metformina) VALOR A LONGO PRAZO DO CONTROLE GLICÊMICO PRECOCE E ESTRITO NO CONTROLE DO DM2

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VADT (The Veterans Affairs Diabetes Trial) - Seguimento de 1791 soldados americanos veteranos com DM2 mal controlado: - 60 anos; 11,5 anos de doença; HbA1c=9,5% - Objetivo: avaliar o efeito do tratamento intensivo (HbA1c<7%) nos DM2 com alto risco cardiovascular, inadequadamente controlados - Controle lipídico e pressórico otimizados - HbA1c: 6.9% x 8.4% Desfecho cardiovascular foi menor no grupo tratamento intensivo, mas essa diferença entre os grupos não foi significativa estatisticamente

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VADT (The Veterans Affairs Diabetes Trial) - Eventos cardiovasculares reduzidos em 2-3 vezes do esperado. - Sem diferenças em relação à mortalidade. - Sem efeito significativo nas complicações microvasculares (tendência a redução na progressão da retinopatia e nefropatia). - Da mesma forma que no estudo ACCORD, episódios de hipoglicemia eram mais frequentes no grupo de tratamento intensivo. - Hipoglicemia aumentou o risco de eventos cardiovasculares (p=0,02) e mortalidade cardiovascular (p=0,008).

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VADT (The Veterans Affairs Diabetes Trial)

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ADVANCE (The Action in Diabetes and vascular disease, Perindopril and Indapamide Controlled Evaluation) Objetivos: controle pressórico e controle glicêmico “Braço” glicêmico: pacientes DM2 com alto risco cardiovascular randomizados em 2 grupos: 1º - alvo HbA1c<6.5%, recebendo glicazida de liberação modificada 2º - tratamento habitual - Idade média: 66 anos, com 8 anos de doença, em média. - HbA1c: 6.5% x 7.3% - Redução de eventos micro e macrovasculares em 10% no grupo tratamento intensivo. - Não houve redução significativa no que diz respeito às complicações macrovasculares (morte de causa cardiovascular, doença coronariana ou cerebrovascular).

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ADVANCE (The Action in Diabetes and vascular disease, Perindopril and Indapamide Controlled Evaluation) - O efeito benéfico notado inicialmente foi secundário à redução das complicações microvasculares, especialmente à diminuição da incidência de nefropatia. - Diferentemente do ACCORD – mortalidade em geral não aumentou no grupo tratamento intensivo

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Por que foi constatado aumento de mortalidade no ACCORD? A queda da HBA1C foi muito rápida no grupo tratamento intensivo ACCORD: - 1,4% em 4 meses, comparado a 0,6% no grupo tratamento convencional; Episódio severos de hipoglicemia foram muito frequentes no grupo tratamento intensivo; Ganho de peso foi 3.5 kg no grupo tratamento intensivo comparado a 0.4 kg no grupo tratamento convencional

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Por que foi constatado aumento de mortalidade no ACCORD? Porcentagem de pacientes do grupo tratamento intensivo recebendo IECA era menor, comparado ao grupo tratamento convencional. 92% dos pacientes fizeram uso de glitazonas e 77% uso de insulina. Não há evidências para responsabilizar qualquer tipo de tratamento no excesso de mortalidade, mas é, pelo menos possível, que associações de drogas, doses máximas utilizadas e mudanças frequentes no tratamento tenham efeito deletério.

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Pelas conclusões dos estudos: Tratamento intensivo do DM reduz significativamente as complicações microvasculares em curto prazo (UKPDS, ADVANCE), mas ainda permanece incerto no que diz respeito às complicações macrovasculares (ADVANCE, ACCORD, VADT) e pode até aumentar a mortalidade de causas gerais sob certas circunstâncias.

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O que se pode aprender dos estudos até então realizados: Memória glicêmica: EDIC e seguimento do UKPDS: a incidência de eventos ligados ao DM provou ser menor no grupo tratado de maneira intensiva desde o início. - A incidência de complicações micro e macrovasculares é fortemente ligada ao passado glicêmico. - O "tempo perdido” não pode ser recuperado - o DM deve ser tratado desde o início.

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2. Ausência de “memória pressórica”: - HAS é um fator de risco frequentemente associado com DM - Controle estrito da PA reduziu em 24% os eventos relacionados ao DM, 32% a mortalidade, 44% AVE e 37% das complicações microvasculares (UKPDS) - UKPDS extensão: após um ano, PA era semelhante nos 2 grupos – eventos ligados ao DM eram idênticos em ambas populações. O grupo em que PA havia sido tratada de maneira mais rigorosa desde o início, perdeu os benefícios iniciais.

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3. Controle precoce e intensivo UKPDS foi o único estudo que mostrou benefícios a longo prazo do controle glicêmico estrito em relação às complicações macro e microvasculares * Pacientes relativamente jovens, diagnóstico recente, com tratamento intensivo precoce – diferente do ACCORD e ADVANCE. O VADT confirmou a importância da duração do DM.

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4. Tratamento intensivo e tempo para atingir alvos: - É preferível redução progressiva à abrupta da HbA1c. (ADVANCE – redução de 0,5% em 6 meses) ACCORD: excesso de mortalidade no grupo tratado intensivamente – redução da HbA1c de 1,4% em 4 meses * Em DM1 – redução rápida da HbA1c associa-se a piora da retinopatia. Fenômeno semelhante pode existir na microcirculação cardíaca.

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5. Evitar episódios de hipoglicemia: - Em todos os estudos, a frequencia de hipoglicemia é maior no grupo de tratamento intensivo (maior número no ACCORD) - VADT mostrou que hipoglicemia pode aumentar o risco de eventos cardiovasculares (p=0,002) e mortalidade cardiovascular (p<0,008).

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6. Controle de outros fatores de risco: - Redução da PA reduziu eventos micro e macrovasculares – UKPDS e ADVANCE - ADVANCE: subgrupo tratamento intensivo PA e glicemia teve redução da mortalidade geral em 1/5, mortalidade cardiovascular em ¼, e nefropatia em 1/3. Efeitos aditivos e sem interação entre eles

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STENO 2 - Duração de 7.8 anos - Paciente idade média 55 anos: - Grupo tratamento intensivo para: PA<140x85mmHg, controle glicêmico (HbA1c<6.5), CT<190, TG<150, abandono do tabagismo. - Grupo tratamento convencional: PA<160x95mmHb, HbA1c<7.5%, CT<250, TG<195. - Redução de: - 53% nas complicações macrovasculares - 58% de retinopatia - 61% de nefropatia - 57% na mortalidade cardiovascular **HbA1c = 7,9%

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7. HbA1c alvo: - ACCORD – não pode ser menor que 6% - Recomendações internacionais: <7% - A duração do DM é um parâmetro a ser levado em conta. UKPDS – tratamento intensivo desde o diagnóstico reduz complicações micro e macro. ADVANCE – tratamento intensivo se tempo de DM>10 anos reduz complicações micro, sem efeito nas macro. HbA1c alvo deve ser discutida caso a caso – depende da história do DM, complicações e fatores de risco cardiovasculares

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CONCLUSÃO: - HbA1c alvo deve levar em consideração a idade do paciente, tempo de duração da doença, fatores de risco associados e o controle prévio da doença. - Memória glicêmica favorece a instituição precoce do tratamento intensivo. - Deve-se evitar episódios de hipoglicemia e rápida normalização do controle glicêmico. - Quando o paciente atinge o estágio de complicações macro e microvasculares, deve ser reforçado o tratamento intensivo dos outros fatores de risco cardiovasculares, enquanto o alvo glicêmico deve ser individualizado, considerando risco x beneficio.

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Referência bibliográfica: Cugnet-Anceau C, Bauduceau B. Glycaemic control and cardiovascular morbi-mortality: The contribution of the 2008 studies. Ann Endocrinol (Paris) (2009), doi: /j.ando


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