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PublicouBaltazar Roberto Salvado Godoi Alterado mais de 9 anos atrás
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Um giro pelo mercado de trabalho
6.1 Conceitos: A população em idade ativa é o número de pessoas potencialmente disponíveis para empregos civis. A força de trabalho é a soma dos que estão ou trabalhando ou procurando trabalho. Aqueles que não estão nem trabalhando nem procurando trabalho estão fora da força de trabalho. A taxa de atividade é a razão entre a força de trabalho e a população em idade ativa. A taxa de desemprego é a razão entre o número de desempregados e a força de trabalho.
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Grandes fluxos de trabalhadores
Determinada taxa de desemprego pode refletir duas realidades bastante diferentes: ▪ Pode refletir um mercado de trabalho ativo, com muitos desligamentos e muitas admissões, ou ▪ Um mercado de trabalho esclerosado, com poucos desligamentos, poucas admissões e um contingente estagnado de desempregados.
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Grandes fluxos de trabalhadores
Os fluxos de funcionários que entram e saem do emprego são grandes. Os motivos para esses desligamentos são: Demissões voluntárias, ou funcionários que deixam o trabalho em busca de uma alternativa melhor, e Suspensões do contrato de trabalho, que se devem a mudanças nos níveis de emprego pelas empresas.
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Movimentos do desemprego
6.2 O alto desemprego faz com que: A probabilidade de que um trabalhador desempegado venha a encontrar emprego diminua. Os trabalhadores empregados corram um risco maior de perderem o emprego.
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Negociação O tamanho do poder de negociação de um funcionário depende de dois fatores: O quanto custaria para a empresa substituí-lo se ele deixasse a empresa — a natureza do emprego. A dificuldade que ele teria para encontrar outro emprego se deixasse a empresa — as condições do mercado de trabalho.
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Determinação de Salários
O salário nominal agregado, W, depende de três fatores: O nível esperado de preços, Pe A taxa de desemprego, u A variável abrangente, z, que representa todas as outras variáveis que podem afetar o resultado da fixação dos salários.
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Nível esperado de preços
Tanto funcionários como empresas se preocupam com salários reais (W/P), e não com salários nominais (W): Os funcionários não se preocupam com quantos dólares (ou reais) recebem, mas com quantos produtos podem comprar com esses dólares (ou reais). Eles se preocupam com o W/P. As empresas não se preocupam com os salários nominais que pagam, mas com os salários reais (W) que pagam em relação ao preço dos bens que elas vendem (P). Mas elas também se preocupam com o W/P.
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Taxa de desemprego Outro fator que afeta o salário agregado é a taxa de desemprego u. Se pensarmos nos salários como determinados pela negociação, temos que: Um desemprego mais alto enfraquece o poder de negociação dos trabalhadores, forçando-os a aceitar salários mais baixos. Um desemprego mais alto também permite que as empresas paguem salários mais baixos e ainda mantenham trabalhadores dispostos a trabalhar. Por isso u é indiretamente relacionado com W
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Outros fatores A terceira variável, Z, é uma variável abrangente que representa todos os fatores que afetam os salários, dados o nível esperado de preços e a taxa de desemprego.
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Determinação de preços
6.4 A função de produção é a relação entre os insumos utilizados na produção e a quantidade de produto obtida na produção. Supondo que as empresas produzam bens usando o trabalho como único fator de produção, a função de produção pode ser escrita como:
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Y = produto N = emprego A = produtividade de trabalho ou produto por trabalhador
Além disso, supondo que um funcionário produza uma unidade de produto — de forma que A = 1, então, a função de produção é:
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Determinação de preços
As empresas fixam seu preço de acordo com: O termo é a margem (markup) do preço sobre o custo de produção. Se os mercados de bens apresentassem concorrência perfeita, = 0, e P = W
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Determinação de preços
= 0, e P = W Implica que o preço seria igual ao custo - Na medida em que os mercados não sejam competitivos e as empresas tenham poder de mercado, µ será positvo e o preço (P) será mais alto que o custo, por um fator igual a (1 +µ)
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Taxa natural de desemprego
6.5 Esta seção examina as implicações da determinação de salários e preços para o desemprego. Trabalharemos com a hipótese de que Pe = P e de que os salários nominais dependam do nível de preços efetivo, P, em vez do nível esperado de preços, Pe. A fixação de salários e a fixação de preços determinam a taxa de desemprego de equilíbrio.
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Relação de fixação de salários
Anteriormente, estabelecemos que a taxa de salário nominal é determinada da seguinte forma: Agora, já que Pe = P, então: Dividindo ambos os lados por P, então: Essa relação entre o salário real e a taxa de desemprego é chamada de relação de fixação de salários. Relação de fixação de salários
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Relação de fixação de preços
A equação de determinação de preços é: Se dividirmos ambos os lados por W, teremos: Para obter o salário real resultante, invertemos ambos os lados: Relação de fixação de preços
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Relação de fixação de preços
Figura 6.6 Salários, preços e a taxa natural de desemprego A taxa natural de desemprego é a taxa de desemprego tal que o salário real escolhido na fixação de salários seja igual ao salário resultante da fixação de preços.
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Relação de fixação de preços
Portanto, podemos concluir que: A relação de fixação de preços é mostrada como a linha horizontal FP (de fixação de preços) na Figura 6.6. O salário real resultante da fixação de preços é igual a 1/(1 = µ); ele não depende da taxa de desemprego.
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Salários reais e desemprego no equilíbrio
Eliminando W/P entre as relações de fixação de salário e fixação de preços, podemos obter a taxa de desemprego de equilíbrio, ou taxa natural de desemprego, un : A taxa de desemprego de equilíbrio (un) é chamada de taxa natural de desemprego.
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Salários reais e desemprego no equilíbrio
Observe que: As posições das curvas de fixação de preços e de fixação de salários e, portanto, a taxa de desemprego de equilíbrio dependem tanto de z como de u. A dada taxa de desemprego, um seguro-desemprego maior leva a um salário real maior. Uma taxa de desemprego maior é necessária para trazer o salário real de volta para o que as empresas estão dispostas a pagar.
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Este fato ficou conhecido como mecanismo disciplinador do desemprego.
É por isso que um desemprego maior seria o mecanismo que faz com que os salários voltem ao nível que as empresas estão dispostas a pagar. Além disso, deixar que as empresas aumentem seus preços, dado o salário leva a uma diminuição do salário real.
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Salários reais e desemprego no equilíbrio
Figura 6.7 Seguro-desemprego e a taxa natural de desemprego (dada a taxa de desemprego) Um aumento do seguro-desemprego leva a um aumento da taxa natural de desemprego. Isto ocorre porque em Z está incluído o seguro desemprego. Se aumenta Z, aumenta W/P e desloca FS para cima
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Salários reais e desemprego no equilíbrio
Figura 6.8 Margens e a taxa natural de desemprego Um aumento das margens diminui o salário real e leva a um aumento da taxa natural de desemprego. Se aumentar µ, diminui W/P o que desloca FP para baixo
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Salários reais e desemprego no equilíbrio
Como a taxa de desemprego de equilíbrio reflete a estrutura da economia, um nome melhor para a taxa natural de desemprego seria taxa estrutural de desemprego.
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Do desemprego ao emprego
Relacionado com a taxa natural de desemprego está o nível natural de emprego. Emprego em termos da força de trabalho e taxa de desemprego é igual a: O nível natural de emprego, Nn, é dado por:
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Do emprego ao produto Relacionado com o nível natural de emprego está o nível natural de produto, (e como Y=N, então,) O nível natural de produto satisfaz à seguinte equação:
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Do emprego ao produto Esta equação provém da eq. 6.7. Interpretação:
O nível natural de produto é tal que, à taxa associada de desemprego o salário real escolhido na FS é igual ao salário real da FP
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