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O nome, a taxonomia e o campo do Aconselhamento psicológico

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Apresentação em tema: "O nome, a taxonomia e o campo do Aconselhamento psicológico"— Transcrição da apresentação:

1 O nome, a taxonomia e o campo do Aconselhamento psicológico

2 O que significa aconselhar?
Aconselhar: diferentes sentidos: mostrar, indicar, sugerir, recomendar, orientar, troca de opiniões sobre algum assunto. Na esfera da Psicologia ou Pedagogia, aconselhamento nomeia auxílio ou orientação que um profissional presta ao paciente nas decisões que este deve tomar quanto a escolha de alguma profissão, cursos ou quanto a resolução de pequenos desajustamentos de conduta. Imagem perturbadora para os alunos – prática psicológica obrigada a fornecer solução de pequenos desajustamentos de conduta ou direções claras para decisões a serem tomadas por um paciente – isto tem raízes nas práticas iniciais do Aconselhamento psicológico.

3 História do aconselhamento
Sheffer – no livro “Aconselhamento Psicológico” de 1976: localização das teorias Traço e Fator e Centrada no Cliente como tradicionais para o campo. Livro também define e defende a distinção entre Aconselhamento psicológico e psicoterapia. Apresentação sistemática feita pela autora: responde a migração da esfera da prática eclética de vários indivíduos com ou sem formação para uma prática controlada pelos dispositivos científicos.

4 História do aconselhamento: Teoria Traço e Fator
Teoria Traço e Fator: considerada o ponto inicial da afirmação do Aconselhamento psicológico como prática especializada e área de atuação e conhecimento da Psicologia. Nasce ligada a psicometria e à orientação vocacional. Duas concepções centrais nesta teoria: a de que cada indivíduo é portador de um conjunto de capacidades e potencialidades passíveis de medição, as quais podem ser correlacionadas com habilidades e características exigidas por diferentes profissões, derivando daí sua íntima proximidade com o desenvolvimento de testes psicológicos, bem como a orientação vocacional e profissional; e de unidade entre organismo e ambiente, com o reconhecimento da influência do ambiente social no organismo, remetendo a função de ajustamento do aconselhamento. Prática cujos objetivos são educacionais e normativos e cujas técnicas combinam a aplicação de testes psicológicos com a sugestão e persuasão exercida pelo conselheiro sob o orientando.

5 História do aconselhamento: Teoria Traço e Fator
Atuação se baseia na confiança e no poder da educação como meio para atingir boa adaptação social do jovem e na crença preditiva dos testes de aptidões e personalidade. Isto pressupõe auxílio para o desenvolvimento das potencialidades: Este auxílio se baseia no diagnóstico do indivíduo e de seus conhecimentos sobre o contexto social. Apelo a um trabalho racional cognitivo de convencimento por parte do conselheiro e de aceitação por parte do aconselhando. Priorizando a adaptação e ajustamento do indivíduo à sociedade, especialmente às instituições escolares e de trabalho, a Teoria do Traço e Fator define o aconselhamento como distinto da psicoterapia. Esta Teoria suscita representação prescritiva do Aconselhamento

6 Teoria traço e fator Vocação para responder demandas institucionais e sociais através de dispositivos psicológicos e educacionais; Atuação mais ampla dos psicólogos. Colaboração deste profissional – interdisciplinaridade.

7 História do aconselhamento: Entrada de Rogers nesse campo
Publicação em 1942, “Aconselhamento e Psicoterapia” de Rogers: primeiros passos da teoria centrada no cliente. Rogers: formado em agronomia, inicia estudos teológicos e mais tarde se interessa pela Psicologia, obtendo doutorado nessa área em 1931, na Universidade de Columbia. Entre 1928 e 1940, trabalhou como psicólogo num Departamento de Prevenção de Violência contra criança em Nova York e atuou de acordo com o modelo hegemônico de Aconselhamento baseado na teoria Traço e Fator. Na época: diagnóstico funcionava como um divisor de águas. Diferenciava indivíduos que podiam se beneficiar do aconselhamento e aqueles que deveriam ir para psicoterapia por apresentarem distúbios mais graves. Aos psicólogos fica destinada a tarefa do diagnóstico, enquanto que aos médicos cabia o tratamento baseada na psicanálise.

8 História do aconselhamento: Entrada de Rogers nesse campo
Teoria Traço e Fator, articulou a vertente experimental dos estudos psicométricos a um conjunto de práticas de atendimento que guardavam espécie de distancia ótima em relação às práticas médicas e ao mesmo tempo apropriava-se de uma prática costumeira do senso comum – ato de aconselhar, atribuindo-lhe aura de cientificidade. É nesta região que Rogers se instala. E ela mesma será transformada pela emergência a teoria centrada no cliente. Rogers:insatisfação com os procedimentos e resultados do aconselhamento aliado a alguns efeitos colaterais positivos resultantes de sua presença acolhedora e respeitosa em relação a alguns pais de crianças: disparador de deslocamento nos focos de atuação de Rogers. Prioridade pela abordagem psicométrica ao problema, ao instrumental de avaliação e aos resultados foi substituída pela focalização na pessoa do cliente, da relação cliente-conselheiro e do processo.

9 História do aconselhamento:Fase da psicoterapia não diretiva
Primeiro período de elaboração de suas idéias – livro Aconselhamento e Psicoterapia – fase da psicoterapia não-diretiva. Expressão não-diretiva – polêmica – sinônimo de ausência de interferência do psicoterapeuta: Na verdade surge como uma reação a diretividade presente nas práticas de aconselhamento. Conselheiro: aparece então como ouvinte interessado e compreensivo, que por meio técnica da reflexão poderia propiciar exploração pessoal do cliente e que esta exploração se configurasse o mais próximo de suas vivências e percepções atuais e conscientes. Função do conselheiro: propor atmosfera permissiva, não autoritária no sentido de proporcionar completa liberdade para o cliente estabelecer o seu próprio andamento e direção. Objetivo de liberar o outro de suas defesas. Conselheiro tinha respostas clarificadoras e de aceitação. Técnica da reflexão foi objeto de pesquisas empíricas, dentro do modelo positivista de pesquisa. A atenção aos conteúdos semânticos da comunicação entre terapeuta e cliente e o interesse pragmático em provar a eficácia da técnica da reflexão, obscureceram as dimensões político-ideológicas que a terapia não-diretiva ensaiava colocar em pauta.

10 História do aconselhamento:As atitudes facilitadoras
Publicação de cartilhas ou manuais de como atuar de modo não diretivo. Foi alvo de piadas que associavam a não-diretividade à mera repetição. Esta técnica é colocada em suspeição pelo próprio Rogers. Rogers passa a se interessar pela presença da pessoa do terapeuta por meio da noção de autentidade. A partir de 1957, Rogers passou a elaborar o que viria a ser um dos pilares de sua formulação teórica: as atitudes básicas e sua relação com a criação de um clima ou atmosfera facilitadores do crescimento humano: origem da psicoterapia centrada no cliente.

11 História do aconselhamento:As atitudes facilitadoras
A pressuposição da existência de potencialidades humanas que se desdobram por meio de certas condições favoráveis presente na teoria do traço e fator, traduz-se em Rogers em tendência atualizante. Rogers se preocupa com as condições necessárias e suficientes para que a atualização da tendência a maior complexidade e integração dos organismos ocorra nos seres humanos. – Chega a equação básica segundo a qual a presença de atitudes como congruência, aceitação positiva incondicional e empatia, permitem a ocorrência da aprendizagem subjacente ao crescimento e à mudança. Esta equação básica é transposta para outros campos além do consultório a partir dos anos 70 – passagem para a Abordagem Centrada da Pessoa.

12 História do aconselhamento: Rogers – transformações no campo tanto do aconselhamento como da psicoterapia. Estas formulações de Rogers, destrói as diferenças entre aconselhamento e psicoterapia. Isto permite uma liberdade para uma atuação mais ampla – atuação propriamente clinica dos psicólogos, barrada até então pela psiquiatrização da psicanálise. Outra questão posta: o lugar da aprendizagem no entendimento da psicoterapia. No livro “Psicoterapia Centrada no Cliente” define a psicoterapia como um processo de aprendizagem – aprendizagem significativa que integra dimensões afetivas e cognitivas. Conceito de aprendizagem significativa define a psicoterapia como processo de aprendizagem, sem contudo caracterizá-la como prática pedagógica. Ampliação e diversificação do Aconselhamento psicológico para além das práticas psicoterápicas.

13 História do aconselhamento: Rogers – transformações no campo tanto do aconselhamento como da psicoterapia. Há um apagamento das fronteiras entre psicoterapia e aconselhamento. A separação que se dava localizando a psicoterapia no campo saúde/doença mental perseguindo objetivos curativos e do aconselhamento no eixo da adaptação/desadaptação social desaparece. Sem se identificar com objetivos educacionais, a proposta rogeriana também se distancia do modelo médico-curativo: não busca nem ensinar, nem curar,mas proporcionar uma experiência auto-reveladora e produtora de mudanças na consciência e na conduta. O esmaecimento das fronteiras entre aconselhamento e psicoterapia e conceito de aprendizagem significativa amplia a aconselhamento baseado na teoria centrada no cliente para além das práticas psicoterápicas. Idéias de Rogers acenam para a possibilidade de uma clínica ampliada para os psicólogos, no entanto abre para participação de leigos e profissionais ligados aos assuntos humanos, na construção de práticas propícias à aprendizagem significativa. Nesta perspectiva introduz o questionamento do poder do especialista.

14 A figura do conselheiros em Rogers
Facilitador para Rogers configura o conselheiro que pode ser ou não o especialista, uma vez que sua função é a capacidade de viver e traduzir em palavras e gestos, enfim pela sua presença pessoal e pelas atitudes básicas. Facilitador define-se politicamente pela busca de compartilhar e/ou abandonar o poder de controle e tomada de decisão. Radicalidade na posição de Rogers sobre o poder dos especialistas, limitando-se as oferecer as condições favoráveis para o crescimento, aliado a sua confiança nas capacidades auto-reguladoras dos indivíduos é um dos aspectos mais expressivos da posição rogeriana. Na psicologia esta radicalidade, faz com que abandone da construção de teorias de personalidade, desenvolvimento ou psicopatológicas. Na Educação reverte no chamado de que os professores abandonem o intento de ensinar para tornarem-se facilitadores do processo de aprendizagem. Isto representou um contraponto às tendências autoritárias concebidas no boom da psicometria.

15 Algumas críticas 3 temas problemáticos, inter-relacionados: concepção de homem que dota de potencialidades que requerem algum tipo de ajuda para desenvolverem ou atualizarem; a idéia de uma relação indivíduo ambiente que precisaria ser levada em conta e o tipo de vocação institucional das práticas de aconselhamento. Pressuposto das potencialidades humanas e sua correlação com formas de intervenção disciplinar têm forte enraizamento na psicometria e sustentaram a instituição do Aconselhamento Psicológico associado à orientação vocacional. A lógica das potencialidades serve ideologicamente aos propósitos de instalação de uma ciência psicológica que aspira a previsão, ao controle e a manipulação dos fenômenos humanos.

16 Algumas críticas A potencialidade postula um conjunto de características, atributos e interesses e habilidades intrínsecas do indivíduo que por sua estabilidade e padronização pode ser objetivado e correlacionado à conduta atual e futura de um indivíduo. Essa objetivação dá suporte e justifica a intervenção autoritária do conselheiro. Noção de potencialidade migra para a teoria centrada no cliente sob a forma de tendência atualizante.Nesse caso não é o destino que deve ser encaminhado ou controlado no rumo da boa socialização, mas da atualização ou realização de uma tendência natural dos organismos vivos à maior integração e complexidade. De cunho biologicista, esta noção rogeriana pressupõe a existência de um ambiente psicossocial favorável ao crescimento e desenvolvimento naturais.

17 Algumas críticas Potencialidades humanas encenam o tema da oposição indivíduo-sociedade. Em ambas abordagens (Traço e Fator e ACP) a uma reconciliação entre indivíduo e sociedade. Indivíduo procura ajuda por se sentir desadaptado ou desconfortável atribuindo esta responsabilidade a si mesmo ou ao ambiente. O indivíduo apto a receber aconselhamento é aquele que não apresenta problemas de instabilidade emocional e cujo ambiente pode dar suporte a sua adaptação.Rogers discutindo os limites da consulta psicológica, localiza estes limites nas condições de vida e nos recursos e desejos do cliente.

18 Algumas críticas Esse modo de enfocar os limites do o aconselhamento psicológico que Rogers compartilha nos anos 40 com a teoria traço e fator, separa o campo da normalidade psíquica daquele das patologias. Esta prática fica limitada aos indivíduos normais,deixando as patologias para a psicanálise. Desemprego ou ambiente familiar hostil só aparecem à Psicologia na medida que aparecem num indivíduo que devido às suas inabilidades, precisa de ajuda para enfrentá-los. Não se trata de intervir ou compreender as raízes societárias do desemprego ou da hostilidade familiar, mas de intervir localmente no ambiente ou deslocar o indivíduo de seus ambiente, visando a mudança do indivíduo. Intervenção recai sobre o individuo – prática se torna conformista ao modelo da sociedade.

19 Aconselhamento psicológico – prática ligada a instituições
Estudantes e empregados das indústrias foram a clientela privilegiada do aconselhamento psicológico. No livro: Aconselhamento e psicoterapia, Rogers destaca as clínicas de orientação pedagógica, a consulta psicológica a estudantes, os serviços de higiene mental para adultos, etc – Estes espaços mostram a vocação institucional do Aconselhamento psicológico diversa da clínica praticada em consultórios. Inserção em instituições educacionais, clínicas de orientação pedagógica, setores de industrias apoiou-se numa transposição modelo clínico de consultório dando corpo a uma prática que pode ser chamada de psicologia em instituições mais do que psicologia institucional. Aconselhamento – recorte da abordagem do individuo contra o pano de fundo de instituições sociais e da própria sociedade, como todos orgânicos e harmônicos nos quais o indivíduo emerge como portador de sintomas e/ou capacidades pessoais.

20 Aconselhamento psicológico – prática ligada a instituições
Década 60 – crítica – ênfase nas relações institucionais. Rogers, no entanto, se mantém fiel às suas concepções sobre o lugar das relações interpessoais e do poder pessoal nas instituições, salientando o indivíduo nas instituições. Universidades norte-americanas- campo de experimentação do aconselhamento psicológico, acostumadas a existência de centros de atendimento psicopedagógico destinado a estudantes. Rogers atuou nesses centros e na formação de psicólogos. Sua atuação na esfera universitária aconteceu entre 1940 a 1963 – período de consolidação de suas teorias e práticas de aconselhamento psicológico e psicoterapia alojadas na designação psicoterapia centrada no cliente que privilegia o setting dual e os grupos de encontro com 8 a 12 pessoas. Afastamento de Rogers das Universidades coincide com expansão de seus interesses em direção aos experimentos com grandes grupos e grupos o transculturais, bem como o campo da educação. Esta fase é chamada de Abordagem Centrada na Pessoa.

21 Aconselhamento Psicológico - Brasil
No Brasil: 1970 funcionavam 3 cursos de psicologia na cidade de São Paulo: São Bento, Sedes Sapientiae e USP. Esses cursos, entre eles o Instituto de Psicologia da USP instituíram as clínicas-escola que visavam oferecer estágio supervisionado aos estudantes ao mesmo tempo que davam corpo a um tipo de extensão universitária. IPUSP – desde o inicio existia o serviço de aconselhamento psicológico orientado pela teoria rogeriana ao lado de outros serviços como a clínica psicológica e o serviço de orientação profissional. Com a proliferação de cursos de psicologia no Brasil e às clínicas-escola – tendência foi associar o aconselhamento psicológico à psicoterapia rogeriana.

22 A divisão entre aconselhamento e psicoterapia
Ruth Scheeffer (1976) – diferenciação entre Aconselhamento psicológico e psicoterapia – Aconselhamento psicológico aparece como assistência à maximização dos recursos pessoais e na realização de “opções” e a psicoterapia como eliminação de psicopatologias e reestruturação da personalidade. Ênfase na peritagem – distribuição da clientela de acordo com suas reais necessidades. Psicodianóstico. Do lado do aconselhamento – clientes menos perturbados, com problemas específicos, menos comprometidos em sua estrutura de personalidade. Do outro lado a psicoterapia – clientes mais perturbados, portadores de psicopatologias, mais comprometidos em sua estrutura de personalidade. Aconselhamento psicológico caracterizado como prática educativa, preventiva, de apoio situacional, centralizado nos aspectos saudáveis, nas potencialidades e nas dimensões conscientes e mais “superficiais” requerendo tempo abreviado. Psicoterapia – tratamento de problemas emocionais e patologias, de caráter remediativo ou reconstrutivo, focalizando o inconsciente e as dimensões mais profundas do indivíduo, demandando tempo prolongado.

23 A divisão entre aconselhamento e psicoterapia: contribuições de Rogers
Rogers - mérito de realçar a natureza do encontro pessoal e intersubjetivo como tendo prioridade sob as metodologias psicodiagnósticas, as técnicas psicoterápicas e a formação instrumental nas relações de ajuda. Isto permite enfocar a atenção, o respeito e a compreensão pela experiência do outro como fundamento da assistência psicológica. Deste angulo, acolher a insatisfação profissional ou a depressão que um cliente abre em seu sofrimento, é mais importante do que saber se ele é um caso para aconselhamento ou psicoterapia. A distinção entre psicoterapia e Aconselhamento psicológico – conveniência profissional – muitas clínicas- escola – partem da obrigatoriedade de procedimentos de psicodianóstico e triagem para depois encaminharem para tratamento.

24 Diagnóstico, orientação, aconselhamento e psicoterapia
Oswaldo de Barro Santos - distinção entre diagnostico, orientação, Aconselhamento psicológico e psicoterapia. Para ele, as técnicas de psicodianóstico tiveram apogeu entre aos 20 e 60, devido aos estudos dos testes psicológicos. A sofisticação dos dispositivos psicodianóstico não foram acompanhados na mesma medida pelos modos de intervir, tratar ou prevenir o que psicodianóstico detectava. Clínica psicológica vai substituindo pouco a pouco o diagnóstico por via dos testes pelo diagnóstico por via de entrevistas e observações clínicas - chamado diagnóstico dinâmico – Toda teorização sobre entrevista psicológica como situação de intervenção e investigação. Investigação diagnóstica dinâmica foi continua sendo decisiva para a aceitação ou recusa de um cliente em psicoterapia.

25 Diagnóstico, orientação, aconselhamento e psicoterapia
Rogers, em “Aconselhamento e Psicoterapia” expõe um conjunto de circunstâncias em que uma psicoterapia direta se torna impossível: Fatores constituintes da situação do indivíduo são tão hostis que ele não pode enfrentar mesmo com a modificação das atitudes e compreensão. Adaptação é improvável a não ser que o meio se altere. Indivíduo é inacessível à consulta psicológica. Tratamento eficaz pelo ambiente é mais simples e mais eficiente. Indivíduo demasiado idoso ou jovem ou demasiado instável. Em Rogers já se insinua a prevalência da condição de vida e da posição existencial como decisiva para adesão à consulta psicológica. Por outro lado, a qualidade do encontro tem maior implicação na eficácia da ajuda.

26 Diagnóstico, orientação, aconselhamento e psicoterapia
Livro de Oswaldo Barros (1982) – definições de orientação, aconselhamento e psicoterapia. Orientar: facilitar o conhecimento e análise de caminhos ou direções para a conduta, com base em referenciais sociais e pessoais. Aconselhar: processo de indicar ou prescrever caminhos, direções e procedimentos ou de criar condições para que a pessoa faça, ela mesma, o julgamento de alternativas e formule opções. Psicoterapia- tratamento de perturbações da personalidade ou da conduta através de metidos e técnicas psicológicas. A referência no caso da orientação ou aconselhamento é o próprio indivíduo e seu ambiente ou do conselheiro e seus valores; na psicoterapia são os métodos e técnicas.

27 O Aconselhamento psicológico - Instituto de psicologia da USP
Na classificação das práticas psicológicas, o Aconselhamento psicológico do SAP já reproduziu a divisão entre Aconselhamento psicológico e psicoterapia. Dos anos 70 até final de 80 e inicio de 90, a clientela era de pessoas cujas queixas eram leves e as condições de vida menos precárias. Pessoas que não tinham graves transtornos emocionais e que buscavam conhecer-se melhor. Atribuía-se a clínica psicológica por Rogers proposta as características que tentavam distinguir o Aconselhamento psicológico da psicoterapia: tempo abreviado, inserção em instituição educacional, clientela “sem comprometimentos na estrutura de personalidade”, atendimento focalizado na escolha ou crises situacionais. Oposição entre psicoterapia profunda identificada com a psicanálise, e uma psicoterapia superficial identificada com ACP, faz parte ainda das representações em circulação do instituto de psicologia da USP.

28 Aconselhamento como prática de fronteira
Transformações o do projeto do SAP , fim de 80 e início de 90 – ressignificação do campo do aconselhamento psicológico – discussão das fronteiras e reivindicação a uma identidade não aprisionada aos esteriótipos agregados ao Aconselhamento psicológico e ACP. Aconselhamento – região onde algo pode aparecer, delinear-se sem que de antemão de saiba o que. Caráter de abertura para a singularidade, diversidade e pluralidade das demandas da clientela – Apelo ao estudo interdisciplinar. Aconselhamento psicológico como pratica de fronteira – modo de perspectivar o trabalho a partir de uma posição instável, que procura articular o instituído e o instituinte;o conhecido e o desconhecido; os saberes psicológicos e do de outras áreas, os saberes populares e o senso comum. Nessa perspectiva tomam corpo as práticas de atendimento e de ensino que tem como proposta a criação de condições favoráveis a uma aprendizagem significativa. Especialista como facilitador.

29 Aconselhamento como prática de fronteira
Aconselhamento psicológico como região de fronteira – região entre o instituído e instituinte, conhecimento e desconhecido, saberes psicológicos e saberes de outras áreas; nossas próprias convicções e aquelas que são trazidas pela clientela. Nessa região de fronteira, tomam corpo um conjunto de práticas clínico-psicológicas que tem como horizonte a emergência de aprendizagem significativa. Deslocamento do modelo de consultório – criação de modos de atendimento abertos a pluralidade e singularidade das demandas.

30 Aconselhamento como prática de fronteira e invenções
O Aconselhamento psicológico é concebido como o campo de invenções de práticas que, na singularidade das situações, propiciem a expressão do vivido de indivíduos e grupos e sua elaboração compreensiva. Facilitador – é guiado pela confiança na autodeterminação e auto-regulação de indivíduos e grupos, procurando constituir a facilitação como uma ambiência na qual a apropriação de percepções, idéias, sentimentos, mudanças, escolhas é possível e desejável. Tanto no contexto da ajuda psicológica como do ensino: Oferecimento de um tempo e espaço nos quais a elaboração da experiência do cliente e dos alunos é testemunhada e legitimada por meio da escuta e do diálogo.

31 O plantão psicológico Plantão psicológico – invenção dos primeiros adeptos da psicoterapia centrada no cliente em São Paulo – acolhida psicoterapêutica à margem dos dispositivos psicodiagnósticos e burocrático-administrativos dos serviços de psicologia. Maior exposição do serviço aos pedidos da clientela tem como contrapartida a flexibilidade nos modos de responder.

32 O plantão psicológico Plantão: escuta qualificada no momento que o outro busca ajuda. Não se configura como triagem – é um espaço propício de elaboração da experiência do cliente no que diz respeito a seu sofrimento. Permite que o outro clarifique a natureza de seu sofrimento. O tipo de elaboração e o grau que serão alcançados na primeira entrevista são o critério norteador dos desdobramento possíveis. Escuta e diálogo associam cliente e conselheiro na consideração atenta, respeitosa daquilo que é vital para aquele que procura auxílio. Interlocução é o trabalho por meio do qual o cliente pode esclarecer sua demanda e o conselheiro situar-se diante dela. Plantão – exposição à plasticidade dos encontros. Entrevistas de plantão mobilizam conhecimentos e as experiências dos estagiários nas diferentes sub- áreas, oferecendo-se como oportunidade de conexão das mesmas em resposta às demandas das clientela.

33 O plantão psicológico Plantão requer disponibilidade constante para reinvenção. Ex sala de espera. Busca de um estilo próprio, ganho de autonomia e atenção com os problemas de saúde pública são incentivados nos alunos. Experimentação para os estagiários de um estilo próprio ou do empoderamento de um saber-fazer profissional acontece nessa região de fronteira em tensão com matrizes identitárias calcadas na figura do perito, expert,especialista.

34 O plantão psicológico Intento é empreender um deslocamento em relação á hegemonia dos saberes científicos no trato com o sofrimento psíquico, considerando que as práticas populares também sedimentam modos de sentir de pensar esses acontecimentos e a eles destinam formas de cuidado. A construção de modos de cuidar dá-se num espaço de intimidade que abre feições da cidade e jeitos de habitá-la. Cada cliente é mensageiro – apresenta a trama de relações nas quais sua existência ganha sentido.

35 O plantão psicológico: a valorização da experiência
Cada entrevista de plantão não esta comprometida com idéia de continuidade. Cliente se torna co-responsável pelos prolongamentos que seu pedido de ajuda produz. Aconselhamento psicológico: investe na superação da especialização para conferir autoridade à experiência. Importância para a experiência do não planejado. Fundamental a existência de espaços coletivos onde a experiência dos alunos possa ser elaborada.

36 Fim


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