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O HTP APLICAÇÃO – MATERIAL E AVALIAÇÃO GERAL DO DESENHO

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Apresentação em tema: "O HTP APLICAÇÃO – MATERIAL E AVALIAÇÃO GERAL DO DESENHO"— Transcrição da apresentação:

1 O HTP APLICAÇÃO – MATERIAL E AVALIAÇÃO GERAL DO DESENHO
RETONDO, Maria Florentina N. Godinho. Manual prático de avaliação do HTP. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.

2 HTP O HTP (House-Tree-Person) é uma técnica projetiva de desenho, que visa penetrar na personalidade do indivíduo. Uma técnica projetiva é um instrumento que é considerado especialmente sensível a aspectos inconscientes ou velados do comportamento, que permite ou encoraja uma ampla variedade de respostas no sujeito.

3 PROJEÇÃO Hammer (1981) amplia o conceito de projeção de Freud, onde o que é projetado é sempre recalcado, e a define com a “colocação de uma experiência interna ou de uma imagem interna, no mundo exterior” . E completa: “...a projeção é o processo psicológico de se atribuir qualidades, sentimentos, atitudes e anseios próprios, aos objetos do ambiente (pessoas, outros organismos ou coisas). O conteúdo da projeção pode ou não ser conhecido pelo sujeito como parte de si próprio”.

4 Casa-árvore-pessoa O criador do HTP, John N. Buck (1948) percebeu por meio de sua experiência clínica que o tema Casa-Árvore- Pessoa são conceitos familiares mesmo para as crianças bem pequenas; portanto mais facilmente aceitos para serem desenhados por sujeitos de todas as idades. Estimulam verbalizações mais francas e abertas do que outros temas. Descobriu-se que apesar de casas, árvores e pessoas poderem ser desenhadas em quase uma infinita variedade de modos, um sistema de avaliação quantitativa e qualitativa pode ser esquematizado para extrair informações úteis relativas ao nível da função intelectual e emocional do sujeito.

5 HTP O HTP é uma técnica de desenhos basicamente não- verbal, que pode ser aplicada tanto em crianças, adolescentes e adultos como também em deficientes mentais/intelectuais, pessoas sem escolaridade, estrangeiros que não dominam plenamente o idioma, mudos, tímidos (retraídos) e nos que são bloqueados emocionalmente na área verbal.

6 O desenho O desenho é anterior a linguagem escrita e é considerado um das mais antigas formas de comunicação do ser humano. Isto é atestado pelos desenhos e pinturas dos homens das cavernas e dos povos primitivos, que fizeram com que chegassem até nós os seus interesses e expressões de aspectos de sua vida. Muito antes de escrever, as crianças aprendem a desenhar e, quando desenham por lazer, geralmente retratam pessoas, casas, árvores, animais, sol, etc. Esses temas são vistos nos trabalhos de crianças de todas as terras e culturas, atestando a universalidade básica da mente humana e dos sentimentos

7 O desenho As crianças pequenas tendem a ignorar ou transformar a realidade em um mundo subjetivo, rico em fantasia. Os desenhos são representações, e não reprodução da realidade. O desenho não constitui uma reprodução fiel da realidade. É antes uma interpretação da realidade, uma maneira de ver as coisas e de se colocar diante delas.

8 Psicanálise e o inconsciente
Coube a psicanálise desvendar que o inconsciente fala por meio de imagens simbólicas. Dessa forma, os sonhos, mitos, folclore, fantasias e obras de arte estão impregnados de determinismo inconsciente, sendo seu estudo e interpretação uma importante via de acesso ao inconsciente.

9 HTP O HTP investiga o fluxo da personalidade à medida que ela invade a área da criatividade artística (Hammer, 1981). A linguagem do inconsciente é fundamentalmente imaginativa e simbólica e, emerge com bastante facilidade por meio dos desenhos. Tanto a linguagem simbólica quanto o desenho alcançam níveis primitivos da personalidade, permitindo o acesso ao mundo interno. No HTP, os desenhos representam um reflexo da personalidade de seu autor e mostram mais sobre o artista do que sobre o objeto retratado.

10 HTP As atividades psicomotoras do sujeito ficam gravadas no papel. O princípio básico da interpretação dos mesmos é que a folha de papel representa o ambiente e o desenho, o próprio sujeito, e é a partir dessa interação simbolizada que são realizadas as interpretações. A página em branco sobre a qual o desenho é executado serve como um fundo no qual o paciente nos oferece um vislumbre de seu mundo interno, de seus traços e atitudes, de suas características comportamentais, das fraquezas e forças de sua personalidade, incluindo o grau em que pode mobilizar seus recursos internos para lidar com seus conflitos psicodinâmicos, tanto interpessoais quanto intrapsíquicos.

11 desenhos A linha feita pode ser firme ou tímida, incerta, hesitante ou audaciosa, ou ainda, pode consistir em um ataque selvagem ao papel. Além disso, a percepção consciente e inconsciente do sujeito em relação a si mesmo e ás pessoas significativas do seu ambiente determina o conteúdo de seu desenho. Partindo dessa ideia básica, o trabalho com desenhos segue uma sequencia de avaliação, em que vários traços gráficos são identificados em sua forma específica, segundo critérios próprios. Após a primeira visão global dos desenhos, encaminha-se para a avaliação das partes individuais.

12 NORMAS PARA APLICAÇÃO Os desenhos devem ser executados na seguinte ordem: CASA, ÁRVORE, FIGURA HUMANA, FIGURA HUMANA DO SEXO OPOSTO AO DA PRIMEIRA DESENHADA. Segundo E. Hammer, a manutenção dessa ordem proporciona uma gradual introdução do examinando na tarefa de desenhar, levando-o gradativamente aos temas mais difíceis do desenho. O examinador é levado do auto-retrato mais neutro (CASA) ao de maior implicação afetiva, que é o desenho da FIGUR HUMANA.

13 NORMAS PARA APLICAÇÃO Para cada desenho e oferece, ao avaliando, uma folha branca, tamanho ofício. Caso ele execute o desenho completo (como, por exemplo no desenho da FIGURA HUMANA, faça somente o rosto), deve recolher-se esse primeiro, oferecer-lhe outra folha e instruí-lo para fazer o desenho de uma pessoa completa- cabeça-tronco-braços- pernas. Caso o examinando peça permissão para usar qualquer auxílio mecânico (ex. régua), é necessário instruí-lo que o desenho deve ser feito à mão livre. Depois que a bateria acromática estiver pronta, faz-se o inquérito. O examinador recolhe os desenhos e o lápis preto, dando novas folhas e a caixa de lápis de cor – giz de cera (crayon)

14 material Sala privativa, com mesa e cadeira adequadas e confortáveis;
Folha de papel branco, tamanho ofício; Lápis, de preferência o nº 2; Borracha macia; Caixa de lápis de cor ou crayon. Segundo E. Hammer, a caixa de lápis colorido ou crayons (Hammer usa um conjunto de crayons marca Crayola) deve consistir de oito cores: vermelho, verde, amarelo, azul, marrom, preto, violeta e laranja)

15 INSTRUÇÕES O examinador deve falar ao sujeito: “por favor, desenhe uma casa, da melhor maneira que puder. Pode levar o tempo que quiser e apagar quando precisar, que não conta contra você. O importante é fazer o melhor que conseguir. Outras versões.... “Eu quero que vocês desenhem uma casa. vocês podem desenhar o tipo de casa que quiserem. façam o melhor que puderem. vocês podem apagar o quanto quiserem e podem levar o tempo que precisarem. apenas façam o melhor possível”. Caso o examinando apresenta-se tímido ou incapaz de uma boa execução, o examinador deve estimulá-lo e ao mesmo tempo deixar claro que o importante não são os dotes artísticos, e sim a qualidades de seu traçado e a compreensão do que foi pedido. Procede-se da mesma forma em todos os desenhos.

16 INSTRUÇÕES Para o desenho da CASA, o papel deve ser apresentado com o eixo maior na horizontal, e, para os desenhos da FIGURA HUMANA e da ÁRVORE, o eixo maior deve ser na vertical. Depois que a bateria acromática estiver pronta, inicia-se a bateria cromática: “Agora, por favor, desenhe uma casa colorida”. E assim deve proceder-se como os demais desenhos. É importante que o examinador tenha o cuidado de não pedir ao examinando para desenhar “outra” casa, ou “outra” árvore, porque a palavra “outra” pode significar que ele não deve repetir o mesmo tipo de desenho feito com o lápis preto. Para que o teste apresente uma maior fidedignidade, o examinando deve ter todas as possibilidades de escolha.

17 INSTRUÇÕES Para qualquer dúvida do examinando, como, por exemplo: “Que tipo de casa devo desenhar?” ou “Não sei desenhar muito bem”, etc. , o examinador deve calmamente responder: “Como você quiser”, “Como você achar melhor” ou “Como você gostar”.

18 inquérito O examinador deve observar e anotar todos os movimentos e verbalizações do examinando, estimulando-o sempre de forma tranquila e despretensiosa. Qualquer emoção manifestada pelo sujeito enquanto está desenhando ou sendo questionado a respeito de seus desenhos representa uma reação emocional à situação, que, de certa forma, está direta ou simbolicamente representada ou sugerida nos desenhos. É importante observar como ele se entrega à tarefa, de forma confiante e confortável, ou se expressa dúvidas a respeito de suas habilidades. É importante observar a sequencia em que o examinando faz seus desenhos. Deve-se lembrar sempre que um sinal isolado não quer dizer muita coisa. É apenas um indicador de problemas e somente quando temos uma gama de sinais apontados em uma mesma direção é que podemos pensar em uma patologia. Após ao término dos desenhos, o avaliador começa os inquéritos.

19 LINHAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO DOS DESENHOS
Linhas básicas de interpretação e significado dos aspectos gerais dos desenhos RAPPAPORT, Clara Regina (Org.). Temas básicos de psicologia: Testes projetivos gráficos no diagnóstico psicológico – Odette Lourenção van Kolck. São Paulo: EPU, 1984.

20 DESENHO = INDIVÍDUO FOLHA = AMBIENTE

21 POSIÇÃO DA FOLHA A FOLHA REPRESENTA O AMBIENTE DELIMITADO PELAS BORDAS DO PAPEL E “IMPOSTO” AO SUJEITO, SUA POSIÇÃO INDICARÁ COMO ESTE SE COLOCA PERANTE ELE E O MANIPULA.

22 Localização da página O LOCAL EM QUE O SUJEITO COLOCA SEU DESENHO REVELA MUITO DE SUA ORIENTAÇÃO GERAL NO AMBIENTE E CONSIGO MESMO E

23 LOCALIZAÇÃO DA PÁGINA Centro: segurança, autovalorização, emotividade, comportamento emocional e adaptativo, equilíbrio; pessoa centrada em si e autodirigida. 1º quadrante: contato ativo com a realidade, rebelião e ataque, projetos para o futuro. 2º quadrante: força dos desejos, impulso e instintos; obstinação e teimosia.

24 LOCALIZAÇÃO DA PÁGINA 3º quadrante: conflitos, egoísmo, regressão, fixação em estágio primitivo. 4º quadrante: passividade, atitude de expectativa diante da vida, inibição, reserva, nostalgia: desejo de retornar ao passado e/ou permanecer absorto em fantasia.

25 Metade superior (entre o 4º e o 1º): espiritualidade, misticismo, energia, objetivos muito altos (possivelmente inatingíveis ), satisfação na fantasia, “estar no ar”. Metade inferior (entre 2º e 3º): materialismo, fixação à terra e ao inconsciente, orientação para o concreto, insegurança e inadequação, com depressão. Metade direita (entre 1º e 2º): extraversão, altruísmo, atividade, socialização, relação com o futuro, progresso. Metade esquerda (entre 4º e 3º): introversão, egoísmo, predomínio da afetividade, do passado e do esquecido, comportamento compulsivo. 4º quadrante 1º quadrante 3º quadrante 2º quadrante

26 TAMANHO EM RELAÇÃO À FOLHA
Exprime a relação dinâmica do sujeito com o seu ambiente; como está reagindo às pressões do mesmo: Se com sentimentos de inadequação e inferioridade; Se com fantasias compensatórias de supervalorização. De maneira geral, quanto maior o desenho, maior a valorização de si mesmo; e essa valorização será tanto mais compensatória, quanto mais exagerado for o tamanho.

27 TAMANHO DAS FIGURAS Em geral o desenho ocupa de 1/3 a 2/3 da página. O tamanho das figuras fornece um paralelo entre a dinâmica, o ambiente e as figuras parentais. Oferece, também, pistas a respeito da auto-estima, auto-expansividade, o grau de adequação e a forma como está reagindo às pressões ambientais. Tamanho médio – inteligência, boa auto-estima, adequação ao meio, capacidade de abstração e equilíbrio emocional. Figuras grandes – podem indicar tanto expansividade com o inibição. Sugerem reação às pressões ambientais, com sentimentos de expansão e agressão, falta de controle ou inibição e ideias de grandeza, para encobrir sentimentos de inadequação. Podem também simbolizar sentimentos de rejeição social e inferioridade a respeito do corpo.

28 TAMANHO DAS FIGURAS Figuras muito grandes que chegam a ultrapassar o limite da folha – sugerem sentimento de constrição por parte do ambiente, com fantasias compensatórias de auto-expansão e evidência de agressividade com possível descarga motora no meio ou controle interno ineficiente. Figuras pequenas – sentimentos de inferioridade com dificuldade em se colocar no meio, inibição, timidez, repressão da agressividade, comportamento emocionalmente dependente e ansioso. Sugere eventualmente inteligência elevada, mas com problemas emocionais por sentimentos de inadequação, baixo auto-estima, insignificância, excesso de auto-controle e reação de maneira não adequada às pressões ambientais. Figuras muito pequenas – sentimento de inadequação e rejeição pelo ambiente, tendência ao isolamento; a criança que faz um desenho muito pequeno indica que as relações com o meio são sentidas como esmagadoras. Relação das partes do desenho em relação ao todo - quanto maior a disparidade, maior a possibilidade de desajuste.

29 QUALIDADE DO GRAFISMO O tipo de linha e a consistência do traçado indicam a manifestação de energia, vitalidade, decisão, iniciativa ou emotividade, insegurança, falta de confiança em si, ansiedade.

30 QUALIDADE DO GRAFISMO Linha grossa: energia, vitalidade, iniciativa, decisão, constância, confiança em si mesmo, possivelmente agressão e hostilidade para com o ambiente, esforço para manter o equilíbrio da personalidade, falta de adaptação (a ênfase levaria à suspeita de psicose). Linha média: nada a interpretar. Linha fina: insegurança, timidez, sentimento de incapacidade, falta de energia e de confiança em si, mas também personalidade hipersensível e artística.

31 QUALIDADE DO GRAFISMO Traço contínuo: decisão, rapidez, energia, esforço dirigido, autoafirmação, mas também falta de sensibilidade e de vida, medo de iniciativas (quando é muito contínuo). Traço de avanços e recuos: emotividade, ansiedade, falta de confiança em si, timidez, insegurança, hesitação ao encontrar novas situações, mas também sentido artístico, intuição, sensibilidade. Traço interrompido: incerteza, temor, angústia e possivelmente tendências psicóticas. Traço trêmulo: medo, insegurança, sensibilidade, e se presente em todo o desenho verificar intoxicação por alcoolismo ou fadiga extrema.

32 RESISTÊNCIA (Negação de desenhar ou não completamento do desenho) A negação significa basicamente atitudes negativistas e de oposição. A negação pode assumir outros significados como “intensa inferioridade da pessoa, que se sente muito inadequada para arriscar-se à imperfeição e ao julgamento, severo bloqueio, em um histérico e desconfiança do paranóico”. (p.10)

33 TEMPO CONSUMIDO O uso que o avaliando faz do tempo durante a execução fornece pistas valiosas referentes ao significado que os desenhos têm para ele. O avaliador deve relacionar o tempo total consumido com a qualidade do desenhos. Alguns pacientes desenham e apagam várias vezes, perdendo muito tempo; outros consomem a mesma quantidade de tempo, mas desenham livremente e colocam uma infinidade de detalhes. Tempo de latência inicial – a maioria dos indivíduos bem ajustados começa a desenhar mais ou menos 30 segundos depois que as instruções foram dadas. Pausa durante a realização do desenho – depois de iniciado o desenho, qualquer pausa superior a mais ou menos que cinco segundos sugere conflitos com o que acabou de desenhar ou ainda com o que vai ser desenhado. Quando ocorrem pausas durante os comentários espontâneos do sujeito ou enquanto ele está respondendo aos questionário, é indício de prováveis bloqueios.

34 Uso da borracha O uso da borracha só tem valor quando o sujeito mostra capacidade de melhorar o seu desempenho. Apagar o desenho sem aperfeiçoá-lo não é bom sinal e quando o torna pior é mais significante ainda. A constante necessidade de apagar na maioria das vezes significa conflito. Normal – autocrítica Não usa – falta de crítica ou autoconfiança no desempenho Uso exagerado – insegurança, excesso de autocrítica, indecisão, insatisfação consigo mesmo, falta de controle e fuga (sugere fobia social).


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