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A vida na compreensão de Nietzsche
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Em ASSIM FALAVA ZARATUSTRA, Nietzsche vai identificar vida à “vontade de potência”: –A vida aparece como uma vontade orgânica, ou seja, ela é própria não unicamente do homem, mas de todo ser vivo. –As minha células querem, os meus tecidos querem, os meus órgão querem. –Não só querem, elas sentem e pensam. –Imaginam as conseqüências para nossa maneira de pensar, agir e sentir em que tudo está de alguma maneira concentrado em um aparelho ‘neuro-cerebral’. –Concentrado em um sujeito que existe como substancialidade
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Para Nietzsche é todo o corpo que quer, pensa e sente, e mais ainda, no querer, já se acham embutido o sentir e o pensar. –Portanto, o querer é um afeto primário. –E este afeto primário, esta vontade, Nietzsche vai chamar de ‘vontade de potência’, para deixar muito claro que não se trata do ‘eu quero’ ir até ali, do ‘eu quero’ fazer escolhas, não tem nada haver com livre-arbítrio, com liberdade.
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–É algo que se dá ao nível do organismo mesmo. Vontade de potência, porque, no entender de Nietzsche, toda célula quer expandir-se o quanto pode, o mesmo com os tecidos. Portanto cada ser vivo microscópico que constitui o meu organismo quer mais potência. Isso faz com que se declare uma luta entre todos os seres vivos microscópicos que constituem o meu organismo.
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Em “Para alem do bem e do mal”, Nietzsche escreve: –“ Viver é essencialmente apropriação, violação dominação do que é estrangeiro, mais fraco, opressão, dureza, imposição da própria forma, incorporação e pelo menos mais clemente dos casos, exploração”. Agora podemos compreender o ataque que Nietzsche faz à moral cristã, entendendo que esta expressa a negação da própria vida.
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