DISPERSÃO DE DIÁSPOROS: IMPORTÂNCIA DA HIDROCORIA EM UMA MATA ÀS MARGENS DO LAGO DE UMA USINA HIDRELÉTRICA, EM FRUTAL, MG André A. da Paz, Cristiano dos.

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1 DISPERSÃO DE DIÁSPOROS: IMPORTÂNCIA DA HIDROCORIA EM UMA MATA ÀS MARGENS DO LAGO DE UMA USINA HIDRELÉTRICA, EM FRUTAL, MG André A. da Paz, Cristiano dos S. Ferreira, Raphael M. Siqueira; Flávia M. da S. Carmo PPG-Eco Programa de Pós Graduação em Ecologia Resultados e Discussão Foram encontrados 1143 frutos e 1339 sementes ao todo (Tabela1) . Quanto à riqueza, (Tabela 2), 64,06% dos frutos foram exclusivos do material de enxurrada e apenas 9,38% ocorreram em ambos tratamentos. Para sementes 82,97% foram exclusivas da enxurrada e 6,38% foram encontradas em ambos materiais coletados. Introdução Os rios são importantes agentes formadores da paisagem, e às suas margens geralmente existe uma mata típica, a floresta ripária. A composição florística de uma área depende de dois principais fatores: as condições locais e a chegada de diásporos, a qual pode ocorrer através da dispersão pelo vento, animais ou pelo rio. Em represas hidroelétricas (Figura 1) o nível da água é alterado periodicamente pela atividade da usina o que é responsável pelo transporte de sedimentos e outros materiais às suas margens (Figura 2). Frutos e sementes transportados por hidrocoria são depositados nesses locais. Nesse trabalho investigamos a hipótese de que a diversidade e número de frutos e sementes transportados pelo rio são maiores do que pela da chuva de sementes para a composição da vegetação local. Tabela 1: Abundância de diásporos por tipo de dispersão Figura 2: Margem alagável da represa de Marimbondo Figura 1: Represa da Usina Hidroelétrica de Marimbondo Tabela 2: Riqueza de diásporos por tipo de dispersão Materiais e Métodos As coletas foram realizadas entre Junho e Julho de onde foram delimitadas seis parcelas na borda alagada da mata (Figura 3). Os resultados revelam maior abundância de diásporos no material hidrocórico (frutos: χ²=89,03; P<0,0001; sementes: χ²=262,62; P<0,0001) bem como maior riqueza (frutos: χ²=8,23; P=0,0041; sementes: χ²=23,12; P<0,0001). Figura 3: Localização geográfica do Centro de Ciências Ambientais Floresta-Escola. Montagem dos coletores - Junho Retirada do material – Julho Transportadas ao Laboratório de Ecologia - UFV Triagem do material Morfotipagem e contagem dos diásporos Chuva de sementes Coleta do material depositado pelo rio usando uma pá pequena Peso médio de cada amostra: 1000 g Transportadas ao Laboratório de Ecologia - UFV Secagem a 26º C. Alíquota de 50g Triagem do material Morfotipagem e contagem dos diásporos Material de inundação Conclusão Conclui-se que o Rio Grande é um importante agente dispersor, uma vez que transporta uma grande quantidade de diásporos para suas margens, possibilitando a colonização e recolonização dessa área. Fonte Financiadora