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PublicouDiego Clemente Alterado mais de 9 anos atrás
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NA MARGEM DO RIO PIEDRA...
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NA MARGEM DO RIO PIEDRA... Eu me sentei e chorei.
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Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio: as folhas, os insetos, as penas das aves, se transforma nas pedras do seu leito.
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Ah, quem dera eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.
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Às margens do rio Piedra eu me sentei e chorei.
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O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas em meu rosto, e elas se misturaram com as águas geladas que correm diante de mim.
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Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, até que - distante dos meus olhos e do meu coração - todas estas águas se misturam com o mar.
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Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele.
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Que minhas lágrimas corram para bem longe, e então eu me esquecerei do rio Piedra, do mosteiro, da igreja nos Pirineus, da bruma, dos caminhos que percorremos juntos.
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Eu esquecerei as estradas, as montanhas, e os campos de meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu não conhecia.
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TEXTO: PAULO COELHO IMAGEM: GOOGLE MÚSICA: EDITH PIAF – HINE A LA MOUR FORMATAÇÃO: MLB (MALU) 19/04/2009
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