A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

O Humor na Poesia Nena Medeiros Shakespeare Vinícius de Moraes

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "O Humor na Poesia Nena Medeiros Shakespeare Vinícius de Moraes"— Transcrição da apresentação:

1 O Humor na Poesia Nena Medeiros Shakespeare Vinícius de Moraes
Drummond Murilo Mendes Manuel Bandeira O Humor na Poesia Fernando Pessoa Mário de Andrade Nena Medeiros Machado de Assis Oswald de Andrade Paulo Leminski Aparício Torelli Cassiano Ricardo Quintana Gregório de Matos

2 Poema da Derrocada Quem mexeu no meu sorriso Que perdeu viço e volume? Quem mudou o meu humor Pra esse fanhoso queixume? Quem engrossou minha voz? Quem mexeu nos meus joelhos Que doem quando eu levanto? Quem estragou meus espelhos? Quem arruinou minha pele Que parece craquelê Que tem sulcos como as pistas Que margeiam o Tietê? Quem retirou os suportes Que seguravam os peitinhos? Quem derrubou o bumbum E pôs os cabelos branquinhos? Quem, meu Deus, poderia Fazer-me tanta maldade Destruir em tão pouco tempo Qualquer ilusão de vaidade? Eu que já fui tão bonita A rainha da cocada preta Agora estou parecendo Um maracujá de gaveta Quem mexeu, quem foi, porquê? Quem foi que me deixou lerda? Só sei que posso afirmar: Ficar velha é uma.... bênção

3 E quem é esta que vos fala?
Nena Medeiros Carioca crescida em Brasília Pai poeta e advogado Escreve desde sempre Publica há seis anos Todos os gêneros Todos os temas Três livros publicados Tesoureira do SINDESCRITORES Membro da Academia de Letras do Brasil – Seccional/DF Premiada e jurada em vários concursos literários Colaboradora em coletâneas, sites e revistas Colunista do jornal Alô Brasília

4 O que é humor? Clive Bell (crítico de arte inglês) diz que é evolução
“Humor é a capacidade de ver o que há de negativo nas coisas positivas e o que há de positivo nas coisas negativas.” Aparício Torelli, o Barão de Itararé

5 E na poesia? Origem nos primórdios do teatro grego
Didático e religioso Maior representante

6 As Nuvens Não consigo dormir. Malditas dívidas! Não me deixam sequer piscar os olhos. Tudo por tua causa, filho ingrato. Teus malditos cavalos, tuas selas, Arreios, jaezes e chicotes, E rabos de cavalo, ainda por cima! Estou falido, arruinado, pobre. O que vai ser de mim no fim do mês, Quando todas as dívidas vencerem? Vou ver aqui nas contas quanto devo. A Pásias a importância de trezentos... Isto tudo? Para o que terá sido? Ah! Agora me lembro! Estou lembrado: O cavalo capão que eu lhe comprei. Acho que era melhor me ter capado!

7 Trabalhos de Amor Perdidos
Até tu, Shakespeare? Grande dramaturgo de tragédia Autor de Romeu e Julieta Possui várias peças de humor Trabalhos de Amor Perdidos Quando as violetas, as margaridas e as cardaminas de cor de prata, todas cheirosas, todas garridas, o chão matizam da extensa mata, o cuco zomba, no alto escondido, dos casadinhos, em sustenido: Cuco! Cuco! Oh! que palavras de desagrado para os ouvidos do homem casado!

8 Descrevo o que era Realmente Naquele Tempo a Cidade da Bahia
E em terra Brasilis? Maior aptidão aos versos de humor Gregório de Matos no século XVII Sarcástico e polêmico Boca do Inferno Descrevo o que era Realmente Naquele Tempo a Cidade da Bahia A cada canto um grande conselheiro, que nos quer governar cabana, e vinha, não sabem governar sua cozinha, e podem governar o mundo inteiro.

9 Ri o pai de Capitu? E por que não? Mestre que é mestre ousa
em qualquer gênero Sem perder a galhardia Com técnica primorosa Soneto em versos alexandrinos A graça no inusitado

10 Círculo Vicioso Bailando no ar, gemia inquieto vagalume:
“Quem me dera que eu fosse aquela loira estrela Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!” Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme: “Pudesse eu copiar-te o transparente lume, Que, da grega coluna à gótica janela, Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela” Mas a lua, fitando o sol com azedume: Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela Claridade imortal, que toda a luz resume”! Mas o sol, inclinando a rútila capela: Pesa-me esta brilhante auréola de nume… Enfara-me esta luz e desmedida umbela… Por que não nasci eu um simples vagalume?”

11 Rir é moderno Semana da Arte Moderna reabilita o humor na poesia
Rebeldia inerente ao período Poemas piadas, paródia, crítica Linguagem coloquial brasil O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani de mata virgem -Sois cristão? -Não, Sou bravo, sou forte sou filho da morte Tetetê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá de longe a onça resmungava Uu! Ua! Uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu -Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o carnaval. (Oswald de Andrade) Minúscula!!!! Etinias brasileiras Genocídio

12 Orientalismos Convencionais Moda da cama de Gonçalo Pires
Mário de Andrade Orientalismos Convencionais (...) Somos os Orientalismos Convencionais! Os alicerces não devem cair mais! Nada de subidas ou de verticais! Amamos as chatezas horizontais! Abatemos perobas de ramos desiguais! Odiamos as matinadas arlequinais! Viva a Limpeza Pública e os hábitos morais! Somos os Orientalismos Convencionais! Parte do poema As Enfibraturas do Ipiranga Moda da cama de Gonçalo Pires Delém! dem! dem!... O Ouvidor vai-se embora. Sai mais festejado que quando entrou... A Câmara impa de satisfação. Mas os vereadores são bons paulistas: - Que entregue-se a cama com prontidão. Gonçalo Pires rejeita o bem dele. Não dorme em cheiro de ouvidor-geral... Se reune a Câmara em nova sessão. - Lave-se o lençol! indica o notário. Qual! Gonçalo empaca no rejeição. Sete anos levam nessa pendenga A Câmara Paulista e Gonçalo Pires, Paulista emperrando, não cede não. E a História não sabe que fim levaram Cama cobertor lençol e colchão. Senectudes Tremulinas Critica os poetas parnasianos Juvenilidades Auriverdes Lirismo + Humor Minha Loucura Sandapilários Indiferentes

13 O Amigo do Rei: Manuel Bandeira
Primeiro poeta modernista aceito pelo público em geral Dramático,  sentimentalão, patético Saúde precária – tuberculose Vou-me embora pra Passárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei (...) Em Passárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcaloide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar (...)

14 O Poeta Maior: Carlos Drummond de Andrade
Representante tardio do Modernismo, não é modernista Liberdade linguística, o verso livre, sem métrica, as temáticas cotidianas Obra sui gêneris livre de referências ou marcas ideológicas Seus versos brincam com o inusitado O amor bate na Aorta Cantiga do amor sem eira nem beira, vira o mundo de cabeça para baixo, suspende a saia das mulheres, tira os óculos dos homens, o amor, seja como for, é o amor. (...) Amor é bicho instruído Olha: o amor pulou o muro o amor subiu na árvore em tempo de se estrepar. Pronto, o amor se estrepou. Daqui estou vendo o sangue que escorre do corpo andrógino. Essa ferida, meu bem às vezes não sara nunca às vezes sara amanhã.

15 Eles passarão, eu passarinho
Mário Quintana, o “poeta das coisas simples“ Ironia, profundidade e perfeição técnica Do amoroso esquecimento Eu, agora - que desfecho! Já nem penso mais em ti... Mas será que nunca deixo De lembrar que te esqueci?

16 Tantos exemplos... Murilo Mendes, surrealista Canção do Exílio
A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia.

17 Cassiano Ricardo, modernista e nacionalista
O Relógio Diante de coisa tão doida Conservemo-nos serenos Cada minuto da vida Nunca é mais, é sempre menos Ser é apenas uma face Do não ser, e não do ser Desde o instante em que se nasce Já se começa a morrer.

18 O poetinha, Vinícius de Moraes
Tomara Que você volte depressa Que você não se despeça Nunca mais do meu carinho E chore, se arrependa E pense muito Que é melhor se sofrer junto Que viver feliz sozinho

19 Geração Mimeógrafo Jogos Florais Minha terra tem Palmares
Chacal, Cacaso, Afonso Henriques Neto, Paulo Leminski... Jogos Florais Minha terra tem Palmares memória cala-te já. Peço licença poética Belém capital Pará. Bem, meus prezados senhores dado o avançado da hora errata e efeitos do vinho o poeta sai de fininho. (será mesmo com dois esses que se escreve paçarinho?) CACASO

20 Nicolas Behr naquela noite suzana estava mais W3 do que nunca
toda eixosa cheia de L2 Suzana, vai ser superquadra assim lá na minha cama.

21 Encerrando... O poeta é um fingidor. Finge tão completamente
“Por mais que alguns autores tenham buscado a poesia mais perfeita e pura em seu ideal de estética, o humor, como representante da condição humana teve seu papel na expressão literária.” Cassiano Nunes O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. Fernando Pessoa

22 nena.medeiros@gmail.com www.nenamedeiros.com


Carregar ppt "O Humor na Poesia Nena Medeiros Shakespeare Vinícius de Moraes"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google