Terrorismo  Definição atual: “Terrorismo é o uso da violência por um sub-grupo do Estado para inspirar o medo através de ataques a civis e/ou alvos significativos,

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Transcrição da apresentação:

Terrorismo  Definição atual: “Terrorismo é o uso da violência por um sub-grupo do Estado para inspirar o medo através de ataques a civis e/ou alvos significativos, com o propósito de atrair atenção e conseguir mudanças políticas”. Historicamente o termo ”terrorismo” descrevia a violência exercida pelo Estado contra cidadãos durante a Revolução Francesa. Atualmente, terrorismo quer dizer o uso da violência por pequenos grupos para atingir uma mudança política.  Grupos terroristas raramente tem o apoio abrangente da população e não tem apoio exterior pois suas idéias são radicais e não interessam à muitos.  Para influenciar mudanças, terroristas devem provocar respostas drásticas que se comporta como um catalisador para mudanças ou enfraquecer a moral do oponente.

COLÔMBIA Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional) – guerrilhas de esquerda surgidas na década de 1960, muito ativas até Após esse período, perderam seu caráter ideológico e passaram a atuar buscando desestabilizar o governo colombiano. Cobram ‘pedágios’ dos traficantes de drogas nas áreas que controlam – cerca de metade do território do país. Como oposição a essas guerrilhas surgiram as AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia), grupos paramilitares de direita apoiados pelo exército colombiano.

IRLANDA DO NORTE Os problemas na Irlanda do Norte são consequência de uma longa história de conflitos entre católicos (irlandeses) e protestantes (ingleses). Os católicos, majoritários na República da Irlanda, mas minoritários na Irlanda do Norte (Ulster), reivindicam a separação do Ulster em relação ao Reino Unido. Para combater o domínio britânico, formou-se o IRA (Irish Republican Army/Exército Republicano Irlandês) – grupo que se notabilizou por uma série de atentados terroristas. Um acordo de paz foi assinado em 1998, porém a situação ainda é relativamente tensa.

ESPANHA / BASCOS O “País Basco” localiza-se entre Espanha e França. Os bascos são um povo com língua de origem desconhecida e cultura tradicional. Durante a ditadura de Francisco Franco ( ), os bascos foram proibidos de ensinar sua língua (euskera) nas escolas da região e de usar a bandeira com as cores do País Basco. Em 1959, foi criado o ETA (Euskadi ta Askatasuna), responsável por inúmeros atentados terroristas, que reivindica a independência do “país basco”. A partir da redemocratização do país, o ETA perdeu a credibilidade e o apoio popular.

Estado Islâmico Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) – sigla em inglês: (ISIS: Islamic State in Iraq and Syria) - atualmente – Estado Islâmico – EI.(ISIS: Islamic State in Iraq and Syria) O Estado Islâmico surgiu depois da invasão dos Estados Unidos e seus aliados ao Iraque, como sobreviventes da Al Qaeda no país, então liderada por Abu Musab al Zarqawi. Depois da morte de Al Zarqawi, em um ataque dos Estados Unidos em 2006, membros da Al Qaeda fundaram o Estado Islâmico do Iraque (ISI).

Entenda o Estado Islâmico O que é o Estado Islâmico? É um grupo extremista islâmico sunita que conquistou territórios na Síria e no Iraque, onde estabeleceu um Califado Islâmico. É considerado terrorista, mas age mais como um exército que combate abertamente do que como um grupo terrorista que comete atentados. Qual o objetivo do EI? Construir um estado islâmico sunita sob um regime radical. Primeiro – controle de territórios do Iraque e da Síria. Segundo - possibilidade de avançar para outros países como Jordânia e Arábia Saudita no futuro.

Califado As fronteiras que separam o Iraque da Síria ainda estão no papel, mas na prática não existem mais. A região está atualmente sob controle de um grupo considerado como terrorista pela ONU, que se intitulava Estado Islâmico do Iraque e Síria. Em ( ), os militantes deram um passo a frente: mudaram o nome do grupo para apenas "Estado Islâmico" e declararam a fundação de um califado sunita.

Califado O califado é um sistema político que surgiu no Oriente Médio, após a morte do profeta Maomé, entre os muçulmanos sunitas. O Estado é controlado pelo califa - o "sucessor" do profeta - que detém poderes políticos e religiosos. Esse sistema funcionou, em diferentes formas, até a Primeira Guerra Mundial e o fim do califado Otomano, quando as potências europeias redesenharam as fronteiras de países como Iraque e Síria

Como o grupo Surgiu? O Estado Islâmico tem origem na Al-Qaeda do Iraque (AQI). O grupo ficou enfraquecido e sem recursos depois que os Estados Unidos derrubaram o ditador Saddam Hussein e declararam seu partido ilegal em 2003, marginalizando os sunitas como um todo. Em 2011, a AQI recebeu apoio financeiro para entrar na guerra civil Síria ao lado dos rebeldes – apoiados pelo Ocidente. Ainda em 2011, os EUA retiraram suas tropas do Iraque, abrindo espaço para a criação do grupo, que adotou o nome Estado Islâmico do Iraque e Levante em 2013.

Financiamento do E.I. Antes de se chamar Estado Islâmico do Iraque do Levante, o grupo recebeu apoio financeiro para entrar na guerra civil síria contra Bashar Al-Assad. Atualmente, o grupo controla um grande território entre o Iraque e a Síria e se tornou autossuficiente. As principais fontes dos recursos do EI são a cobrança de impostos nas áreas que domina, o roubo de bancos quando toma uma cidade (o grupo roubou US$ 429 milhões do banco central da cidade de Mossul), contrabando de petróleo e a cobrança de resgates por cidadãos de outros países. Atualmente, o grupo recebe pouco financiamento externo. Segundo Romain Caillet, especialista em movimentos islâmicos, o financiamento externo, incluindo valores recebido de algumas famílias do Golfo, representa apenas 5% dos seus recursos.

E.I em números Quantos combatentes fazem parte do EI? O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) avalia que há mais de 50 mil de combatentes do grupo na Síria. No Iraque, segundo Ahmad al-Sharifi, da Universidade de Bagdá, o EI possui entre 8 mil e 10 mil combatentes. Quais são os territórios controlados pelo EI? O Estado Islâmico está presente em cerca de 25% da Síria (45 mil km²) e em aproximadamente 40% do Iraque (170 mil km²), um total de 215 mil km², o que equivale ao Reino Unido (237 mil km². De acordo com Fabrice Balanche, geógrafo especialista da Síria, como pode ser visto no mapa, o grupo controla apenas uma pequena parte desses territórios.

Territórios controlados pelo E.I. Fonte dos slides EI:

E.I. O rápido crescimento e fortalecimento do Estado Islâmico preocupa os países da região e a ONU. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, voltou a denunciar violações do grupo, e disse que o conflito no Iraque já matou 1,3 mil pessoas desde a queda de Mossul. O governo do Iraque, controlado pelo xiita Nouri al-Maliki, iniciou uma ofensiva contra o Estado Islâmico em Tikrit, cidade natal de Saddam Hussein, e pediu ajuda dos Estados Unidos para enfrentar os insurgentes.

E os Estados Unidos? O Presidente Obama anunciou que irá proteger Bagdá somente se o atual Governo de Malik for substituído. O Governo de Obama atribui à Malik a incompetência em formar um Governo de inclusão dos diversos grupos étnicos Iraquianos e favorecer somente os Xiitas. Malik mostra-se resistente, provavelmente inspirado por Assad na Síria. Os EUA limitaram sua ação para ataques aéreos na região norte para evitar o avanço do E.I. no Curdistão, seu aliado. Enquanto na Síria, os EUA se posicionam em favor aos rebeldes que lutam para derrubar Assad em uma guerra civil que já deixou mais de mortos, e pelo visto, não irão barrar o avanço do E.I. na região.

Consequências? Enquanto Assad consegue impedir o avanço do E.I. na Síria, há indícios que o grupo se direciona rumo ao Líbano, onde tem como inimigo o grupo Xiita Hezbollah. No Iraque, a situação é mais crítica pela falta de uma integração dos grupos étnicos e seus diferentes interesses. O perigo é o de que o Iraque seja dividido em três partes: a região dominada pelos sunitas E.I (Noroeste), o Curdistão que incluí Curdos, Cristãos e Yazidi (Norte), a região de Malik, na qual inclui Bagdá e outras cidades onde vivem a maioria dos Xiitas Iraquianos (Centro e Sul).

Boko Haram

Boko Haram e E.I, Que perigo traz a aliança entre Estado Islâmico e Boko Haram? A aliança significa uma nova "porta de entrada" para o jihadismo. Ou seja, aqueles que estão dispostos a lutar em prol dos extremistas islâmicos têm agora a opção de ir para o norte da Nigéria. O porta-voz do EI, Abu Mohadmed Al-Adnani, classificou a aliança como "uma nova porta para emigrar à Terra do Islã e do combate". Anunciou que o califado, o sistema de governo organizado em torno de um califa por meio do qual o EI pretende apagar as fronteiras atuais e redesenhar os mapas, passará a se estender até a África Ocidental.

Al Shabab Fundada em 2006, a organização extremista mata civis de forma deliberada para combater o “inimigo externo” e impor uma versão radical do Islã na Somália. A criação do Al Shabab se mistura com a história recente da Somália. Após a queda da ditadura militar de Siad Barre, em 1991, o país se dividiu em diversos territórios comandados por cortes islâmicas. A guerra civil se instaurou na região até uma aliança entre as cortes, batizada de União das Cortes Islâmicas (UIC), ser fundada para controlar a capital Mogadíscio, em 2006.

Al Shabab A UIC, acendeu o alerta dos Estados Unidos, que, preocupados com a possibilidade de a região se transformar em um terreno fértil para a Al Qaeda, apoiaram uma intervenção militar das tropas da Etiópia em favor de um governo de transição. Antes, o Al Shabab era um braço armado da UIC, porém recrutou cerca de homens neste período e passou a agir de forma independente

Al Shabab O Al Shabab passou a agir de duas formas: espalhava medo na população, e adotava uma segunda estratégia: oferecia segurança e alguns serviços sociais. Com isto, conseguiram alcançar alguma legitimidade com os somalis ao defender a nação dos intrusos estrangeiros, que seriam as forças da Etiópia e da Missão da União Africana na Somália (Amisom).

Al Shabab O Al Shabab é um grupo nacionalista, mas voltou-se contra países vizinhos da Somália. Antes de atacar o shopping em Nairóbi, o grupo matou 74 pessoas que assistiam à final da Copa do Mundo em Uganda, em 2010, e chegou a ser responsabilizado por 48 atentados no Quênia. A principal intenção dos terroristas é coagir os governos da região, principalmente o queniano, a interromper o suporte militar dado às forças etíopes e da Amisom. O Al Shabab está menor, mas muito mais radical. Ele ainda é capaz de conduzir ataques terroristas de proporção devastadora. Em – atacou a Universidade de Garissa no norte do Quênia e matou 147 pessoas – estudantes cristãos.

Somália e território controlado pelo Al Shabab