Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº. Pecê. R OMANTISMO Poesia Romântica Brasileira 2a geração (Ultrarromantismo)

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Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº. Pecê

R OMANTISMO Poesia Romântica Brasileira 2a geração (Ultrarromantismo)

C ARACTERÍSTICAS : Sentimentalismo exacerbado. Pessimismo, “mal-do-século”. Ânsia da morte, encarada como um alívio ao sofrimento Byronismo (de Lord Byron, poeta inglês): interesse por uma vida desregrada, boêmia, viciosa. Mulher extremamente idealizada, inacessível; medo de amar.

Á LVARES DE A ZEVEDO (1831 – 1852) Principal expoente da segunda geração. Toda a sua obra foi escrita em 4 anos, dos 16 aos 20.

Lira dos 20 anos: livro de poemas em 3 partes, que correspondem a duas tendências da poesia ultrarromântica, a face de Ariel (1ª e 3ª partes), marcada pelo sentimentalismo extremo, a melancolia, a solidão, a tristeza, medo de amar; e a face de Caliban (2ª parte), em que se vê a ironia, o sarcasmo, a referência à boemia, à vida desregrada dos vagabundos etc. Escreveu também um livro de contos (Noite na Taverna) e uma peça teatral (Macário). Outros autores: Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.

T EXTOS PARA ANÁLISE : Pálida à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar, na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia! Era mais bela! o seio palpitando Negros olhos as pálpebras abrindo Formas nuas no leito resvalando Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti - as noites eu velei chorando, Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

LEMBRANÇA DE MORRER Quando em meu peito rebentar-se a fibra Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nenhuma lágrima Em pálpebra demente. E nem desfolhem na matéria impura A flor do vale que adormece ao vento: Não quero que uma nota de alegria Se cale por meu triste passamento. Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto, o poento caminheiro ― Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro; (...)

Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!...já esmorece... O corpo exausto que o repouso esquece... Eis o estado em que a mágoa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive!

Vagabundo Eu durmo e vivo ao sol como um cigano, Fumando meu cigarro vaporoso; Nas noites de verão adoro estrelas; Sou pobre, sou mendigo e sou ditoso! Ando roto, sem bolsos nem dinheiro; Mas tenho na viola uma riqueza: Canto à lua de noite serenatas, E quem vive de amor não tem pobreza. Não invejo ninguém, nem ouço a raiva Nas carvernas do peito, sufocante, Quando à noite na treva em mim se entornam Os reflexos do baile fascinante. Namoro e sou feliz nos meus amores; Sou garboso e rapaz...Uma criada Abrasada de amor por um soneto Já um beijo me deu subindo a escada... Oito dias lá vão que ando cismando Na donzela que ali defronte mora. Ela ao ver-me sorri tão docemente! Desconfio que a moça me namora... Tenho por meu palácio as longas ruas; Passeio a gosto e durmo sem temores; Quando bebo, sou rei como um poeta, E o vinho faz sonhar com os amores.