Formatada por Maria Jesus Sousa (Juca)

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Transcrição da apresentação:

Formatada por Maria Jesus Sousa (Juca) In “A quadrilha do Gato Maltês” e outros contos do jardim, Maria Isabel Mendonça Soares, Editorial Verbo, 1990 Formatada por Maria Jesus Sousa (Juca) http://historiasparapre.blogspot.pt

Era uma vez uma casinha cor de rosa com olhos verdes Era uma vez uma casinha cor de rosa com olhos verdes. (Os olhos das casas são as janelas que estão abertas durante o dia e se fecham à noite).

Era uma vez outra casinha, branca com olhos azuis e um chapeuzinho encarnado. (O chapéu das casas é o telhado, que as tapa do sol e as protege da chuva).

E era uma vez mais uma casinha castanha que só tinha um olho (quer dizer que só tinha uma janela, e muito pequenina ainda por cima); e o seu chapéu era de lata, toda enferrujada.

No inverno, quando chovia muito e o vento soprava e as nuvens iam chocar umas de encontro às outras, a casinha cor de rosa e a casinha branca fechavam os olhos para não deixar entrar o vento nem a chuva e para não ver o clarão dos relâmpagos, que é tão forte que faz mal à vista.

Mas na casinha castanha, que só tinha um olho que nunca se fechava, a luz viva dos relâmpagos entrava por ali dentro, o que não era nada agradável.

O vento abanava-a toda com tanta força que quase a deitava ao chão, e a chuva caía lá dentro, porque o chapéu de lata da casinha castanha estava todo furado de buracos como um passador de coar o leite.

Na casinha cor de rosa morava uma menina loirinha, corada e gorducha;

Na casinha branca vivia um rapazinho muito desembaraçado;

A casinha castanha, essa pertencia a um velhinho que andava encostado a um pau, e tão curvado para a banda como a casinha onde ele morava.

Depois de uma noite de inverno em que tinha chovido muito, amanheceu um dia lindo muito azul e todo cheio de sol. A menina da casinha cor de rosa e o rapazinho da casinha branca saíram para o jardim para correr e brincar. (Porque, nos dias bonitos, o que os meninos querem é pular e correr).

E o velhinho da casa castanha veio sentar-se à porta E o velhinho da casa castanha veio sentar-se à porta. (Porque, nos dias bonitos, o que os velhinhos querem é estar quietos a aquecer-se ao sol). Ai, o velhinho bem precisava de se aquecer e enxugar, porque a chuva dessa noite tinha-lhe molhado a roupa e os sapatos!

Aconteceu que a menina e o rapazinho, nas suas corridas alegres um atrás do outro, passaram em frente da casinha castanha e viram o velhinho sentado ao sol a enxugar os sapatos rotos!

Pararam a olhar para ele e de boa vontade lhe teriam dado os seus sapatos novos, mas eles eram ainda pequenos e os pés das pessoas crescidas são muito grandes, por isso não serviam de maneira nenhuma ao velhinho.

Mas, porque tinham pena dele e queriam dar-lhe alguma coisa, voltaram a correr cada qual ao seu jardim; a menina apanhou a flor mais bonita que abrira no canteiro para lhe oferecer, e o rapazinho trepou à laranjeira e apanhou uma laranja lustrosa para também a dar ao velhinho, e vieram ambos outra vez entregar-lhe os seus presentes.

Quando o velhinho recebeu a flor e a laranja ficou tão contente e agradecido que até nos olhos brilharam duas lágrimas (porque os meninos e as meninas só choram quando estão tristes, mas as pessoas crescidas às vezes também choram quando estão muito contentes).

E os meninos voltaram para os jardins de suas casas; mas nessa noite não foram capazes de dormir. Tinham muito medo que chovesse outra vez e que a casinha castanha de telhado de lata cheio de buracos ficasse inundada.

Do que eles gostavam era de convidar o velhinho a vir morar para a casinha cor de rosa e para a casinha branca, mas de repente descobriram que, se assim fosse, o velhinho nunca estaria na casa dele e seria sempre como uma visita na casa dos outros. O que seria bom é que ele tivesse uma casinha nova só para si. Isso, sim! Mas como havia de ser?

Então a menina da casa cor de rosa teve uma ideia: no dia seguinte, pela manhã, foi ao jardim apanhar as flores todas do canteiro e foi vendê-las à praça. (Tinha um bocadinho de pena de ficar sem as suas lindas flores, é verdade, mas o que seria mais importante? Ter um jardim cheio de flores ou poder ajudar o velhinho a arranjar uma casa nova? Ajudar o velhinho, claro.)

O mais engraçado é que o rapazinho da casinha branca teve uma ideia parecida: Assim que acordou, levantou-se logo, foi direito ao seu jardim e apanhou as laranjas todas. Meteu-as dentro de um cesto e foi vendê-las à praça. (É certo que tinha um bocadinho de pena de ficar sem laranjas, porque era muito amigo de as comer, mas pensou que mais importante que comer laranjas era conseguir arranjar maneira de ajudar o velhinho a fazer uma casa nova.)

Foi deste modo que a menina e o menino arranjavam dinheiro que guardavam dentro de uma caixa que tinha tido rebuçados mas agora estava vazia. Felizmente o jardim continuava a dar flores e a laranjeira não se cansava de dar laranjas novas, e assim ambos ganhavam muito dinheiro com a sua venda.

Até que a caixinha ficou cheia de dinheiro, tanto que já chegava para o velhinho mandar fazer uma casinha nova e nessa altura foram os dois entregar-lho.

Só queria que vissem como o velhinho ficou satisfeito!

E quando voltou a chuva, mais o vento e os trovões, já não encontraram a casinha castanha com um olho só e o chapéu de lata esburacado. No seu lugar havia agora outra casinha: era uma casinha amarela com olhos castanhos, que se abriam de dia e fechavam de noite. E dentro dela morava um velhinho, que tinha agora sempre os sapatos enxutos, porque nunca mais a chuva entrou pelo telhado.