Trecho da palestra Educar para a Vida ROBERTO CREMA.

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Transcrição da apresentação:

Trecho da palestra Educar para a Vida ROBERTO CREMA

O s O s antigos terapeutas perguntavam, porque educar, é facilitar que a pessoa tenha uma boa pergunta, não é dar resposta para o outro, cada um tem uma resposta, cada um tem uma palavra que precisa cavar, cada um tem um desejo, cada um tem uma missão... Portanto, eles se perguntavam, por que toda a questão é você ter uma pergunta que te faça levantar todas as manhãs e que te coloque de pé... e a primeira pergunta que eles faziam era:

“Qual é a água do meu ser?”. A vida orgânica veio da água; mais de 70% do nosso corpo é água e às vezes a nossa água está doente... Os antigos estudavam a drogadição como em grande parte uma doença da água. Não se diz: “eu quero afogar as minhas mágoas”? É uma busca de ir além dos limites, é uma busca de dissolução, de se apagar dentro de um útero primordial... E às vezes a nossa água está doente! A água é uma mestra... Um bom educador retira seus aprendizes das quatro paredes e leva-os para uma fonte,

leva para uma cachoeira e facilita que o aprendiz se conecte com a água, para então proteger as fontes... saber que o gosto da nossa lágrima é o mesmo gosto dos oceanos... saber que há rios dentro de nós... então, você vai respeitar, você não vai querer empestear o seu mundo interno e nem tão pouco o seu mundo externo. Se a nossa água estiver em boa saúde ela vai nos purificar... existe a purificação pela água, mas acontece que muitas vezes nos falta água... a água é uma terapeuta! Existe a hidroterapia dos antigos e dos contemporâneos. Qual é a água do meu ser? Leva-se muito tempo para você identificar essa dimensão da água e a forma de tratar a água do seu ser...

E a segunda pergunta é: “Qual é a terra, qual é a minha pedra, qual é a minha jóia?”. A forma de se trabalhar com a nossa substância mais concreta... Qual é a minha terra e como eu tenho cuidado da minha terra? Como eu tenho cuidado do meu corpo? Como eu tenho me desenvolvido, me exercitado? Eu tenho caminhado? A minha terra precisa de cuidado... A terra é uma terapeuta! Colocar as mãos no barro pode nos trazer curas... E a pedra? Vocês sabem que às vezes o que está doente na pessoa é a pedra...

Osteoporose: uma pedra que vai se perdendo! Arteriosclerose: a pessoa que vai se fazendo uma pedra só! E encontrar a sua jóia que é a pedra iluminada... Não existe a terapia dos antigos e também dos contemporâneos que fala dos cristais? Ensinar para uma criança que numa sala de aula precisa ter água se a educação for para a vida... e precisa ter uma pedra, talvez um cristal e falar para uma criança: olha este é um amigo!

Se eu não estiver presente quando você estiver em apuros e se não tiver a sua mãe, se não tiver os seus irmãos, fale com este cristal! Leve esse cristal para tomar banho de cachoeira, tomar sol! Segure o seu cristal quando estiver tomando banho de cachoeira porque ele gosta tanto que pode pular da sua mão e nunca mais encontrá-lo... Então as pedras deixam de ser apenas pedras em nossos caminhos! Qual é a minha água? Qual é a minha terra, a minha pedra, a minha jóia?...

E qual é a minha planta? Há natureza dentro de nós! Existe o sistema vegetativo, existe a flora intestinal, a planta dos pés... portanto, é preciso cuidar da nossa planta e às vezes a nossa planta está ferida... parar diante de uma árvore como quem cumprimenta um amigo... abraçar às vezes uma árvore... buscar cuidar da sua planta e da sua flor... porque uma flor pode ser uma mestra e pode ser uma terapeuta! Não se fala dos florais? A flor pode curar em você a sua flor ferida, por que às vezes há algo ferido na nossa capacidade de florescer!Florescer como seres humanos que somos...

Qual é a minha água, qual é a minha terra, minha pedra, minha jóia, qual é a minha árvore, qual é a minha flor e qual é o meu animal e como é que eu tenho tratado o animal em mim? É fundamental, o animal é o arquétipo da vitalidade, dos instintos e às vezes é o nosso instinto que está ferido. Às vezes a educação é anti-instinto, é anti-desejo e aí adoecemos...

Às vezes há problemas de relacionamentos que tem a ver com o animal. Eu conheço um casal, ele um tigre, ela uma lebre. No aniversário do Tigre a Lebre levava uma cesta cheia de verduras e no aniversário da Lebre o Tigre levava uma carne sangrenta e no final nós temos dois seres infelizes passando fome, querendo devorar um ao outro. Portanto, cuidar do animal, cuidar do instinto que é a nossa dimensão da vitalidade...

Cuidar da minha Água, cuidar da minha Terra, da pedra, da jóia, da planta, da flor, do animal e cuidar do feminino em mim, independente do sexo... O feminino é a sensibilidade, a intuição, a abertura, a receptibilidade, tem haver com o nosso hemisfério direito... E uma pessoa pode ter o feminino ferido. A delicadeza é fundamental; um olhar sensível às vezes cura o outro, às vezes evita o crime! Precisamos confiar na sensibilidade e curar esse feminino que muitas vezes está ferido. E cuidar também do nosso masculino, que é o arquétipo da ação, da combatividade, da criatividade, é o nosso hemisfério esquerdo.

Masculino da abstração, do pensamento lógico, da razão que tem razão quando dentro dela palpita um coração...porque a nossa educação puramente racional tem nos enlouquecido. como já dizia o poeta: “Louco é quem já perdeu tudo, exceto, a razão!”...

Portanto, é preciso conspirar e resgatar a nossa água, a nossa terra, pedra, jóia, planta, flor, animal, feminino masculino e... o casal! O casal é um símbolo, é o arquétipo da integração! É representado a nível das estruturas neurológicas pelo corpo caloso que conecta os dois hemisférios cerebrais.

Às vezes é simbolizado por uma cruz; a cruz que implica em cultivarmos a nossa dimensão horizontal da existência e a nossa dimensão essencial da verticalidade, do Mistério, da Vida, porque a Vida sempre aponta para o mistério, que reconhecido ou não, convocado ou não, está sempre aí e que não pode ficar todo tempo por debaixo do tapete como nós temos feito. Nos últimos séculos, o racionalismo científico que nos desidratou da subjetividade, da poesia, do encantamento desses arquétipos supremos e de uma mística de contemplação e de comunhão sem a qual não poderá existir futuro para as novas gerações.

Então, o corpo caloso, o chifre do unicórnio como eu gosto de metaforizar... o símbolo do casal! Às vezes a pessoa não pode viver uma relação de casal com qualidade porque não fez as bodas interiores da sensibilidade com a racionalidade, da razão com o coração, do intelecto com o espírito. Então, cuidar da água, da terra, da pedra, da jóia, da planta, da flor, do animal, do feminino, do masculino, do casal e há outra pergunta:

-Qual é o anjo do meu Ser? O Anjo é um arquétipo de um valor Supremo. O Anjo é o melhor do melhor do que há em nós, porque às vezes somos melhores do que somos! Em uma sala de aula tem que ter um par de asas... Para falar dessa vocação, os antigos diziam que ninguém, pode ter saúde plena se não tiver asas. É preciso desvelar e desenvolver a nossa dimensão transpessoal, porque à vezes é um querubim que nos faz abrir os olhos...

-O Querubim era representado por um anjo cheio de olhos que representa um estado de visão inocente. O Serafim era representado como uma flama que representa aquele que está se consumindo no fogo do amor e da compaixão. Portanto, resgatar essa dimensão tão fundamental que fala dos valores fundamentais da espécie e que vai nos trazer de volta uma ética além da estética; que vai trazer os valores para orientar os nossos desejos,

porque como diziam os antigos, quem faz o anjo faz a besta, quem faz a besta faz o anjo, quem se centraliza num, joga o outro no inconsciente, e não tem nada de errado com o nosso animal. Acontece que temos que orientar esse animal... E para os antigos e novos terapeutas, o norte é o amor e o Ser, a Vida, a Grande Vida.

E finalmente, os terapeutas se perguntavam: Como eu sou capaz de vivenciar o silêncio? Porque existe uma dimensão do ser humano de uma qualidade extremamente sofisticada que se traduz por silêncio. É você sossegar a “comadre fofoqueira” dos pensamentos e dos diálogos internos dentro de você mesmo; é você poder se abrir para uma fonte silenciosa onde está a nossa criatividade máxima e de onde emana uma sabedoria profunda da espécie.. Isso é o Imaginal e poderemos falar muito mais sobre essa dimensão simbólica. É preciso resgatar a questão da qualidade do corpo, a inteligência do corpo, a inteligência psíquica-mental- emocional, a inteligência do Imaginal, a inteligência da consciência

e os antigos terapeutas perguntavam finalmente: “Para que? que? Se não for para cuidar do outro?” A questão da solidariedade, a questão do amor. O Amor que como disse um grande mestre, é a tecnologia mais sofisticada de todos os universos; o amor que é a terapia da natureza, o amor que é essa capacidade que todos nós temos, e que pode brotar a medida que vamos respondendo juntos a todas estas perguntas fundamentais de todos os seres.

Composição de imagens, Pequenas adaptações do texto e formatação em PowerPoint By Giba com carinho. Esta palestra está na íntegra no site cuidar do ser: