A América Latina nas Primeiras Décadas do Século XX

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
I GUERRA MUNDIAL
Advertisements

“A PRIMEIRA GRANDE CRISE DO CAPITALISMO”
As origens do mundo atual
OS ESTADOS UNIDOS NO SÉCULO XIX
A GEOGRAFIA DO PODER.
1914 – 1918.
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O IMPERIALISMO Prof. Ms. Wladmir coelho
O governo João Goulart Prof. Ms. Wladmir Coelho
GEOPOLÍTICA ESTUDA AS RELAÇOES DE PODER QUE SE DÃO NO ESPAÇO
Definição: movimento que inspirado nos princípios iluministas determinou o fim do domínio da Inglaterra sobre as chamadas 13 colônias americanas (atualmente.
GUERRA MUNDIAL A Primeira Guerra Mundial é considerada por muitos historiadores como um marco no início do século XX. Foi a partir da Guerra que novas.
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL A Grande Guerra ( ) foi precipitada pela crise dos Balcãs, que pôs em confronto a Tríplice Entente e a Tríplice Aliança.
A GUERRA FRIA [ ] “A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial” Historiador.
A NOVA ORDEM MUNDIAL E A GLOBALIZAÇÃO
Prof. Estevan Rodrigues Vilhena de Alcântara
Guerra Fria.
2ª guerra mundial ( )  Conflito entre os países imperialistas e política por querer dominar os povos “inferiores”
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ( )
IMPERIALISMO DEFINIÇÃO: “ [...] dominação política e econômica, direta ou indireta, de uma nação mais rica e poderosa sobre outra mais pobre e fraca.
Leste Europeu e a CEI A porção oriental do continente europeu passou por grandes mudanças políticas e econômicas, especialmente depois da Segunda Guerra.
REVOLUÇÃO RUSSA
2ª Guerra Mundial.
Exercícios de Vestibulares
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ( )
ORDEM MUNDIAL 1945 O mundo em 1945 Com a aproximação do final da Segunda Guerra Mundial, uma nova ordem internacional se delineava. No primeiro semestre.
“A PRIMEIRA GRANDE CRISE DO CAPITALISMO”
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ( )
IMPERIALISMO OU NEOCOLONIALISMO
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ( )
Do mundo multipolar para o bipolar da Guerra Fria
INFLUÊNCIA NORTE-AMERICANA NAS AMÉRICAS
A REGIONALIZAÇÃO IDEOLÓGICA E SOCIOECONÔMICA DO ESPAÇO MUNDIAL
Fluxos Migratórios.
A CRISE NA UCRÂNIA A onda de manifestações na Ucrânia teve início depois que o governo do presidente Viktor Yanukovich desistiu de assinar, em 21 de.
Universidade do Vale do Itajaí Curso de Geografia
12ºAno Modulo 7 – CRISES, EMBATES IDEOLÓGICOS E MUTAÇÕES CULTURAIS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX Unidade 1 – As Transformações das Primeiras décadas.
PLANÍCIE CENTRAL APALACHES ROCHOSAS. PLANÍCIE CENTRAL APALACHES ROCHOSAS.
Imperialismo - séc XIX (Neocolonialismo)
“ ” Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. (Gandhi)
Imperialismo - séc XIX (Neocolonialismo)
Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945)
O CAPITALISMO EM CRISE A CRISE DE 29.
A FORMAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS
A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Produção Econômica da América Latina – parte II
Micro e Macroeconomia O mundo da economia se divide em microeconomia e macroeconomia. A microeconomia se dedica ao estudo do comportamento de pequenas.
Estados Unidos e América Latina: a construção da hegemonia
Definição: movimento que inspirado nos princípios iluministas determinou o fim do domínio da Inglaterra sobre as chamadas 13 colônias americanas (atualmente.
Política Externa Brasileira
REVOLUÇÃO CUBANA 18/04/2017
FMI Fundo Monetário Internacional
GLOBALIZAÇÃO E OS BLOCOS REGIONAIS – Mód.15 Tóp. 1
GLOBALIZAÇÃO E OS BLOCOS REGIONAIS – Mód.15 Tóp. 1
1) CONTEXTO DAS GUERRAS NAPOLEÔNICAS:
História Prof. Carlos GEO Grupo SEB
SITUAÇÃO DO PAÍS EM 1860  NORTE INDUSTRIALIZADO E PROTECIONISTA;  SUL AGRÁRIO, ESCRAVOCRATA E LIVRE- CAMBISTA;  ELEIÇÃO DE ABRAHAM LINCOLN – PROMESSA.
Prof. Carlos Nasser. 1.Resquícios do Tratado de Versalhes  “única culpada”  exagero de punições  Resultado: desejo de vingança. 2.Crise de 29  aprofundamento.
Da queda da monarquia à formação da URSS.
Independência dos eua e séc xix
A nova regionalização do mundo
1° Guerra Mundial e Revolução Russa
Agora vamos mudar o nosso olhar
Segunda Guerra Mundial ( ). Causas Vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se.
CAPÍTULOS 26 E 27 – 3ª. SÉRIE DO ENSINO MÉDIO. UNIFICAÇÃO ITALIANA E ALEMÃ SÉCULO XIX.
P RIMEIRA G UERRA M UNDIAL O declínio da Europa. POLÍTICA NEOCOLONIAL  A Primeira Guerra Mundial é vista como a “mãe” de todas as guerras. Uma gama de.
I Guerra Mundial Prof. Paulo Lyra Maio/2009. A Belle Époque A I Guerra Mundial é o acontecimento que realmente dá início ao século XX, pondo fim ao que.
Rússia e Europa Oriental
UNAMA-Universidade da Amazônia SISTEMÁTICA DE COMÉRCIO EXTERIOR TEMÁTICA : BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO (BID)
A CRISE DO ANTIGO REGIME A INDEPENDÊNCIA DOS EUA Definição: movimento realizado em 1776, que inspirado nos princípios iluministas determinou o fim do domínio.
Transcrição da apresentação:

A América Latina nas Primeiras Décadas do Século XX UNICURITIBA Curso de Relações Internacionais História da América Latina Professor Renato Carneiro

O Mundo no Início do XX A Primeira Guerra Mundial A crise de 1929 (problemas econômicos e sociais) Radicalização contra o liberalismo: totalitarismo A Revolução Russa (1917) O Fascismo (1922) e o Nazismo (1932)

Transição para a Influência dos EUA Na América Latina o período entre 1919 e 1929 foi de transição da influência britânica para a norte-americana. Depois dos anos 1930, a Alemanha voltou a crescer no plano internacional, ampliando sua presença na AL. Disputa ideológica entre liberalismo inglês e norte-americano; fascismo ítalo-germânico e socialismo soviético. A Alemanha enfatizava o autoritarismo anti-parlamentar, o protecionismo econômico e o nacionalismo militar – palavras de ordem caras a muitos governos latino-americanos.

A Alemanha Investia A Alemanha não investia apenas no comércio internacional em relação à América Latina. Além de comprar alimentos e matérias-primas, condicionando o pagamento à compra de manufaturados alemães, ampliou ao máximo sua influência ideológica para criar um clima de boa vontade à causa alemã. Atuava também na organização de pessoas de ascendência germânica na AL, pela via do Partido Nacional-Socialista para apoiar as iniciativas do governo alemão. Influência também de oficiais do Exército Alemão nos exércitos latino-americanos: treinamento, venda de armamentos etc.

Boa Vizinhança com EUA Com eleição de Franklin Roosevelt (1933), EUA iniciam uma política de boa vizinhança para a América Latina. Abandonavam a política de intervenção militar, fazendo valer o princípio da igualdade jurídica das nações, com consultas a todos os países sempre que problemas de uma república pudessem afetar as demais (Pan-americanismo). Aliás, 13 países americanos haviam condenado o princípio da intervenção a qualquer pretexto, por moção na 6ª Conferência Pan-americana de Havana, em 1928. A política do Big Stick foi deixada de lado, mas os EUA mantiveram, mesmo que mais sutilmente, sua influência no hemisfério.

Investimentos na AL dos EUA Na conjuntura de protecionismo da década de 1930, a AL cresceu em interesse aos EUA, por garantir um mercado para sua indústria em recuperação, mas também pelo fornecimento de matéria-prima. O fator político também cresceu, na busca do fortalecimento do papel norte-americano no mundo. Programas de assistência econômica para o conjunto do continente. No início financiando a produção de matérias-primas minerais e agrícolas complementares à economia americana. No fim dos anos 1930, os EUA concederam empréstimos de longo prazo voltados ao desenvolvimento industrial, que seria limitado, no entanto, aos interesses americanos.

AL em Apoio ao Esforço de Guerra Em 1939, o papel das nações latino-americanas passou a ser o de apoiar o esforço de guerra ianque. Foi criado o Conselho Interamericano de Defesa, a fim de planejar a defesa hemisférica, de forma multilateral. A concepção de defesa norte-americana ampliou o perímetro, que originalmente incluía o território e o “lago americano” do Golfo, incluindo o Alasca e a Terra Nova, Galápagos (Equador) e o Nordeste brasileiro. Para tanto, acordos bilaterais entre os envolvidos foram desenvolvidos – ao mesmo tempo em que planos militares também foram feitos para alguma eventualidade. Cessão de bases aéreas e/ou navais, mas sem esperar que os exércitos entrassem de fato em guerra.

AL em Apoio ao Esforço de Guerra A articulação política do pan-americanismo fez com que o continente se declarasse neutro, com um pacto de segurança intercontinental capaz de dar condições de reação conjunta a qualquer ameaça ao continente. Foi, no entanto, derrubado pela oposição da argentina na Conferência de Lima de 1938. Em agosto de 1940, Roosevelt criou o Bureau de Coordenação de Negócios Interamericanos (OCIAA). Antes mesmo de Pearl Habour (dez 1941), ou seja, antes da entrada de fato dos americanos na guerra, o Bureau já preparava a oposição ao Eixo no continente.

Conferência do Rio de Janeiro, 1942 A Conferência do Rio de Janeiro acelerou os preparativos bélicos. Além de uma ruptura em bloco de relações diplomáticas com a Alemanha, assinada por 26 países, em 1º/01/1942, Washington, com o apoio de 9 países da América Central e do Caribe, declarou guerra contra o Eixo em pouco tempo, o que gerou protestos de Buenos Aires, por não ter havido consulta prévia aos demais países, pelo princípio consagrado pela Conferência de Lima de 1938.

Tratamento Preferencial da AL aos EUA No Rio, além de recomendar a ruptura contra o Eixo, garantiu-se aos EUA a exclusividade nas compras de matérias-primas do continente e o controle absoluto de sua distribuição nos anos seguintes. Também garantiu tratamento preferencial aos EUA no comércio interamericano, garantia aos seus investimentos, subordinação dos projetos econômicos dos países ao interesse bélico norte americano e criou bases para a liderança inquestionável dos EUA para a coordenação policial e militar do continente: tudo isso para colaborar com os EUA no esforço de guerra.