A tartaruga tola História traduzida, adaptada e formatada por Maria Jesus Sousa (Juca)
Uma tartaruga, cansada de ser lenta Impaciente, por levantar-se e partir
Saiu da carapaça, grande e pesada E deixou-a no chão, ali mesmo na estrada. Boa! – gritou – Estou em liberdade Vou ver o mundo em dupla velocidade!
Apesar de assim ser mais rápida, Não estava tão protegida. E quando ouviu o zumbido do zangão Quase se metia debaixo do chão… Um pássaro esfomeado passou no céu Parecia tão feroz e tão depressa voava… Que a tartaruga se escondeu atrás das árvores Sentindo-se fraca e atemorizada.
- Não me sinto segura, há muitos perigos Se ao menos eu fosse mais corajosa… E ao passar perto do leito do rio, Um peixe saltou e ela ficou nervosa!
Continuando o caminho, a nossa heroína Quase que tinha um grande acidente… Uma cobra com a boca bem grande e aberta Queria enfiar-lhe o dente!
Um coelho, um cão e um cavalo Passaram numa corrida que a deixou sem voz… A tartaruga viu-os e logo pensou, Nunca seria assim tão veloz!
Passeou ao sol, que brilhava forte Desejou uma sombra e uma melhor sorte… De repente, uma tempestade encheu tudo de destroços E ela ficou ensopada até aos ossos!
E então soprou o vento, com tamanha força, Que os ramos das árvores ficaram dobrados A tartaruga viu-se enjerida de frio E lamentou ter-se metido em cuidados…
- Acho que perdi a vontade de passear Vou para casa, não quero fazer mais nada… Sem a carapaça, não me sinto bem! E logo que a encontrou, ficou aliviada.
Meteu-se lá dentro, bem aconchegada E desejou, enfim, uma noite sossegada. FIM
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