OS PÁSSAROS
O vovô conversava com o seu netinho sentado num banco do quintal da casa de campo, quando um grupo de pássaros cruzou o céu de um azul muito claro e quente pelos raios solares. O menino observou durante um certo tempo aquele vôo e apontando o dedo para o alto comentou com seu avô.
-Vovô, o senhor viu que estranho? -Estranho, meu querido?! Confesso que não vi nada estranho. O que seria? -Os pássaros têm um jeito esquisito de voar! -Estranho, como, Joãozinho? A natureza geralmente nos oferece verdadeiras lições quando temos a humildade para com ela aprendermos.
Mas vovô! Você não viu que os passarinhos voavam desenhando uma posição que lembra a letra “V”? -Ah! Sim, meu querido! Os animais em muitas ocasiões possuem a sabedoria que falta aos homens! -Mas, no caso, qual seria essa sabedoria que nos falta? – perguntou o menino.
-A sabedoria de voar exatamente na posição de uma letra “V” invertida -A sabedoria de voar exatamente na posição de uma letra “V” invertida! Você deve ter notado que o bico dessa posição de voar era composta apenas por um pássaro numa atitude inteligente. -E porque essa maneira seria inteligente?
-Ao voarem nessa posição que você bem observou, o pássaro que vai na frente é que tem a função de romper a resistência do ar para que os outros do grupo voem com maior facilidade! -Mas vô ele não se cansa e cai lá do alto?
-Não, Joãozinho. Como estou te explicando, eles são inteligentes -Não, Joãozinho. Como estou te explicando, eles são inteligentes. Quando o que está na frente se cansa, ele é substituído pelos que estão atrás e, portanto, mais descansados. Dessa maneira, conseguem voar grandes distâncias em busca de locais melhores para todos.
-É aquele ditado que vocês adultos de vez em quando falam: “A união faz a força?” -É exatamente isso, Joãozinho. Devido a esse espírito de solidariedade, os pássaros conseguem estender o vôo por uma distância muito maior!
Já pensou, meu querido, se nós, os seres humanos, soubéssemos fazer o mesmo auxiliando-nos, ao invés de nos prejudicarmos, o quanto poderíamos já ter caminhado?!
Texto extraído do livro: Bom Dia Mesmo! De Ricardo Orestes Forni e adaptado para o Castelinho dos Sonhos Arte e Formatação: Crislaine Brum Goulart Música Aves – Luana Facilitador: www.esoterikha.com