PRÉ-MODERNISMO Raul Pompeia - O Ateneu Euclides da Cunha - Os Sertões – Contastes e confrontos Lima Barreto Triste fim de Policarpo.

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E agora, josé? A festa acabou, A luz apagou, O povo sumiu, A noite esfriou, E agora, josé? E agora, você? Você que é sem nome, Que zomba dos outros, Você.
Transcrição da apresentação:

1922 - PRÉ-MODERNISMO - 1922 Raul Pompeia - O Ateneu Euclides da Cunha - Os Sertões – Contastes e confrontos Lima Barreto Triste fim de Policarpo Quaresma Recordações do escrivão Isaías Caminha Monteiro Lobato Urupês - O Presidente Negro - Cidades Mortas Graça Aranha – Canaã Augusto dos Anjos - Eu

Características Quanto à forma: Conserva elementos ligados ao Realismo e Naturalismo

Quanto ao conteúdo: Interesse crítico pela realidade social da época Quanto ao conteúdo: Interesse crítico pela realidade social da época. Daí a temática: Guerra de Canudos A situação dos imigrantes O preconceito de raça e de cor. A situação dos marginalizados. O caipira, o mulato, o negro e os trabalhadores à margem do progresso.

1922 MODERNISMO – fase heroica (geração de 22) 1930 Manuel Bandeira Testamento - Última Canção do Beco Os sapos - Vou-me embora pra Pasárgada Oswald de Andrade Memórias Sentimentais de João Miramar Mário de Andrade Macunaíma - Pauliceia Desvairada Contos Novos - Amar Verbo Intransitivo Alcântara Machado Brás, Bexiga e Barra Funda

Características da poesia – forma Verso livre Linguagem Coloquial Aproximação com a prosa Quanto ao conteúdo Humor Irreverência Valorização do cotidiano Nacionalismo

Características da prosa – forma períodos curtos Linguagem coloquial Aproximação com a poesia Narrativa não linear Quanto ao conteúdo Nacionalismo Preocupação com o presente

1930 MODERNISMO – fase construtivista (geração de 30) 1945 Carlos Drummond de Andrade Mãos Dadas - Os ombros suportam o mundo José - Confissões do itabirano Vinícius de Moraes O dia da criação - Pátria minha O operário em construção - Mensagem à poesia Cecília Meireles O Romanceiro da Inconfidência

Com a aceitação das novas ideias (Modernismo), não há mais necessidade dos excessos experimentais e irreverentes da fase inicial. Em consequência, surge uma poesia mais amadurecida e equilibrada, mantendo

I – QUANTO À FORMA: As conquistas anteriores I – QUANTO À FORMA: As conquistas anteriores. Verso livre Quebra das regras fixas, mas sem exagero. II – QUANTO AO CONTEÚDO: Ampliação da temática. Existencialismo Preocupação política

1922 - PRÉ-MODERNISMO - 1922 Raul Pompeia - O Ateneu Euclides da Cunha - Os Sertões – Contastes e confrontos Lima Barreto Triste fim de Policarpo Quaresma Recordações do escrivão Isaías Caminha Monteiro Lobato Urupês - O Presidente Negro - Cidades Mortas Graça Aranha – Canaã Augusto dos Anjos - Eu

1922 MODERNISMO – fase heroica (geração de 22) 1930 Manuel Bandeira Testamento - Última Canção do Beco Os sapos - Vou-me embora pra Pasárgada Oswald de Andrade Memórias Sentimentais de João Miramar Mário de Andrade Macunaíma - Pauliceia Desvairada Contos Novos - Amar Verbo Intransitivo Alcântara Machado Brás, Bexiga e Barra Funda

1930 MODERNISMO – fase construtivista (geração de 30) 1945 Carlos Drummond de Andrade Mãos Dadas - Os ombros suportam o mundo José - Confissões do itabirano Vinícius de Moraes O dia da criação - Pátria minha O operário em construção - Mensagem à poesia Cecília Meireles O Romanceiro da Inconfidência

Mãos Dadas Não serei o poeta de um mundo caduco Mãos Dadas Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, A vida presente.

1 O poeta se nega a cantar um mundo: mórbido, rejuvenescido, materialista, senil 2 Na primeira estrofe, o poeta se compromete a se abster de compor: Poemas lírico-amorosos Poemas a respeito do porvir Poemas indianistas Poemas sobre a esperança

3 “Estão Taciturnos. ” Os companheiros estão 3 “Estão Taciturnos...” Os companheiros estão? Soturnos Indecisos Esperançosos Desesperençados 4 “Entre eles considero a realidade”. Considerar aqui equivale a: Distinguir, dar distinção, examinar, dar consideração

5 “nem serei raptados por serafins” 5 “nem serei raptados por serafins”. O poeta não será levado por: anjos, divindades mitológicas, companheiros, Mulheres

MORFOLOGIA Não serei o poeta de um mundo caduco MORFOLOGIA Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

SINTAXE Entre eles, considero a enorme realidade SINTAXE Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,

JOSÉ E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama protesta, e agora, José?

Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?

E agora, José? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio - e agora? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora?

Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse… Mas você não morre, você é duro, José! Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, pra onde?

LER – VERBO NO INFINITIVO LIDO – VERBO NO PARTICÍPIO LENDO – VERBO NO GERÚNDIO

REDUZA AS ORAÇÕES E AS CLASSIFIQUE Seria bom que você lesse algo REDUZA AS ORAÇÕES E AS CLASSIFIQUE Seria bom que você lesse algo. Seria bom você ler algo. O bom é que ele tem acesso à informação. Ela disse que estava cheia. Acredito que mereço um descanso.

Eu tinha a impressão de que estava fazendo algo errado Eu tinha a impressão de que estava fazendo algo errado. Emprestei-lhe a blusa para que não sentisse frio. Magoei o aluno embora não tivesse a intenção. Nas há crianças que esperam ajuda. Porque você age assim, terás muitos animigos.

Se estudares mais, terás mais conhecimento Se estudares mais, terás mais conhecimento. Quando percebeu a falha, ele começou a gritar.

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo: - Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: - Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás. Lucas, cap. V, vs. 5-8.

Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão. Como um pássaro sem asas Ele subia com as casas Que lhe brotavam da mão. Mas tudo desconhecia De sua grande missão: Não sabia, por exemplo Que a casa de um homem é um templo Um templo sem religião Como tampouco sabia Que a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era a sua escravidão.

De fato, como podia Um operário em construção Compreender por que um tijolo Valia mais do que um pão? Tijolos ele empilhava Com pá, cimento e esquadria Quanto ao pão, ele o comia... Mas fosse comer tijolo! E assim o operário ia Com suor e com cimento Erguendo uma casa aqui Adiante um apartamento Além uma igreja, à frente Um quartel e uma prisão: Prisão de que sofreria Não fosse, eventualmente Um operário em construção.

Mas ele desconhecia Esse fato extraordinário: Que o operário faz a coisa E a coisa faz o operário. De forma que, certo dia À mesa, ao cortar o pão O operário foi tomado De uma súbita emoção Ao constatar assombrado Que tudo naquela mesa - Garrafa, prato, facão -  Era ele quem os fazia  Ele, um humilde operário,  Um operário em construção.  Olhou em torno: gamela  Banco, enxerga, caldeirão  Vidro, parede, janela  Casa, cidade, nação!  Tudo, tudo o que existia  Era ele quem o fazia  Ele, um humilde operário  Um operário que sabia  Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento  Não sabereis nunca o quanto  Aquele humilde operário  Soube naquele momento!  Naquela casa vazia  Que ele mesmo levantara  Um mundo novo nascia  De que sequer suspeitava.  O operário emocionado  Olhou sua própria mão  Sua rude mão de operário  De operário em construção  E olhando bem para ela  Teve um segundo a impressão  De que não havia no mundo  Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão Desse instante solitário Que, tal sua construção Cresceu também o operário. Cresceu em alto e profundo Em largo e no coração E como tudo que cresce Ele não cresceu em vão Pois além do que sabia - Exercer a profissão - O operário adquiriu Uma nova dimensão: A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu Que a todos admirava: O que o operário dizia Outro operário escutava. E foi assim que o operário Do edifício em construção Que sempre dizia sim Começou a dizer não. E aprendeu a notar coisas A que não dava atenção:

Notou que sua marmita Era o prato do patrão Que sua cerveja preta Era o uísque do patrão Que seu macacão de zuarte Era o terno do patrão Que o casebre onde morava Era a mansão do patrão Que seus dois pés andarilhos Eram as rodas do patrão Que a dureza do seu dia Era a noite do patrão Que sua imensa fadiga Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não. E o operário fez-se forte Na sua resolução E o operário disse: Não! E o operário fez-se forte Na sua resolução. Como era de se esperar As bocas da delação Começaram a dizer coisas Aos ouvidos do patrão. Mas o patrão não queria Nenhuma preocupação - "Convençam-no" do contrário - Disse ele sobre o operário E ao dizer isso sorria.