MONITORA: Sara S. Almeida

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
RESENHA Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural,
Advertisements

Vanguardas e Modernismo
O CÉU: JESUS GLORIFICADO Apocalipse 1:1.
A visão do vale de ossos secos. Ezequiel 37: 1-4.
Nos relatos da Infância de Jesus
ANÁLISE LITERÁRIA Morte e Vida Severina O lutador.
“ O ADVENTO E OS SINAIS DE ESPERANÇA DA EDUCAÇÃO CATÓLICA PARA A FORMAÇÃO DAS NOVAS GERAÇÕES”
JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Graciliano Ramos.
MODERNISMO 3ª Fase - Prosa
LITERATURA E SUAS FUNÇÕES
A SECA NO NORDESTE A poesia de participação social chama a atenção para o homem diminuído na sua condição oprimida.
Textos narrativos ficcionais e textos poéticos. Michele Picolo
O Cachorro e o Coelho.
Conto.
11 E Jesus disse ainda: – Um homem tinha dois filhos.
TEXTO BASE: Tito 2.1 “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”.
Literatura Ariano Suassuna
Salmo 23 Bíblia Viva O Senhor é o meu Pastor
PESCA EM ÁGUAS PROFUNDAS XXI IGREJA VIVA. As coisas do mundo espiritual precisam ser destemidamente proclamadas por toda terra, do alto dos telhados,
CONSTRUINDO O CARÁTER  I – INTRODUÇÃO
AO TÉRMINO DESSE ESTUDO O ALUNO DEVE SER CAPAZ DE RESPONDER ÀS 21 QUESTÕES PROPOSTAS.
O JUÍZO FINAL.
Tipologia Definição: Tipologia é a maneira de contar a história Bíblica da salvação, de modo que algumas fases mais antigas sejam vistas como prenúncio.
Geração de 1945.
O texto literário e a obra
FEIRA DE VERSOS – POESIA DE CORDEL
Expondo a Palavra IPJG 1 O Cristão Contemporâneo Ouça o Espírito, Ouça o Mundo Expondo a Palavra.
O que procuro? Onde procuro?
TEXTOS NARRATIVOS Hoje, vamos falar um pouco sobre narrativa, um dos gêneros textuais que, normalmente, são estudados no Ensino Fundamental 1 e 2, mas.
PESCA EM ÁGUAS PROFUNDAS II A LINGUAGEM DA ALMA. Numa determinada manhã luminosa, na paróquia da Mãe da Divina Providência, bairro de Val-de-Cães, um.
Aula: Modernismo – Geração de 45 Profª: Paulo Monteiro Data: 18/10/2005 Instruções: Para que esta apresentação seja exibida de forma satisfatória é necessário.
Série ANIMADOS.
Natal Natal História de Natal.
Introdução aos gêneros literários
“O que tens de fazer, faze-o depressa”. (Jo 13.27b)
“Então, lhe veio a palavra do SENHOR, dizendo: Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva.
Contexto Histórico e Sociocultural em que se passa o Livro
Um encontro em Samaria. O Renascer da Esperança. João 4: 4-24
Narração: personagem/ espaço/ enredo
GUTTUSO, Renato. Cruxificação
Palavra de Vida Março de 2008.
Alunos: Bárbara Cristina
O Livro de 2 Pedro TEXTO BASE: 2 Pedro 3.13
Prof.:Mercedes Corrêa Sampaio Goulart
Série: Atos dos apóstolos Atos 9:
GÊNEROS LITERÁRIOS.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO DENOTAÇÃO – Atribui às palavras significados claros, objetivos, que evocam um único sentido, aceito pelas pessoas como algo convencional.
Módulo 02 Literatura : Gêneros Literários
Literatura Guimarães Rosa O mágico das palavras
Morte e Vida Severina Auto de Natal Pernambucano
Mateus nos conta sobre os magos que foram ver Jesus
“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso,
Eu sou poeta.
Gramática – Aula 1- Exercícios
Trabalho sobre Morte e Vida Severina.
João Cabral de Melo Neto
8º C – COLÉGIO MARIA MONTESSORI Prof. JAILSON DANTAS
Literatura Brasileira
MODERNISMO PROSA FASE 2. MODERNISMO PROSA FASE 2.
LIGUE O SOM Natal... Nascimento de Jesus....
MODERNISMO NO BRASIL.
Vidas Secas.
Redação gêneros do discurso e gêneros literários
Aulas Multimídias – Santa Cecília Prof. Pecê. Professor: Pecê Rodrigues.
Orações Coordenadas Assindéticas: não tem conjunção. Camilo pegou-lhe nas mãos, olhou para ela sério e fixo. (ambas são orações coordenadas assindéticas.)
PARNASIANISMO LITERATURA.
3ª Geração Modernista: pós-modernismo Reflexões existenciais/intimismo Experimentalismo lingüístico.
Transcrição da apresentação:

MONITORA: Sara S. Almeida LITERATURA MONITORA: Sara S. Almeida Gurupi, setembro de 2011

Modernismo - (3ª Fase) – Visão Geral Início: 1945 Também chamada de “Pós-Modernismo” A fase da “Reflexão” e da “Ponderação” com a linguagem Se opunha a 1ª fase do modernismo e por isso era ridicularizada com o apelido de “neoparnasianismo” A partir dos anos 50,preferiu-se atribuir ao modernismo o status de estilo contemporâneo

Modernismo - (3ª Fase) – Contexto Histórico No Mundo: 1939 a 1945: Segunda Guerra Mundial Pós-Guerra No Brasil: Getúlio Vargas no poder 1942: Participação da FEB e FAB na Segunda Guerra Desenvolvimento da Industrialização 1951 a 1954: Getúlio voltar ao poder 1930 a 1934: Governo provisório 1934 a 1937: Governo constitucional 1937 a 1945: Estado novo

Modernismo - (3ª Fase) – Características Na prosa: Investigação psicológica das personagens e seus conflitos íntimos; A ação e o enredo perdem importância em favor das emoções, estados mentais e reações das personagens; A literatura torna-se cada vez mais subjetiva, interiorizada e abstrata, constituída de experiências mentais; Normalmente, o autor não faz o retrato do personagem: este vive e o leitor o conhece e julga.

Modernismo - (3ª Fase) – Características Principais autores: Clarice Lispector João Guimarães Rosa

Modernismo - (3ª Fase) – Características Na poesia: Maior apuro do verso; Mais ênfase na palavra, no ritmo, na rima; Tendência para uma arte mais racional, cerebral, às vezes até hermética; Busca do regionalismo temático e do universalismo; Caráter “engajado” da poesia.

Modernismo - (3ª Fase) – Características Principal autor: João Cabral de Melo Neto

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Morte e Vida Severina auto de Natal Pernambucano João Cabral de Melo Neto

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Personagens: Severino – Um retirante nordestino que parte da serra para o litoral em busca de melhores condições de vida.

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Ano de publicação: 1956 Gênero: Poesia drámatica Temas: Morte, vida, seca, miséria Divisão da obra: 18 cenas Local: Pernambuco (Sertão, Litoral – Recife) Narração: 1ª Pessoa Auto: peça breve, de cunho religioso, pedagógico ou moral;

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Personagens/Religiosidade: Estrela-guia = rio-guia Pastores = severinos Reis magos = os moradores que levam os presentes às crianças José (carpinteiro, pai de Jesus) = José, mestre carpina, pai da criança que nasce Cristo = criança (esperança de vida)

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Enredo: Conta a história do retirante Severino que parte do sertão para o litoral. Vida Morte S E R T Ã O L IT ORAL

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Enredo: Como guia, Severino tem o Rio Capibaribe, mas, durante o percurso, só encontra morte e miséria. Ao chegar a Recife, a decepção: também lá há muita morte e tristeza. Resolve, então, "saltar fora da ponte e da vida", atirando-se no Capibaribe; enquanto conversa com o mestre José carpina, uma mulher avisa que o filho (de José) “saltou para dentro da vida" (nasceu). O nascimento da criança devolve-lhe a esperança de vida, mesmo que seja uma vida severina.

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Estrutura: Grupo I - Cap. 1-12 (cenas de morte) = Severino sai da serra e vai para Recife, seguindo o Rio Capibaribe. Vai para fugir da morte, mas a encontra por todo o caminho, para seu desespero. 18 partes GRUPO II - Cap. 13-18 (presépio) = é descrito o nascimento do filho de José, mestre carpina, uma alusão feita ao nascimento de Jesus. Versos com 7 sílabas poéticas (redondilha maior), muita sonoridade, muita rima.

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Grupo I – Morte O retirante explica ao leitor quem é e a que vai. “O meu nome é Severino, [...] Somos muitos Severinos como não tenho outro de pia. iguais em tudo na vida: Como há muitos Severinos, na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria e iguais também porque o sangue, como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, que usamos tem pouca tinta”. [..] fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. [...]

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Grupo I – Morte 2. Encontra dois homens que carregam um defunto em uma rede. 3. O retirante tem medo de se perder porque seu guia, o Rio Capibaribe secou com o verão. 4. Na casa a que o retirante chega estão cantando excelências (cantigas de velório sem acompanhamento musical) para um defunto.

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Grupo I – Morte 5. Cansado da viagem, Severino pensa interrompê-la por uns instantes e procurar trabalho ali onde se encontra. 6. Dirige-se à mulher na janela que depois descobre tratar-se de quem se saberá (rezadeira). 7. O retirante chega à Zona da Mata que o faz pensar, outra vez, em interromper a viagem. 8. Assiste ao enterro de um trabalhador de eito e ouve o que dizem do morto os amigos que o levaram ao cemitério.

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Grupo I – Morte 9. O retirante resolve apressar os passos para chegar logo ao Recife. 10.Chegando ao Recife, o retirante senta-se para descansar ao pé de um muro alto e caiado e ouve, sem ser notado, a conversa de dois coveiros. 11. O retirante aproxima-se de um dos cais do Capibaribe. 12. Aproxima-se do retirante o morador de um dos mocambos que existem entre o cais e a água do rio.

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Grupo II – Presépio (Vida) 13. Uma mulher, da porta de onde saiu o homem, (José) anuncia-lhe o nascimento do filho. 14. Aparecem e se aproximam, da casa do homem, vizinhos, amigos, duas ciganas, etc. 15. Começam a chegar pessoas trazendo presentes para o recém-nascido.

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Grupo II – Presépio (Vida) 16. Falam as duas ciganas que haviam aparecido com os vizinhos. 17. Falam os vizinhos, amigos, pessoas que vieram com presentes, etc. 18. (conclusão) O carpina fala com o retirante que esteve de fora, sem tomar parte em nada.

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra ANÁLISE DA OBRA

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra A história é narrada em primeira pessoa, pelo personagem Severino e é composta de monólogos e diálogos com outros personagens. ESPAÇO NARRAÇÃO LINGUAGEM SEVERINO Sinônimo (no texto) de desgraça, miséria, fome e morte; diminutivo de “severo”. Linguagem concisa com expressões populares e musicalidade; traços orais, rimas e repetições. Movimento de deslocamento: Agreste Caatinga Zona da mata Recife - ele sai da serra (Serra da Costela) e vai para o litoral, para Recife.

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra OPINIÃO

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Quais os principais aspectos da obra? No que o contexto histórico Mundial e nacional podem ter influenciado o autor? Por quê a escolha do título “Morte e Vida Severina”? O que representa o nascimento do filho de José, mestre carpina?

Modernismo - (3ª Fase) - Por dentro da obra Questionário

Modernismo - (3ª Fase) - Questionário (FUVEST) É correto afirmar que em Morte e Vida Severina: A alternância das falas entre ricos e pobres , em contraste, imprime a dinâmica geral do poema o ritmo da luta de classes. A visão do mar aberto, quando Severino finalmente chega ao Recife, representa para o retirante a primeira afirmação da vida conta a morte. O caráter de afirmação da vida, apesar de toda miséria, comprova-se pela ausência da idéia de suicídio. As falas finais do retirante, após nascimento de seu filho, configuram o “momento afirmativo”, por excelência, do poema. A viagem do retirante, que atravessa ambientes menos e mais hostis, mostra-lhe que a miséria é a mesma, apesar dessas variações de meio físico.

Modernismo - (3ª Fase) - Questionário (PUC-SP) João Cabral de Melo Neto é o poeta do Modernismo que se salienta pelo constate combate ao sentimentalismo. “É o engenheiro da poesia”. Busca concisão e precisão nos seus poemas. No entanto, num terreno oposto faz poesia de participação. Um poema seu, divulgado como peça teatral, justamente realiza uma análise social do homem nordestino, porém sem arroubos sentimentais. O poema em causa é: Invenção de Orfeu Morte e Vida Severina Jeremias sem chorar Brejo dos almas n. d. a.

Modernismo - (3ª Fase) - Questionário 3) (CEFET) Leia as seguintes afirmações sobre Morte e Vida Severina: I) O nascimento do filho do compadre José é antagônico em relação aos outros fatos apresentados na obra, já que esses são marcados pela morte. II) Podemos dizer que o conteúdo é completamente pessimista, considerando-se que a jornada é marcada pela tragédia da seca, o que leva Severino à tentativa de suicídio. III) Mais do que a seca, as desigualdades sociais do Nordeste são o tema da obra. Assinale a alternativa correta sobre as afirmações: a) Somente I e II estão corretas. b) Somente I e III estão corretas. c) Somente II e III estão corretas. d) As três estão corretas. e) As três estão incorretas.