Senhoras e senhores internautas-espectadores

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Transcrição da apresentação:

Senhoras e senhores internautas-espectadores Este programa não possui censura, é livre e foi feito especialmente para você!

originalmente produzido Este programa foi originalmente produzido em preto e branco…

Tratado Geral dos Chatos Novela de Benjamin Baseada na obra de Guilherme Figueiredo Tratado Geral dos Chatos Direção: Daniele Rodrigues

A primeira novela das 8 saudável, inteligente, útil e sem intervalo comercial!

Trilha sonora original Ludwig Van Beethoven

O GEH respeitosamente apresenta

5º Capítulo

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS CHATOS Dentro das condições estabelecidas na definição, chega-se a um postulado importante: Todo chato é bonzinho. Não o fosse, e não teria tempo de ser chato. Há uma exceção: o chato agressivo, que é o que se desespera por ser bonzinho ou que deseja converter-nos, por coação física, à sua “bondade”. Ou ainda, destruir fisicamente a maldade alheia. O chato bonzinho trabalha na desintegração da personalidade moral, intelectual, afetiva; age de dentro para fora. O agressivo procura a coação muscular.

Na classificação geral dos bonzinhos encontram-se os seguintes: Mas, bonzinho ou agressivo, o chato ataca sempre por um ângulo que julgar ser o da afetividade – o que já sentia Voltaire ao suplicar que o livrassem dos seus amigos, pois dos inimigos ele próprio se livraria. O chato, bonzinho ou agressivo, imagina-se amigo. E, por piedade, inércia, temor ou burrice, nós às vezes o mantemos em tal ilusão. Na classificação geral dos bonzinhos encontram-se os seguintes:

Catalíticos Também chamados subliminares: os que agem por ação de presença (de perto, os chatélites; de longe, os telechatos ou webchatos), sem falar ou mover-se, emitindo apenas ondas de partículas imponderáveis que nenhum computador, a não ser a própria vítima, consegue captar, e que giram em torno do chato, donde serem chamados “anéis de Chaturno”.

Às vezes, entretanto, tais irradiações bombardeiam outros seres, até mesmo objetos inanimados antes de haverem atingido o paciente: canários param de cantar, cães rosnam, copos se quebram, quadros despencam, lâmpadas se apagam, sons indefinidos projetam-se no ambiente sem que se possa identificar sua origem, fenômenos que, na linguagem comum, se chamam “avisos” ou “telegramas”. Entre os catalíticos a espécie mais atuante é a dos barógenos, também conhecidos como pesados ou azarentos. Embora, na prática, os chatos de qualquer categoria possam emitir partículas de “jettatura” (mau olhado), os barógenos têm como atributo a causa de malefícios de toda natureza: quedas, atropelamentos, empregos perdidos, dinheiro roubado, maus negócios, programas frustrados, erros profissionais.

As suas irradiações não penetram apenas no paciente, mas se refletem ou ricocheteiam, atingindo as coisas ao redor, ou voltam-se sobre o que a vítima está fazendo ou vai fazer. Enquanto os catalíticos simples infiltram chateação como um escapamento de gás, os catalíticos-barógenos só são reconhecíveis depois que produziram o desastre. Existe um tipo de barógeno muito difundido por suas particularidades: é o heautontimoroumeno, o “carrasco de si mesmo”, de ação reflexa. São os supersticiosos, os que têm medo ou amor por números (o 13, o 7), por datas (o 13 de agosto, a sexta-feira 13), os que apostam mentalmente consigo mesmos que, se fizerem tais ou quais coisas, outras tantas necessariamente acontecem ou deixam de acontecer. São os que interpretam todos os seus sonhos e pesadelos.

O tipo catalítico-barógeno do tipo heautontimoroumeno.

Tais chatos não conseguem jamais sentir-se tranqüilos pois tudo e todos lhe parecem extremanente perigosos e inconfiáveis. Os catalíticos-barógenos do tipo heautontimoroumeno comem doces em excesso, são egoístas, irritadiços, perfeccionistas para uns, neuróticos para outros, e somente sentem algum bem-estar se todas as coisas estiverem acontecendo de acordo com o seu desejo. Ainda que, à primeira vista, pareçam apenas autochatos sem risco para terceiros, na verdade contaminam as vítimas porque lhes atribuem o “azar” ou a “sorte” em cujo encalço andam. O chato que conclui mentalmente que “Fulano dá sorte” é tão perigoso quanto o que conclui que “Fulano dá azar” (a menos que fulano dê mesmo azar. E para se confirmar isso é necessário que mais pessoas sintam e concordem com tal conclusão).

O catalítico, caracterizando-se pelo silêncio ou pelo laconismo, é um penetra da solidão da vítima, um violador do que cada homem possui em si de mais sagrado: o direito de chatear-se ou deschatear-se sozinho – treinamento que lhe permitirá, no transcorrer da vida, correr para o pique de si mesmo!

O chato catalítico simples possui um complexo de inferioridade resultante de aflitiva imodéstia: ele se crê invisível e, por conseguinte, não-contundente. Em sua forma larvar é o tímido que, para não incomodar ninguém ao sair dum ônibus superlotado, acaba acotovelando a todos, por pura delicadeza; é um Rimbaud que, par delicatesse, não teria perdido sa vie, mas a vida alheia. Tal espécie de chato acaba sendo um exibicionista capaz de praticar um ato fisiológico em nossa presença porque a sua forma de chateação é a convicção de que não está perturbando ninguém. Os desleixados no traje, os sujeitos de barba-por-fazer, os que recebem à porta em trajes menores são dados a chateação catalítica, assim como os cabeludos, os hidrófobos, os contrários ao respeitável estabelecimento da higiene.

! Opa! Essa música não é do Beethoven! Elemento surpresa, lembra? Antídoto contra chatice.

Logotécnicos São subdivididos em diversas espécies: pronominais, proparoxítonos, filóxenos (atacados de filoxenia, isto é, o acendrado amor à palavra, citações e expressões estrangeiras) os trocadilhistas, os charadistas, os cefaloclastas (amantes de quebra-cabeças), os sideropígios (CDF). Em geral se subdividem em omnílogos e unílogos, conforme versem sobre vários assuntos (alta porcentagem no Brasil) ou um só assunto (“profissionários”, que só tratam da mesma profissão: colecionadores; baedeckerianos, de precisão em pormenores turísticos; prendados-domésticos, dados a falar de crianças, remédios, receitas, empregadas; balipódicos, que se subdividem pelos clubes de futebol a que pertencem).

Logotécnico-unílogo O maior índice de unílogos se verifica entre norte-americanos, altamente especializados e preocupados com a técnica de suas profissões. *

* Cabe aqui uma observação procedente. A extrema especialização técnica a que chegou a civilização norte-americana tornou grande massa de americanos completamente uníloga. O resultado de tanta especialização pode ser sentido por todo o planeta o qual, podemos dizer, está completamente dominado pelo american way of life. A incrível expansão dos unílogos se pode constatar em qualquer catálogo de edições de livros sobre know-how, que reúnem milhares de títulos comportando profissões, hobbies, manias, curiosidades, anedotas, ciência, bruxarias, sociedades secretas, e apresentando praticamente dezenas de volumes para cada problema cotidiano a enfrentar. Postos em ordem cronológica os problemas do homem, teríamos uma biblioteca básica de know-how:

Como caçar passarinhos (F. C. Pellet); Como obter uma bicicleta (C. G Como caçar passarinhos (F. C. Pellet); Como obter uma bicicleta (C. G. Ferguson); Como reconhecer os mamíferos (E. S. Both); Como vencer a timidez (P. W. Titus); Como dançar (F. E. Parson); Como desenvolver a autoconfiança (D. Carnegie); Como fazer uma experiência (P. Hogeund); Como bater em retirada (I. Iparraguirre); Como evitar o casamento (H. Fray); Como dominar seu medo (P. G. Steinrohn); Como ser pai (F. B. Gilbreth); Como arranjar e conservar um marido (Kate Constante); Como obter o primeiro emprego (G. Leeds); Como ser delirantemente feliz (I. Wallach); Como arrumar a casa (M. D. Gillies); Como ganhar dinheiro (H. e I. Eisenberg); Como fiz um milhão de dólares (A. F. Taylor); Como multipliquei minha renda e minha sorte nas vendas (F. Bettger); Como transformei mil dólares em um milhão de negócios imobiliários nas horas vagas (W. Nickerson); Como não ficar nunca zangado (J. Rodale); Como ajudar seus filhos a crescerem (A. Patri), Como ajudar meu marido a descansar (B. M. Wheller); Como proteger-se contra mulheres e outras vicissitudes (C. Morton); Como viver na floresta com dez dólares por semana (B. Angier); Como perder amigos e afugentar pessoas (I. D. Tressler); Como dormir bem (S. Gutwirth); Como ter juízo (R. Flesch); Como deixar que Deus o ajude (M. Fillmore); Como ser um eremita (W. Cuppy); Como ser uma viúva de sucesso ( R. L. Zalk); Como viver? (E. G. White)…

Os logotécnicos compreendem ainda os califásicos ou bocas de foro, que estudaram empostação da voz e, quando no banheiro, cantam para desespero dos vizinhos; e os cambronnofágicos ou escatolossádicos, cujo palavreado é o que se escuta nos filmes franceses nouvelle vague ou nos enlatados norte-americanos e é mal traduzido nas legendas em português. Há califásicos profissionais, como recitadores em geral e os cantadores napolitanos. E há cambronnofágicos que usam partículas vocais próprias como artifícios de pontuação: vírgulas, exclamações, interrogações, interjeições. Ex: “…non miror, merdas si libet cani.” Marcial, Epigramaton. A invasão do palavrão no cinema e no teatro, e daí na vida cotidiana, é uma “vitória” desse tipo de chatos, altamente reacionário. Pois, graças à ilusão do palavrão destruidor da sociedade, é ele apenas válvula de indignação. Aberta a válvula, com a fuga da indignação, lá se vai a coragem da rebeldia. Hoje o palavrão é uma palavrinha.

Hamletianos São os atacados de idéia fixa, mas indecisos no comportamento para alcançar o fim que almejam. Pertencem a esta categoria os desastrados, respingadores de molho, derrubadores de jarras, tropeçadores em tapete e os gaffeurs. Matam involuntariamente Polonius, levam Ofélia à insanidade, assassinam amigos e a própria mãe, tudo “por bem”, mas sem saber onde está o Bem. De todas as espécies de hamletianos, a mais difundida é a dos gaffeurs que, só eles, mereciam uma novela à parte.

To be or not to be: That’s the question!…

Pirotécnicos Identificáveis por expressões como “Você é quem brilha!”, “Você cada-vez mais cada-vez!”, “Você vai bem-obrigado?”, “Venham de lá esses ossos!”. No Brasil, usam um abraço empinado, barriga contra barriga; palmadas nas costas (“Salve ele!”).

Na categoria estão os genitlíacos, que dão e cobram parabéns: “Viu que beleza a arrumação que eu fiz em todas as gavetas da cozinha? “Gostou da lasanha? Fui eu que fiz!” “Nossa sua idéia é genial, como você é inteligente!”; os ganimedianos, gentis, prestativos (encontrados entre diplomatas, homens de relações públicas, parentes pobres); os filogenéticos, amigos da família; os arquiomíticos, contadores de anedotas manjadas que festejam com a melhor gargalhada (há um tipo que ri antes mesmo de contar a anedota e há os da má ironia ou chatíricos);os entronizantes, oradores de festas, casamentos, batizados, posses, os angariadores de assinaturas para homenagens e manifestações, os que se fazem de servil, principalmente para com as pessoas de destaque, que ocupem cargos – espécie designada comumente por puxa-sacos; e os que fazem gracinhas, practical-jokes, primeiros-de-abril, os conhecidos “sujeitos gozados”, ou seja, os chatimbancos. Na prática, os pitotécnicos podem conter alguma coisa de postulantes, pois acabam cobrando o incenso que gastam.

Hoje vimos os tipos: * Catalíticos *Catalíticos-barógenos *Catalíticos-barógenos-heautontimoroumeno *Logotécnicos (que se dividem em: pronominais, proparoxítonos, filóxenos, trocadilhistas, os charadistas, cefaloclastas, colecionadores; baedeckerianos, prendados-domésticos, balipódicos) * Hamletianos *Pirotécnicos (que se subdividem em: Ganimedianos, Filogenéticos, Entronizantes, Chatíricos, Chatimbancos)

Serviu alguma carapuça?

Não???!

Comprovadamente detectar e rebelar-se contra a chatice alheia é bem mais fácil do que contra a própria!

Depois de amanhã tem mais!

Não perca no próximo capítulo:

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS CHATOS Parte 2

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