Poema de Leila Marinho Lage Letra e melodia de Álvaro Carrilho Perda Poema de Leila Marinho Lage Música Sabor a mi Letra e melodia de Álvaro Carrilho Interpretação Luis Miguel
Deixo escorregar pelas mãos a vida que nunca vou poder viver. Um telefonema, uma relação que acabou. Jogo a toalha. Estou cansada... Deixo escorregar pelas mãos a vida que nunca vou poder viver.
e só vejo poeiras. Para os outros está limpíssima... Olho pra minha casa e só vejo poeiras. Para os outros está limpíssima... Tento limpar o que não se vê. As camisolas, caprichosamente arrumadas e cheirosas, vão ficar no fundo da gaveta.
Minha mesa traz o peso dos meus dias Minha mesa traz o peso dos meus dias. Os óculos em cima da conta de telefone aumentam a lista de nossas conversas.
Dezenas de celulares contando segundos de ligações não atendidas ou eternas meia-horas de frustrantes diálogos.
Perto das contas, o castiçal que enfeitou jantares, vídeos de tempos bons, jornais que se acumulam e não serão lidos.
Terminei o que nem comecei. Tentativas em vão de ser feliz.
Audácia de ousar um amor que nasceu e vai morrer em mim.
Meu lugar agora é perto dos óculos que aumentam o valor das contas, que fazem crescer minha incerteza e meu descaminho.
Passo pelo interruptor, que esconderá meus sonhos, e apago as luzes.
Preciso enxergar melhor... Vou colocar meus óculos, mas eles hoje só me dão a visão, não o rumo.
jornais e jogo fora - serão reciclados. Amanhã pego aqueles jornais e jogo fora - serão reciclados. Minha vida também...
Formatação Leila Marinho Lage http://www.clubedadonameno.com