Síntese Unidade 1.1 Fernando Pessoa, Poesia do ortónimo Unidade 1.2

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Transcrição da apresentação:

Síntese Unidade 1.1 Fernando Pessoa, Poesia do ortónimo Unidade 1.2 Bernardo Soares, Livro do desassossego

Fernando Pessoa, Poesia do ortónimo Unidade 1.1 Fernando Pessoa, Poesia do ortónimo Afonso Pinhão Ferreira, Fernando Pessoa (s/d), coleção privada

Expressão do subtil do frio Unidade 1.1 Fernando Pessoa, Poesia do ortónimo Pessoa ortónimo Lirismo e inspiração criadora Expressão Expressão do tédio Expressão do subtil do frio Anseios de alma

Poesia do ortónimo Unidade 1.1 Fernando Pessoa, Poesia do ortónimo O fingimento artístico A dor de pensar «Autopsicografia» – o fingimento das emoções / dos sentimentos através de um processo de intelectualização. «Ela canta pobre ceifeira» – a dor de pensar, de ser lúcido; de ter o desejo de uma inconsciência impossível. «Isto» – o poema é o resultado da transfiguração das emoções. Apenas o leitor poderá sentir o prazer da fruição estética que o poema proporciona. «Vendaval» – «Ah, mágoa de ter consciência da vida!» (v. 13); «Horror de sentir a alma sempre a pensar!» (v. 26).

Poesia do ortónimo Unidade 1.1 Fernando Pessoa, Poesia do ortónimo Sonho e realidade A nostalgia da infância «Não sei se é sonho, se realidade» – o anseio por um paraíso, a reivindicação da felicidade da imaginação. «Pedrouços» – a nostalgia da infância, uma idade perdida, um tempo de felicidade longínqua. «Não sei se é sonho, se realidade, Se uma mistura de sonho e vida, Aquela terra de suavidade Que na ilha extrema do sul se olvida. É a que ansiamos. Ali, ali A vida é jovem e o amor sorri». «Quando eu era pequeno não sabia, Que cresceria. Pelo menos não o sentia».

Linguagem, estilo e estrutura Unidade 1.1 Fernando Pessoa, Poesia do ortónimo Linguagem, estilo e estrutura Grande sentido de musicalidade; Versificação regular e tradicional, de rimas, de aliterações, do transporte ou encadeamento de versos, de paralelismos e repetições; Utilização de pontuação emotiva (frases exclamativas, interrogativas, suspensivas); Utilização de um vocabulário simples; Frequente presença de recursos expressivos como a anáfora, a comparação e a metáfora, entre outros.

Fotógrafo desconhecido, Unidade 1.2 Bernardo Soares, Livro do desassossego Fotógrafo desconhecido, «Fernando Pessoa na Baixa de Lisboa», in Fernando Pessoa – Obra Poética, volume I, Lisboa, Círculo de Leitores, 1986, p. 3

Bernardo Soares Unidade 1.2 Bernardo Soares, Livro do desassossego O imaginário urbano «Passa tudo isso, e nada de tudo isso me diz nada, tudo é alheio ao meu sentir, alheio, até, ao destino próprio – inconsciência, círculos de superfície quando o acaso deita pedras, ecos de vozes incógnitas – a salada coletiva da vida.» A paisagem humana da cidade. Apontamentos sobre o ambiente das ruas e das casas de Lisboa. Meditações sobre temas obsessivos, entre os quais o tédio e a depressão.

Bernardo Soares Unidade 1.2 Bernardo Soares, Livro do desassossego O quotidiano «Descendo hoje a rua Nova do Almada, reparei de repente nas costas do homem que a descia adiante de mim. (…) Levava uma pasta velha debaixo do braço esquerdo, e punha no chão, no ritmo de andando, um guarda-chuva enrolado.» Apontamentos sobre a realidade concreta da cidade: o homem visto de costas, a ida ao barbeiro, o carro elétrico, Lisboa ao luar, etc.

Deambulação e sonho: o observador acidental Unidade 1.2 Bernardo Soares, Livro do desassossego Bernardo Soares Deambulação e sonho: o observador acidental O permanente movimento mesmo que apenas interior – ele é um «transeunte do corpo e da alma» – e a observação «acidental» que resulta dessa deambulação permanente.

Perceção e transfiguração Unidade 1.2 Bernardo Soares, Livro do desassossego Bernardo Soares Perceção e transfiguração poética do real A paisagem da cidade não vive apenas por si, mas é um pretexto para reflexões e para o desassossego que o altera. Fotografia de Joshua Benoliel, «rua do Arsenal» (c. 1910), Arquivo Municipal de Lisboa

Bernardo Soares, Livro do desassossego Unidade 1.2 Bernardo Soares, Livro do desassossego Estrutura Espécie de diário íntimo, discurso de primeira pessoa, que integra histórias de vida, reflexões sobre a natureza humana, descrições de paisagens citadinas (Lisboa), de ambientes marcados pela melancolia e pela tristeza. Linguagem e estilo Obra de natureza fragmentária, caracteriza-se por uma prosa lírica de natureza meditativa.