ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO PESCOÇO AULA 2: Músculos do pescoço

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Transcrição da apresentação:

ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO PESCOÇO AULA 2: Músculos do pescoço Prof. Dr. Luís Fernando Tirapelli

Músculos do pescoço Músculos cervicais ântero-laterais Mm. Superficiais e laterais; Mm. Supra e infra-hióideos; Mm. Pré-vertebrais anteriores; Mm. Pré-vertebrais laterais. Outras estruturas anatômicas importantes no pescoço, são os músculos, que permitem movimentos livres e protegem estruturas nervosas e vasculares do pescoço. Eles são divididos em vários grupos, sendo o primeiro deles o grupo cervical superficial e lateral, representado por 3 músculos. O mais superficial deles é o m. Platisma. Este músculo é uma modificação da fáscia superficial da tela subcutânea do pescoço e recobre a face ântero-lateral do pescoço. Tem origem da fáscia que recobre as partes superiores do deltóide e peitoral maior e se insere na margem inferior da mandíbula. Suas margens anteriores sofrem decussação sobre o mento e se fundem com os mm. da face; inferiormente suas fibras divergem deixando uma falha anterior à laringe e à traquéia. Funções: tensiona a pele, produz cristas cutâneas verticais e liberando a pressão sobre as vv. superficiais. O músculo da barba e do colarinho apertado. A partir de suas fixações inferiores, ajuda a abaixar a mandíbula e puxa os ângulos da boca inferiormente. É inervado pelo ramo cervical do n. facial (VII).

1. Mm. superficiais e laterais Músculos do pescoço 1. Mm. superficiais e laterais Músculo Platisma - Tensão da pele - Deprime a mandíbula e o ângulo da boca. Outras estruturas anatômicas importantes no pescoço, são os músculos, que permitem movimentos livres e protegem estruturas nervosas e vasculares do pescoço. Eles são divididos em vários grupos, sendo o primeiro deles o grupo cervical superficial e lateral, representado por 3 músculos. O mais superficial deles é o m. Platisma. Este músculo é uma modificação da fáscia superficial da tela subcutânea do pescoço e recobre a face ântero-lateral do pescoço. Tem origem da fáscia que recobre as partes superiores do deltóide e peitoral maior e se insere na margem inferior da mandíbula. Suas margens anteriores sofrem decussação sobre o mento e se fundem com os mm. da face; inferiormente suas fibras divergem deixando uma falha anterior à laringe e à traquéia. Funções: tensiona a pele, produz cristas cutâneas verticais e liberando a pressão sobre as vv. superficiais. O músculo da barba e do colarinho apertado. A partir de suas fixações inferiores, ajuda a abaixar a mandíbula e puxa os ângulos da boca inferiormente. É inervado pelo ramo cervical do n. facial (VII).

M. Esternocleidomastóideo M. Esternocleidomastóideo: divide o pescoço nos trígonos anterior e posterior. Apresenta 2 origens: esternal (manúbrio) e clavicular (terço medial da clavícula) e se insere no processo mastóideo e ligamento nucal superior. Suas principais funções são: ambos fletem e extendem o pescoço conjuntamente e isoladamente fletem lateralmente e rodam contralateralmente a face. Inervação: ramo externo ou espinhal do n. acessório (XI).

Torcicolo congênito

Eleva, retrai e abaixa a escápula. Torcicolos espasmódicos M. Trapézio Eleva, retrai e abaixa a escápula. Torcicolos espasmódicos

2. Músculos Supra-hióideos - Elevam e fixam o hióide, o assoalho oral e a língua (deglutição e fala). Outro grupo de mm. São os supra-hióideos, que conectam o hióide ao crânio. Elevam e fixam o osso hióide, o assoalho oral e a língua durante a deglutição. São 4 mm. A saber: - Mm. milo-hióideos: origem: linha milo-hióidea da mandíbula, preenchendo o arco da mandíbula. Inserção: na rafe milo-hióidea e na margem superior do corpo do osso hióide. Funções: sustentam a língua e a elevam, assim como o hióide e o assoalho oral quando se deglute ou na fala. Inervação: n. milo-hióideo, ramo do n.mandibular do V. - Mm. gênio-hióideos: origem: espinha mentual da mandíbula. Inserção: face anterior do corpo do hióide. Funções: sustenta o m.milo-hióideo (elevação da língua), alarga a faringe, fixa o osso hióide, abaixa a mandíbula e elevam o hióide. Inervação: n. hipoglosso (XII). - Mm. estilo-hióideos: origem: processo estilóide. Inserção: margem lateral do corpo do hióide com duas caudas, na circunferência anterior e posterior, abarca na maior parte o tendão intermediário do m. digástrico. Eleva e retrai o hióide alongando o assoalho oral. Funções: fixa o hióide, puxa o osso cranialmente na deglutição. Inervação: ramo estilo-hióideo do n. facial. - Mm. digástricos (ventre anterior e posterior): origem: incisura mastóidea o ventre posterior, tendão intermediário no corno menor do hióide. Inserção: seu ventre anterior na fossa digástrica da mandíbula. Funções: abre a boca, eleva, ou seja, fixa o hióide durante a deglutição; suporta o m. milo-hióideo e o fixa durante a deglutição e a fala. Inervação: n. milo-hióideo – ramo do n. mandibular do V (ventre anterior) e n. facial (VII) (ventre posterior).

3. Músculos Infra-hióideos Esterno hióideo; Omo hióideo; Esterno tireóideo; Tíreo hióideo. Os mm. infra-hióideos, tb constituem 4 pares de músculos que fixam o hióide, esterno, clavícula e escápula e abaixam o hióide e a laringe durante a deglutição e a fonação. Também trabalham com os supra-hióideos para estabilizar o hióide, fornecendo uma base firme para a língua, além de elevar a laringe – m. tíreo-hióideo. O m. omo-hióideo distende a fáscia cervical pela aderência de seu tendão intermediário com a bainha carótica; mm. auxiliares da respiração (puxam o esterno cranialmente na inspiração). Mm. esterno-hióideo e omo-hióideo são superficiais e os mm. esternotireóideo e tíreo-hióideo são profundos e inervados pela alça cervical (C1 a C3). - Mm. esterno-hióideos: Origem: margem cranial da cartilagem da 1a costela, face interna do manúbrio do esterno e articulação esternoclavicular. Inserção: corpo do hióide. - Mm. omo-hióideos: Origem: margem superior da escápula entre o ângulo superior e a incisura da escápula (ventre inferior). Inserção: margem inferior da região lateral do corpo do hióide. - Mm. esterno-tireóideos: Origem: face interna da cartilagem da 1a costela, face interna do manúbrio, caudal ao m. esterno-hióideo. Inserção: face externa da lâmina da cartilagem tireóidea (adiante da origem do m. tíreo-hióideo). Este músculo recobre os lobos laterais da gl. tireóide. Limita a expansão da gl. tireóide superiormente. Assim, tumores ou bócios que aumentam, levam-na a se expandir anteriormente ou inferiormente ao mediastino - Mm. tíreo-hióideos: Origem: face externa da lâmina da cartilagem tireóidea. Inserção: terço lateral do corpo e raiz do corno maior do hióide.

4. Músculos pré-vertebrais 4.1. Anteriores: - m. longo da cabeça; - m. longo do pescoço; - m. reto anterior da cabeça; - m. reto lateral da cabeça. * flexão e rotação da cabeça e do pescoço. 4.2. Laterais: - mm. escalenos anterior, médio e posterior. * elevam a 1ª e 2ª costelas * fletem lateralmente o pescoço. O último grupo de mm. do pescoço são os mm. pré-vertebrais, que por sua vez são divididos em mm. vertebrais anteriores e laterais. São mm. localizados no assoalho dos trígonos anterior e posterior do pescoço. Vertebrais anteriores. - M. longo da cabeça: origem: parte basilar do occipital; inserção: tubérculos anteriores dos processos transversos de C3 a C6. Função: flexão da cabeça. Inervação: ramos ventrais de C1-C3. - M. longo do pescoço: origem: tubérculo anterior de C1, corpo de C2-C3 e processo transverso de C3-C6. Inserção: corpos das vértebras C5-T3, processo transverso de C3-C6. Funções: flete o pescoço com rotação para o lado oposto se agindo isoladamente. Inervação: ramos ventrais de C5-C8. - M. reto anterior da cabeça: origem: base do crânio anterior ao côndilo occipital. Inserção: face anterior da massa lateral de C1. Funções: flete a cabeça e ajuda a estabilizá-la. Inervação: ramos da alça cervical C1 e C2. M. reto lateral da cabeça: origem: processo jugular do occipital. Inserção: processo transverso de C1. Funções: flete a cabeça e ajuda a estabilizá-la. Inervação: ramos da alça cervical C1 e C2. 4.4. Vertebrais laterais. - M. escaleno anterior: origem: tubérculos anteriores dos processos transversos de C3-C6. Inserção: tendão curto no tubérculo do m. escaleno anterior da 1a costela. Inervação: ramos diretos do plexo braquial (C5-C8). - M. escaleno médio: Origem: tubérculos anteriores de todos os processos transversos cervicais. Inserção: tendão curto da 1a costela, posterior ao sulco da a. subclávia. Inervação: ramos diretos do plexo braquial (C5 – C8). - M. escaleno posterior: Origem: tubérculos posteriores do 50 e 60 processo transverso cervical. Inserção: margem superior da 2a costela. Inervação: ramos diretos do plexo braquial (C5 – C8). Funções: fletem lateralmente e giram o pescoço. Elevam a 1a e 2a costelas. Auxiliam na inspiração (acessórios).

- M. Esplênio da cabeça (C3- C6) - Flexão lateral, extensão e rotação homolaterais da cabeça e do pescoço M. Levantador da escápula (n. dorsal da escápula) - M. esplênio da cabeça: origem: metade inferior do ligamento nucal e processo espinhoso de T1-T6. Inserção: processo mastóideo (lateralmente) e 1/3 lateral da linha nucal superior. Funções: flete lateralmente e gira a cabeça e o pescoço para o mesmo lado; bilateralmente eles estendem a cabeça e o pescoço. Inervação: ramos dorsais de C3-C5/C6. - M. levantador da escápula: origem: tubérculo posterior dos processos transversos de C1-C4. Inserção: parte superior da margem medial da escápula. Funções: eleva a escápula e inclina a cavidade glenoidal inferiormente. Inervação: n. dorsal da escápula e nn. cervicais espinhais C7 e C8.

RESUMO Mm. do pescoço: superficial e laterais; supra-hióideos; infra-hióideos e pré-vertebrais

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Drake, R.L., Vogl, W., Mitchell, A.W.M. Gray׳s. Anatomia para estudantes. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2005. Gardner, Gray e O׳Rahilly. Anatomia. 4ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1978. Gray׳s. Anatomia. A base anatômica da prática clínica. 40ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2010. Moore, K.L.; Dalley, A.F. Anatomia orientada para a clínica. 6ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2011. Snell, R.S. Anatomia clínica para estudantes de medicina. 5ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1999.