“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

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Transcrição da apresentação:

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver dúvida, que eu leve a fé. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver erros, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz...”

fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado; “Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna.” Oração de São Francisco

Todas as histórias são de amor.

Esta é a parte final de uma apresentação sobre a vida de Mona Mahmudnizhad. A história relatada a seguir tem por palco a cidade de Shiraz, localizada ao sul do Irã.

Em 1979, ano em que ocorreu a Revolução Islâmica no Irã, teve início no país uma onda de violação aos direitos humanos fundamentais. Com a tomada do poder pelo clero fundamentalista xiita, violenta perseguição foi iniciada contra as minorias religiosas, em particular, contra os seguidores da Fé Bahá’í.

Em decorrência da severa intolerância religiosa demonstrada pelo novo governo, Mona, aos dezessete anos de idade, é presa, juntamente com seu pai, e centenas de outros seguidores da Fé Bahá’í. Passados três meses do início do aprisionamento de sua filha, no mês de janeiro de 1983, a mãe de Mona também viria a ser presa.

A presente apresentação inicia-se com Mona e seus pais presos. Apenas sua irmã, Taraneh, encontra-se em liberdade.

- O Anjo de Shiraz - Quão longe você iria pelos teus ideais? (uma história real) Quão longe você iria pelos teus ideais?

- PARTE VII - HORIZONTES E PARTIDAS

Mona e sua mãe permanecem encarceradas na ala feminina da prisão. Elas, assim como as demais prisioneiras, não se deixam dobrar às injustiças dentro da cadeia.

restringem a liberdade As grades que lhes restringem a liberdade nada podem diante da dignidade das suas almas...

Saber enfrentar com ânimo e coragem as provações significa compreender que na vida poucas coisas importam, mas que essas poucas coisas são essenciais, como o amor.

Na segunda semana de encarceramento da mãe de Mona, para a surpresa de todos, os alto-falantes anunciam que as prisioneiras bahá’ís devem dirigir-se ao telhado do presídio.

Surpresa maior é encontrar no telhado todos os homens bahá’ís que também permanecem presos naquela cadeia. A família Mahmudnizhad, - filha, mãe e pai -, está reunida pela primeira vez na prisão.

Embora breve, foi um momento precioso para todos. Outras prisioneiras que também tinham parentes presos sentaram-se juntos dos seus, de mãos dadas, compartilhando histórias e ganhando força uns dos outros.

Mona e seu pai conversam pouco. Há momentos, raro ao comum dos mortais, em que só o silêncio pode dizer tudo.

- mas só o segredo, nunca o silêncio, a matéria-prima do amor. O segredo do silêncio é quebrado por um brilho nos olhos, por um gesto da mão, - mas só o segredo, nunca o silêncio, a matéria-prima do amor.

Por diversas vezes, Mona se levanta a fim de beijar os olhos de seu pai. Estão cientes de que aquela permissão para o reencontro é o prenúncio de tempos ainda mais severos que os aguardam...

Filha e pai, sob o céu infinito, Por diversas vezes, Mona se levanta a fim de beijar os olhos de seu pai. Filha e pai, sob o céu infinito, parecem trocar confidências celestiais...

São tempos especialmente difíceis para Taraneh, irmã de Mona. Em poucos meses, viu-se abruptamente separada das pessoas que mais ama. Nas quartas-feiras, visita seu pai, e nos sábados, sua mãe e sua irmã. Na noite em que sua mãe também foi presa, chorou amargamente, ao ver sua vida ficar repentinamente tão vazia...

No início do mês de março, ao visitar seu pai, pergunta-lhe: “Pai, por que dentre os quatro membros da nossa família, três são tão amados aos olhos de Deus, sendo apenas eu excluída? Que falha tenho cometido para não ser considerada digna de também compartilhar da prisão?”

Seja confiante, e feliz...” Seu pai amorosamente responde: “Taraneh, acaso achas que estás livre? Todos vocês, que estão fora da cadeia, também são prisioneiros de uma prisão maior. Veja todas as restrições presentes na tua vida; você também é uma prisioneira. Ademais, o amante nunca está livre, sendo um prisioneiro do amor. Seja confiante, e feliz...”

A resposta lhe tranqüiliza o coração. Porém, apenas quatro dias depois da visita, o marido de Taraneh traz a notícia de que seu amado pai, Sr. Mahmudnizad, fora executado.

“Seja confiante, e feliz...” Em meio ao desespero, Taraneh recorda as últimas palavras que ouvira de seu amado pai: “Seja confiante, e feliz...” Com tal lembrança, procura colocar toda a sua confiança nas mãos de Deus, e transmutar a sua inconsolável dor em resignação e infinita paciência...

Taraneh sabe que, mais do que nunca, precisa ser forte, sua mãe e sua irmã continuam presas, e ela tem a sua pequena filha de um ano de idade pra criar...

sem conseguir parar de pensar na sua irmã, Mona, e em toda a dor que Passa a noite em claro, sem conseguir parar de pensar na sua irmã, Mona, e em toda a dor que a notícia irá lhe causar...

Mona, a despeito dos diversos pedidos de sua mãe, recusara-se a se alimentar durante 30 horas. É em estado de jejum que recebe a notícia da execução de seu amado pai. Com uma voz suave e um coração partido, murmura: “Eu já sabia, já sabia. Isto constitui uma bênção para ele...”

Todos sabem do intenso amor e admiração que Mona nutre por seu pai. O seu delicado coração, que com tamanha valentia vinha enfrentando cada sucessiva batalha, parece já não conseguir suportar o peso de mais esta dor, - a maior que jamais sentira.

- pois pertencem à linguagem que as palavras não traduzem. Tantos e tantos sentimentos e lembranças que evocam em seu coração, e que jamais serão conhecidos, - pois pertencem à linguagem que as palavras não traduzem.

Seus olhos marejados de saudade e dor contrastam com o trêmulo sorriso que, apesar de tudo, ainda procura transmitir luz às suas colegas. As fragrâncias eternas perfumam a pequena cela nesta hora de dor e superação extremas.

São fundas as feridas da alma, ou da alma não seriam. Coração Sangue e Lágrimas

- PARTE VIII - O MANTO VERMELHO

Nesta hora de dor suprema, Mona se recorda de um sonho antigo, - sonhado num tempo em que jamais imaginaria que tão cedo se despediria da companhia de seu amado pai...

um manto vermelho, primorosamente bordado. Neste sonho, lhe era oferecido um manto vermelho, primorosamente bordado.

Diante dos recentes acontecimento, Mona interpreta o sonho, a cor, o manto, com o martírio, e sente que em breve irá seguir o mesmo destino de seu amado pai.

Certa vez, escrevera um poeta...:

“Não se pode negar a existência de Deus diante de uma noite estrelada, da sepultura das pessoas amadas, ou da firmeza dos mártires na sua última hora.”

Juventude, inocência, esperanças O sonho O manto vermelho As privações na cadeia O seu amado pai Juventude, inocência, esperanças Resistência, heroísmo, dignidade, fortaleza da alma...

Não mais que dezessete anos...

Certo dia, Mona conduz sua mãe pela mão até um estreito corredor na cadeia.

Olhando-a nos olhos, pergunta: “Mãe, a senhora está ciente de que eles irão me executar?”

Guiando-se pelo instinto maternal, Sra. Mahmudnizhad procura remover aquela idéia dos pensamentos de sua pequena e adorável filha...:

“Não, minha querida, você será solta desta prisão. Constituirás família, terás lindos filhos. Eu quero vê-los... Por favor, não alimentes estas idéias...”

Mas Mona, com sua serenidade habitual, prossegue: “Mãe, eu sei que eles irão me matar. Quero apenas compartilhar o que pretendo fazer quando esta hora chegar. Você gostaria de ouvir o que tenho para lhe contar?”

Diante de uma alma assim resoluta, sua mãe simplesmente responde: “Sim, minha filha, conte-me...” E Mona com sua suave voz prossegue...:

“Você está ciente, mãe, de que no local da execução, para onde nos levarão, colocarão uma corda em volta de nossos pescoços... Irei beijar esta corda, e farei uma oração.”

Mona recolhe os braços em devoção, fecha os olhos e, adornada por um semblante que irradia tranqüilidade, profere uma breve prece.

Em seguida, abre os olhos, e diz: “Farei esta oração para a felicidade e prosperidade de toda a humanidade, despedindo-me deste mundo mortal, e partindo em direção a Deus.”

Sua mãe em silêncio ouve. Diante da grandeza d’alma da sua pequena filha que tanto ama, a que palavras recorrer para expressar o que sente?

Olhando-a nos seus lindos olhos verdes, pensa: “Como poderão - este frágil e delicado corpo, este estreito corredor, estas celas escuras, e estes altos muros de confinamento - ser capazes de conter uma alma que anseia por alçar vôo rumo aos reino celestiais.”

Maravilhada, apenas consegue dizer: “Que bela história, Mona, que bela história!”.

- PARTE IX - A DANÇA ETERNA

13 de junho, uma segunda-feira Para surpresa de todos, do mesmo modo como fora presa, - sem nenhum prévio aviso ou justificativa -, a mãe de Mona, após cerca de cinco meses de confinamento, é posta em liberdade. Ela abraça Mona longamente e a beija com o coração partido por ter que se separar novamente de sua tão amada filha.

Manhã de 18 de junho, sábado Dia de visita - Taraneh e sua mãe se dirigem à prisão. Um espesso vidro separa Mona de sua mãe e irmã. Faz-se necessária a utilização de um aparelho de telefone para se comunicarem. A voz de Mona, como de costume, transborda ternura e se reveste de toda a alegria que ela sente por rever sua família. “Como gostaria de poder te apertar, e te dar um grande beijo”, diz para a sua irmã.

“Taraneh, quero te pedir um favor. Quero que ores por mim, Mona confidencia que, muito em breve, a hora da sua partida chegará, e pede à sua irmã: “Taraneh, quero te pedir um favor. Quero que ores por mim, para que eu possa me dirigir ao local da execução dançando. Necessito, também, de um segundo favor. Quero que ores e peças a Deus que me perdoe os pecados, antes que eu seja levada à execução. Após isso, podem me levar.”

“O que for que Deus queira, nós nos contentaremos com a Sua vontade.” “Meu Deus, que tarefa mais difícil”, pensa Taraneh, “Como poderei eu, tão cheia de faltas, orar por este anjo...”, e em seguida responde: “O que for que Deus queira, nós nos contentaremos com a Sua vontade.” Mona, com um sorriso nos lábios, continua: “Você sabe por que estou tão contente? Estou contente porque nós fomos escolhidas por Deus para sermos fortes.”

“Taraneh, quero que a eduques para que se torne igual ao nosso pai.” E prossegue: “Taraneh, querida, transmita o meu amor a todos os parentes e amigos, e beije-os por mim.” Depois, dirigindo o olhar para Nura, sua pequena sobrinha, pede: “Taraneh, quero que a eduques para que se torne igual ao nosso pai.”

“Quero educar Nura de modo que se torne igual a você, Mona!” pensa Taraneh, porém, antes que possa dizer o que está sentindo, os telefones são cortados, e é anunciado que o horário da visita se encerrou.

Que lembranças ela guardará da ocasião da visita? Nura observa atentamente enquanto Mona é retirada da sala, para ser conduzida de volta à cela. Que lembranças ela guardará da ocasião da visita? Talvez o sorriso doce de Mona, o seu jeito manso de se expressar e carinhoso de olhar... Ou, quem sabe, a energia espiritual de sua presença, que as crianças tão bem sabem notar...

Já não há mais nada que possa ser dito ou feito. Taraneh beija a ponta dos dedos e encosta a mão no vidro que as separa.

Anseia em seu coração pelo dia em que possa abraçar sua irmã, sentir seu cheiro e beijá-la novamente, acolhê-la e demonstrar-lhe um pedacinho do infinito amor que tem por ela.

e Taraneh teme ao pensar no que a realidade pode estar reservando. Depois, compartilhariam a perda do seu pai, e toda a dor que tiveram que suportar. Mona contar-lhe-ia tudo que passou na prisão, e juntas cuidariam de sua mãe... Mas apenas anseios são, e Taraneh teme ao pensar no que a realidade pode estar reservando.

Ela pensa no pedido que Mona lhe fizera...: “Quero que ores por mim, para que eu possa me dirigir ao local da execução dançando.”

Partir deste mundo, dançando Adentrar a Eternidade, dançando...

Orações para que possa receber aquela hora derradeira dançando... A dança representa uma das raras ocasiões em que o corpo, a mente e o espírito experimentam uma vivencia de inteira completude. Santo Agostinho, num de seus escritos, afirma:

“Louvada seja a Dança, pois liberta o Homem do peso das coisas materiais, Louvada seja a Dança, que tudo exige, e fortalece a saúde, a mente serena e uma alma encantada. A Dança transforma o espaço, o tempo e a pessoa...”

“A Dança exige o ser humano inteiro, ancorado no seu Centro... A Dança exige um Homem livre e aberto vibrando na harmonia de todas as forças...”

“Ó Homem, Aprende a Dançar! Senão os Anjos no Céu não saberão o que fazer contigo.” Santo Agostinho

- PARTE X - O ATO FINAL

Entardecer do dia 18 de junho, 1983 - o cair da noite por testemunha. Uma sentença condenando dez prisioneiras bahá’ís, incluindo Mona, à pena de morte por enforcamento é decretada. Juízes islâmicos e guardas revolucionários cansaram-se de fracassar nas suas repetidas investidas visando fazê-las negar a sua fé.

Mona e mais nove colegas recebem ordens para que se dirijam até um ônibus, que as levará para um acampado próximo. O cair da noite como única testemunha...

Numa última tentativa de persuadi-las a negar, naquele instante derradeiro, a sua fé, ordens são dadas para que elas sejam executadas uma a uma. As que ficarem para o final serão forçadas a presenciar a execução das primeiras. As autoridades calculam que a visão do aniquilamento resultará naquilo que meses de confinamento e duras penas não foram capazes de conseguir.

Dez mulheres Dez corações Fé e Amor O palco está montado...

- há até quem afirme que não precisam andar juntas para poderem tudo. A Fé e o Amor podem muito, - há até quem afirme que não precisam andar juntas para poderem tudo.

Mona, a mais nova do grupo, com apenas dezessete anos de idade, pede para ser a última a ser executada.

Quer dedicar orações para a firmeza de cada uma das nove amigas queridas.

Tem as preces atendidas, - uma a uma, todas as nove daquele seleto grupo erguem, com fé e coragem, a taça do martírio.

Como gaiolas partidas, os delicados corpos são enfileirados no acampado, desprovidos da alma que há pouco neles habitava.

derradeira, Mona permanece serena. Nesta hora derradeira, Mona permanece serena. A brisa da noite lhe sussurra que a sua peregrinação por terras candentes e áridas chegara ao fim...

...e que é hora de adentrar o mar do mistério de Deus.

O tênue limite que separa uma vida da Eternidade prestes a ser rompido. Mona beija a corda...

...e dedica uma breve oração para a felicidade e prosperidade de toda a humanidade.

A vertigem do mergulho que rompe o tempo e que inaugura a Eternidade.

O grão morre para frutificar...

A mãe e a irmã de Mona recebem a notícia da condenação e da execução, e se dirigem para lhe dar o último adeus.

“Minha filha, minha querida Mona” diz, enquanto passa-lhe as mãos tenras, acariciando o suave rosto que segura em seu colo. Uma ternura ancestral, de todas as mães, de todos os tempos e de todas as dores.

Se inclina para dar-lhe um último beijo de mãe, de infinita ternura.

Um beijo doce, prolongado, cheio de respeito, como quem beija a face de um recém-nascido...,

...agora, sim, recém-nascido que acabara de nascer no coração de Deus.

Abraça meigamente a filha, e lhe sussurra:

“Minha filha querida. Parte para Deus. Vai para tua liberdade. Realiza todos os teus sonhos...”

“Esse mundo era pequeno para o teu desejo. Chega em Deus. Mergulha em Sua vida e em Seu amor.”

Mas é também minha filha, agora e para sempre... “Você, agora, é de Deus. Mas é também minha filha, agora e para sempre... Mona, eu te amo.”

- EPÍLOGO -

O martírio destas dez mulheres deixa a cidade inteira em estado de comoção. “Sente-se em Shiraz o cheiro de sangue, amor e devoção”, relata uma moradora. Reuniões são organizadas em suas memórias. Grupos e mais grupos de pessoas chegam trazendo flores.

Já não é mais possível encontrar flores, mesmo que se percorra a cidade inteira. Flores para as “Noivas de Shiraz”, - carinhosa designação que por toda parte se ouve.

e que lutam, munidos de Amor e Fé, por Justiça e Liberdade..., A história das “Noivas de Shiraz” ficará, sobretudo, como exemplo a todos que resistem à opressão, e que lutam, munidos de Amor e Fé, por Justiça e Liberdade...,

...aprendendo, na difícil escola da esperança, que é preferível “morrer do que perder a vida”.

Quem são os teus heróis? Quem são as tuas heroínas...?

Shirin Dalvand, 25 anos Formada em Sociologia, na sua vida acadêmica se destacou como aluna exemplar.

Embora seus pais residissem na Inglaterra, e lhe pedissem para se mudar para aquele país, ela havia decidido permanecer no Irã, - morava com os avós.

“Tenho esperança de que a misericórdia de Deus me capacite Durante um dos interrogatórios, perguntaram-lhe por quanto tempo pretendia se manter firme na sua fé: “Tenho esperança de que a misericórdia de Deus me capacite a permanecer firme até o meu último sopro de vida.”

Amava o mar...

Sra. ‘Izzat Ishraqi, 50 anos Transmitia força e esperança a todas as companheiras de cárcere, incluindo a sua filha, Roya.

Mãe e filha, compartilhando a mesma história...

Roya Ishraqi, 23 anos Estudante de Medicina Veterinária, era uma das prisioneiras mais radiantes e queridas, constante centro das atenções.

Adorava praticar esportes, em especial o alpinismo.

Seu pai foi martirizado pouco antes que ela.

Simin Sabiri, 25 anos Destacou-se durante o período de prisão como uma das mais destemidas do grupo, jamais demonstrando qualquer sinal de fraqueza ou abatimento.

Mashid Nirumand, 28 anos Fonte de contínuo encorajamento para suas colegas de prisão. Era formada em Física.

Nusrat Yalda’i, 54 anos Conhecida por sua bondade e hospitalidade, suportou com firmeza as duras penas, tendo recebido numa ocasião mais de duzentas açoitadas.

Seu marido e seu filho foram executados alguns dias antes que ela.

Zarrin Muqimi, 28 anos Tinha uma voz melodiosa, profundos conhecimentos e o dom da oratória. Era formada em Letras.

A despeito de seu jeito delicado, defendia com eloqüência, vigor e propriedade aquilo em que acreditava. As autoridades, ressentidas, passariam a interrogá-la sozinha.

Tahirih Arjmandi, 32 anos Enfermeira, constantemente se encarregava de cuidar da saúde das demais companheiras de prisão.

Seu esposo foi martirizado dois dias antes que ela.

Akhtar Sabit Com pouco mais de 20 anos, era a segunda mais nova do grupo. Nutria em seu tenro coração um carinho genuíno por todos.

Trazia no peito todos os anseios e todas as inquietações próprios da juventude, - o inconformismo diante das crueldades e injustiças, a dor de se ver cerceada da sua liberdade e das coisas que mais gostava...

Ao tomar conhecimento da sentença condenatória, comentou: “Aconteça o que tiver que acontecer, não irei me abater. Diante do que possa suceder, contento-me com a Vontade de Deus...”

Mona Mahmudnizhad “O Anjo de Shiraz” 10 de setembro, 1965 18 de junho, 1983

- As Noivas de Shiraz - Para saber mais: www.monasdream.com (em inglês)

- As Noivas de Shiraz - Outros sites: www.bahai.org / www.bahai.org.br / www.br.amnesty.org

- As Noivas de Shiraz - Formatação: um_peregrino@hotmail.com

- As Noivas de Shiraz -