Rosinha
Rosinha era uma flor muito especial. Quando nasceu na forma de um lindo botão, seus olhinhos espertos observavam os movimentos do jardim.
E ela perguntou: - Por que eu nasci azul? Ao olhar para o lado, ela percebeu que havia lindas rosas coloridas, rosas amarelas, vermelhas, brancas e rosadas, mas não havia nenhuma azul. ? ? E ela perguntou: - Por que eu nasci azul? ?
Ao cair da noite, ouvia-se o choro quase silencioso de Rosinha que, triste, sentia -se diferente e solitária.
Ao amanhecer, ela enxugava seus olhinhos marejados para que ninguém percebesse sua tristeza. Suas lágrimas misturavam-se com as gotas de orvalho.
As rosas que dali saíam se transformavam em colônias, sabonetes e outras coisas mais. Só ela ficava. Sentia -se feia e rejeitada.
Até que um dia, um cientista que por ali passava resolveu pesquisar aquela diferente rosa azul. Depois de muita pesquisa, descobriu que, de seu extrato, ele poderia formular um remédio capaz de curar diversas doenças.
Assim, Rosinha entendeu que tudo tem o seu tempo e, por mais diferente que você seja, você pode contribuir sempre para um mundo melhor.
“ Fiz o que quis e fiz com paixão. Se a paixão estava errada, paciência. Não tenho frustrações, porque vivi como um espetáculo. Não fiquei vendo a vida passar, sempre acompanhei o desfile.” Mário Lago (1911 – 2002)