ENGENHARIA DE PRODUÇÃO INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS Prof. Jorge Marques

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
CLASSIFICAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA
Advertisements

Remoção de Nutrientes em Sistema de Lodos Ativados
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EM ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EF LUENTES.
Sistema de Esgotamento Sanitário e Pluvial
Sistema de Esgotamento Sanitário e Pluvial
ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS URBANOS
Profa. Dra. Gersina N. da Rocha Carmo Junior
TRATAMENTO DE ESGOTO Tratamento preliminar Tratamento Primário
ETE Ponta Negra Localização: Rota do Sol, no município de Natal;
Saneamento ambiental Iana Alexandra
Aspectos Construtivos das Lagoas de Estabilização
Eutrofização.
TRATAMENTO DE ESGOTOS PELO PROCESSO DE LODOS ATIVADOS
POLUIÇÃO.
Águas residuais urbanas e Sistemas de tratamento
POLUIÇÃO Prof Edilson Soares
Tratamento Biológico de Esgotos Domésticos
Tratamento do Esgoto Doméstico Deivid Ívini Moraes de Negreiros.
Tratamento de Águas Residuárias
EQUALIZAÇÃO DE RESÍDUOS
Tratamento de Águas Residuárias
Tratamento de efluentes líquidos industriais
NÍVEIS DE TRATAMENTO DE ESGOTO
PROCESSOS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
alguns aspectos gerais
Parâmetros de Caracterização da Qualidade das Águas
Cefet-Ba Edital 02/2008 Área: Segurança, Meio Ambiente e Saúde – Simões Filho Ponto 9: Tratamento Biológico de Efluentes Industriais Candidata: Ângela.
Aula 7 – Saneamento Ambiental
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS Prof. Jorge Marques
Quantidade de água disponível
Tratamento de águas residuárias
TRATAMENTO DO LODO DE ETES
Esgotos Planeta Água: poluição
SISTEMAS DE ESGOTOS E EFLUENTES
SISTEMAS DE TRATAMENTO
Tratamento de Esgotos Processo Anaeróbio.
INTRODUÇÃO AO TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS INDUSTRIAIS
Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR
COMPOSTAGEM.
Cálculo da carga de DBO Um matadouro que abate 100 Cab/Bov/Dia e 30 Cab/suino/Dia produz: Carga Bovina: 7 kg de DBO/Cab/Dia 1 Bov ~ 2,5 Suínos a) Carga.
Curso sobre Pós-tratamento de Efluentes Anaeróbios
Estações de Tratamento de Água
Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias
Instalações Industriais – Epr-29 Tratamento de Efluentes Industriais
SISTEMAS DE TRATAMENTO
Lagoas Facultativas: Dimensionamento
Lúcio Flavio Arrivabene
Aula: Sistemas de Tratamento Aeróbio
ADSORVEDORES Prof. Marcelo José Raiol Souza
Professora Luana Bacellar
Matéria Orgânica e Oxigênio Dissolvido.
Alternativas para Tratamento de Águas Residuárias
TRATAMENTO DE ÁGUA.
Porque devemos nos preocupar com o tratamento do esgoto?
Química Ambiental Água Professor: Francisco Frederico P. Arantes.
Profº Carlos Eduardo Tirlone
SISTEMAS DE TRATAMENTO
TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO
Bruna Pacheco Keldmy Obrownick
Processos Aeróbios de Tratamento de Efluentes Líquidos
Sistema de Esgotamento Sanitário e Pluvial
Tratamento Primário Ilustrações. A  Líquido limpo. B  Região de concentração constante. C  Região de concentração variável. D  Região de compactação.
Nutrientes Óleos e graxas.
Tratamento de efluentes por processos biológicos:
Preservar e Recuperar o Meio Ambiente
Prof. Dr. Roque Passos Pivelli Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho
Proteção do meio ambiente.
Consumo de Água (Kraft): Polpa: m3/ton
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
CARACTERIZAÇÃO E TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS ORGÂNICOS
Transcrição da apresentação:

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS Prof. Jorge Marques Aula 19 Tratamento de Esgotos Industriais Fonte Consultada MACINTYRE, A. J. Instalações Hidráulicas Notas de aula profa. Ximena

Classificação dos Esgotos Industriais Caracterizam-se pela natureza complexa e elevados volumes. Pode-se dizer que cada tipo de indústria exige um estudo especial para tratar seus esgotos Resumidamente, as substâncias poluidoras presentes nos esgotos industriais podem ser classificados em: Elementos insolúveis possíveis de serem separados por processos físicos simples ou com auxílio de processos químicos.

Classificação dos Esgotos Industriais Elementos solúveis capazes de serem separados por processos físicos, como osmose e eletrólise. Bases ou ácidos que necessitam apenas de uma neutralização, correção do pH. Oxidantes ou redutores que são removidos por meio de operação oxi-redução. Elementos separáveis por precipitação Elementos separáveis por floculação ou flotação.

Classificação dos Esgotos Industriais Gases que podem ser removidos por processos de desgaseificação. Compostos biodegradáveis, que podem ser removidos pelos processos biológicos comuns dos esgotos domésticos. Muitas vezes as substâncias poluidoras são compostas de diferentes elementos e exigem diversos tratamentos numa só rede de esgotos.

Processos Físicos de Remoção de Poluentes PENEIRAMENTO E SEDIMENTAÇÃO sólidos grosseiros em suspensão Gradeamento sólidos grosseiros (> ~ 1 cm) dimensão > que o espaçamento entre barras Sedimentação partículas com densidade > esgoto (> ~ 1mm)

Processos Físicos de Remoção de Poluentes DECANTAÇÃO sólidos em suspensão sedimentáveis profundidade não afeta a sedimentação, mas afeta a retenção de lodo. efeito de superfície é mais acentuado nos resultados que o efeito de profundidade lodo obtido: biodigestor anaeróbio

Processos Físicos de Remoção de Poluentes PENEIRAMENTO Remoção de sólidos superiores a 0,5 mm. Presentes nas indústria de bebidas, pescado, frigoríficos, cortumes, sucos, entre outras. A limpeza da peneira, por jato d’água e/ou escova pode ser mecanizada. Na presença de óleos e graxas, a limpeza deve ser mais frequênte.

Processos Físicos de Remoção de Poluentes FILTRAÇÃO Passagem da solução através de um meio poroso, construídos à base de areia ou membranas. Retém sólidos em suspensão de pequenas dimensões.

Processos Físico-Químicos FLOTAÇÃO Processo em que se utiliza da adição de produtos químicos apropriados e ar. Partículas da substância a ser removida aderem-se ao ar e flutuam na forma de espumas. Depois, é só remover a espuma. Usado quando os sólidos tem altos teores de óleos, graxas ou detergentes, como os presentes na indústria frigorífica, lavanderias e petroquímicas.

Processos Químicos PRECIPITAÇÃO Formação de sólidos sedimentáveis ou flutuadores por meio de reação química das substâncias poluidoras com substâncias ou soluções adicionadas ao esgoto em tratamento. Após a precipitação, os sólidos são removidos pelos processos simples de remoção física.

Processos Químicos OXIDAÇÃO Oxidação de íons de cianeto (tóxicos) ligados a metais. Na reação química são liberados gases carbônico e nitrogênio. Processo necessário em certas indústrias químicas e siderúrgicas. A oxidação ocorre em faixas estreitas de pH.

Processos Químicos REDUÇÃO Assim como a oxidação, a reação de redução ocorre com pH controlado: inferior a 2,5 para a redução do cromo. O cromo é utilizado em galvanoplastias e curtumes e forma o principal íon a requerer processo de redução.

Processos Biológicos Tipicamente o processo de tratamento de esgotos domésticos, envolvendo os tratamentos: Primário, Secundário e Terciário

Tratamento Secundário Objetivo Remoção de matéria orgânica dissolvida e da matéria orgânica em suspensão não removida no tratamento primário

Lagoas de Estabilização Simples Pode associar a outros sistemas biológicos Filtros biológicos Sistema bio disc Lodos ativados ou aeração prolongada. Reatores anaeróbios variantes das lagoas (operação e área): aeróbicas facultativas anaeróbias aeradas

Lagoa de estabilização Vantagens (Brasil): Custos reduzidos  disponibilidade de área clima favorável operação simples poucos ou nenhum equipamento

Lagoa de estabilização Cuidados a tomar: lagoa no mínimo 1 m acima do lençol freático. Evitar contaminação por outras indústrias ou à comunidade terra removida constrói diques de areia ao redor Garantir alimentação uniforme . Evitar efeito “by-pass”

Aspectos relacionados à profundidade da lagoa Rasa: profundidade inferior 1m - totalmente aeróbia Área requerida elevada Penetração de luz total Máxima produção de algas  pH elevado  remoção de nutrientes Desenvolvimento de vegetação emergente (profundidade em torno de 60cm) Sofrem variações de temperatura ambiente ao longo do dia (condições anaeróbias em períodos quentes)

Aspectos relacionados à profundidade da lagoa Profunda: Maior tempo de detenção Mais estável e menos afetadas pelas condições ambientais Maior volume de armazenamento do lodo Camada inferior permanece em condições anaeróbias, nas quais as taxas de remoção de DBO e mortandade de patógenos é mais reduzido Os subprodutos da decomposição anaeróbia são liberados para as camadas superiores Os riscos de mal cheiro são reduzidos Permitem a inclusão de aeradores

Estações Compactas de Tratamento Quando não há espaço para uma lagoa, recorre-se a sistemas compactos. Estes sistemas têm mecanismos que aceleram a atividade biológica. O lodo deve ser removido, assim como nas fossas sépticas Dois sistemas compactos são comuns no mercado: Bio disc ou biodisco ou reator bio disco Lodo ativado

Sistema Bio Disc O sistema baseia-se na geração de biofilme sobre discos giratórios que digerem a carga orgânica continuamente

Sistema de aeração prolongada Ar ou oxigênio é pressurizado nas camadas submersas do esgoto, acelerando a ação bacteriológica.