* Parte da tese de doutorado defendida no IAG/USP em agosto de 2003

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Transcrição da apresentação:

* Parte da tese de doutorado defendida no IAG/USP em agosto de 2003 XI  SEMINÁRIO  SOBRE  PESQUISA   ANTÁRTICA São Paulo, 15-17 de Outubro de 2003 Possíveis influências do gelo marinho ao redor da Antártica nas trajetórias dos ciclones, anticiclones e ondas de frio na América do Sul Alexandre B. Pezza e Tércio Ambrizzi Departamento de Ciências Atmosféricas Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Universidade de São Paulo * Parte da tese de doutorado defendida no IAG/USP em agosto de 2003

OBJETIVOS DO TRABALHO Estudar a climatologia das trajetórias dos ciclones e anticiclones extratropicais no Hemisfério Sul, determinando o impacto específico na propagação de massas de ar frio (“Polar Outbreaks” ou “friagem”) nas regiões subtropicais da América do Sul; Climatologia da extensão do gelo marinho ao redor da Antártica e possíveis influências na propagação dos ciclones e anticiclones extratropicais e nos padrões climáticos de inverno em São Paulo;

SITUAÇÃO IDEALIZADA: ANTICICLONE A OESTE E CICLONE A LESTE  ONDA DE FRIO

ESQUEMA AUTOMÁTICO Cálculo das trajetórias dos sistemas de alta e baixa pressão a partir de um campo digitalizado de PNMM, utilizando um esquema automático desenvolvido na universidade de Melbourne, na Austrália (Murray e Simmonds 1991); Processo de calibração e referências na literatura apontam alto desempenho, comparado a uma análise manual (Jones e Simmonds, 1993; 1994; Simmonds et al. 1999; Simmonds e Keay 2000 a,b; Pezza e Ambrizzi 2003; e outros)

DADOS Reanálise do NCEP (Kalnay et al. 1996 e Kistler et al. 2001)  PNMM (1973-1996) para o período de inverno (JJA); Dados diários de área do gelo marinho ao redor da Antártica (1979 – 2000, NSIDC/ GODDARD / NASA); Banco de dados IAG/USP (temperatura, precipitação e outros)  1933 – 2000

METODOLOGIA Esquema automático  traçado da climatologia sinótica das trajetórias de ciclones e anticiclones no HS (todas as trajetórias a cada 12 horas sobrepostas em um mesmo mapa); Trajetórias de apenas um ponto = sistemas órfãos; Método gráfico baseado na superposição de cores, para diferenciar ciclones (vermelho) de anticiclones (azul) e áreas mistas (amarelo); Possíveis influências do gelo marinho ao redor da Antártica

Altas e Baixas (amarelo) SUPERPOSIÇÃO DE TRAJETÓRIAS E “SISTEMAS ÓRFÃOS” (JJA 1973-1996, ∆T 12 hs) Altas (azul) > 1020 hPa Baixas (verm.) < 1015 hPa Altas e Baixas (amarelo)

Altas e Baixas (amarelo) SUPERPOSIÇÃO DE TRAJETÓRIAS E “SISTEMAS ÓRFÃOS” (JJA 1973-1996, ∆T 12 hs) Altas (azul) > 1040 hPa Baixas (verm.) < 960 hPa Altas e Baixas (amarelo)

ÁREAS DE INTERESSE

MIGRAÇÃO SAZONAL DO GELO 29 FEV 2000 23 SET 2000

VARIABILIDADE INTER-ANNUAL POR REGIÃO

DISPERSÃO ENTRE A CONTAGEM TOTAL DE CICLONES SEM RESTRIÇÃO DE PRESSÃO (HS) E A ÁREA ANUAL MÁXIMA DE GELO MARINHO AO REDOR DA ANTÁRTICA (1979-1996)

Trajetórias comuns removidas TRAJETÓRIAS DE CICLONES (< 1015 hPa) PARA ANOMALIAS NA EXPANSÃO DO GELO GELO CONTRAÍDO (VERMELHO) 1984, 86, 87 GELO EXPANDIDO (AZUL) 1980, 85, 94 Trajetórias comuns removidas

DISPERSÃO ENTRE A TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA ANUAL EM SÃO PAULO (IAG/USP) E A ÁREA ANUAL MÁXIMA DE GELO MARINHO PARA BELLINGSHAUSEN/AMUNDSEN (1979-2000). A OCORRÊNCIA DE GEADA ESTÁ INDICADA POR PONTOS EM VERMELHO

CONCLUSÕES Mapas de trajetórias superpostas  visão espacial geral (climatologia sinótica) do comportamento dos ciclones e anticiclones no HS, destacando as baixas (“storm tracks”) coincidente c/ a borda do gelo marinho ao redor da Antártica; Weddell é a região c/ a maior área de gelo (início da primavera) e o Índico tem a menor área (início do outono); Todas as áreas apresentam alta variabilidade interanual; Sugestão de menor número total de ciclones para uma maior área de gelo (concorda com Simmonds et al) e de mais ciclones no sul do Brasil para uma menor área de gelo; Possível migração das trajetórias de ciclones acompanhando as anomalias da borda de gelo (fortes gradientes na interface gelo-água líquida); Mais casos de geadas em São Paulo para extensões maiores de gelo em Bellingshausen/Amundsen durante o inverno;

PUBLICAÇÕES E TRABALHOS FUTUROS Detalhes adicionais: Pezza and Ambrizzi 2003 (J. of Climate), Pezza e Ambrizzi 2002,1999 (RBMET) e Ambrizzi e Pezza 1999 (Rev. Geofísica) Trabalhos Futuros: Desenvolver uma metodologia que permita uma avaliação quantitativa das trajetórias; Análise aprofundada dos impactos do gelo marinho na circulação geral do Hemisfério Sul e impactos na ocorrência de massas de ar polar na América do Sul e precipitação no sul do Brasil Agradecimentos: FAPESP, IAI (CRN-055), GREC/USP

Grupo de Estudos Climáticos alepezza@model.iag.usp.br grec@model.iag.usp.br