Discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre

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Transcrição da apresentação:

Discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre Capítulo 4 Discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre

Discurso direto No discurso direto, o narrador, interrompendo sua narração, reproduz textualmente as palavras dos personagens ou interlocutores, deixando-os falar por si próprios. As falas dos personagens são indicadas por travessões ou, menos freqüentemente, por aspas.

A indicação do narrador sobre quem vai falar pode vir antes da fala, terminando por dois pontos, ou então pode vir após a fala, separada por travessões, vírgulas ou sinais semelhantes. O narrador indica que vai passar a palavra aos personagens usando verbos de elocução, como: dizer, afirmar, explicar, declarar, interrogar, pedir, replicar, responder etc.

Nem sempre o autor se utiliza de verbos para indicar que o personagem está com a palavra. Em falas curtas entre apenas dois personagens, é comum omitir os verbos de elocução. O uso desse tipo de discurso faz emergir da situação o personagem, tornando-o vivo para o ouvinte, à maneira de uma cena teatral, em que o narrador desempenha a mera função de indicador das falas.

Exemplos Esperança Mário Quintana Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano Vive uma louca chamada Esperança E ela pensa que quando todas as sirenas Todas as buzinas Todos os reco-recos tocarem Atira-se E — ó delicioso vôo! Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada, Outra vez criança... E em torno dela indagará o povo: — Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes? E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!) Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam: — O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA... Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.

Exemplos E de repente o rock barulhento parou e a voz de John Lennon cantou every day, every way is getting better and better. Na cabeça dela soaram cinco tiros. Os olhos subitamente endurecidos da moça voltaram-se para dentro, esbarrando nos olhos subitamente endurecidos dos moço. As memórias que cada um guardava, e eram tantas, transpareceram tão nitidamente nos olhos que ela imediatamente entendeu quando ele a tocou no ombro. -Você gosta de estrelas? -Gosto. Você também? -Também. Você está olhando a lua? -Quase cheia. Em Virgem. -Amanhã faz conjunção com Júpiter. -Com Saturno também. -Isso é bom? -Eu não sei. Deve ser. -É sim. Bom encontrar você. -Também acho. [...] (Silêncio) -Você tem um cigarro? -Estou tentando parar de fumar. -Eu também. Mas queria uma coisa nas mãos agora. -Você tem uma coisa nas mãos agora. -Eu? -Eu. Caio Fernando Abreu

Discurso indireto No discurso indireto, o narrador reproduz com suas palavras aquilo que os personagens teriam dito. Para transformar o discurso direto em indireto, basta colocarmo-nos na posição de quem conta o que os outros dizem, usando nossas próprias palavras. Há o emprego de conjunções (que, se, como etc.)

Exemplos Lygia Fagundes Telles Ele reacendeu o cachimbo, riu baixinho e comentou, ainda bem que não havia testemunhas dessa conversa. A voz ficou mais forte quando recomeçou a falar em meio das pausas, tinha asma? Contou que depois da formatura foi estudar na Inglaterra, onde acabou se casando com uma colega da universidade e continuaria casado se ela não tivesse inventado de se casar com outro. Então ele matriculou o filho num colégio, tiveram um filho. E em plena depressão ainda passou por aquela estação no inferno, quando teve uma ligação com uma mulher casada. Lygia Fagundes Telles

Exemplos Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou no chão o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque. Dalton Trevisan

Discurso indireto livre O discurso indireto livre é resultante da mistura do discurso direto e indireto, caracterizando-se como um processo de grande efeito estilístico. Por meio dele, o narrador pode não apenas reproduzir indiretamente as falas dos personagens, mas também o que eles não falam, mas pensam, sonham, desejam etc. Nesse sentido, o discurso indireto livre corresponde ao monólogo interior dos personagens, porém expresso pelo narrador.

Muito empregado na narrativa moderna pela fluência e pelo ritmo que confere ao texto, esse tipo de discurso exprime o mundo interior dos personagens (as emoções, as idéias, os sentimentos e as reflexões). A fala ou o pensamento dos personagens insere-se na fala do narrador de forma sutil, causando certa confusão em relação a quem está se pronunciando (o narrador ou o personagem).

As orações do discurso indireto livre são, em regra, independentes, sem verbos de elocução, travessão, dois pontos. O foco narrativo deve ser de 3ª pessoa e o narrador precisa ser onisciente. As interrogações, exclamações, interjeições e reticências constituem um poderoso recurso na construção desse tipo de discurso.

Exemplos Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carteiro… Deixa eu crescer… Deixa eu ficar grande!… Hei de dar conta deste danisco… Se uma cobra picasse seu Soronho… Tem tanta cascavel nos pastos… Tanta urutu, perto de casa… se uma onça comesse o carreiro, de noite… Um onção grande, da pintada… Que raiva… Mas os bois estão caminhando diferente, Começaram a prestar atenção, escutando a conversa de boi Brilhante. Guimarães Rosa

Exemplos [...] Ele tinha a cara rubra, os olhos brilhantes, mas os lábios estavam brancos e secos, teve que passar a ponta da língua entre eles para separá-los , a saliva virou cola? Antes de dizer o que estava querendo dizer há mais de cinco anos e não dizia, adiando, adiando. Esperando uma oportunidade melhor e faltava coragem, esmorecia, quem sabe na próxima semana, depois do aniversário do Afonsinho? Ou em dezembro, depois do aumento no emprego, teria então mais dinheiro para enfrentar duas casas – mas o que é isso, aumento nos vencimentos e aumento na inflação? Espera, agora a Georgeana pegou sarampo, deixa ela ficar boa então. E então?! Hoje, Hoje! Tinha que ser hoje, já! [...] Lygia Fagundes Telles