LUÍS CLÁUDIO PATERNO SILVEIRA Eng. Agr. – Entomologista GET104 – Doenças e Pragas de Pastagens Aula 1 – INTRODUÇÃO À ENTOMOLOGIA LUÍS CLÁUDIO PATERNO SILVEIRA Eng. Agr. – Entomologista Professor Adjunto Universidade Federal de Lavras
ERA UMA VEZ, MUITOS MILHÕES DE ANOS ATRÁS... UM BICHO! ANCESTRAL DOS ARTRÓPODES Segmentos pós-orais ...... 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 ..... Cabeça POR REDUÇÃO OU PERDA DE SEGMENTOS, SURGIRAM AS CLASSES DE ARTRÓPODES EVOLUÇÃO Universidade Federal de Lavras
Rei Filó Classificou de Ordinárias as Famílias dos Generais Espartanos I - INTRODUÇÃO Classificação dos seres vivos: REINO FILO CLASSE ORDEM FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE Rei Filó Classificou de Ordinárias as Famílias dos Generais Espartanos Rei Fil Class Ord Família Gener Esp Universidade Federal de Lavras
I - INTRODUÇÃO Classificação dos seres vivos: REINO = ANIMAL FILO CLASSE ORDEM FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE = ANIMAL = ARTHROPODA = INSECTA Universidade Federal de Lavras
I - INTRODUÇÃO FILO Arthropoda b) Mandibulata Classe Chilopoda a) Chelicerata b) Mandibulata Classe Chilopoda lacraias Classe Arachnida Aranhas, ácaros Classe Diplopoda piolho-de-cobra Classe Crustacea crustáceos
CLASSE INSECTA CABEÇA TÓRAX ABDOME - um par de antenas 2 pares de asas 3 pares de pernas ap. digestivo ap. reprodutor ap. excretor Universidade Federal de Lavras
Organização Geral: O corpo é dividido em metâmeros Heteronomia: A-Cabeça B-Tórax C-Abdômem
Apêndices da Cabeça Fixos: olhos compostos e ocelos Móveis: antenas e peças bucais
Cabeça Principais funções: Percepção sensorial Integração nervosa Aquisição de alimento
Olhos compostos e Ocelos Olhos compostos: insetos adultos (omatídios); Ocelos laterais: larvas e pupas; Ocelos dorsais: insetos adultos.
Antenas Apêndices sensoriais (olfato, audição, tato e gustação) Partes de uma antena típica: - Escapo - Pedicelo - Flagelo
Tipos de antenas Filiforme: todos os artículos semelhantes em tamanho Ex.: esperanças, louva-a-deus, baratas. Moniliforme: Apresenta segmentos arredondados Ex.: cupins
Tipos de antenas Clavada: flagelo termina em uma dilatação Ex.: borboletas Capitada: semelhante a clavada, massa apical bastante dilatada Ex.: broca do café
Imbricada: possui artículos em forma de taças, estando a base de uma encaixada no ápice da outra Ex.: Calosoma Fusiforme: Artículos medianos dilatados, com aspecto de fuso Ex.: Lepidoptera: Hesperiidae (hábitos crepusculares)
Serreada: artículos com dilatações em forma de espinhos ou dentes de uma serra. Ex.: Coleoptera: Buprestidae Denteada: artículos com dilatações, mas essas não são pontiagudas com conformações de dentes. Ex.: Coleoptera: Elateridae
Estiliforme: Extremidade do flagelo com um pequeno estilete (recurvado ou reto) Ex.: Diptera: Brachycera e Lepidoptera: Sphingidae Plumosa: flagelos com inumeros pêlos que circundam todos os artículos (pluma) Ex.: machos de pernilongos
Flabelada:possui expansões laterais em forma de laminas, ou de folhas Ex.: microhimenópteros Setácea: os antenômeros vão diminuindo de diâmetro da base para a extremidade da antena Ex.: gafanhotos e serra-paus
Furcada: os antenômeros do flagelo estão dispostos em dois ramos em forma de Y. Ex.: machos de microhimenópteros Pectinada: os artículos apresentam uma dilatação lateral, longa e mais ou menos fina, assemelhando-se a um pente. Ex.: mariposas
Lamelada: dilatação nos últimos 3 segmentos, que juntos se sobrepõe. Ex.: Coleoptera: Scarabaeidae Geniculada: artículos do flagelo dobrados em ângulo com o escapo (lembra um joelho). Ex.: formigas, abelhas.
Aristada: flagelo globoso, achatado e apresenta apenas um pelo denominado de arista. Ex.: dípteros Composta: combinações de vários tipos. Ex.: genículo-capitadas, genículo-moniliformes
Dimorfismo sexual nas antenas: Tamanho: machos (maiores) Tipo: macho plumosas e fêmeas moniliformes Inserção: Número de artículos:himenopteros ♂ 13 ♀ 12
Peças Bucais Modificação de acordo com o hábito alimentar Partes das peças bucais: Lábio Superior ou Labro (LS): proteção e manutenção dos alimentos Mandíbulas (MD): trituradora, cortadora, além de defesa Maxilas (MX): função táctil, gustativa e mastigadora
Lábio Inferior (LI): tátil e retenção de alimentos Epifaringe (EP): função gustativa Hipofaringe (HIP): função gustativa e tátil Tipos de aparelho bucais…
Tórax Principal função: Centro de locomoção
Segmentos que formam o tórax Protórax Mesotórax Metatórax
Protórax Mesotórax Metatórax 27
Apêndices torácicos PERNAS Coxa (cx) Trocanter (tr) Fêmur (fm) Tíbia (tb) Tarso (ts) Pós-tarso (ptar)
Tipos de pernas Ambulatórias. Ex.: baratas, moscas, borboletas... Saltatórias. Ex.: 3º par de gafanhotos, grilos, pulgas. Natatórias. Ex.: baratas d’água e besouros aquáticos
Preensoras. Ex.: 1º par de baratas d’água Raptatórias. Ex.: 1º par de louva-a-deus e Mantispidae Fossoriais. Ex.: 1º par de paquinhas e besouros escaravelhos
Coletoras. Ex.: 3º par de abelhas e mamangavas Adesivas. Ex.: 1º par de machos de coleópteros aquáticos Escansoriais. Ex.: piolhos hematófagos
Asas
Tipos de asas Membranosas. Ex.: 2º par da maioria dos insetos Tégminas. Ex.: 1º par de Blattodea, Mantodea, Orthoptera e Phasmatodea
Hemiélitros. Ex.: 1º par de percevejos Élitros. Ex.: 1º par de Coleoptera e Dermaptera Balancins. Ex.: 2º par de Diptera
Franjadas. Ex.: Thysanoptera Lobadas. Ex.: microlepidópteros
Abdome Principais funções: Armazenamento e processamento de nutrientes Circulação da hemolinfa Bombeamento de oxigênio Desenvolvimento dos ovos Produção de espermatozóides Acasalamento
Apêndices abdominais Cercos Filamento mediano Estilos Sifúnculos Pernas abdominais
Tipos de abdome Séssil Livre Pedunculado
Sistema Digestório Introdução: Hábitos alimentares: - Fitófagos - Carnívoros - Onívoros Sistema digestório (digestivo): Sistema digestivo: Estomodeu Mesêntero Proctodeu Universidade Federal de Lavras
Tipo completo Glândulas salivares Cecos gástricos: Manutenção de simbiontes e absorção de substâncias, enzimas digestivas
Hemiptera: presença de câmara-filtro
SISTEMA EXCRETOR Extremidade distal fechada e a basal aberta Formado por Túbulos de malpighi Extremidade distal fechada e a basal aberta Localizados entre o intestino médio e o posterior
Funções: Absorção e excreção de metabólitos secundários (difusão) presentes na hemolinfa, principalmente ácido úrico; Manutenção do equilíbrio hídrico e iônico da hemolinfa; Função secretora de seda (tecer casulos Chrysoperla -Neuroptera), cobertura para proteção de ovos em alguns crisomelídeos (Coleoptera).
SISTEMA NERVOSO ventral cérebro gânglios Universidade Federal de Lavras
SISTEMA CIRCULATÓRIO dorsal coração Universidade Federal de Lavras
SISTEMA RESPIRATÓRIO traquéias Universidade Federal de Lavras
enfim, são tremendamente adaptados I - INTRODUÇÃO insetos estão evoluindo há 350 milhões de anos; altíssima variabilidade genética – muitas mutações são pequenos – abrigo e alimento fácil sofrem metamorfose – adaptações ao alimento apresentam sociabilidade – divisão de trabalho voam – colonizam todo planeta tem alta fecundidade – deixam muitos descendentes enfim, são tremendamente adaptados Universidade Federal de Lavras
I – Introdução – como se desenvolvem? Inseto cresce por metamorfose – trocas de pele pode ser gradual ou completa GRADUAL – Paurometabolia ovo ninfa adulto semelhantes aos adultos, porém.... não tem asas não tem aparelho reprodutor Percevejos, cochonilhas, gafanhotos, baratas, cupins Universidade Federal de Lavras
NINFAS Universidade Federal de Lavras
NINFAS Universidade Federal de Lavras
NINFAS Universidade Federal de Lavras
I – Introdução – como se desenvolvem? Inseto cresce por metamorfose – trocas de pele pode ser gradual ou completa COMPLETA – Holometabolia ovo larva pupa adulto - larvas são completamente diferentes dos adultos.... função: alimentação Borboletas, besouros, moscas, formigas Universidade Federal de Lavras
LARVAS Universidade Federal de Lavras
LARVAS Universidade Federal de Lavras
LARVAS Universidade Federal de Lavras
LARVAS Universidade Federal de Lavras
I – Introdução – como suas populações crescem? Independentemente de como o inseto cresce.... suas populações aumentam exponencialmente? Universidade Federal de Lavras
I – Introdução – como suas populações crescem? população laboratório = resistência natural FATORES ECOLÓGICOS população do inseto população real população laboratório tempo Universidade Federal de Lavras
I – Introdução – como suas populações crescem? população laboratório = resistência natural a) temperatura b) UR (chuva) c) luz, vento... CLIMA população do inseto população real d) alimento e) competição f) predação SERES VIVOS população laboratório tempo Universidade Federal de Lavras
I – Introdução – como suas populações crescem? população laboratório = resistência natural a) temperatura b) UR (chuva) c) luz, vento... CLIMA população do inseto população real d) alimento e) competição f) predação SERES VIVOS população laboratório predação tempo = inimigos naturais Universidade Federal de Lavras
Flutuação populacional praga população do inseto inimigo natural tempo Universidade Federal de Lavras
I – Introdução – porque alguns são indesejáveis? Independentemente de como o inseto cresce.... suas populações aumentam exponencialmente? não, sofrem regulação natural e flutuam então porque existem insetos indesejáveis, pragas? Universidade Federal de Lavras
interferência no equilíbrio INSETO = PRAGA? interferência no equilíbrio praga nível máximo população do inseto inseto inimigo natural tempo Universidade Federal de Lavras
reestabelecendo o equilíbrio INSETO = PRAGA? reestabelecendo o equilíbrio praga nível máximo população do inseto inseto inimigo natural tempo Universidade Federal de Lavras
HERBÍVOROS ou FITÓFAGOS INSETOS QUE SE ALIMENTAM DIRETAMENTE SOBRE AS PLANTAS (PRODUTORES) FITÓFAGOS = CONSUMIDOR PRIMÁRIO Universidade Federal de Lavras
ENTOMÓFAGO = CONSUMIDOR SECUNDÁRIO CARNÍVORO ou ENTOMÓFAGO INSETO QUE SE ALIMENTA DE UM OUTRO INSETO QUE ESTÁ SOBRE A PLANTA ENTOMÓFAGO = CONSUMIDOR SECUNDÁRIO Universidade Federal de Lavras
DETRITÍVOROS DETRITÍVORO = RECICLAGEM INSETO QUE SE ALIMENTA DOS PRODUTORES, DOS HERBÍVOROS E DOS CARNÍVOROS DETRITÍVORO = RECICLAGEM NO SOLO Universidade Federal de Lavras